Complicações em anestesia 2 Flashcards
V ou F?
Uma das recomendações possíveis para pacientes com alto risco de NVPO é a realização de profilaxia combinada com 2 ou mais medicamentos antieméticos.
V.
V ou F?
O bloqueio residual após a anestesia é uma complicação clinicamente irrelevante, pois, apesar de gerar sensação de desconforto no paciente, não afeta nem morbidade e nem mortalidade.
Falso.
O bloqueio residual após a anestesia é uma complicação clinicamente relevante, pois se associa a fraqueza muscular, hipoxemia, complicações pulmonares e disfunção respiratória aguda que pode levar a insuficiência respiratória, distúrbio da via aérea superior, dano cerebral permanente e morte.
Complicações do bloqueio neuromuscular residual? (12)
Dificuldade de deglutição;
Regurgitação passiva de conteúdo gástrico;
Redução da resposta ventilatória à hipóxia e à hipocapnia;
Colapso das vias aéreas;
Diplopia;
Hipoxemia;
Eventos exigentes críticos na SRPA;
Retardado na alta da SRPA;
Aumento do tempo de desmame do ventilador;
Aumento do tempo de intubação em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos cardíacos;
Atelectasia;
Pneumonia pós-operatória.
V ou F?
A não ser que o paciente vá continuar intubado no pós-operatório, independentemente da duração do procedimento, agentes de longa duração como o Pancurônio devem ser evitados devido ao alto risco de bloqueio neuromuscular residual.
V.
Incidência de bloqueio residual do Pancurônio?
15 a 45%.
Anticolinesterásicos só devem ser usados para reversão de bloqueio neuromuscular adespolarizante quando TOF…
≥ 2 (e T4/T1 < 0,9).
Quanto mais _________ (superficial/profundo) o bloqueio neuromuscular, mais rápido é a sua reversão.
Superficial.
V ou F?
Para bloqueios adespolarizantes com TOF ≤ 1 contração, não deve ser tentada ainda uma reversão com anticolinesterásicos.
V.
V ou F?
Na reversão do bloqueio adespolarizante, os anticolinesterásicos devem ser idealmente administrados em torno de 15 a 30 minutos antes da extubação para que seu efeito máximo seja observado.
V.
V ou F?
O uso da monitorização da transmissão neuromuscular não é necessário para garantir que haja reversão completa do BNM adespolarizante ao término do procedimento.
Falso.
O uso da monitorização da transmissão neuromuscular é necessário para garantir que haja reversão completa do BNM adespolarizante ao término do procedimento.
A reversão completa do bloqueio neuromuscular adespolarizante é atingida quando…
T4/T1 ≥ 0,9.
Garantia de recuperação da permeabilidade da via aérea por meio da atividade do músculo genio-hióideo.
Medidas que podem auxiliar no controle perioperatório da pressão arterial? (2)
Manutenção dos medicamentos anti-hipertensivos em uso;
Medicação ansiolítica (medicação pré-anestésica).
Patologias que podem cursar com hipertensão já no pré-operatório? (5)
TEM;
Feocromocitoma;
Hipertensão intracraniana (tríade de Cushing);
Síndrome de Cushing;
Doenças hipertensivas gestacionais.
Drogadições que podem cursar com hipertensão já no pré-operatório? (3)
Cocaína;
Rachadura;
Anfetaminas.
Possíveis causas de hipertensão no intra-anestésico secundárias ao aumento do tônus simpático? (11)
Laringoscopia;
Intubação e extubação traqueal;
Profundidade anestésica convencional;
Nocicepção;
Hipercapnia;
Hipóxia;
Superdosagem de medicamentos inotrópicos e vasopressores;
Liberação de catecolaminas secundárias a drogas (Quetamina) ou a causas mais específicas (pneumoperitônio, manipulação de Feocromocitoma);
Complicações (hipertermia maligna);
Fixação aórtica;
Fatores relacionados à HAS (HAS mal controlada e/ou efeito rebote por suspensão abrupta de medicamentos anti-hipertensivos).
Diagnósticos diferenciais de hipertensão no pós-operatório imediato? (5)
Dor;
Retenção urinária (bexigoma);
Ansiedade;
Agitação psicomotora;
Bloqueio neuromuscular residual.
V ou F?
Em pacientes hipertensos crônicos assintomáticos que apresentam aumento pressórico na SRPA sem etiologia reversível associada, uma instituição de medicamentos habituais pode ser uma opção de tratamento.
V.
V ou F?
A síndrome da infusão de Propofol é um transtorno heterogêneo que ocorre raramente durante a administração de infusões de altas doses de Propofol por mais de 48 horas em pacientes habitualmente gravemente doentes no cenário de administração de vasopressor ou de glicocorticóide.
V.
A síndrome da infusão de Propofol pode ocorrer durante infusões de Propofol maiores que…
5 mg/kg/h (ou > 83,3 μg/kg/min) por mais de 48 horas.
V ou F?
A síndrome da infusão de Propofol é causada por disfunção mitocondrial.
V.
A síndrome da infusão de Propofol é mais comum em ________ (adultos/crianças).
Crianças.
Síndrome da infusão de Propofol é _______ (comum/rara).
Rara.
Síndrome da infusão de Propofol
Quadro clínico? (12)
Acidose metabólica;
Rabdomiólise;
Hipercalemia;
Febre;
Hipertrigliceridemia;
Infiltração gordurosa no fígado;
Hepatomegalia;
Insuficiência renal;
Alterações no eletrocardiograma (bloqueio de ramo direito);
Bradicardia refratária;
Arritmia;
Insuficiência cardíaca.
V ou F?
Para síndrome da infusão de Propofol, não há teste diagnóstico ou antídoto, e o tratamento é de suporte.
V.
Síndrome da infusão de Propofol
Medidas preventivas? (2)
Em situações de sedações prolongadas (ex.: ITU);
Dose de Propofol idealmente < 4 mg/kg/h EV BIC.
V ou F?
Aracnoidite adesiva é uma complicação grave da anestesia subaracnóidea, sendo manifestada por diminuição da força motora e alterações de sensibilidade em membros inferiores e no períneo.
V.
Aracnoidite adesiva
Etiologias? (6)
Infecção local;
Sangue venoso sem espaço intratecal;
Adição de substância ao anestésico local;
Presença de antioxidantes na solução;
Contaminação de material utilizado em anestesia com antissépticos e detergentes;
Punção dural traumática.
V ou F?
Casos de aracnoidite foram descritos após raquianestesia total, nos quais grandes quantidades de anestésico local foram injetadas no espaço subaracnóideo depois de punção inadvertida da dura-máter, com agulha de peridural.
V.
Aracnoidite adesiva
Quadro clínico? (3)
Início lento (aparecendo alguns dias ou semanas após a realização do bloqueio);
Paraplegia;
Morte.
Considerações devem ser feitas para evitar complicações neurológicas durante bloqueios de neuroeixo? (7)
Cuidado com a esterilização do material;
Certifique-se de que todos os participantes do ato anestésico contenham máscara ou outro dispositivo facial;
Usar uma dose menor eficiente de anestésico local;
Avaliar cuidadosamente os parâmetros de coagulação;
Avaliar com cautela o resultado do bloqueio neuroaxial antes de fazer nova injeção;
Evite grandes injeções e doses repetidas de anestésico;
Não injetar soluções com conservantes.
Anestésicos locais são bases fracas que atravessam a membrana plasmática em sua forma ________ (ionizada/não ionizada).
Não ionizado.
Fórmula do pKa para os anestésicos locais?
pKa - pH = log [base ionizada] / [base não ionizada]
Um dos fatores que explicam o aprisionamento de íons é que, quanto menor o pH do meio, maior a concentração da forma ________ (ionizada/não ionizada) do anestésico local em relação à forma ________ (ionizada/não ionizada).
Ionizado; não ionizado.
O anestésico local, na sua “forma de íon”, não será capaz de atravessar membranas plasmáticas e ficará preso no local onde for encontrado.
Situações relevantes em anestesia relacionadas à ocorrência de aprisionamento iônico de anestésicos locais? (3)
Acidose fetal;
Acidose no paciente (aumenta o risco de toxicidade do SNC);
Primeira passagem pulmonar.
V ou F?
A acidose fetal faz com que, uma vez que o anestésico local alcance a circulação fetal, ele tenha dificuldades de sair de lá. Dessa forma, o AL ficaria aprisionado, aumentando suas concentrações fetais e podendo levar ao seu acúmulo no feto.
V.
O anestésico local não consegue realizar a passagem transplacentária na forma ionizada.
V ou F?
No cérebro, o aprisionamento de íons pode ocorrer em casos de aumento da PaCO 2 , levando a um aumento do fluxo sanguíneo cerebral com conseqüente maior aporte cerebral do anestésico local, juntamente com o aumento do pH intracelular dos neurônios, pela difusão do CO 2 para o interior do neurônio.
Falso.
