Complicações em anestesia 1 Flashcards
Complicação anestésica
Evolução desfavorável do paciente ocorrido no perioperatório, que está relacionado à anestesia.
Hipotensão intraoperatória
Queda > 25% na PAM do paciente em relação ao valor pré-operatório.
(para jovens, considerar > 30%; para idosos, considerar > 20%)
Riscos de hipotensão intraoperatória prolongada? (5)
IAM/isquemia cardíaca;
AVC isquêmico;
Lesão renal;
Neuropatia óptica isquêmica;
Isquemia medular.
V ou F?
Pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica são menos propensos a desenvolver hipotensão intraoperatória.
Falso.
Pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica são mais propensos a desenvolver hipotensão intraoperatória.
V ou F?
O uso de inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II no dia da cirurgia tem sido associado a maior risco de hipotensão intraoperatória que não responde de forma adequada a hidratação e vasopressores.
Verdadeiro.
V ou F?
Em pacientes que não toleram hipotensão arterial, recomenda-se suspender os anti-hipertensivos das aulas iECA ou ARA2 de 24 a 48 horas antes da cirurgia.
Falso.
Em pacientes que não toleram hipotensão arterial, recomenda-se suspender os anti-hipertensivos das aulas iECA ou ARA2 de 12 a 24 horas antes da cirurgia.
V ou F?
Na presença de hipotensão intensa e/ou arritmias, as medidas de pressão arterial não invasivas podem tornar-se menos confiáveis.
Verdadeiro.
Em cirurgias eletivas, caso o paciente apresente pressão arterial ≥ 180x110 mmHg no pré-operatório, a conduta anestésica deve ser…
adiar a cirurgia até que a pressão arterial esteja controlada com valores < 180x110 mmHg.
Limite superior de pressão arterial no pré-operatório para liberar a realização de cirurgia eletiva?
< 180x110 mmHg.
V ou F?
Anti-hipertensivos e/ou ansiolíticos podem ser realizados para manter o controle pressórico adequado em pacientes que apresentam hipertensão no perioperatório.
V.
Tríade de Cushing (3)
Hipertensão;
Bradicardia;
Bradipneia.
Sinais que tendem a ocorrer em caso de hipertensão intracraniana.
V ou F?
No intraoperatório, uma das causas de hipertensão pode ser um plano anestésico inadequado.
V.
Diagnósticos diferenciais em caso de hipertensão arterial no pós-operatório? (4)
Dor;
Ansiedade/agitação;
Bloqueio residual neuromuscular;
Retenção urinária.
V ou F?
Em casos selecionados, a otimização pré-operatória da hemoglobina pode reduzir as necessidades transfusionais no perioperatório.
V.
Choque hemorrágico classe I
Perda sanguínea?
< 15%.
Choque hemorrágico classe II
Perda sanguínea?
15 a 30%.
Choque hemorrágico classe III
Perda sanguínea?
30 a 40%.
Choque hemorrágico classe IV
Perda sanguínea?
> 40%.
Volume sanguíneo da criança? (ml/kg)
80 ml/kg.
Volume sanguíneo do adulto? (ml/kg)
70 ml/kg.
Volume sanguíneo do idoso? (ml/kg)
60 ml/kg.
Alvo de Hb em paciente hemodinamicamente estável, sem evidências de hipóxia tecidual, sem sangramento ativo e sem comorbidades?
≥ 7 g/dL.
Alvo mínimo de Hb em paciente com sangramento ativo substancial?
> 8 g/dL.
Situações que possuem alvos de Hb aumentados? (3)
Sepse/choque séptico;
Isquemia miocárdica/IAM;
AVC isquêmico.
V ou F?
Pacientes com doenças graves podem apresentar alvos mais elevados de Hb durante transfusões para correção de anemia e/ou hemorragia.
V.
Pico de incidência de isquemia miocárdica no pós-operatório?
Primeiras 72 horas de pós-operatório.
V ou F?
Troponina I é altamente sensível e específica para lesões miocárdicas.
V.
Latência para aumento da Troponina I após lesão miocárdica?
3 a 6 horas.
V ou F?
Dor e tremores no pós-operatório são fatores de risco para ocorrência de isquemia miocárdica.
V.
V ou F?
Anemia no pós-operatório é fator de risco para ocorrência de isquemia miocárdica.
