Difteria e corinebactérias Flashcards
a difteria é considerada uma doença grave?
sim
pq a difteria não é tão comum hoje em dia em crianças? e pq houve um crescimento em adultos?
pq tem vacina: tríplice bacteriana (DTP- difteria, tétano e coqueluche) para as crianças e DT (difteria e tétano) como dose de reforço
crescimento em adultos: falha no esquema de vacinação de reforço
morfologia do gênero Corynebacterium
bacilo pleomórfico ou bacilo irregular, no geral apresentando formato de clava (corineforme)
classificação de gram para bactérias do gênero Corynebacterium
gram positivo
As Corynebacterium tem que tipos de metabolismo?
aeróbias ou anaeróbias facultativas
tipo de arranjo das bactérias Corynebacterium
arranjo “em paliçada” ou “letras chinesas”
A corinebactéria que causa difteria tem granulações específicas, como são chamadas e qual sua função?
granulações metacromáticas
armazenam fosfato inorgânico e lipídeos para reserva energética
Agente etiológico da difteria
Corynebacterium diphteriae
Existem vários tipos de Corynebacterium além da espécie da difteria. Essa afirmativa é verdadeira?
sim
A Corynebacterium diphteriae está presente na microbiota fixa?
não, mas algumas pessoas estão infectadas com ela e são assintomáticas
quais os tipos de difteria?
- respiratória
- cutânea
principal fator de virulência da Corynebacterium diphtheriae
toxina diftérica (exotoxina do tipo A-B)
qual o receptor pra a toxina diftérica liberada pela Corynebacterium diphtheriae?
fator de crescimento epidérmico ligante de heparina
(é um receptor normal da célula mas que a exotoxina consegue se ligar)
Qual a consequência final da toxina diftérica?
bloqueio da síntese de proteínas da célula, provocando morte celular
Qual a ação fisiológica da toxina diftérica?
A toxina se liga ao receptor “fator de crescimento epidérmico ligante de heparina” e consegue entrar na célula por endocitose.
A vesícula endossomica tem pH capaz de romper com a ligação de dissulfeto que mantém subunidades A e B unidas.
A subunidade A consegue sair do endossomo e (se liga ao fator de alongamento 2(EF-2)) age diretamente na produção de proteínas, impedindo o alongamento da cadeia de peptídeos no ribossomo—> bloqueio na síntese de proteínas, o que provoca morte celular
Nesse local o tecido fica com aparência de necrose, meio esbranquiçado —> sinal da doença
Qual a ação fisiológica da toxina diftérica?
A toxina se liga ao receptor “fator de crescimento epidérmico ligante de heparina” e consegue entrar na célula por endocitose.
A vesícula endossomica tem pH capaz de romper com a ligação de dissulfeto que mantém subunidades A e B unidas.
A subunidade A consegue sair do endossomo e (se liga ao fator de alongamento 2(EF-2)) age diretamente na produção de proteínas, impedindo o alongamento da cadeia de peptídeos no ribossomo—> bloqueio na síntese de proteínas, o que provoca morte celular
Nesse local o tecido fica com aparência de necrose, meio esbranquiçado —> sinal da doença
qual subunidade da toxina diftérica é responsável por se ligar ao receptor?
subunidade B
Toda bactéria Corynebacterium diphtheriae produz toxina diftérica?
não, para que haja produção da toxina deve haver o gene específico (gene tox)
Como as bactérias Corynebacterium diphtheriae conseguem o gene para produção da toxina diftérica?
por transdução
essas bactérias recebem o gene por infecção de um bacteriófago, havendo integração do DNA do vírus com o da bactéria
pq algumas pessoas são assintomáticas a difteria?
pq a bactéria que infectou n tem o gene para produção da toxina diftérica, que é responsável pelos sintomas da difteria
as pessoa assintomáticas para difteria são oq da doença?
reservatório da bactéria
como é a transmissão da difteria?
contato com secreção respiratória contaminada ou contato direito (é feita por gotículas e não aerossóis, logo n tem tanto espalhamento e suspensão no ar)
na difteria respiratória inicialmente tem qual sintoma?
faringite exudativa
(com placas de células mortas, parece pus mas n é e se vc raspar sai sangue, havendo maior liberação da toxina e aumentando as chances dos efeitos sistêmicos)
pq não se deve fazer raspagem das placas causadas por difteria?
pq leva a um sangramento e maior liberação de toxina diftérica, aumentando os riscos de uma resposta sistêmica à toxina
quais os sinais e sintomas da difteria respiratória?