No cérebro, o aprisionamento de íons pode ocorrer em casos de aumento da PaCO 2 , levando a um aumento do fluxo sanguíneo cerebral com conseqüente maior aporte cerebral do anestésico local, juntamente com a redução do pH intracelular dos neurônios, pela difusão do CO 2 para o interior do neurônio.
Por outro lado, a redução do pH plasmático também favorece a forma catiônica do AL dificultando sua transferência através da barreira hematencefálica.
V ou F?
Os pulmões têm um pH mais ácido em comparação com o sangue, o que favorece a ionização do anestésico local. Dessa forma, os pulmões apresentam grande capacidade de exaustão tecidual do anestésico local, sendo relevante na cinética de redução da concentração sérica desses agentes na primeira passagem pelo órgão.
V.
Recomendações de segurança para anestesia para cirurgias de via aérea com laser? (4)
Manter FiO 2 < 40%;
Evite o uso de Óxido nitroso;
Utilização de tubo traqueal específico para cirurgias com laser;
Inflar balonete do tubo traqueal com SF0,9% e Azul de metileno (caso algum raio mal direcionado atinja o balonete, perfurando-o, o azul de metileno vai alertar sobre o vazamento e a solução salina vai extinguir o fogo iniciado).
Conduta em caso de incêndio via aérea? (6)
Cessar a ventilação e remover o tubo endotraqueal;
Desligar o oxigênio e desconectar o circuito do ventilador;
Mergulhar o tubo em água;
Ventilar o paciente com máscara facial e reintubar;
Avaliar os danos nas vias aéreas através de broncoscopia, radiografias seriadas e gasometria arterial;
Considere lavagem brônquica e uso de esteroides.
Pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica são _____ (menos/mais) propensos ao desenvolvimento de hipotensão intraoperatória.
Mais.
V ou F?
O risco de lesão renal aguda aumenta quando a PAM se mantém menor que 60 mmHg por mais que 20 minutos ou menor que 55 mmHg por mais que 10 minutos.
V.
V ou F?
Choque hemorrágico é um tipo de choque hipovolêmico, que, por sua vez, é classificado como um choque hipodinâmico.
V.
Choque hemorrágico é caracterizado por _______ (redução/aumento) do fluxo sanguíneo.
Redução.
Choque hemorrágico é caracterizado por _______ (redução/aumento) do subsídio cardíaco.
Redução.
Choque hemorrágico é caracterizado por _______ (redução/aumento) da resistência vascular periférica.
Aumentar.
V ou F?
Choques hemorrágicos, que dependem do volume de perda sanguínea, podem apresentar-se com taquicardia e hipotensão.
V.
V ou F?
Em choques hemorrágicos, ocorre uma redução de 20 a 200 vezes na concentração sérica de Adrenalina e Noradrenalina e redução de cerca de 4 vezes na concentração de Angiotensina II. Em consequência, ocorre o desvio de sangue dos órgãos menos nobres para para órgãos considerados mais nobres (cérebro e coração).
Falso.
Em choques hemorrágicos, ocorre um aumento de 20 a 200 vezes na concentração sérica de Adrenalina e Noradrenalina e aumento de cerca de 4 vezes na concentração de Angiotensina II. Em consequência, ocorre o desvio de sangue dos órgãos menos nobres para para órgãos considerados mais nobres (cérebro e coração).
V ou F?
CIVD é uma síndrome clínica caracterizada por excesso de ativação da coagulação sanguínea, seguida de aumento da fibrinólise ou bloqueio desta.
V.
Principais condições relacionadas ao CIVD? (9)
Sepse bacteriana (~30 a 50%);
Trauma;
Embolia de líquido amniótico (> 50%);
Descolamento de placenta (~10%);
Pré-eclâmpsia;
Hemorragia pós-parto;
Neoplasias malignas sólidas e hematológicas;
Falência hepática fulminante;
Toxicidade e reações imunológicas.
Principais condições obstétricas relacionadas à CIVD? (4)
Embolia de líquido amniótico (> 50%);
Descolamento de placenta (~10%);
Pré-eclâmpsia;
Hemorragia pós-parto.
Parâmetros dos exames laboratoriais convencionais que indicam suspeita de CIVD? (5)
RNI > 1,5;
TTPa > 1,5;
Fibrinogênio plasmático < 200 mg/dL;
PLQ < 50.000/mm 3 ;
D-dímero avançado.
V ou F?
No perioperatório, o pico de incidência de infarto agudo do miocárdio se dá nos primeiros 3 dias à cirurgia, mais especificamente nas primeiras 24 horas.
V.
Fatores de risco para isquemia miocárdica no perioperatório? (4)
História de doença arterial coronariana;
Anemia;
Tremores;
Dor.
Achados possíveis de isquemia cardíaca em pacientes sob anestesia geral? (5)
Hipotensão inexplicável;
Alteração sugestiva de isquemia no ECG;
Arritmia;
Alteração não específica no ECG;
Ecocardiograma avistando movimento anormal da parede ventricular.
Ao tipo de infarto agudo do miocárdio provocado pelo desbalanço entre oferta e demanda de oxigênio para o músculo cardíaco dá-se o nome de IAM tipo…
2.
V ou F?
A lesão miocárdica após cirurgia não cardíaca representa um conceito mais amplo do que o IAM, sendo definida como uma lesão miocárdica de origem isquêmica que resulta em necrose celular dentro de 30 dias após uma cirurgia não cardíaca.
V.
V ou F?
SAHOS caracteriza-se pelo distúrbio perturbador das estruturas da orofaringe durante o sono, sendo comumente subdiagnosticado.
V.
Fatores de risco para SAHOS? (4)
Obesidade;
Circunferência cervical aumentada;
Hipoplasia maxilar ou mandibular;
Abertura orofaríngea restrita (classe de Mallampati elevada, profundidade reduzida).
Causa mais comum de SAHOS em crianças?
Hipertrofia adenoamigdaliana.
(pico de incidência entre 2 e 8 anos de idade)
Se não tratado, SAHOS pode provocar… (6)
Hipertensão arterial sistêmica;
Doenças cardiovasculares;
Arritmias;
Síndrome metabólica;
Policitemia;
Hipertensão arterial pulmonar.
V ou F?
Pacientes com SAHOS apresentam maior risco de dificuldade de ventilação sob máscara facial e intubação orotraqueal.
V.
V ou F?
Qualquer paciente com diagnóstico de SAHOS firmado ou suspeito deve ser tratado como um caso potencial de via aérea difícil.
V.
Exame diagnóstico para SAHOS?
Polissonografia.
Diagnóstico de SAHOS?
Índice de Apneia-Hipopneia ≥ 5 na polissonografia.
Índice de Apneia-Hipopneia (IAH):
Normal: < 5;
SAHOS nível: 5 a 15;
SAHOS moderada: > 15 a 30;
Túmulo de SAHOS: > 30.
V ou F?
Na RTU, a ressecção causa a abertura dos seios venosos, o que permite a absorção do líquido de irrigação, podendo causar distúrbios conhecidos como Síndrome da RTU.
V.
V ou F?
A Glicina atua como um neurotransmissor excitatório, principalmente na retina, medular e tronco cerebral, além de ser biotransformada em amônia, podendo gerar toxicidade ao SNC.
Falso.
A Glicina atua como um neurotransmissor inibitório , principalmente na retina, medula espinhal e tronco cerebral, além de ser biotransformada em amônia, podendo gerar toxicidade ao SNC.
O uso de Glicina como solução de gripe para RTU pode… (3)
Perda visual transitória;
Depressão cardiovascular;
Coma ou retardo não desperta.
V ou F?
A amostragem do líquido de supervisão durante a RTU de próstata está relacionada diretamente com o número e o tamanho dos seios venosos abertos, a duração da ressecção e a altura da bolsa de solução de supervisão acima da mesa cirúrgica.
V.
Drogas podem contribuir para lesões renais? (13)
Agentes de radiocontraste;
Aminoglicosídeos;
Anfotericina;
AINEs;
Antibióticos β-lactâmicos (contribuem especificamente para nefropatia);
Sulfonamidas;
Aciclovir;
Metotrexato;
Cisplatina;
Ciclosporina;
Tacrolimo;
iECA;
ARA II.
V ou F?
Apesar de, idealmente, todas as drogas potencialmente nefrotóxicas deverem ser, se possível, evitadas no período perioperatório de cirurgias de alto risco para LRA, nenhuma estratégia farmacológica se mostrou com eficácia definitiva na prevenção precoce do LRA.
V.
V ou F?
A circulação fetal possui um subsídio cardíaco combinado, ou seja, tanto o ventrículo direito como o ventrículo esquerdo ejetam sangue para a circulação sistêmica, através do forame oval e do canal arterial.
V.
Na circulação fetal, a circulação sistêmica possui _____ (baixa/alta) resistência vascular devido à placenta, propiciando o shunt direita-esquerda através do forame oval e canal arterial.