V.
IAM tipo 2
Infarto agudo do miocárdio causado pelo desbalanço entre oferta e demanda de oxigênio para o músculo cardíaco.
(oferta < demanda)
IAM tipo 2
Etiologias? (5)
Anemia/hemorragia;
Hipotensão/choque;
Hipertensão grave;
Aumento do trabalho cardíaco;
Espaço coronário.
Principais fatores que afetam o trabalho cardíaco? (2)
Cronotropismo;
Inotropismo.
IAM tipo 2
Tratamento?
Tratar as alterações que levaram ao desbalanço entre a oferta e o consumo de oxigênio para o músculo cardíaco.
V ou F?
A fibrilação atrial está relacionada à maior incidência de AVC, IAM, insuficiências cardíacas, arritmias ventriculares e lesões renais.
V.
V ou F?
Apesar de D-dímero possuir alta sensibilidade para tromboembolismo venoso, ele apresenta baixa especificidade no perioperatório.
V.
No perioperatório, o exame D-dímero apresenta _____ (baixa/alta) sensibilidade e _____ (baixa/alta) especificidade para tromboembolismo venoso.
Alto; baixo.
Hipertensão pulmonar
Pressão média das artérias pulmonares ≥ 25 mmHg.
(PAPm ≥ 25 mmHg)
Etiologias mais comuns de hipertensão pulmonar aguda no perioperatório? (3)
TEP;
Embolia gordurosa;
Embolia por líquido amniótico.
Embolia gasosa sintomática surge a partir de um volume de gás embolizado…
≥ 0,5 ml/kg.
Embolia gasosa surge fatal a partir de um volume de gás embolizado…
≥ 5 ml/kg.
V ou F?
Em caso de embolia aérea, as bolhas de ar se expandem rapidamente quando expostas ao Óxido Nitroso.
V.
Sinal na ausculta de que surge em caso de embolia gasosa de grande volume?
“Roda de moinho”.
Risco de embolia gasosa em caso de forame oval patente?
Embolia paradoxal.
Embolia paradoxal
Transposição de um êmbolo originário da circulação sistêmica venosa para a arterial através de uma alteração cardíaca, mais comumente o forame oval patente (FOP).
V ou F?
Cerca de 20 a 30% da população apresenta forame oval patente.
V.
Embolia paradoxal
Quadro clínico? (3)
AVC (acidente vascular cerebral);
IAM (infarto agudo do miocárdio);
OAA (oclusão arterial aguda).
V ou F?
A embolia gasosa paradoxal pode se manifestar mais comumente como acidente vascular cerebral, podendo cursar com alterações de nível de consciência, convulsões e déficits focais transitórios ou permanentes.
V.
Embolia gasosa
Melhor exame para diagnóstico?
Ecocardiograma transesofágico.
Embolia gasosa
Tratamento? (6)
Notificar imediatamente a equipe cirúrgica sobre embolia aérea;
identificar e cobrir o local de entrada ar ou inundá-lo com cristaloide;
Realizar a análise das veias jugulares para diminuir a embolia (em neurocirurgias);
Suporte hemodinâmico com vasopressores e inotrópicos se hipotensão;
Instituir FiO 2 = 100% de imediato;
Posicione o paciente em DLE (decúbito lateral esquerdo) para facilitar a aspiração das bolhas de ar do átrio direito do cateter venoso central.
V ou F?
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, mesmo que a intenção seja garantir a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea não deve ser a primeira escolha.
Falso.
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, a fim de garantir a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea pode eventualmente ser a primeira escolha.
V ou F?
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, mesmo que a intenção seja garantir a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea não deve ser a primeira escolha.
Falso.
Em caso de alteração anatômica significativa das vias aéreas, a fim de garantir a segurança do paciente, o acesso cirúrgico à via aérea pode eventualmente ser a primeira escolha.
Primeira escolha de via aérea cirúrgica em situação de emergência?
Cricotireoidismo.
(percutânea ou cirúrgica)
V ou F?
No caso de aspiração pulmonar de conteúdo gástrico, a gravidade da pneumonia por aspiração correlaciona-se com o volume e com a acidez do aspirado.
V.
Momento mais comum de ocorrência de aspiração pulmonar no perioperatório?
Em redução anestésica.