- faringite exudativa (placas branco-acinzentado, fortemente aderidas, sangrando à remoção)
- febre baixa
- prostração/ cansaço/ astenia
- adenite cervical (inflamação dos linfonodo do pescoço)
- exsudato pode evoluir para uma espessa pseudomembrana (pode resultar em asfixia—> pq recobre úvula, palato, nasofaringe e laringe)
composição da pseudomembrana que evolui do exsudato na difteria
bactérias, linfócitos fibrina (ajuda na adesão da pseudomembrana) e células mortas
quais os efeitos sistêmicos graves da difteria respiratória?
miocardite e neuropatia
miocardite pode levar a deficiência cardíaca, arritmias e morte
como ocorre o efeito sistêmico da difteria?
toxina consegue chegar no sangue após foco inicial, conseguindo atingir vários órgãos, como encéfalo e coração
como evitar o efeito sistêmico da difteria?
soro antidiftérico (para combater a toxina)
como normalmente se manifesta a neuropatia da difteria?
manifestação no palato mole, pq há paralisia da úvula, e manifestação na faringe
como ocorre a difteria cutânea?
contanto da pele, através de fissuras, com as secreções/ perdigotos de outra pessoa infectada, havendo colonização da bactéria no tecido subcutâneo
ela inicia como uma pápula e evolui para um úlcera
pode retirar a úlcera da difteria cutânea? pq
não, pq pode liberar mais toxinas d elas podem chegar no sangue e desenvolver efeitos sistêmicos
como é feito o diagnóstico microbiológico da difteria?
cultura em agar sangue e meio específico
é feita a partir de coleta de material da garganta e nasofaringe
o resultado da cultura da difteria é suficiente para dar um diagnóstico?
não, precisa da confirmação do teste de elek ou do diagnóstico genético por PCR (amplifica gene da toxina diftérica)
a presença de placas branco acizentada na faringite é suficiente para diagnosticar difteria?
não, necessita de confirmação laboratorial, mas já inicia tratamento pelos possíveis efeitos da toxina (risco de asfixia)
como é feito o teste de Elek/ pesquisa da toxina diftérica?
coloca papel com soro antidiftérico e marcações com secreções coletadas —> a reação do anticorpo com a toxina precipita, forma linha de precipitação, indicando presença da toxina (teste positivo)
tratamento da difteria
- soro antidiftérico (SAD) / antitoxina diftérica
- antibioticoterapia (penicilina ou eritromicina)
-complicações: traqueostomia, marca-passo, ventilação assistida
a quantidade de soro antidiftérico está relacionado com a idade do paciente? com oque está relacionado?
não, está relacionado com a quantidade de tempo dos sintomas
profilaxia da difteria
vacinação ( DTP - 2,4,6 meses, 15 a 18 meses, 4 a 6 anos e reforço com DT a cada 10 anos)
a vacina é chamada de vacina toxoide pois contém as toxinas inativadas
qual a importância do reforço de DT?
manter o sistema imune preparado para possível infecção
memória/ resposta imunológica alta
a vacina DTP ou DT previne a infecção da difteria?
não, previne o desencadeamento de sintomas graves devido a toxina
pq com a vacina o sistema imuno está preparada para combater a toxina, n a bactéria
Paciente do sexo masculino, 24 anos, apresentando odinofagia iniciada há três dias, com importante piora na consulta, associado à disfagia, febre (38º C), calafrios, mal estar e queda importante do estado geral. Calendário vacinal incompleto. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado
geral, taquicárdico, desidratado, toxêmico e febril. Sem adenopatia cervical. Oroscopia apresentando hiperemia e presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas, aderentes na região de úvula e pilares. Hemoculturas negativas. O paciente evoluiu com piora clínica, apresentando intensa toxemia e prostração. Colocado em isolamento de aerossóis em ambiente de terapia intensiva. Iniciado tratamento clínico. Evoluiu com melhora importante em
cinco dias. Trinta dias após, no resultado da cultura foi identificado e isolado a bactéria.
Qual o nome do agente etiológico identificado e sua característica morfotintorial no método de Gram?
