CTB Flashcards
Quais são as características do CTB quanto a sensibilidade e especificidade?
- Alta sensibilidade (alto valor preditivo negativo – capta muito pela sensibilidade mas a maioria é negativo) e baixa especificidade (muito falso positivo).
- Exame que através de 2 transdutores capta a atividade uterina (contrações) e cardíaca fetal (BCF).
Quais os parâmetros a serem analisados em uma CTB?
- BCF.
- Aceleração transitória.
- Variabilidade.
- Desaceleração.
Quais são os parâmetros de normalidade quanto ao BCF?
- Deve estar entre 110-160 na linha de base.
o Taquicardia: Corioamnionite (questionar perda de líquido), pirexia, tireotoxicose, hipóxia inicial.
o Bradicardia: Hipóxia.
Quais são os parâmetros de normalidade quanto a aceleração transitória?
- ↑15 BCF sustentada por 15’’ pelo menos 2x nos 20’, oriundos da movimentação fetal, representando vitalidade.
o Ausência: Sono ou hipóxia (realizar estimulo vibro-acústico para identificar a diferença).
o IG < 32s: Aumento de 10 BCF sustentado por 10s no 20’.
Quais são os parâmetros de normalidade quanto a variabilidade?
- 6-25 na linha de base.
o Diminuída: Hipóxia, prematuridade ou sono.
o Ausente: Linha de base fica reta evidenciando hipóxia.
o Aumentada: Movimentação fetal intensa.
Defina a desaceleração tipo 1 e sua patogênese?
I. Precoce: Compressão do polo cefálico, em maior frequência quando já houve perda de líquido, ativando os baroceptores fetais que percebem o aumento de pressão e respondem com ativação parassimpática. Pico da contração se encontra com o nadir da desaceleração.
Quais são os tipos de categoria de classificação de uma CTB?
I. Normalidade: BCF normal, variabilidade presente, DIP I.
II. Tudo aquilo que não se encaixa na normalidade (categoria I) e na anormalidade sugestiva de hipóxia (categoria III). Mudar decúbito, suspender ocitocina, introduzir cateter nasal e continuar CTB observando evolução para DIP III ou regressão para DIP I.
III. Variabilidade ausente + DIP II/III ou bradicardia. Mudar decúbito, suspender ocitocina, cateter nasal e resolução da gestação pela via mais rápida.
o Padrão sinusoidal isoladamente já configura categoria III.
o Preditores de mortalidade fetal: Bradicardia, ausência de variabilidade, DIP II/III e padrão sinusoidal.
Defina a desaceleração tipo 2 e sua patogênese?
II. Tardia: Desaceleração tardia visto baixa reserva de O2 do feto, usualmente em RCIU por insuficiência placentária (estase do espaço interviloso), somado a uma contração uterina que diminui o aporte de oxigênio deixando o feto em ↓pO¬2 e ↑pCO¬ com consequente acidose. Essa ultima por sua vez é percebido por quimioceptores que respondem através de vasoconstrição periférica. Por sua vez os baroceptores percebendo o aumento de pressão advindo da vasoconstrição promove ativação parassimpática, resultando em uma desaceleração tardia motivada por uma cascata mais longa até a resposta parassimpática. O pico da contração antecede o nadir da desaceleração.
Defina a desaceleração tipo 3 e sua patogênese?
III. Variável: Desacelerações variáveis, por compressão do cordão umbilical (funículo) interrompendo a passagem sanguínea através do mesmo, desencadeando resposta parassimpática via ativação dos baroceptores. As compressões geralmente ocorrem por mudança de posição materna, escassez do líquido, nós de cordão, etc.
o Padrão sinusoidal: Por anemia fetal, geralmente advindo de incompatibilidade do fator Rh.