V ou F?
Pacientes considerados de “estômago cheio” são uma população de maior risco de aspiração pulmonar no perioperatório.
V.
Medida mais eficaz para prevenção de aspiração pulmonar no perioperatório?
Jejum pré-operatório adequado.
V ou F?
Na ausência de contraindicações, a sondagem gástrica deve ser utilizada para reduzir o volume gástrico residual antes da indução anestésica em pacientes com abdômen agudo.
V.
V ou F?
Em casos de cefalodeclive por períodos prolongados no intraoperatório, deve-se atentar para a possibilidade de edema das vias aéreas no momento da extubação.
V.
V ou F?
Edema das vias aéreas ao final da cirurgia não deve ser motivo para postergar a extubação do paciente até que haja sua regressão.
Falso.
Edema das vias aéreas ao final da cirurgia pode ser motivo para postergar a extubação do paciente até que haja sua regressão.
V ou F?
Edema pulmonar por pressão negativa pode ocorrer após obstrução sustentada da via aérea na recuperação da anestesia.
V.
Edema pulmonar por pressão negativa
Causas mais comuns no perioperatório? (2)
Laringoespasmo;
Oclusão do tubo traqueal pela mordedura do paciente.
Edema pulmonar por pressão negativa
Medidas preventivas no perioperatório? (2)
Aspiração cuidadosa das vias aéreas antes da extubação;
Uso de cânula de Guedel durante uma extubação.
Atelectasia
Colapso alveolar.
V ou F?
A analgesia pós-operatória indireta pode aumentar a incidência de atelectasias.
V.
Fatores de risco para atelectasia no perioperatório? (8)
Toracotomia;
Cirurgia de abdômen superior;
Laparotomia com incisão vertical;
Tempo cirúrgico prolongado;
Analgesia pós-operatória insuficiente;
Tabagismo;
Obesidade;
Desnutrição.
Medidas preventivas para prevenção de atelectasia no perioperatório? (4)
FiO2 < 40% (se possível);
PEEP;
Manobras de recrutamento alveolar;
Analgesia pós-operatória adequada.
Broncoespasmo não intraoperatório
Tratamento? (4)
FiO 2 = 100%;
Aumento do tempo expiratório;
Remoção dos agentes desencadeantes;
Medicamentos com efeito broncodilatador.
Medicamentos com efeito broncodilatador:
* Salbutamol ou Fenoterol;
* Aumento da concentração do anestésico halogenado;
* Quetamina;
* Sulfato de magnésio;
*Aminofilina;
*Corticóide;
*Atropina;
*Adrenalina.
V ou F?
Idosos e hipertensos podem necessitar de pressão arterial mais elevada para manter a autorregulação do fluxo sanguíneo renal.
V.
Condutas recomendadas em pacientes com alto risco de NVPO? (3)
Preferir anestesia venosa total;
Adotar estratégia poupadora de opioides;
Profilaxia antiemética com 2 a 3 drogas.
Escore de Apfel (4)
Sexo feminino;
Ausência de tabagismo;
História prévia de NVPO ou cinetose;
Uso de opioides no pós-operatório.
Baixo risco de NVPO: 0 a 1 classificados;
Médio risco de NVPO: 2 critérios;
Alto risco de NVPO: 3 a 4 critérios.
V ou F?
A cirurgia de correção de estrabismo não é fator de risco para náuseas e vômitos no pós-operatório.
Falso.
Cirurgia de correção de estrabismo é fator de risco para náuseas e vômitos no pós-operatório.
V ou F?
Pacientes adultos jovens, em geral, apresentam maior risco de náuseas e vômitos no pós-operatório que idosos.
V.
V ou F?
A gestação não é fator de risco para náuseas e vômitos no pós-operatório.
Falso.
A gestação é fator de risco para náuseas e vômitos no pós-operatório.
Etomidato _________ (aumenta/não aumenta) o risco de náuseas e vômitos no pós-operatório.
Aumenta.
Óxido Nitroso _________ (aumenta/não aumenta) o risco de náuseas e vômitos no pós-operatório.
Aumenta.
Opioides _________ (aumentam/não aumentam) o risco de náuseas e vômitos no pós-operatório.
Aumentar.
Dor no pós-operatório _________ (aumenta/não aumenta) o risco de náuseas e vômitos.
