D. PRO. PENAL Flashcards

1
Q

Qual o conceito de IP?

A

Procedimento administrativo, cujo objetivo é a apuração das infrações penais e da sua autoria, a fim de que o titular da ação penal disponha de elementos suficientes para propô-lá.

Obs.: Com isso o I.P é ato preliminar (não definitivo) e preparatório (Inicial) da ação penal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual critério é utilizado para saber a Competência do I.P?

A

Para saber qual é a autoridade policial competente para um certo IP, utiliza-se o critério ratione loci (em razão do lugar) e ratione materiae (em razão da matéria).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Conceitue Notitia criminis e suas classificações:

Notitia criminis de cognição imediata ou espontânea;
Notita criminis de cognição mediata ou provocada;
Notitia criminis de cognição coercitiva;
Notitia criminis inqualificada ou apócrifa.

A

Notitia criminis: é o conhecimento ESPONTÂNEO ou PROVOCADO, por parte do Delegado de Polícia, de um fato aparentemente criminoso. Pode ser classificado em:

Notitia criminis de cognição direta, imediata, espontânea ou inqualificada - quando o Delegado de Polícia toma conhecimento direto do ilícito através de suas atividades de rotina;

Notitia criminis de cognição indireta, mediata, provocada ou qualificada - quando o Delegado de Polícia toma conhecimento do ilícito por meio de algum ato jurídico de comunicação formal do delito.

Obs.: A notitia criminis de cognição indireta pode dar-se por:
1. Delatio criminis, CPP, art. 5º, II nos crimes de A.P.P. Inc.
2. Requisição do Juiz / MP, CPP, art.5º, II.
3. Requisição do MJ, CP, art. 7º, §3º, b.
4. Representação do ofendido, CPP, art.5º, §4º.

Notitia criminis de cognição coercitiva - Ocorre no caso de prisão em flagrante.

Notitia criminis inqualificada ou apócrifa: Denúncia anônima. Neste caso, o delegado, antes de iniciar deve realizar diligências preliminares para averiguar se os fatos narrados são verdadeiros, só então iniciar uma investigação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Conceitue Delatio Criminis; e suas classificações:

Delatio Criminis Simples;
Delatio Criminis Postulatória.

A

Delatio criminis: Nos termos do art. 5º, §3º, CPP, quando qualquer do povo leva à Autoridade Policial uma notitia criminis, sendo vedado o anonimato

Obs.: Nada impede, contudo, que o Poder Público provocado por delação anônima (‘disque-denúncia’, p. ex.), adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, ‘com prudência e discrição’, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da persecutio criminis, mantendo-se, assim, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas;

Delatio Criminis Simples: nos termos do art. 5º, §3º, CPP, consiste na faculdade a qualquer do povo de levar à Autoridade Policial uma notitia criminis, sendo vedado o anonimato.

Delatio Criminis Postulatória ocorre quando além da comunicação de um fato supostamente criminoso há a solicitação de providências do Estado-Investigação para punir o seu responsável. Nos termos do art. 5º, § 4º, CPP.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Disserte sobre o controle externo exercido pelo MP sobre o poder de policia.

A

Em suma, o MP pode realizar visitas a estabelecimentos policiais e prisionais, ter acesso a IP’s, materiais apreendidos (armas, drogas, carros…), promover ação por abuso de autoridade, fiscalizar a atividade policial.

Legislação pertinente: Art. 129, VII, CR/88; Art. 9º LC 75/53 (estatuto do MP); Resolução 20 CNMP.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais são as características da jurisdição?

A

Características = a CID

Caráter substitutivo (caráter substitutivo porque a vontade do Estado (vontade da lei) substitui a vontade das partes)

Inércia ( o Estado-Juiz só presta a tutela jurisdicional se for provocado. Existem exceções como possibilidade que o Juiz tem de, ex officio conceder a HC, Nos termos do art. 654, § 2° do CPP)

Definitividade (em um dado momento, a decisão prestada pelo Estado-Juiz será definitiva, imodificável.)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais são os Princípios da Jurisdição

A

Princípios = 4i’s+TJ

Investidura (Para se exercer a Jurisdição, deve-se estar investido do Poder jurisdicional)

Indelegabilidade (Aqueles que foram investidos do Poder jurisdicional não podem delegá-lo a terceiros.)