Baixa.
V ou F?
Os distúrbios hipertensivos específicos da gestação complicam cerca de 10% das gestações, constituindo uma das principais causas de morbimortalidade materna e perinatal.
V.
Classificação dos distúrbios hipertensivos gestacionais? (6)
Hipertensão arterial crônica;
Hipertensão gestacional;
Hipertensão arterial crônica com pré-eclâmpsia sobreposta;
Pré-eclâmpsia;
Eclampsia;
Síndrome HELLP.
Principal causa de morte em doenças hipertensivas gestacionais?
Hemorragia cerebral.
Bloqueios de neuroeixo são contraindicados em caso de contagem plaquetária…
< 50.000/mm 3.
V ou F?
Em pacientes com pré-eclâmpsia grave submetidos a bloqueio de neuroeixo, na
estratégia de coload, volumes menores de cristaloides devem ser administrados.
V.
Principais restrições da anestesia geral para cesárea em pacientes com doença hipertensiva gestacional? (4)
Presença de contraindicação para bloqueio de neuroeixo (plaquetopenia, coagulopatia, recusa do paciente);
Estado pós-ictal com rebaixamento do nível de consciência;
Convulsões recorrentes;
Edema pulmonar com hipóxia.
V ou F?
Em gestantes submetidas a anestesia geral, o edema e a friabilidade das estruturas orotraqueais dificultam a intubação e provocam maior risco de sangramento.
V.
V ou F?
No caso de anestesia geral para paciente com doença hipertensiva gestacional, a resposta pressórica à laringoscopia pode aumentar perigosamente os níveis pressóricos e resultar em hemorragia intracraniana.
Verdadeiro.
É de fundamental importância obter um plano anestésico adequado durante a intubação e extubação.
O Sulfato de Magnésio usado no tratamento de pré-eclâmpsia e eclâmpsia ________ (atenua/potencializa) os BNMAs, que podem ter sua duração muito ________ (reduzida/aumentada).
Potencializa; aumenta.
V ou F?
O Sulfato de Magnésio usado no tratamento de pré-eclâmpsia e eclâmpsia potencializa os BNMAs, que podem ter sua duração muito aumentada. O bloqueio neuromuscular deve ser cuidadosamente monitorizado nesses pacientes.
V.
V ou F?
A síndrome de Horner é uma síndrome causada pelo comprometimento simpático ao nível do gânglio planejado.
V.
Síndrome de Horner
Quadro clínico? (4)
Miose ipsilateral;
Ptose ipsilateral;
Enoftalmia ipsilateral;
Anidrose ipsilateral.
(ipsilaterais ao gânglio estrelado comprometido)
Síndrome de Horner
Mecanismos possíveis relacionados à anestesia? (3)
Bloqueio do gânglio estrelado;
Hematoma comprometendo o gânglio estrelado;
Lesão do gânglio estrelado.
Síndrome de Horner
Possíveis etiologias relacionadas à anestesia? (7)
Bloqueio interescalênico;
Bloqueio supraclavicular;
Bloqueio do plexo cervical;
Bloqueio do gânglio cervicotorácico (estrelado);
Bloqueio intercostal posterior (ocorre grande dispersão cefálica);
Bloqueio pleural;
Bloqueio de nervo paravertebral.
V ou F?
A síndrome de Horner verifica a localização correta de injeção no bloqueio do gânglio cervicotorácico.
V.
Funções do nervo laríngeo recorrente? (2)
Inervação motora de quase todos os músculos da laringe (exceção: músculo cricotireóideo, que é inervado pelo nervo laríngeo externo, ramo do nervo laríngeo superior);
Inervação sensitiva da laringe abaixo das cordas vocais (subglota).
Situações com risco de lesão bilateral do nervo laríngeo recorrente? (7)
Cirurgias de tireóide;
Cirurgias de paratireoide;
Cirurgias nas regiões de suas trajetórias;
Tumores;
Rotação cervical restrição;
Compressão por tubo traqueal;
Compressão por dispositivo supraglótico (a incidência é muito pequena e os fatores predisponentes comuns em quase todos os casos foram tamanho muito pequeno do dispositivo supraglótico e o uso de Óxido Nitroso).
V ou F?
Os ramos dos nervos laríngeo interno e laríngeo recorrente situam-se profundamente na túnica mucosa do recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja no recesso.
V.
Quadro clínico da lesão unilateral do nervo laríngeo recorrente? (3)
Rouquidão ou disfonia (paralisia unilateral de uma corda vocal);
Dispneia;
Dificuldade de deglutição (principalmente para líquidos).
Quadro clínico da lesão bilateral do nervo laríngeo recorrente? (2)
Dispneia ambiental fatal;
Dificuldade para reintubação.
V ou F?
Uma lesão do nervo laríngeo recorrente pode ocorrer em qualquer cirurgia de tireoide.
V.
Nas tireoidectomias, a lesão do nervo laríngeo recorrente ocorre em 5 a 11% dos casos.
Situação mais grave de lesão do nervo laríngeo recorrente?
Lesão bilateral incompleta.
Gera grave interferência respiratória em razão do dano das fibras nervosas abdutoras, com permanência da função de adução das pregas vocais em cada lado.
V ou F?
Nos casos de paralisias unilaterais ou bilaterais completas e unilaterais parciais do nervo laríngeo recorrente, a interação entre prega vocal acometida e íntegra permite a passagem de ar durante a inspiração.
V.
A neuropatia óptica isquêmica é ocasionada por uma lesão isquêmica ao…
nervo óptico.
Causas mais comuns de perda visual pós-operatória? (2)
Neuropatia óptica isquêmica;
Oclusão arterial retiniana por extensão externa.
V ou F?
A principal causa relacionada à perda visual pós-operatória é a neuropatia óptica isquêmica durante cirurgias espinhais.
V.
Fatores de risco para Neuropatia óptica isquêmica no perioperatório relacionado ao ato anestésico-cirúrgico? (6)
Hipotensão prolongada;
Duração da cirurgia > 6 horas (especialmente na posição prona);
Decúbito ventral;
Perda sanguínea > 1 litro;
Aumento da pressão intraocular no olho dependente;
Uso do suporte de coluna (ponte de Wilson).
Fatores de risco para Neuropatia óptica isquêmica no perioperatório relacionado ao paciente? (6)
TEM;
Mestre;
Aterosclerose;
Obesidade grau 3;
Tabagismo;
Sexo masculino.
V ou F?
Hipotensão prolongada em decúbito ventral é um dos fatores de risco para neuropatia óptica isquêmica, com risco de perda visual pós-operatória. Apesar disso, a hipotensão permissiva pode ser usada com segurança em pacientes com débito ventral para reduzir o sangramento cirúrgico.
Falso.
Hipotensão prolongada em decúbito ventral é um dos fatores de risco para neuropatia óptica isquêmica, com risco de perda visual pós-operatória. Por isso, a hipotensão permissiva está proscrita em pacientes em decúbito ventral .
Medidas preventivas para NOI em pacientes em decúbito ventral? (8)
Evitar pressão direta sobre o olho;
Posicionar o paciente com a cabeça no mesmo nível do coração e em posição neutra sempre que possível;
Evitar a compressão externa do abdômen;
Verificações oculares frequentes durante a cirurgia (idealmente a cada 30 min);
Evitar a hipotensão;
Evitar hipovolemia;
Manter o hematócrito sempre > 30%;
Em cirurgias com duração > 12 horas, considere realizar a cirurgia em etapas.
Tipo mais comum de lesão no olho no perioperatório?
Abrasão corneana.
Fatores relacionados à abrasão corneana no perioperatório? (3)
Trauma direto da córnea (por máscaras, campos cirúrgicos e outros objetos);
Diminuição da produção de lágrimas;
Inchaço do olho em pacientes em decúbito ventral.
Abrasão corneana
Quadro clínico? (6)
Dor que tende a aumentar com o piscar de olhos;
Sensação de corpo estranho no olho;
Fotofobia;
Lacrimejamento;
Visão borrada e dor;
Inflamação da conjuntiva.
As abrasões córneas geralmente causam sintomas _________ (transitórios/permanentes) e cicatrizam dentro de 24 a 48 horas, _________ (raramente/geralmente) resultando em sequelas no longo prazo.
Transitórios; rápido.
Abrasões córneas cicatrizaram dentro de um período de…
24 a 48 horas.
Medidas preventivas contra abrasão corneana? (2)
Fechamento cuidadoso das procedimentos após a indução da anestesia;
Vigilância para evitar que algum objeto tenha contato com os olhos.
Abrasão corneana
Tratamento? (3)
Cuidados de suporte;
Pomada antibiótica de início imediato para prevenir a infecção bacteriana e continuar 4x/dia por 48 horas;
Avaliação por um oftalmologista enquanto estiver no hospital ou logo após a alta, dependendo da gravidade dos sintomas.