Corynebacterium diphtheriae
coloração arroxeada (gram +) e forma de bacilo pleomórfico ou irregular, no geral com formato de clave
Paciente do sexo masculino, 24 anos, apresentando odinofagia iniciada há três dias, com importante piora na consulta, associado à disfagia, febre (38º C), calafrios, mal estar e queda importante do estado geral. Calendário vacinal incompleto. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado
geral, taquicárdico, desidratado, toxêmico e febril. Sem adenopatia cervical. Oroscopia apresentando hiperemia e presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas, aderentes na região de úvula e pilares. Hemoculturas negativas. O paciente evoluiu com piora clínica, apresentando intensa toxemia e prostração. Colocado em isolamento de aerossóis em ambiente de terapia intensiva. Iniciado tratamento clínico. Evoluiu com melhora importante em cinco dias. Trinta dias após, no resultado da cultura foi identificado e isolado a bactéria.
Quais os sinais observados para um possível caso de difteria?
- placas pseudomembranasas branco-acizentadas
- febra e prostração
- toximemia (atrelada a queda de pressão e febre)
- poderia ter: adenoma cervical, mas nesse caso n foi relatado
Paciente do sexo masculino, 24 anos, apresentando odinofagia iniciada há três dias, com importante piora na consulta, associado à disfagia, febre (38º C), calafrios, mal estar e queda importante do estado geral. Calendário vacinal incompleto. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado
geral, taquicárdico, desidratado, toxêmico e febril. Sem adenopatia cervical. Oroscopia apresentando hiperemia e presença de placas pseudomembranosas branco- acinzentadas, aderentes na região de úvula e pilares. Hemoculturas negativas. O paciente evoluiu com piora clínica, apresentando intensa toxemia e prostração. Colocado em isolamento de aerossóis em ambiente de terapia intensiva. Iniciado tratamento clínico. Evoluiu com melhora importante em
cinco dias. Trinta dias após, no resultado da cultura foi identificado e isolado a bactéria.
Relacione a hemocultura negativa com a piora clínica sistêmica do paciente.
A patogênese está relacionada com a presença de toxina na célula afetada então mesmo com hemocultura negativa não sigo ótica que a toxina não está fazendo efeito sobre os tecidos
Pq a bactéria não teve acesso à corrente sanguínea (logo n aparece na hemocultura) mas a partir de um foco inicial teve liberação de toxinas que chegaram na corrente sanguínea e levaram ao efeito sistêmico
Paciente do sexo masculino, 24 anos, apresentando odinofagia iniciada há três dias, com importante piora na consulta, associado à disfagia, febre (38º C), calafrios, mal estar e queda importante do estado geral. Calendário vacinal incompleto. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado
geral, taquicárdico, desidratado, toxêmico e febril. Sem adenopatia cervical. Oroscopia apresentando hiperemia e presença de placas pseudomembranosas branco- acinzentadas, aderentes na região de úvula e pilares. Hemoculturas negativas. O paciente evoluiu com piora clínica, apresentando intensa toxemia e prostração. Colocado em isolamento de aerossóis em ambiente de terapia intensiva. Iniciado tratamento clínico. Evoluiu com melhora importante em
cinco dias. Trinta dias após, no resultado da cultura foi identificado e isolado a bactéria.
Qual a indicação de tratamento em caso de difteria deste paciente?
soro antidiftérico + antibioticoterapia
Paciente do sexo masculino, 24 anos, apresentando odinofagia iniciada há três dias, com importante piora na consulta, associado à disfagia, febre (38º C), calafrios, mal estar e queda importante do estado geral. Calendário vacinal incompleto. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado
geral, taquicárdico, desidratado, toxêmico e febril. Sem adenopatia cervical. Oroscopia apresentando hiperemia e presença de placas pseudomembranosas branco- acinzentadas, aderentes na região de úvula e pilares. Hemoculturas negativas. O paciente evoluiu com piora clínica, apresentando intensa toxemia e prostração. Colocado em isolamento de aerossóis em ambiente de terapia intensiva. Iniciado tratamento clínico. Evoluiu com melhora importante em
cinco dias. Trinta dias após, no resultado da cultura foi identificado e isolado a bactéria.
A vacina não impede a infecção, então, de que forma a vacinação completa pode prevenir a difteria?
a vacina ajuda na formação de resposta imunológica contra toxina diftérica, ajudando na prevenção do desencadeamento dos sintomas graves da doença (é uma vacina toxoide)