Inevitabilidade da jurisdição ( aplicado em dois momentos distintos. 1) iniciado o processo, as partes estão vinculadas à relação processual. 2) após obrigatoriamente vinculados a participar do processo, estes sujeitos estão obrigados a suportar a decisão.

Inafastabilidade da jurisdição (ou indeclinabilidade): lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

Territorialidade (Aderência ou improrrogabilidade): Significa que a Jurisdição possui um limite territorial. Esse limite é o território brasileiro, as fronteiras onde o país exerce seu poder soberano .

Juiz natural;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Disserte sobre as competências em razão da:

Matéria
Pessoa
Lugar

A

Ratione Materiae (leva em consideração a natureza do fato criminoso para definir qual a “Justiça” competente. existem basicamente duas ordens de competência criminal em razão da matéria: Comum e especial. A Justiça comum se divide em Federal e Estadual. Já a Justiça Especial se divide em Eleitoral e Militar) - ABSOLUTA.

Ratione personae (Após definida qual “Justiça” irá julgar o processo, devemos definir a competência do órgão Jurisdicional verificando as condições pessoais dos acusados. prerrogativa de função. ABSOLUTA.

Ratione loci: compreende a análise do local de ocorrência da infração (ou, em alguns casos, o local do domicílio do réu) - RELATIVA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Fale sobre o conflito de competência entre ratione personae e o Tribunal do Júri.

e a competência de foro por prerrogativa de função

A

Se a competência de foro por prerrogativa de função está prevista na CF/88, ela prevalece sobre a competência do Júri.

Contudo, se estiver prevista apenas na Constituição Estadual, prevalece a competência do Tribunal do Júri, conforme súmula 721 do STF, que foi convertida na súmula vinculante 45.

Obs.: Os deputados estaduais possuem prerrogativa de foro perante o TJ. Isso não está previsto expressamente na CF/88, mas entende-se que está IMPLÍCITO, pelo princípio da SIMETRIA. Assim, caso um deputado estadual cometa crime doloso contra a vida, prevalecerá a competência de foro por prerrogativa de função

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Explique as espécies de Jurisdição:
Superior x Inferior
Comum x Especial

A

Jurisdição superior e inferior – A inferior é exercida pelo órgão que atua no processo desde o início. Já a superior é exercida em grau recursal.

Jurisdição comum e especial – A jurisdição especial, no processo penal, é formada pelas 02 “Justiças especiais” estabelecidas na Constituição, em razão da matéria: Justiça Eleitoral (art. 118 a 121 da CF/88) e Militar (122 a 125). Já a jurisdição comum é exercida residualmente que se divide em estadual e federal.

obs.: A Justiça do trabalho não possui competência criminal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Para efeitos de competência em razão do local, em caso de crimes plurilocais, onde se considera praticado o crime?

A

Para efeitos de competência em razão do local, considera-se praticado o crime:

1) Crimes plurilocais comuns - Teoria do resultado;
2) C. pl. Dolosos contra a vida - teoria da atividade;
3) C. pl. Juizados Especiais - teoria da atividade;
4) C. pl. Crimes falimentares - Local onde foi decretada a falência;
5) C. pl. Atos infracionais - - teoria da atividade.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Discorra sobre as seguintes situações especiais do APFD:

Menores de 12 anos e adolescentes.
Presidente da Rep.
Juízes e MP
Parlamentares
Diplomatas e chefes de Estado

A

MENORES: Menores de 12 anos (crianças) não podem
sofrer privação da liberdade, devendo ser encaminhadas ao Conselho Tutelar. Maiores de 12 e menores de 18 anos (adolescentes) podem ser apreendidos, mas não presos (arts. 101, 105 e 171 do ECA).

PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Não está sujeito à prisão em flagrante, pois só pode ser preso pela prática de crime comum após sentença condenatória, nos termos do art. 86, § 3° da Constituição.

JUÍZES E MEMBROS DO MP: Só podem ser presos em flagrante pela prática de crime INAFIANÇÁVEL.

PARLAMENTARES: Só podem ser presos em flagrante de crime INAFIANÇÁVEL (art. 53, § 2° da CF/88). Aplica-se o mesmo aos Deputados Estaduais e Distritais (art. 27, § 1° da CF).