A Eritromicina é uma terapia de primeira linha, enquanto a Bacitracina pode ser usada em pacientes com contraindicação à Eritromicina.
V ou F?
Em caso de abrasão corneana, os medicamentos descritos anti-inflamatórios não esteroides devem ser usados para ruptura sintomática.
Falso.
No caso de abrasão corneana, os medicamentos discutidos anti-inflamatórios não devem ser usados esteroides, pois podem mascarar a lesão não resolvida, visto que a dor não resolvida é um motivo importante para o acompanhamento dos pacientes.
V ou F?
A hipotermia, na prática, tem repercussão mínima sobre o estágio anestésico-cirúrgico.
Falso.
A hipotermia, mesmo leve, tem grande repercussão sobre o estágio anestésico-cirúrgico.
Recomendações de uso de tabela em pacientes anestesiados? (4)
Procedimentos cirúrgicos > 60 min (padrão-ouro: > 30 minutos);
Crianças;
Idosos;
Situações de alto risco para hipo ou hipertermia (anestesia combinada, risco de hipertermia maligna, risco de síndromes neurolépticas).
A hipotermia pode causar _______ (redução/aumento) da CAM dos anestésicos inalatórios.
Redução.
(porém com pouco efeito sobre o Óxido Nitroso).
A hipotermia pode causar _______ (redução/aumento) do BIS.
Redução.
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) o risco de bloqueio neuromuscular residual.
Aumenta.
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) o risco de eventos cardíacos mórbidos.
Aumenta.
(incidência x3)
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) ou risco de isquemia miocárdica.
Aumenta.
(incidência x3)
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) ou risco de arritmias ventriculares.
Aumenta.
(incidência x3)
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) ou risco de alopecia de pressão.
Aumenta.
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) o tempo de extubação.
Aumenta.
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) o risco de reversão da circulação transicional para o padrão fetal em RNs.
Aumenta.
Hipotermia _______ (reduz/não altera/aumenta) o metabolismo das drogas anestésicas.
Reduzir.
(dessa forma aumentando a duração das drogas anestésicas)
A hipotermia pode causar deslocamento da curva da hemoglobina para…
Esquerda.
Em pacientes portadores de anemia falciforme, a hipotermia pode causar…
crise vaso-oclusiva aguda.
V ou F?
A hipotermia pode causar interferência na leitura de potenciais evocados (PESS e PEM).
V.
V ou F?
Hipotermia não causa disfunção da coagulação nem deficiência na função plaquetária.
Falso.
A hipotermia pode causar disfunção da coagulação e deficiência na função plaquetária.
Principal causa de oxigenação restrita no período de recuperação pós-anestésica?
Atelectasia.
Fatores de risco para atelectasia no perioperatório? (8)
Toracotomia;
Cirurgia de abdômen superior;
Laparotomia com incisão vertical;
Tempo cirúrgico prolongado;
Analgesia pós-operatória insuficiente;
Tabagismo;
Obesidade;
Desnutrição.
Nenhum paciente anestesiado ocorre a redução da capacidade ___________ (funcional residual/de fechamento) sem alteração da capacidade __________ (funcional residual/de fechamento), aumentando a incidência de atelectasias.
Funcional residual; de fechamento.
Laringoespasmo
Reflexo exacerbado de fechamento das cordas vocais, acompanhado pela descida da epiglote sobre o encontrado laríngeo.
V ou F?
O laringoespasmo pode progredir de um estridor inspiratório, com retrações da parede torácica e respiração paradoxal, para uma completa cessação do movimento do ar, apesar do intenso esforço inspiratório.
V.
Laringoespasmo
Medidas preventivas? (7)
Identificação de fatores de risco;
Em crianças, adiar cirurgias eletivas para 2 a 4 semanas após a resolução da infecção das vias aéreas;
Prefira o manejo não invasivo das vias aéreas se possível;
Intubação orotraqueal somente após assegurado nível específico profundo da anestesia;
Extubação em decúbito lateral com vias aéreas bem aspiradas;
Antes da extubação: Lidocaína 1 mg/kg EV e/ou Propofol 0,25 a 0,5 mg/kg EV;
Técnica “No touch” (evitar manipular o paciente e aguardar até que abra os olhos e desperte espontaneamente).
Laringoespasmo
Quadro clínico? (5)
Retração supraesternal, supraclavicular e de fúrcula esternal;
Tórax paradoxal e movimentos abdominais vigorosos;
Laringoespasmo parcial: estridor;
Laringoespasmo completo: sem movimento de ar ou som de respiração (ausência de curva de capnografia ou de movimento da bolsa reservatório);
Sinais clínicos tardios: hipoxemia, bradicardia, cianose.
Laringoespasmo
Tratamento? (6)
Identificação e remoção do estímulo causal (secreção, sangue, etc);
Impulso de mandíbula + manobra de Larson (pressão no “ponto do laringoespasmo”);
Ventilação com pressão positiva com O 2 a 100%;
Se houver falha nas medidas iniciais, chame por ajuda;
Aprofundar plano com Propofol 0,25 a 0,8 mg/kg EV (ou Sevoflurano se não possuir acesso venoso);
Se não houver melhora, administrar Atropina 20 μg/kg EV, seguido de Succinilcolina 0,1 a 3 mg/kg EV (ou 3 a 4 mg/kg IM se não possuir acesso venoso), seguido de ventilação com máscara facial ou intubação traqueal .
Manobra de Larson
Pressão firme no ponto localizado atrás do lóbulo da orelha, entre o ramo da mandíbula e o processo mastoide (ponto do laringoespasmo).
Reação hemolítica transfusional aguda
Reação hemolítica imediata secundária à ação de anticorpos contra antígenos eritrocitários.
Principal causa de ocorrência hemolítica transfusional aguda?
Transfusão do tipo sanguíneo errado.
Reação hemolítica transfusional aguda
Mecanismo?
Ataque direto às células transfundidas do doador pelos anticorpos e sistema complemento do receptor (pode ocorrer com a infusão de apenas 10 mL de sangue doado).
Reação hemolítica transfusional aguda
Quadro clínico? (12)
Febre;
Calafrios;
Náuseas;
Dor no peito;
Dispneia;
Hemoglobinúria;
Ruborização;
Hipotensão;
Taquicardia;
Disfunção renal;
DIC;
Óbito.
V ou F?
Se a ocorrência hemolítica transfusional aguda for tratada de forma adequada, a morte é rara.
V.
Hipocalemia
Concentração de Potássio Sérico < 3,5 mEq/L.
Hipocalemia
Classificação de gravidade? (2)
Leve a moderado: Potássio < 3,5 a 3,0 (comumente assintomático);
Grave: Potássio < 3,0 (alterações cardiovasculares, neuromusculares, renais, endócrinas).
Hipocalemia leve a moderada
Potássio sérico < 3,5 a 3,0.
(comentário assintomático)
Hipocalemia grave
Potássio sérico < 3,0.
(alterações cardiovasculares, neuromusculares, renais, endócrinas)
Hipocalemia
Etiologias? (7)
Déficit total de Potássio no organismo:
Perdas pelo TGI;
Perdas renais;
Perdas pelo suor.
Alterações de distribuição de Potássio no organismo (entrada de Potássio nas células):
Alcalose;
Administração exógena de glicose;
Insulina;
Beta-2-agonistas.
Hipocalemia
Quadro clínico? (11)
Cardiovascular/ECG (geralmente com K+ < 3,0 mEq/L):
Achatamento das ondas T;
Ondas U proeminentes (podem dar a impressão de um intervalo QT prolongado);
Batimentos ectópicos atriais e ventriculares;
Aumente a sensibilidade aos digitálicos, podendo levar a arritmias potencialmente fatais.
Neuromuscular:
Constipação ou íleo paralítico;
Leve fraqueza até paralisia franca (paralisia respiratória quando K+ < 2 mEq/L);
Predisposição à rabdomiólise e à mioglobinúria (pode levar à necrose tubular aguda).
Renal:
Declínio funcional do fluxo sanguíneo renal e da taxa de filtração glomerular (costuma ser reversível com a reposição do potássio);
Incapacidade de concentrar a urina (provoca poliúria);
Produção aumentada de amônia.
Endócrino:
Inibição da liberação de insulina pelo pâncreas (pode gerar um falso diagnóstico de DM).
V ou F?
A ação da aldosterona ocorre no duto coletor, abrindo canais de Na + , o que aumenta a reabsorção dessa cáção, com consequente atração de K + .
V.
Síndrome de Conn (hiperaldosteronismo primário) comumente se apresenta como um paciente jovem com _________ (hipotensão/hipertensão) arterial grave e _________ (hipocalemia/hipercalemia) importante.
Hipertensão; hipocalemia.
A acidose provoca _______ (entrada/saída) de Potássio intra para o extracelular, _________ (reduzindo/aumentando) sua concentração sérica.
Saída; aumentando.