Aumenta.
Hepatite causada por anestesia, antigamente __________ (mais comum/mais rara) com o uso de Halotano e Enflurano, hoje é __________ (mais comum/mais rara) com o uso de Isoflurano, Sevoflurano e Desflurano.
Mais comum; mais raro.
V ou F?
Os sinais e sintomas de hepatite causados por anestesia iniciam-se, em geral, de 3 a 6 dias após a cirurgia e o diagnóstico é de exclusão.
V.
V ou F?
Cerca de 50% dos pacientes que apresentam hepatite causada por anestesia evoluem com insuficiência hepática fulminante, necessitando de transplante hepático de urgência.
V.
Etomidato _______ (reduz/aumenta) a atividade dos focos convulsivos no eletroencefalograma.
Aumenta.
V ou F?
O etomidato idealmente deve ser evitado em pacientes com epilepsia, pois aumenta a atividade dos focos convulsivos no eletroencefalograma.
V.
Droga anestésica indicada para facilitar o mapeamento intraoperatório de focos convulsivos?
Etomidato.
Crises convulsivas _______ (reduzem/aumentam) o metabolismo cerebral.
Aumentar.
Cirurgias com maior risco de AVC perioperatório? (2)
Cirurgias cardíacas;
Vasculares.
V ou F?
Cirurgias vasculares e cardíacas apresentam maior risco de acidente vascular cerebral.
V.
V ou F?
AVCs perioperatórios normalmente são isquêmicos ou embolizações e geralmente ocorrem no intraoperatório.
Falso.
AVCs perioperatórios normalmente são isquêmicos ou embolizações e geralmente ocorrem no pós -operatório.
V ou F?
Procedimentos anestésico-cirúrgicos podem levar a um estado de hipoperfusão e hipercoagulabilidade, aumentando o risco de AVC.
V.
Fibrilação atrial ___ (é/não é) fator de risco para AVC perioperatório.
É.
V ou F?
Hiperglicemia piora a lesão isquêmica cerebral, pois piora a acidose intracelular.
V.
V ou F?
Em caso de lesão neurológica isquêmica, a hipocapnia deve ser evitada.
V.
CIOA com memória implícita
CIOA em que o paciente é incapaz de se lembrar dos eventos ocorridos durante a anestesia geral.
CIOA
(consciência intraoperatória acidental)
Presença de consciência acidental durante anestesia geral.
CIOA com memória explícita
CIOA seguiu a capacidade de se lembrar dos eventos ocorridos durante a anestesia geral.
V ou F?
Paciente que apresentou consciência intraoperatória acidental pode desenvolver, com duração variável, medo, ansiedade, distúrbios do sono e transtorno de estresse pós-traumático.
V.
CIOA
Fatores de risco relacionados ao paciente? (6)
Sexo feminino;
Idade jovem;
Etilismo ou uso de drogas ilícitas;
ASA 3 ou 4;
Via aérea difícil;
História prévia da CIOA.
CIOA
Fatores de risco relacionados ao tipo de cirurgia? (3)
Cirurgia obstétrica (com anestesia geral);
Cirurgia cardíaca;
Cirurgia de urgência em politraumas.
CIOA
Fatores de risco relacionados à técnica anestésica? (3)
Anestesia inalatória ou balanceada sem análise de gases ou com problema no vaporizador;
Anestesia venosa total;
Uso de bloqueador neuromuscular.
História prévia de despertar intraoperatório _______ (não afeta/aumenta) o risco de CIOA.
Aumenta.
Delírio pós-operatório
Estado agudo e flutuante de confusão mental ou alteração do nível de consciência que ocorre no pós-operatório, com duração limitada (horas a dias) e não é explicado por qualquer condição pré-existente do paciente.
V ou F?
O delírio pós-operatório possui alta incidência em idosos, principalmente nas primeiras 72 horas de pós-operatório.
V.
V ou F?
O delírio pós-operatório aumenta a morbidade, o tempo de recuperação e o tempo de permanência hospitalar.
V.
Delírio pós-operatório
Fatores de risco relacionados ao paciente? (10)
Sexo feminino;
Idade > 65 anos;
Déficit cognitivo pré-existente;
Déficit visual;
Depressão ou ansiedade;
Delírio prévio;
Etilismo e/ou tabagismo;
Polifarmácia;
Uso rotineiro de benzodiazepínico e/ou narcótico;
Doença endócrina/metabólica.