DIPLOMATAS E CHEFES DE ESTADO: Não podem ser presos em flagrante (art. 1°,I do CPP).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Disserte sobre as seguintes modalidades de flagrantes:
Flagrante esperado
Flagrante provocado ou preparado
Flagrante forjado
Flagrante diferido (ou retardado)

A

Flagrante esperado – A autoridade policial toma conhecimento
de que será praticada uma infração penal e se desloca para o
local onde o crime acontecerá. Iniciados os atos executórios, ou
até mesmo havendo a consumação, a autoridade procede à
prisão em flagrante. TRATA-SE DE MODALIDADE VÁLIDA DE
PRISÃO EM FLAGRANTE.

Flagrante provocado ou preparado – Aqui a autoridade
instiga o infrator a cometer o crime, criando a situação para que
ele cometa o delito e seja preso em flagrante. NÃO é VÁLIDA, pois quem efetuou a prisão criou uma situação que torna impossível a consumação do delito, tratando-se, portanto, de crime impossível. O STF possui a súmula n° 145 a respeito do tema.

Flagrante forjado – Aqui o fato típico não ocorreu, sendo
simulado pela autoridade policial para incriminar falsamente
alguém. É ABSOLUTAMENTE ILEGAL.

Não confundam estas hipóteses de flagrante com o
chamado FLAGRANTE DIFERIDO (OU RETARDADO). Nessa
modalidade a autoridade policial retarda a realização da prisão em flagrante, a fim de, permanecendo “à surdina”, obter maiores
informações e capturar mais integrantes do bando. Trata-se de tática da polícia. Está previsto expressamente na ação controlada de que trata o art. 8° da Lei 12.850/13 (Lei de organização criminosa), bem como no art. 53, § 2° da Lei 11.343/06 (Lei de Drogas).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Conforme art. 69 do CPP, quais critérios determinará a Competência Jurisdicional ?

A

ART. 69. Determinará a competência jurisdicional: (caiu no CFO 2019).
I - o lugar da infração (é a regra do CPP):
II - o domicílio ou residência do réu;
III - a natureza da infração;
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência (exceto comum x militares e comum x juízo de menores)
VI - a prevenção (competência residual);
VII - a prerrogativa de função.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Disserte sobre a competência estabelecida pelo LUGAR DA INF.

A

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

§ 3o Quando incerto o limite territorial entre 2 ou + jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de 2 ou + jurisdições, a competência firmar-se-á pela PREVENÇÃO.

§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da VÍTIMA e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela PRVENÇÃO.

Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de 2 ou + jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Disserte sobre a competência estabelecida pelo DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU

A

Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

§ 1o Se o réu tiver + de 1 residência, a competência firmar-se-á pela PREVENÇÃO.

§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.

Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.

17
Q

Disserte sobre a competência estabelecida pela NATUREZA DA INF.

A

Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.

§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados.

§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência PRORROGADA.

§ 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § 2o).

18
Q

Disserte sobre a competência estabelecida pela DISTRIBUIÇÃO

A

ART. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver + de 1 juiz igualmente competente (conflito positivo de competência).

Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal.

19
Q

Disserte sobre a competência estabelecida pela CONEXÃO OU CONTINÊNCIA

A

Art. 76. A competência será determinada pela conexão:

A) 2 ou + infrações, houverem sido praticadas, AO MESMO TEMPO, por várias pessoas reunidas,
B) Várias pessoas em concurso, embora DIVERSO O TEMPO e o LUGAR;
C) Várias pessoas, umas contra as outras;

II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;

III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:

I - 2 ou + pessoas forem acusadas pela mesma infração;

II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal. (concurso formal)

20
Q

O que se considera Cadeia de custódia?
Quando se dá o início da cadeia de custódia?

A

ART. 158-A. Considera-se CADEIA DE CUSTÓDIA o conjunto de TODOS os procedimentos utilizados para manter e documentar a HISTÓRIA CRONOLÓGICA do vestígio coletado em locais ou em vítimas de
crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu RECONHECIMENTO até o DESCARTE.

1º O INÍCIO da cadeia de custódia dá-se com a PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

21
Q

Quem pode recusar-se a depor e qual a exceção a recusa?