A alcalose provoca _______ (entrada/saída) de Potássio intra para o extracelular, _________ (reduzindo/aumentando) sua concentração sérica.
Entrada; pronto.
V ou F?
Na prática, para cada 0,1 U de alteração do pH sanguíneo, haverá uma alteração concomitante do potássio sérico de 0,6 mmol/L.
V.
V ou F?
Os comprimidos orais de cloreto de potássio podem causar danos gástricos, e os comprimidos entéricos podem produzir ulcerações no intestino delgado.
V.
Situações em que é optado pelo tratamento EV de hipocalemia? (2)
Comprometimento da função gastrointestinal;
Potássio < 3 mEq/L e/ou sinais e sintomas.
Hipercalemia
Concentração de Potássio Sérico > 5,5 mEq/L.
Hipercalemia
Classificação de gravidade? (2)
Nível moderado: 5,5 < Potássio < 6,5 E sem alterações sugestivas de hipercalemia no ECG;
Grave: Potássio > 6,5 E/OU alterações sugestivas de hipercalemia no ECG.
Hipercalemia leve a moderada
5,5 < Potássio sérico < 6,5 E sem alterações sugestivas de hipercalemia no ECG.
Hipercalemia grave
Potássio sérico > 6,5 E/OU alterações sugestivas de hipercalemia no ECG.
Hipercalemia
Causas gerais não transfusionais? (8)
Acidose;
ELR;
IRC;
Espironolactona (ou outros diuréticos poupadores de Potássio);
iECA ou BRA;
Rabdomiólise;
Esmagamento;
Queimaduras.
Causas de hipercalemia relacionadas ao perioperatório? (5)
Succinilcolina (normalmente aumenta o Potássio sérico em 0,5 a 1,0 mEq/L, com início em 3 a 5 minutos e duração de 10 a 15 minutos, mas, em pacientes com grande quantidade de receptores extrajuncionais, pode aumentar o Potássio sérico em 5 a 7 mEq/L);
Transfusão de sangue e hemoderivados (infusão rápida, grandes volumes, infusão pelo acesso central, infusão sob pressão, uso de sangue irradiado, idade do sangue infundido);
Hipotermia;
Hipertermia maligna;
Fase neo-hepática do transplante de fígado.
Raquianestesia total
Dispersão intracraniana do anestésico local.
Geralmente é adicionado à injeção de grandes quantidades de AL no espaço subaracnóideo.
Na raquianestesia total, a difusão cranial do anestésico leva à… (3)
Depressão respiratória;
Hipotensão arterial grave;
Inconsciência.
Raquianestesia total
Mecanismos possíveis? (2)
Injeção de grande volume de AL na raquianestesia;
Perfuração não percebida da dura-máter durante procedimentos como peridural ou bloqueios periféricos, com injeção de grande volume de AL no espaço intratecal.
Procedimentos que podem cursar com raquianestesia total? (9)
Raquianestesia;
Anestesia peridural;
Anestesia combinada raquiperidural;
Anestesia peridural sacral;
Bloqueio do plexo cervical;
Bloqueio interescalênico;
Bloqueio paravertebral;
Bloqueio maxilar pela via suprazigomática clássica;
Bloqueio retrobulbar intraconal.
Raquianestesia total
Quadro clínico? (3)
Depressão respiratória;
Hipotensão arterial grave;
Inconsciência.
V ou F?
As crianças não podem desenvolver hipotensão ou bradicardia, mesmo na presença de raquianestesia total, mas a apneia ainda pode ocorrer devido ao bloqueio bulbar.
V.
V ou F?
O diagnóstico de uma raquianestesia total pode demorar para acontecer, uma vez que os sintomas demoram horas para aparecer.
Falso.
O diagnóstico de uma raquianestesia total é normalmente feito precocemente , uma vez que os sintomas aparecem em poucos minutos.
Tratamento da raquianestesia total? (3)
Intubação;
Vasopressores;
Infusão de líquidos.
Meta-hemoglobinemia
Síndrome clínica causada pelo aumento da concentração de meta-hemoglobina no sangue.
Ocorre tanto por alterações congênitas (crônicas) na síntese ou no metabolismo da hemoglobina, como em situações agudas de desequilíbrio nas reações de redução e oxidação provocadas pela exposição a agentes químicos diversos.
Principal característica da meta-hemoglobinemia?
Cianose central, que não responde à oxigenoterapia.
MetHb < 15%:
Pigmentação acinzentada da pele, mas é comum essa condição passar despercebida.
MetHb > 12 a 15%:
Sangue marrom “cor de chocolate” e cianose central que não responde à administração de O 2 suplementar e é desproporcional aos sintomas gerais discretos.
O diagnóstico de meta-hemoglobinemia deve ser suspeitado em pacientes que apresentam…
cianose e baixa leitura de saturação ao oxímetro de pulso, sem que haja comprometimento cardiopulmonar significativo.
V ou F?
A meta-hemoglobina absorve luz quase que igualmente nos comprimentos de onda de 660 nm e de 940 nm na razão de absorção de 1:1.
V.
Em situações onde não há MetHb e as concentrações de Hb e de HbO 2 estão numa razão de absorção 1:1, o oxímetro de pulso lê uma SpO 2 de 85%.
Dessa forma, elevações crescentes na concentração de MetHb causam desvios progressivos na leitura da SpO 2 desde o valor fidedigno em direção ao valor falso de 85%.
V ou F?
No caso de meta-hemglobinemia, um paciente bem oxigenado falsaia uma hipóxia, porque a leitura da oximetria tende a 85%. Já em um paciente em hipóxia, a leitura da oximetria tende a 85%, podendo falsear valores maiores do que os reais.
V.
Em situações onde não há MetHb e as concentrações de Hb e de HbO 2 estão numa razão de absorção 1:1, o oxímetro de pulso lê uma SpO 2 de 85%.
Dessa forma, elevações crescentes na concentração de MetHb causam desvios progressivos na leitura da SpO 2 desde o valor fidedigno em direção ao valor falso de 85%.
Drogas usadas em anestesia que podem desencadear meta-hemoglobinemia? (8)
Óxido Nítrico (inalações > 80 ppm);
Anestésicos locais (Prilocaína, Benzocaína, EMLA, Lidocaína, Bupivacaína);
Óxido Nitroso;
Metoclopramida;
Acetaminofeno;
Nitroglicerina;
Nitroprussiato;
Azul de Metileno.
V ou F?
A meta-hemoglobina é capaz de se ligar à oxigênio e transportá-lo aos tecidos, dessa forma não promovendo anemia funcional e hipóxia tecidual.
Falso.
A meta-hemoglobina é incapaz de se ligar a oxigênio e transportá-lo aos tecidos, dessa forma promovendo anemia funcional e hipóxia tecidual.
A anemia torna os pacientes mais sensíveis à meta-hemoglobinemia, por diminuir a reserva funcional de Hb.
Meta-hemoglobinemia
Tratamento? (4)
Remoção do agente causador;
Administração de oxigênio;
Observação;
Casos graves: Azul de Metileno 1 a 2 mg/kg EV durante 5 minutos.
Os nervos mais comumente lesionados pelo posicionamento cirúrgico? (4)
Nervo ulnar (28%);
Plexo braquial (20%);
Da raiz lombossacral (16%);
Da medula espinhal (13%).
Principal causa de lesão de nervos periféricos no perioperatório?
Posicionamento inadequado dos pacientes.
V ou F?
O estiramento de um nervo periférico em apenas 5% acima do comprimento normal de repouso já é capaz de resultar em isquemia devido à redução do fluxo sanguíneo das arteríolas e vênulas.
V.
V ou F?
Ponto de pressão em qualquer tecido mole, inclusive nervos periféricos, pode reduzir o fluxo sanguíneo local e causar isquemia.
V.
Conceitos básicos sobre posicionamento cirúrgico? (8)
A posição do paciente deve ser aquela que seria bem tolerada se o paciente estivesse acordado e não sedado;
Jóias e adornos devem ser removidos do paciente;
Extremidades ósseas e cardíacas devem ser acolchoadas;
Curvaturas do corpo devem ter suportes e coxins;
A cabeça deve permanecer na linha média, sem extensão ou flexão substancial do pescoço;
Olhos protegidos sem pressão externa;
Caso a mesa cirúrgica seja inclinada, o paciente deve estar confortável para que não escorregue;
O posicionamento dos pacientes na sala de cirurgia é responsabilidade de toda a equipe cirúrgica.
Medidas preventivas contra lesões de nervos periféricos? (11)
Cabeça posicionada na linha média em posição neutra;
Limitar a abdução do braço do paciente em ≤ 90º;
Mão e antebraço em posição supina ou neutra;
Evitar extensão ou flexão extremas do cotovelo;
Posição de Trendelenburg:
Evite cintas ou anteparos de ombro.
Posição de litotomia:
Acolchoamento na região lateral da fíbula superior;
Evitar posição extrema de litotomia;
Evite procedimentos prolongados (> 2 horas) na posição de litotomia.