Medicamentos no intraoperatório que aumentam o risco de delírio pós-operatório? (4)
Benzodiazepínicos;
Anestésicos de longa duração;
Anticolinérgicos;
Antimuscarínicos.
Tipos de cirurgia que apresentam risco aumentado de delírio pós-operatório? (6)
Cirurgias longas;
Cirurgias com perda volêmica substancial;
Cirurgia ortopédica;
Cirurgia oftálmica;
Cirurgia cardíaca;
Cirurgia vascular.
Delírio pós-operatório
Fatores de risco relacionados às complicações no intraoperatório? (4)
Hipóxia;
Hipotensão;
Perda volêmica ou transfusão;
Embolia.
Delírio pós-operatório
Fatores de risco relacionados ao pós-operatório? (9)
Dor aguda;
Anemia;
Sepse;
Hipóxia;
Hipocarbia;
Alterações hidroeletrolíticas;
Má nutrição;
Privação sensorial;
Privação de sono.
Delírio emergencial
Estado confuso não flutuante, de curta duração, induzido por agente anestésico, e que ocorre no despertar da anestesia. Resolva-se espontaneamente ou uma vez que fatores relacionados sejam tratados (ansiedade, dor).
Drogas anestésicas que aumentam o risco de delírio emergencial? (3)
Benzodiazepínicos;
Sevoflurano;
Etomidato.
V ou F?
A cirurgia abdominal é fator de risco para o delírio emergencial.
V.
V ou F?
Dor ao despertar é fator de risco para delírio emergencial.
V.
V ou F?
A incidência de delírio emergencial é menor em crianças do que em adultos.
Falso.
A incidência de delírio emergencial é maior em crianças do que em adultos.
Disfunção cognitiva pós-operatória
Deterioração da cognição em relação aos níveis pré-operatórios. Não possui etiologia esclarecida. Leva dias a semanas para se manifestar e pode durar meses.
V ou F?
Idade maior que 60 anos é fator de risco para disfunção cognitiva pós-operatória.
V.
Disfunção cognitiva pós-operatória
Fator de risco relacionado ao paciente?
Idade > 60 anos.
Disfunção cognitiva pós-operatória
Fatores de risco? (6)
Idade > 60 anos;
Cirurgia longa;
Cirurgia de grande porte;
Reoperação;
Infecção pós-operatória;
Complicação respiratória.
V ou F?
Não há diferença de incidência de disfunção cognitiva pós-operatória comparando-se anestesia geral e anestesia regional.
V.
V ou F?
A disfunção cognitiva pós-operatória geralmente melhora com o passar do tempo, mas pode durar meses.
V.
V ou F?
A maioria dos incidentes críticos relacionados ao equipamento anestésico é causada por uma combinação de fatores humanos e falhas do equipamento.
V.
V ou F?
Desconexões no sistema de interferência do aparelho de anestesia são relativamente comuns, sendo uma parte significativa desses eventos ocasionados por interferência de terceiros.
V.
V ou F?
Os sistemas de bloqueio presentes na barra de blocos dos vaporizadores dos aparelhos de anestesia modernos impedem fisicamente a utilização de mais de um vaporizador simultaneamente.
V.
Fonte de ignição da maioria dos casos de fogo em campo cirúrgico?
Bisturi elétrico.
Anafilaxia é uma ocorrência de hipersensibilidade do tipo __ (I/II/III/IV)
I.
Reações anafilactóides são reações de hipersensibilidade do tipo II, III ou IV, em que ____ (há/não há) participação de IgE.
Não há.
Reação de hipersensibilidade tipo I
Mecanismo?
Anticorpos IgE se ligam a antígenos, provocando a liberação de mediadores inflamatórios por basófilos e mastócitos.
(alergia a BNM, alergia a antibióticos, alergia a látex)
V ou F?
A anafilaxia geralmente ocorre na segunda exposição a um alérgeno, mas também pode ocorrer na primeira exposição devido a um fato cruzado.
V.
Anafilaxia perioperatória
Principais etiologias? (3)
Bloqueadores neuromusculares;
Látex;
Antibióticos.