A

ART. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, RECUSAR-SE a fazê-lo:

A) Ascendente ou descendente,
B) Afim em linha reta;
C) Cônjuge, ainda que desquitado,
D) Irmão
E)Pai e mãe
F) Filho adotivo do acusado

SALVO quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

22
Q

O que é considerado DOCUMENTO para o CPP (ART. 231)?

A

ART. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.

ART. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo.

23
Q

O que é considerado Indícios?

A

ART. 239. Considera-se INDÍCIO a circunstância CONHECIDA e PROVADA, que, tendo relação com o fato, autorize, por INDUÇÃO, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.

24
Q

Quais são os 03 princípios da Ação Privada?

A

Oportunidade: De acordo com a conveniência do ofendido;

Disponibilidade: o ofendido pode prosseguir, ou não, até o fim (sentença), na ação penal privada, pois dela poderá dispor

Indivisibilidade: indivisibilidade, pelo qual a queixa crime deverá ser oferecida contra todos os autores do crime, ou seja, o ofendido não poderá escolher, dentre os ofensores, qual irá processar.

25
Q

Explique a Retratação e em quais crimes é cabível

A

Na retratação o agente reconsidera a afirmação anterior que fez, procurando impedir o dano que poderia resultar da sua falsidade. Somente é admitida em 4 crimes:
1) Calúnia,
2) Difamação,
3) Falso testemunho
4) Falsa perícia.

Obs.: A REPRESENTAÇÃO será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

26
Q

Quais as diferenças existentes na Ação P. Pública x Ação P. Privada?

A

*PUBLÍCA:
Titularidade exclusiva do MP;
Obrigatoriedade;
Indisponibilidade;
Divisibilidade;
Intranscendência;
Oficialidade

PRIVADA:
Titularidade do OFENDIDO
Oportunidade e Conveniência
Disponibilidade
INdivisibilidade
Intranscendência

27
Q

Explique o conceito de autor, segundo a teoria objetivo-formal e conceitue partícipe.

A

Para a teoria objetivo-formal, o autor é quem realiza a figura típica (cumpre as elementares do tipo penal que estão previstas na tipificação normativa).

O partícipe é aquele que comete ações fora do tipo (instiga, induz, auxilia, apenas dirige o veículo para garantir a fuga, isto é, condutas menos relevantes).

Em conclusão, o Código Penal brasileiro, quanto ao concurso de agentes, adotou a TEORIA OBJETIVO-FORMAL para coautoria e participação, pois diferencia autores de partícipes:

28
Q

O que é vestígio?

A

§ 3º VESTÍGIO é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.

29
Q

Quem é proibido de depor e qual a exceção da proibição?

A

ART. 207. São PROIBIDAS de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo.

Salvo se: (2 requisitos: desobrigar + querer)
1) DESOBRIGADAS pela parte interessada,
2) QUISEREM dar o seu testemunho

30
Q

Quais as características da renuncia?

A

*Renuncia:
Expressa ou tácita;
Unilateral
Irretratável
Indivisível
Ação penal privada e Pub. cond. (nos casos da lei 9099, art. 74)
Antes da propositura da ação (fase pré-processual)

31
Q

Quais as características da Perdão?

A

*Perdão
Expressa ou tácita;
Bilateral (depende de aceitação do ofendido)
Indivisível
Ação penal privada
Antes da sentença transitada em julgada

32
Q

O que é a perempção?

A

Perempção é a punição pela inércia do querelante em um processo que envolva alguma das ações penais privadas. Também possui natureza jurídica de extinção da punibilidade.

Obs.: A primeira hipótese de perempção ocorrerá quando, após o início da ação penal privada, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos. Também haverá perempção quando, falecendo o querelante ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo para prosseguir no processo dentro do prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo – são elas: o cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão (Sigla para lembrar! CADI).

33
Q

Quais são as condições da Ação e o que mudou em relação a elas?

A

1) São condições da ação: Legitimidade e Interesse de agir.

2) Com o novo CPC, a possibilidade jurídica do pedido deixou de ser uma condição da ação, com isso ela agora é verificada na ação, gerando resolução de mérito.

34
Q

Quando será indispensável o exame de corpo de delito? pode ser suprido ?

A

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, SERÁ
INDISPENSÁVEL O EXAME DE CORPO DE DELITO, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.

Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de
delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.