Decúbito lateral:
Apoio adequado da cabeça mantendo alinhamento do pescoço;
Coxim colocado sob a axila;
Travesseiro entre os membros inferiores.
Memória explícita
(declarativa)
Informações resgatadas voluntária ou espontaneamente.
Ocorre quando o paciente lembra dos fatos, eventos ou experiência durante uma anestesia geral.
Memória implícita
(não declarativa)
Informações não são repassadas nem voluntariamente e nem espontaneamente, mas são capazes de gerar alterações comportamentais.
Ocorre quando o paciente é incapaz de expressar verbalmente sua experiência durante a anestesia, mas há mudanças no seu comportamento, hábitos e desempenho, podendo ser confirmado com testes neuropsicológicos para detecção de memória implícita.
Requisitos para que ocorra hipnose? (2)
Ausência de consciência;
Ausência de formação de memória.
História prévia de despertar intraoperatório __________ (reduz o/não interfere no/aumenta o) risco de CIOA.
Aumenta o.
Síndrome da cauda equina
Manifestação clínica da lesão de ramos e raízes dorsais e ventrais abaixo de L2 (abaixo do fim da medula espinhal).
V ou F?
Lesões da cauda equina se manifestam como disfunção vesical e retal, podendo evoluir para incontinência, lesões de membros inferiores em graus variados e alterações sensoriais.
V.
Síndrome da cauda equina
Quadro clínico? (4)
Disfunção vesical (podendo evoluir para incontinência);
Disfunção retal (podendo evoluir para incontinência);
Fraqueza de membros inferiores em graus variados (paresia, paraparesia, paraplegia)
Alterações sensoriais (analgesia perineal, parestesia, dores nos membros inferiores).
Síndrome da cauda equina
Fatores de risco relacionados à anestesia? (5)
Injeção intraneural;
Punção traumática;
Efeito neurotóxico por contaminantes, conservantes e/ou aditivos;
Massa excessiva de AL;
Má distribuição do AL (acúmulo na porção mais dependente do espaço intratecal).
V ou F?
A intoxicação por anestésicos locais resulta de concentração plasmática excessiva do AL, seja devido à injeção intravascular acidental, seja por administração sistêmica de grandes doses de AL realizada durante bloqueio de nervo periférico, anestesia peridural ou mesmo anestesia por infiltração de grande volume.
V.
Sintomas clinicamente significativos de intoxicação por anestésico local se manifestam primariamente no sistema… (2)
Nervoso central;
Cardiovascular.
Lidocaína
Concentração plasmática alvo para analgesia?
1 a 5 μg/ml.
Concentração plasmática normalmente tóxica de Lidocaína?
≥ 8 μg/ml.
Concentração plasmática normalmente tóxica de Bupivacaína?
≥ 3 a 4 μg/ml.
V ou F?
Quando os níveis plasmáticos de Lidocaína atingem cerca de 8 μg/ml, podem ocorrer formigamento de lábios e língua, zumbido auditivo, distúrbios visuais, contrações musculares, desorientação, confusão mental e convulsões.
V.
V ou F?
Durante o uso de anestésico local, o formigamento de língua e lábios é sempre uma manifestação de toxicidade no sistema nervoso central.
Falso.
Durante o uso de anestésico local, o formigamento de língua e lábios não é propriamente uma manifestação de toxicidade no sistema nervoso central, mas sim de níveis elevados de anestésico local no tecido frouxo e vascularizado da língua e dos lábios.
Dentre os anestésicos locais disponíveis, o distúrbio cardiovascular e a fibrilação ventricular sustentada podem ocorrer principalmente com o uso de…
Bupivacaína.
Anestesia peridural
Medidas preventivas para intoxicação por anestésicos locais? (3)
Dose de teste;
Aspirar antes de injetar;
Injeção lenta intercalada com aspirações suaves.
Bloqueio periférico
Medidas preventivas para intoxicação por anestésicos locais? (5)
Uso da menor dose de AL efetiva para o bloqueio proposto (Dose = Volume x Concentração);
Aspirar antes de cada injeção;
Administrar o AL em alíquotas de 3 a 5 ml com pausas de 15 a 30 segundos entre elas;
Quando usar doses potencialmente tóxicas, use marcador para injeção intravascular acidental (exemplo: Adrenalina, que promoverá aumento da FC e da PA em caso de injeção acidental);
Uso de ultrassom para guiar o bloqueio.
V ou F?
Em caso de intoxicação por anestésico local, uma ocorrência imediata, 60 segundos, sugere a injeção intravascular do anestésico local com consequente acesso direto do medicamento ao sistema nervoso central. Por outro lado, uma ocorrência tardia, 15 minutos, sugere injeção intravascular intermitente com conseqüente acúmulo do medicamento.
V.
V ou F?
Os anestésicos locais bloqueiam os canais rápidos de Sódio e afetam a despolarização do miocárdio, aumentando a velocidade de condução.
Falso.
Os anestésicos locais bloqueiam os canais rápidos de Sódio e afetam a despolarização do miocárdio, conduzindo a velocidade de condução.
Padrão fast in-slow out da Bupivacaína?
A Bupivacaína entra rapidamente no canal quando sua conformação é aberta ou inativada, porém sua saída é lenta.
O intervalo de descanso diastólico é insuficiente para a liberação do canal. A cada ciclo, mais canais são ocupados, até que a depressão cardíaca se instala.
Pelo efeito do bloqueio depende da frequência, quanto maior a FC do paciente, maior a intensidade do bloqueio pela Bupivacaína.
V ou F?
Ao contrário da Bupivacaína, que apresenta o padrão fast in-slow out, a Lidocaína apresenta o padrão fast in-fast out.
V.
Em gestantes, a sensibilidade da fibra nervosa e do coração ao anestésico local é _________ (reduzida/inalterada/aumentada).
Maior.
Admita-se que a maior sensibilidade da gestante se deva à ação da progesterona.
Intoxicação por anestésicos locais ____ (é/não é) uma causa relevante de parada cardiorrespiratória em gestantes.
É.
Alopecia por pressão, também conhecida como alopecia por extensão, é causada por…
isquemia de folículos pilosos secundária à imobilização prolongada da cabeça, geralmente com ocorrência occipital.
Fatores de risco para alopecia de pressão?
Ponto de pressão sem acolchoamento na cabeça (occipício), principalmente em caso de cirurgias mais longas;
Hipotermia;
Hipotensão.
Delírio pós-operatório
Estado de confusão aguda, flutuante, desatenção, pensamento desorganizado e/ou alteração do nível de consciência, que não é mais bem explicado por uma condição preexistente.
Geralmente se mantém por horas a dias e a tendência é que apresenta flutuações durante o decorrer do dia.
Disfunção cognitiva pós-operatória
Deterioração da cognição (memória, aprendizado, atenção e/ou percepção) em relação aos níveis pré-operatórios, podendo levar dias ou semanas para se manifestar e pode persistir por meses.
Uso de benzodiazepínicos ____ (é/não é) fator de risco para delírio pós-operatório.
É.
V ou F?
Hepatite causada por anestesia foi associada ao uso de Halotano e Enflurano, mais raramente com Isoflurano, Sevoflurano e Desflurano.
V.
Tipos de hepatotoxicidade causada por Halotano? (2)
Forma leve;
Forma fulminante ou hepatite pós-halotana.
Hepatite fulminante pós-Halotano
Mecanismo?
A biotransformação do Halotano pela via oxidativa produz ácido trifluoracético, capaz de formar ligações covalentes com proteínas da membrana do hepatócito, reconhecidas pelo sistema imunológico como proteínas estranhas.
Assim, formam-se anticorpos que atacam as proteínas, resultando em necrose hepática prolongada.
Hepatite fulminante pós-Halotano
Fatores de risco? (5)
Exposição prévia ao Halotano (95% dos casos);
Sexo feminino;
Obesidade;
Etilismo;
Isoniazida ou outro indutor enzimático.
V ou F?
A biotransformação hepática do Sevoflurano não produz ácido trifluoracético, não havendo registro comprovado de casos de hepatite devido a esse anestésico inalatório.
V.
V ou F?
Óxido Nitroso e Xenônio não sofrem biotransformação, sendo portanto desprovidos de hepatotoxicidade.
V.
Síndrome de Mendelson
Pneumonite química associada à aspiração de ácido gástrico.
O principal mecanismo fisiopatológico envolvido na síndrome de Mendelson é…
Lesão pulmonar aguda por ácido e partículas de material gástrico, sem processo infeccioso concomitante.
Estudos bacteriológicos mostram material inicialmente estéril, mas podendo haver a possibilidade de infecção bacteriana subseqüente.
V ou F?
A magnitude do acometimento da síndrome de Mendelson está diretamente relacionada ao pH e ao volume do conteúdo aspirado.
V.