Causa mais comum de anafilaxia perioperatória?
Bloqueadores neuromusculares.
Hipertermia maligna
Doença farmacogenética, ambientalmente letal, que atinge indivíduos geneticamente predispostos quando há exposição a Succinilcolina e/ou anestésicos halogenados. Causa um aumento rápido e sustentado de cálcio no interior das fibras musculares devido à hiperatividade dos receptores de rianodina (RYR1). Ocorre então despolarização muscular aumentada com aumento importante do metabolismo muscular. Seu tratamento baseia-se no uso de Dantrolene e terapia de suporte.
V ou F?
Hipertermia maligna é uma miopatia farmacogenética rara, herdada em um padrão autossômico dominante com penetração variável.
Verdadeiro.
Hipertermia maligna é uma doença farmacogenética autossômica dominante de penetração variável, ambientalmente letal, que atinge indivíduos geneticamente predispostos quando há exposição a Succinilcolina e/ou anestésicos halogenados.
Hipertermia maligna está relacionada a uma mutação no gene MHS1, responsável pelo receptor…
Rianodina.
(RYR1)
V ou F?
O gene do receptor Rianodina está localizado no braço longo do cromossomo 19.
V.
Durante a hipertermia maligna, ocorre o aumento rápido e sustentado da concentração de ______ (sódio/potássio/cálcio/magnésio) no interior das fibras musculares.
Cálcio.
Hipertermia maligna
Agentes de gatilho? (2)
Anestésicos inalatórios halogenados;
Succinilcolina.
V ou F?
Durante uma crise de hipertermia maligna, ocorre a liberação descontrolada de sódio do retículo sarcoplasmático, causando uma contração muscular prolongada e sustentada.
Falso.
Durante uma crise de hipertermia maligna, ocorre a liberação descontrolada do cálcio do retículo sarcoplasmático, causando uma contração muscular prolongada e sustentada.
Hipertermia maligna leva ________ (à redução/ao aumento) do metabolismo da musculatura esquelética.
Ao aumento.
Hipertermia maligna leva ________ (à redução/ao aumento) da atividade contratil do músculo esquelético.
Ao aumento.
Hipertermia maligna
Sinal mais rápido?
Aumento de EtCO 2 .
Hipertermia maligna
Quadro clínico-laboratorial? (8)
Aumento de EtCO 2 ;
Hipercalemia;
Rigidez muscular intensa;
Aumento da frequência cardíaca;
Aumento da temperatura;
Rabdomiólise;
Mioglobinúria;
Óbito.
V ou F?
A hipertermia maligna deve ser suspeitada em qualquer paciente que desenvolva hipercapnia inexplicável e taquicardia.
V.
V ou F?
Pacientes que desenvolvem espasmos de massagista após a administração de Succinilcolina devem ser considerados de alto risco de suscetibilidade a hipertermia maligna.
V.
Uma vez que haja suspeita clínica de hipertermia maligna, os possíveis agentes desencadeadores devem ser imediatamente…
abandonados.
Droga de escolha no tratamento de hipertermia maligna?
Dantroleno.
Hipertermia maligna
Tratamento? (5)
Retirada do “agente gatilho” (se foi usado anestésico halogenado, trocarte ou sistema ventilatório do paciente);
FiO 2 = 100% com alto fluxo de O 2 ;
Dantrolene 2,5 mg/kg EV bolus, sendo repetido a cada 5 minutos até o desaparecimento dos sintomas e depois realizado 10mg/kg corridos em 24 horas EV BIC;
Resfriamento ativo do paciente (fluidos EV, lavagem gástrica, lavagem peritoneal, dispositivos de resfriamento);
Suporte clínico-laboratorial (correção de hipercalemia, correção de acidose metabólica, etc).
Dantroleno
Dose?
Bolus EV de 2,5 mg/kg, sendo repetido a cada 5 minutos até o desaparecimento dos sintomas e depois realizado 10mg/kg corridos em 24 horas EV BIC.
V ou F?
Em caso de crise de hipertermia maligna, medidas ativas de resfriamento devem ser instituídas precocemente.
V.
V ou F?
Pacientes com histórico familiar de Hipertermia maligna possuem indicação de realização de biópsia muscular e teste de cafeína/halotano.
V.
V ou F?
