decisão Flashcards
Tomar decisões é escolher
diversas alternativas existentes, com o objetivo de
resolver problemas ou aproveitar oportunidades.
O processo decisório envolve 06 elementos básicos
Tomador de decisão: É a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas
futuras de ação.
Objetivos: São os objetivos que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações.
Preferências: São os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha.
Estratégia: É o curso de ação que o tomador de decisão escolhe para atingir seus objetivos.
O curso de ação é o caminho escolhido e depende dos recursos que o tomador de decisões
dispõe.
Situação: São os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão e que afetam sua
escolha. Alguns desses aspectos estão fora do seu controle, conhecimento ou compreensão.
Resultado: É a consequência ou resultado de determinada estratégia.
Estado da Natureza: são as condições de incerteza, risco ou certeza que existem no
ambiente de decisão que o tomador de decisão deve enfrentar4
IR tomar uma decisão, retose
Estado da Natureza:
são as condições de incerteza, risco ou certeza que existem no
ambiente de decisão que o tomador de decisão deve enfrentar4
.
Por fim, em outra obra, Chiavenato destaca que o processo decisório é composto por 04 etapas10
1 – Definição e diagnóstico do problema.
2 – Procura de soluções alternativas mais promissoras.
3 – Análise e comparação dessas alternativas de solução.
4 – Seleção e escolha da melhor alternativa como um plano de ação
Para Maximiano, o processo de tomar decisões envolve 05 fases principais6
:
1 – Identificação do problema ou oportunidade: Trata-se da fase em que se percebe a
existência de uma oportunidade a ser aproveitada ou então a existência de algum
problema que exige a tomada de uma decisão.
2 – Diagnóstico da situação: Nessa etapa, busca-se entender a oportunidade ou o
problema, e identificar suas causas e consequências.
3 – Geração de alternativas (Desenvolvimento de alternativas): Depois que o diagnóstico é
realizado, é necessário criar alternativas (ideias) para o aproveitamento da oportunidade ou
para a solução do problema.
4 – Avaliação e Escolha de uma alternativa: Trata-se da etapa em que alguma das
alternativas que foram criadas é escolhida. As alternativas são avaliadas, julgadas e
comparadas, com o objetivo de que seja escolhida aquela alternativa que apresenta as
maiores vantagens.
5 – Avaliação da decisão: O processo de tomada de decisão se completa quando a decisão é
implementada e os efeitos dessa decisão são avaliados. A avaliação de uma decisão reinicia
o ciclo do processo de resolver problemas ou aproveitar oportunidades.
Para Simon, o processo de tomada de decisões possui três fases:
1 – Intelecção (Prospecção): É a fase em que se identifica e se analisa a situação que requer
algum tipo de solução. Ou seja, é a fase de identificação e diagnóstico.
2 – Concepção: É a fase de criação de alternativas para a solução do problema ou
aproveitamento da oportunidade.
3 – Decisão: É a fase de avaliação das alternativas que foram criadas e escolha de uma
alternativa
3.1 – Tipos de decisão: Decisões Programadas x Decisões não programadas
Decisões Programadas (Decisões Programáveis / Decisões Estruturadas): Trata-se de
decisões rotineiras e repetitivas, utilizadas para resolver problemas cotidianos. Ou seja,
são decisões “padronizadas”, utilizadas para responder a situações que ocorrem
regularmente. São utilizadas para situações de certeza e previsibilidade, em que existem
dados (informações) adequados e suficientes.
Decisões Não Programadas (Decisões Não Programáveis / Decisões Não Estruturadas):
Trata-se de decisões novas e não repetitivas, utilizadas para resolver problemas não
rotineiros. Ou seja, são decisões mais “complexas”, utilizadas para responder a situações
“excepcionais”/”extraordinárias” (que não ocorrem regularmente). São utilizadas para
situações de maior risco, incerteza e imprevisibilidade, em que existem dados
(informações) inadequados e insuficientes
As decisões podem ser tomadas dentro de 03 situações / condições (estados de natureza)
diferentes:
Certeza: trata-se da situação em que o tomador de decisões tem informações confiáveis e
suficientes, que lhe dão condições de “saber”, com segurança, quais serão os resultados
(consequências) das diversas alternativas que ele tem disponível para resolver o problema
Risco: trata-se da situação em que o tomador de decisão tem informações que lhe dão
condições apenas de ter uma “ideia” dos resultados de suas escolhas. Ou seja, o indivíduo
consegue apenas calcular as probabilidades dos resultados das alternativas que ele tem
disponível para resolver o problema.