Agressão pulmonar é bifásica da síndrome de Mendelson? (2)
Primeiro pico: 1 a 2 horas após a aspiração (efeito cáustico direto na interface alvéolo-capilar);
Segundo pico: 4 a 6 horas após a aspiração (infiltrado de neutrófilos no alvéolo e interstício pulmonar, com achados histológicos específicos de inflamação aguda).
V ou F?
Na síndrome de Mendelson, em 48 horas pode haver formação de membrana hialina.
V.
Síndrome de Mendelson
Quadro clínico? (10)
Desde assintomático até dispneia grave com início abrupto;
Tosse não é produtiva;
Dispnéia;
Taquipneia;
Broncoespasmo;
Crepitações difusas;
Edema pulmonar;
Hipoxemia;
Hipotensão;
Cianose.
Principal fator predisponente para a aspiração?
Depressão do nível de consciência.
Medida mais eficaz na prevenção da síndrome de Mendelson no perioperatório?
Respeite o tempo adequado de jejum antes do ato anestésico.
Conteúdo gástrico máximo para que o jejum pré-operatório seja considerado adequado?
≤ 25ml.
V ou F?
Caracteriza-se por resposta hipermetabólica ambientalmente fatal quando há exposição a anestésicos voláteis (Halotano, Enflurano, Isoflurano, Sevoflurano e Desflurano) e à Succinilcolina.
V.
Requisitos para que ocorra Hipertermia maligna? (2)
Presença de mutação genética no cromossomo 19, no receptor de Rianodina (gene RYR1);
Exposição a um agente desencadeante (Halotano, Enflurano, Isoflurano, Sevoflurano, Desflurano, Succinilcolina).
Mutações em outros cromossomos também foram descritas: nos cromossomos 1 (gene da subunidade alfa-1 do receptor di-hidropiridina), 5 (gene não identificado), 7 (gene da subunidade alfa-2-δ do receptor di-hidropiridina) , 3 (gene não identificado) e 17 (gene do canal de sódio do músculo esquelético adulto).
A hipertermia maligna atinge, sobretudo, o músculo _______ (liso/esquelético) e tem como apresentação a liberação descontrolada de ______ (Sódio/Potássio/Cálcio/Cloro) pelo retículo sarcoplasmático.
Esquelético; Cálcio.
V ou F?
Em condições normais, os níveis de Cálcio no mioplasma são controlados pelo receptor Rianodina das mitocôndrias.
Falso.
Em condições normais, os níveis de Cálcio no mioplasma são controlados pelo receptor Rianodina do retículo sarcoplasmático.
Os receptores de Rianodina são canais __________ (extracelulares/intracelulares) que permitem ao retículo sarcoplasmático liberar Ca 2+ para a contração muscular.
Intracelulares.
V ou F?
Há dois tipos de receptores de Rianodina: RYR1, do músculo esquelético, e RYR2, do músculo cardíaco.
V.
V ou F?
O quadro de Hipertermia maligna pode ser fulminante (6% das crises) ou progressivo, eventualmente controlado apenas com a interrupção da administração do agente desencadeante.
V.
Manifestação mais precoce da crise de Hipertermia maligna?
Aumento da PaCO 2 .
(hipercapnia, visualizada pela elevação do EtCO 2 )
Manifestações precoces da crise de Hipertermia maligna? (5)
Aumento de EtCO 2 ;
Queda da SatO 2 ;
Aumento da temperatura;
Taquipneia;
Taquicardia.
Manifestações clínicas iniciais de Hipertermia maligna? (8)
Taquicardia;
Elevação progressiva do CO 2 exalado;
Taquipneia;
Rigidez muscular localizada (incluindo lesões de masseter);
Cianose;
Arritmias;
Hipertermia;
Sudorese profusa.
Manifestações clínicas tardias de Hipertermia maligna? (5)
Febre acima de 40°C;
Cianose;
Má perfusão cutânea;
Instabilidade pressórica;
Rigidez muscular generalizada.
Manifestações laboratoriais tardias de Hipertermia maligna? (4)
Mioglobinemia;
Elevação da creatinocinase plasmática;
Elevação da creatininemia;
Coagulação intravascular disseminada.
V ou F?
Mais de 15% das gestantes saudáveis a termo podem apresentar quadro grave de síndrome da hipotensão supina quando em decúbito dorsal horizontal.
V.
Edema pulmonar por pressão negativa
(edema de pulmão pós-obstrutivo ou edema pós-extubação traqueal)
Forma de edema pulmonar não cardiogênico que pode ocorrer após obstrução sustentada da via aérea na recuperação da anestesia.
V ou F?
A incidência de edema pulmonar por pressão negativa em práticas anestésicas no geral é de 0,05 a 0,1%.
V.
Causas possíveis de edema pulmonar por pressão negativa tipo 1 no perioperatório? (2)
Laringoespasmo;
Oclusão do tubo traqueal pela mordedura do paciente.
Medidas preventivas contra edema pulmonar por pressão negativa no perioperatório? (2)
Aspiração cuidadosa das vias aéreas antes da extubação;
Uso de bloqueador de mordedura durante uma extubação.
V ou F?
SIOC não-fulminante é descrito por uma significativa, porém transitória, redução da saturação arterial de oxigênio e da pressão arterial sistólica no período da colocação do cimento.
V.
SIOC
Sinais e sintomas? (6)
Hipóxia;
Hipotensão arterial súbita;
Hipertensão pulmonar;
Arritmias;
Perda de consciência;
Parada cardíaca.
V ou F?
Cefaleia pós-punção da dura-máter é uma complicação mais frequente no pós-operatório da raquianestesia.
V.
Cefaleia pós-punção da dura-máter
Fatores de risco? (8)
Agulha de bisel cortante;
Agulha de maior calibre;
Adulto jovem (18 a 50 anos);
Mulher;
Gestante;
História prévia de cefaleia pós-punção de dura-máter;
Migratória;
Paciente desidratado.
Cefaleia pós-punção da dura-máter
Fisiopatologia?
Perda líquida para o espaço extradural causando, quando o paciente fica sentado ou ereto, deslocamento caudal do encéfalo e tração das meninges, dos seios venosos, dos nervos e dos vasos cefálicos e durais, assim como de toda a estrutura de sustentação do encéfalo.
Cefaleia pós-punção da dura-máter
Quadro clínico? (6)
Início da cefaleia geralmente entre 24 e 48 horas após a punção da dura-máter;
Cefaleia que se agrava na posição sentada ou ereta e é aliviada em decúbito;
Distúrbios visuais (diplopia, fotofobia, escotomas, visão borrada, estrabismo);
Distúrbios auditivos (perda de acuidade, zumbido, discinesia);
Rigidez do pescoço;
Náuseas e vômitos.
V ou F?
70% dos casos de cefaleia pós-punção da dura-máter remitem sem tratamento após 1 semana.
V.
Cefaleia pós-punção da dura-máter
Tratamento? (5)
Tratamento inicial:
Repouso no leito;
Hidratação;
Analgésicos;
Cafeína.
Tratamento mais eficaz:
Tampão sanguíneo peridural.
V ou F?
A doença trombembólica é a 3ª doença cardiovascular aguda mais comum depois das síndromes isquêmicas cardíacas e do acidente vascular encefálico.
V.
Tromboembolismo no perioperatório
Medidas preventivas não farmacológicas? (4)
Meias compressivas e dispositivos de extensão pneumática intermitentes;
Evitar a desidratação;
Encorajar a mobilização precoce;
Considere cessar os contraceptivos orais ou uma terapia de reposição hormonal de 4 a 6 semanas antes do ato cirúrgico.
V ou F?
A incidência de tromboembolismo é menor em procedimentos laparoscópicos, já que nessa técnica a ocorrência inflamatória, a ativação da cascata de coagulação, a imobilização e a estase venosa pós-operatória são menores.
V.
Trombose venosa profunda
Quadro clínico? (5)
Dor;
Sensibilidade;
Calor;
Eritema;
Edema unilateral.
Tromboembolismo pulmonar
Quadro clínico? (6)
Dispneia progressiva;
Dor pleurítica;
Tossir;
Hemoptise;
Sibilos;
Em caso de TEP maciço: colapso cardiovascular com hipotensão, taquicardia, hipertensão pulmonar aguda.
Hipertensão pulmonar
Pressão arterial pulmonar média > 25 mmHg por cateterização ou pressão arterial pulmonar sistólica de pico > 35 mmHg.
Uma pressão sistólica ventricular direita no ecocardiograma maior que 50 mmHg não é diagnóstica, mas é consistente com o diagnóstico de hipertensão pulmonar.
V ou F?
Pacientes que se apresentam para a realização de cirurgias não cardíacas são mais comumente sujeitos a ter hipertensão pulmonar devido a doença pulmonar.
V.