Crianças portadoras de síndromes neuromusculares apresentam risco aumentado para Hipertermia maligna.
V.
Ingestão aguda de álcool
Consequências na anestesia? (5)
Redução da pressão do esfíncter esofagiano inferior;
necessidade de menores doses anestésicas;
Depressão do SNC;
Depressão do centro aéreo;
Menor tolerância à hipóxia.
Ingestão crônica de álcool
Consequências na anestesia? (11)
Tempo do esvaziamento gástrico aumentado;
necessidade de maiores doses anestésicas;
Risco aumentado de broncoaspiração;
Risco aumentado de desenvolvimento de pneumonia (maior colonização de via aérea por bactérias patogênicas);
Risco aumentado de consciência intraoperatória acidental;
Risco aumentado de sangramento;
Risco aumentado de infecção da ferida;
Risco aumentado de delírio pós-operatório;
Piora da resposta metabólica ao estresse;
Piora da função cardíaca (danos estruturais ao ventrículo esquerdo, podendo cursar com hipertrofia concêntrica);
Piora da resposta imune.
O risco aumenta proporcionalmente com a quantidade de álcool ingerido.
Complicações pós-operatórias mais comuns em pacientes etilistas crônicos? (2)
Síndrome de abstinência;
Delírio tremens.
Droga ilícita responsável pelo maior número de mortes associadas ao sistema cardiopulmonar?
Cocaína.
Cocaína
Mecanismos de ação? (3)
Inibição da recaptação de Dopamina;
Inibição da recaptação de Noradrenalina;
Inibição da recaptação da serotonina.
(Cocaína leva a um estado de estimulação adrenérgica prolongada)
Drogas anestésicas que devem ser evitadas em pacientes usuários de Cocaína? (3)
Halotano (risco de taquiarritmias);
Quetamina (risco de efeito hipertensor);
Betabloqueadores (podem precipitar uma crise hipertensiva secundária à atividade alfa não contraposta).
V ou F?
Em pacientes usuários de Cocaína, o CAM pode ser diminuído no usuário experimental e aumentado no intoxicado agudo.
V.
V ou F?
Em pacientes usuários de Cocaína, a vasoconstrição pode simular um estado de hipovolemia semelhante ao paciente cronicamente hipertenso.
V.
Lesões oculares possíveis de ocorrer no perioperatório? (3)
Abrasão corneana;
Neuropatia óptica isquêmica;
Oclusão arterial retiniana por extensão externa.
Abrasão de córnea no perioperatório
Quadro clínico?
Sensação de corpo estranho no olho ao acordar.
Neuropatia óptica isquêmica
Fatores de risco? (4)
Decúbito ventral;
Hipotensão prolongada;
Cirurgia longa;
Grande perda de sangue.
Neuropatia óptica isquêmica
Quadro clínico?
Perda visual pós-operatória.
V ou F?
Em pacientes com lesão medular em nível de T7 ou mais cranial, 60 a 70% dos casos evoluem com síndrome autonômica de hiperreflexia, caracterizada por instabilidade de extremos vasculares.
V.
Síndrome autonômica de hiperreflexia pode se desenvolver em pacientes com lesão medular em nível…
T7 ou superior.
Gatilho mais comum para síndrome autonômica de hiperreflexia em pacientes com lesão medular?
Distensão da vesical.
(bexiga cheia)
A inalação pré-operatória de Salbutamol pode ser útil como broncodilatador não apenas em crianças com asma brônquica, mas também naquelas com infecção do trato respiratório. A propósito dessa prática é a redução do risco de… (2)
Broncoespasmo;
Laringoespasmo.
V ou F?
A isquemia medular pode ser causada pela redução do fluxo sanguíneo da artéria radicular magna, também conhecida como artéria espinhal posterior ou artérias de Adamkiewicz.
Falso.
A isquemia medular pode ser causada pela redução do fluxo sanguíneo da artéria radicular magna, também conhecida como artéria espinhal anterior ou artérias de Adamkiewicz.
Principal sintoma da síndrome da artéria espinhal anterior?
Paralisia motora ou fraqueza dos membros inferiores.
Fatores de risco para isquemia medular? (3)
Posicionamento do paciente com hiperextensão excessiva da mesa cirúrgica (hiperlordose);
Lesão vascular cirúrgica;
Hipotensão/choque.