Incerteza: trata-se da situação em que o tomador não consegue ter qualquer “ideia” dos
resultados de suas escolhas. Ou seja, o tomador de decisões possui pouquíssima
informação (ou nenhuma informação) sobre as alternativas e os resultados. Portanto, ele
não consegue nem calcular as probabilidades dos resultados das alternativas que ele tem
disponível para resolver o problema.
Turbulência (ambiguidade): trata-se do ambiente em que os objetivos não são claros e não
são bem definidos. A turbulência também ocorre quando o ambiente muda rapidamente.
Levando em consideração as 04 “condições ambientais” (certeza, risco, incerteza e
turbulência/ambiguidade) Thompson, classificou as decisões em 04 tipos básicos11:
Computação: É o tipo de decisão que ocorre no ambiente de certeza. Ocorre quando todas
as informações (alternativas e resultados) são adequadas e suficientes. Trata-se de
decisões programadas, ou seja, decisões “padronizadas”, utilizadas para responder a
situações cotidianas, que ocorrem regularmente. Nesse caso, as máquinas e computadores
são ferramentas que auxiliam e trazem excelentes resultados
Julgamento: É o tipo de decisão que ocorre no ambiente de risco. As alternativas são
incertas e discutíveis. Contudo, os resultados são certos e claros. Trata-se de decisões não
programadas.
Compromisso: É o tipo de decisão que ocorre no ambiente de incerteza. As alternativas são
certas. Contudo, os resultados são incertos e ambíguos. Trata-se de decisões não
programadas.
Inspiração: É o tipo de decisão que ocorre no ambiente de turbulência/ambiguidade
(mudanças rápidas). Ocorre quando todas as informações (alternativas, resultados, causas e
objetivos) são incertas, desconhecidas e insuficientes. É caracterizada pela confusão e pelo
caos. As pessoas discordam das alternativas e dos resultados e, muitas vezes, decidem por
intuição e inspiração.
De acordo com Robbins12, existem 03 modelos de tomada de decisão:
Modelo Racional (modelo clássico): Trata-se de um modelo em que as decisões são tomadas com
o objetivo de maximizar os resultados, através de escolhas coerentes. Busca-se, portanto, tomar
decisões ótimas.
Esse modelo parte dos seguintes pressupostos:
-O tomador de decisões tem o objetivo claro;
-O problema é bem diagnosticado e definido e as alternativas e critérios de decisão são
conhecidos e bem definidos;
Modelo da Racionalidade Limitada: Esse modelo parte do pressuposto de que o indivíduo tem
uma capacidade limitada de processar informações (capacidade cognitiva limitada). Portanto, é
impossível assimilar, e compreender todos os dados necessários para maximizar os resultados da
decisão.
Assim, o indivíduo busca reduzir os problemas e as informações a um nível em que consiga
entender e processar.
O indivíduo busca, portanto, tomar decisões que sejam “satisfatórias e suficientes” (ou seja, ele
não busca tomar “decisões ótimas”).
Modelo Intuitivo: Esse é modelo “menos racional” (ou mais “irracional”) de tomada de decisões.
Aqui, o indivíduo confia em sua intuição para tomar decisões. A “intuição”, nesse contexto, se
refere a uma forma complexa de raciocínio, baseada em anos de aprendizado e experiência. É o
famoso “feeling”
Em um processo de tomada de decisões, há duas maneiras de se pensar: de forma linear e de
forma sistêmica.