Metas hemodinâmicas e cuidados gerais ao anestesia pacientes com hipertensão pulmonar secundária a doença pulmonar? (3)
Evitar a hipotensão;
Evitar/prevenir taquicardia e arritmias;
Evite estados fisiológicos que tendem a piorar a hipertensão pulmonar (hipoxemia, hipercarbia, acidose, hipotermia).
V ou F?
Em casos de hipertensão pulmonar devido à doença pulmonar, drogas vasoativas que causam aumento da frequência cardíaca e/ou vasodilatação podem gerar oscilação hemodinâmica do paciente.
V.
V ou F?
Em pacientes com hipertensão pulmonar grave, os vasodilatadores pulmonares inalados seletivos, incluindo o Óxido Nítrico (10 a 40 ppm) ou as prostaglandinas nebulizadas (Prostaciclina 50 ng/kg/min) devem ser considerados.
V.
Embolia gasosa
Entrada de gás, frequentemente ou ar, favorece um gradiente de pressão para o sistema vascular.
Procedimentos cirúrgicos de risco aumentados para embolia gasosa? (6)
Cirurgias na posição de cefaloaclive;
Cirurgias na posição sentada (cirurgia de fossa posterior ainda está em maior risco);
Cirurgias cardíacas;
Cirurgia de ressecção hepática;
Artroplastias de quadril;
Cesarianas.
V ou F?
É prudente evitar o uso de Óxido Nitroso durante cirurgias com risco aumentado de embolia gasosa, uma vez que o Óxido Nitroso acelera a formação de êmbolos gasosos.
V.
Embolia pulmonar
Quadro clínico? (11)
Taquicardia sinusal;
Arritmias (incluindo FV);
Dispneia/hipóxia/cianose;
Broncoespasmo/edema pulmonar;
Distensão das veias jugulares;
Aumento da pressão das artérias pulmonares;
Ausculta de “roda de moinho” (sinal tardio que ocorre com grandes volumes de embolia gasosa);
Redução de EtCO 2 ;
Redução do subsídio cardíaco;
Colapso cardiovascular;
Óbito.
20 a 35% da população apresenta forame oval patente, com possibilidade de os êmbolos gasosos irem para a circulação sistêmica, ocorrendo que recebe o nome de…
embolia paradoxal.
Pontos de obstrução das vias aéreas superiores em anestesiado? (3)
Palato mole;
Língua;
Epiglota.
V ou F?
Palato mole e a epiglota parecem ter um papel mais importante que a língua na gênese da obstrução das vias aéreas em pacientes sedados ou anestesiados.
V.
Impulso da mandíbula
Protrusão mandibular por meio de sublocação da ATM, projetando tanto a mandíbula quanto a língua anterior, de forma que, idealmente, os incisivos inferiores se posicionem anteriormente aos incisivos superiores.
Essa manobra produz a elevação do palato, da língua e da epiglote.
Elevação do queixo
Elevação do queixo mantendo a boca fechada.
Inclinação da cabeça
Inclinação posterior da cabeça ao nível da articulação atlanto-occipital.
Manobra de Safar
(manobra tripla)
Combinação de orientação da cabeça, tração da mandíbula e abertura da boca.
Indicado para pacientes que apresentam obstrução nasofaríngea com o palato mole na expiração quando a musculatura está relaxada (ocorre em 20% dos casos).
Indicações de cânula orofaríngea? (2)
Paciente inconsciente com obstrução parcial ou total da via aérea superior;
Bloqueador de mordida.
V ou F?
A cânula orofaríngea mais comumente utilizada é a cânula de Guedel.
V.
Técnica de inserção da cânula de Guedel?
Introdução da cânula ao contrário, com a convexidade externa para a língua, até que sua extremidade fique próxima à parede posterior da faringe, e após realizar-se um giro de 180°.
Possíveis causas para vias aéreas superiores se manterem obstruídas mesmo após a inserção da cânula de Guedel? (2)
Cânula menor que a adequada (gera atualizações da língua, piorando a interferência);
Cânula maior que a adequada (pode se posicionar sobre a valécula, causando a mesma interferência).
Tamanho adequado da cânula de Guedel?
Distância da rima labial ao lóbulo da orelha.
V ou F?
Em um paciente em plano anestésico superficial ou mesmo acordado, o estímulo da inserção da cânula de Guedel pode causar tosse ou laringoespasmo.
V.
V ou F?
Em grandes queimados, a própria lesão térmica e os mediadores inflamados liberados associados estão ao aumento da permeabilidade capilar e déficits maciços de volume intravascular, que afetam o pico em 24 horas após a queimadura.
V.
O choque por queimadura é uma combinação única de choque distributivo e hipovolêmico, caracterizada por… (3)
Redução do volume intravascular;
Redução do subsídio cardíaco;
Aumento da resistência vascular sistêmica.
V ou F?
No Burn Shock, a grande liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) pela intensa REMIT aumenta a resistência vascular sistêmica de tal forma que mesmo hipovolêmico e com redução do débito cardíaco, ainda assim a pressão arterial do paciente pode estar normal.
V.
Principalmente as primeiras 48 horas que sucedem a queimadura são marcadas por ___________ (estabilidade/instabilidade) hemodinâmica.
Instabilidade.
Essa instabilidade hemodinâmica pode estar mascarada por uma pressão arterial normal devido ao aumento da resistência vascular sistêmica pela grande quantidade de catecolaminas circulantes.
V ou F?
Em pacientes queimados graves, bloqueios de neuroeixo podem levar a queda importante da pressão arterial, devendo sua indicação ser extremamente criteriosa, visto que esses pacientes podem estar em estado de choque, muitas vezes subdiagnosticado, visto que podem apresentar pressão arterial normal em virtude da virtude da pressão arterial grande quantidade de catecolaminas circulantes.
Verdadeiro.
V ou F?
Quetamina é uma droga amplamente utilizada em pacientes queimados e, apesar de seus efeitos simpatomiméticos, deve ser lembrada que provoca cardiodepressão, podendo eventualmente causar hipotensão.
V.
Hiperreflexia autonômica pós-lesão medular
Hiperreatividade simpática do segmento medular distal, causada por impulsos autonômicos e descarga em massa de catecolaminas em resposta à estimulação ou visceral (distensão da bexiga ou reto).
Cerca de 3 a 6 semanas após a lesão medular, a hiperreflexia autonômica (disautonomia reflexa) é uma complicação que surge em 85% dos pacientes com transecção medular ao nível maior ou igual ao da vértebra…
T5.
V ou F?
A hiperreflexia autonômica pós-lesão medular, se não causa danos e danos, pode colocar em risco a vida do paciente. Se ocorrer hiperreflexia, esta deve ser tratada com retirada do estímulo, anestesia profunda e administração de vasodilatadores de ação direta, como Hidralazina e Nitroprussiato.
V.
Conduta em caso de hiperreflexia autonômica pós-lesão medular? (3)
Retirada do estímulo;
Anestesia profunda;
Administração de vasodilatadores de ação direta (Hidralazina; Nitroprussiato).
Hematoma Espinhal/Peridural
Sangramento sintomático no interior do canal vertebral.
Ocorre mais espontaneamente que como resultado de anestesia do neuroeixo, sendo que a maioria dos hematomas espontâneos é idiopática, mas casos relacionados à terapia anticoagulante e malformações vasculares representam a segunda e terceira causas mais comuns, respectivamente.
Principal fator de risco para hematoma espinhal/peridural relacionado ao bloqueio de neuroeixo?
Uso concomitante de drogas anticoagulantes.
V ou F?
A hemorragia no canal medular ocorre mais comumente no espaço peridural, provavelmente devido ao plexo venoso peridural proeminente.
V.
O parâmetro mais precoce, sensível e específico de Hipertermia Maligna, em paciente sob anestesia geral com bloqueio neuromuscular e intubação traqueal, é…
o aumento da fração expirada de CO 2 .
V ou F?
A lesão ocular mais comum durante a anestesia é a neuropatia óptica isquêmica, que pode ocorrer quando o lacrimejamento é reduzido durante a anestesia geral.
Falso.
A lesão ocular mais comum durante a anestesia é a abrasão da córnea , que pode ocorrer quando o lacrimejamento é reduzido durante a anestesia geral.
V ou F?
A síndrome carcinoide é causada pela liberação de substâncias bioativas, como serotonina, bradicinina e histamina, por tumores neuroendócrinos.
V.
Sinônimo de carcionídeo
Quadro clínico? (5)
Rubor facial;
Broncoconstrição;
Hipotensão ou hipertensão;
Diarreia;
Doença cardíaca valvar.
Sinal mais frequente de fato anafilático?
Hipotensão arterial aguda.
(ocorre em 68% dos casos, sendo em 10% a única manifestação)
Outros sinais são:
* Eritema generalizado (55%);
*Edema generalizado (26%);
* Broncoespasmo severo (23%);
* Parada cardiorrespiratória (01%).
Maior risco para o paciente durante microcirurgia de laringe com laser de CO 2 ?
Incêndio na via aérea.