Pensamento Linear: Esse tipo de pensamento é baseado em 03 pressupostos:
- Cada problema tem uma solução única;
- Essa solução afetará apenas uma área da empresa (isto é, afetará apenas a “área
do problema”, não afetando o restante da organização); e
Pensamento Sistêmico: Esse tipo de pensamento parte dos seguintes princípios:
- As soluções afetam toda a organização (e não apenas a “área do problema” em que
essa solução foi implementada);
- Os efeitos das decisões devem ser monitorados (deve ser fornecido um constante
feedback);
De acordo com Robbins, existem 04 estilos decisórios: Analítico, Diretivo, Conceitual e
Comportamental.
Estilo Analítico
Estilo Diretivo:
Estilo Conceitual
Estilo Comportamental:
Decisão
Estilo Analítico
O tomador de decisões é racional e tem alta tolerância à ambiguidade ATA
(tem alta complexidade cognitiva). Ele é cuidadoso e tem capacidade de se adaptar a novas
situações. Suas decisões são tomadas com base em muitas informações e muitas
alternativas são avaliadas. É orientado para as tarefas (desempenho).
Estilo Diretivo
O tomador de decisões é racional e tem baixa tolerância à ambiguidade
(tem baixa complexidade cognitiva). Ele é eficiente, lógico e toma decisões rapidamente.
Suas decisões são tomadas com base em poucas informações e poucas alternativas são
avaliadas. Foca no curto prazo e é orientado para as tarefas (desempenho).
Estilo Conceitual:
O tomador de decisões é intuitivo e tem alta tolerância à ambiguidade
(tem alta complexidade cognitiva). Ele é criativo e tem uma visão ampla das coisas. Suas
decisões são tomadas com base em muitas informações e muitas alternativas são
avaliadas. Foca no longo prazo é orientado para as pessoas (relações pessoais).
Estilo Comportamental:
O tomador de decisões é intuitivo e tem baixa tolerância à
ambiguidade BTA (tem baixa complexidade cognitiva). Ele se preocupa com as pessoas e com o
desenvolvimento de sua equipe. Além disso, ele evita conflitos e busca a aceitação. Ele
despreza a utilização de dados e informações para a tomada de decisões. Foca no curto
prazo e é orientado para as pessoas (relações pessoais).
De acordo com Driver, existem 05 estilos decisórios: Decisivo, Flexível, Hierárquico, Integrativo e
Sistêmico.
Esses estilos se baseiam em duas variáveis: Uso da Informação (maximizador ou satisfaciente) e
Foco (unifoco ou multifoco).
Classificação quanto ao uso da informação:
Maximizador: O tomador de decisão é analítico e utiliza o máximo de informações possível
para tomar suas decisões. Ele está disposto a gastar recursos (tempo e dinheiro) para
chegar a uma boa solução.
Satisfaciente: O tomador de decisões “filtra” as informações mais importantes e relevantes
para chegar, com objetividade, a uma ou duas soluções possíveis.
Estilo Decisivo
O tomador de decisões é satisfaciente e tem unifoco. Ele utiliza poucas
informações para decidir, e busca apenas uma alternativa para a situação enfrentada
Classificação quanto ao foco:
Unifoco: O tomador de decisão leva em consideração as informações disponíveis e
considera apenas uma alternativa (um único curso de ação) como solução para a situação
enfrentada.
Multifoco: O tomador de decisão considera diversa alternativas (diversos cursos de ação)
como solução para a situação enfrentada.
Estilo Flexível:
O tomador de decisões é satisfaciente e tem multifoco. Ele utiliza poucas
informações para decidir; contudo, analisa essas informações de diferentes formas,
buscando diversas alternativas para a situação enfrentada
Estilo Hierárquico:
O tomador de decisões é maximizador e tem unifoco. Ele utiliza muitas
informações para decidir e busca apenas uma única “melhor” alternativa para a situação
enfrentada.
Estilo Integrativo
O tomador de decisões é maximizador e tem multifoco. Ele utiliza muitas
informações para decidir e busca diversas alternativas para a situação enfrentada
Estilo Sistêmico
O tomador de decisões é maximizador e tem em unifoco ou multifoco.
Esse estilo combina as qualidades do estilo integrativo com as qualidades do estilo
hierárquico