Cir 2 - Disfagia E Dispepsia Flashcards

1
Q

Divertículo de Zenker: fisiopatologia? Região de fragilidade? Classificação? Epidemio?

A

Hipertonia do EES (músculo cricofaríngeo)

Triângulo de Killian (região de maior fragilidade) - divertículo hipofaríngeo

Divertículo por pulsão (FALSO) - só mucosa e submucosa

Idoso (7ª década de vida); + à esquerda

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2
Q

Divertículo de Zenker: clínica?

A

Disfagia
Halitose
Regurgitação
Massa palpável (alívio com compressão)

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3
Q

Divertículo de Zenker: dx?

A

Esofagografia baritada (inicial e gold)
“Imagem em adição”

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4
Q

Divertículo de Zenker: tratamento? Cuidado com…?

A

< 2 cm: miotomia do EES
> 2 cm: miotomia + pexia (até 5cm) ou ectomia
> 3 cm: EDA (miotomia + diverticulotomia)

Cuidado com CNG nesses pacientes por risco de perfuração + mediastinite

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5
Q

Divertículo médio-esofágico; divertículo epifrênico?

A

divertículo verdadeiro
+ comum à direita

Médio-esofágico: Por tração (linfonodos inflamados ou infecções fibrosantes)
Epifrenico: por pulsão (distúrbios motores)

Dx: “achado” da esofagografia baritada
Tto: sintomáticos (raro); >2cm

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6
Q

Acalasia: fisiopatologia? Etiologia?

A

Destruição dos plexos mioentericos
Idiopática: somente Auerbach
Chagas: Auerbach + Meissner

  • hipertonia do EEI (P > 35mmHg)
  • perda do relaxamento fisiológico do EEI
  • peristalse anormal
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7
Q

Clínica?

A

Progressiva!!!

Triade:
- disfagia (entalo; sólido + líquidos; insidiosa)
- regurgitação (^ risco de broncoaspirar, halitose)
- perda de peso (lenta e insidiosa)

Soluços, tosse crônica noturna..

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8
Q

Diagnostico?

A

Esofagografia baritada
- quantifica megaesôfago
- sinal do bico de pássaro/ chama de vela

EDA:
- afastar câncer; ver esofagite/estenose

Esofagomanometria: gold
1- déficit de relaxamento do EEI
2- hipertonia do EEI (geralmente >35 mmhg)
3- contrações anormais do corpo esofágico

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9
Q

Classificação de Mascarenhas?

A

Grau 1: até 4cm
Grau 2: 4-7 cm
Grau 3: 7-10 cm
Grau 4: > 10 cm (dolicomegaesôfago)

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10
Q

Tratamento?

A

I- conservador (nitrato, BCC, sildenafil, botox)

II- dilatação endoscópica

III- cardiomiotomia a Heller + fundoaplicatura (resultados mais duradouros e evita refluxo) - POEM (PerOral Endoscopic Myotomy)

IV- esofagectomia

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11
Q

Anel de Schatzki: def? Clínica? Dx? Tto?

A

Estreitamento lâminas do corpo do esôfago

Disfagia intermitente (grandes pedaços de alimentos - episódica)
S. Do steakhouse; > 40 anos

Esofagografia baritada

Dilatação endoscópica

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12
Q

Espasmo esofagiano difuso: def? Clínica? Dx?

A

Contrações simultâneas do corpo do esôfago

Disfagia
Cólica esofágica (precordialgia - Dxd com IAM)
Sexo feminino, ansiedade, depressão

  • Esofagografia baritada (esôfago em saca-rolhas/em contas de Rosário)
  • Esofagomanometria (gold): contrações simultâneas, não peristálticas, prolongadas, de grande amplitude e repetitivas, P até 120mmHg
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13
Q

Tratamento? Outro Dxd?

A

Crise: nitratos, BCC
Miotomia longitudinal (refratários), EDA (balão/botox)
Psicoterapia de suporte (componente psicossomático)
Evitar alimentos precipitantes e estresse

Esôfago em quebra-nozes
- esofagomanometria: onda peristáltica mais prolongada, podendo chegar a P > 400mmHg

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14
Q

Síndrome dispéptica

A

Dor epigástrica por >= 1 mês

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15
Q

DRGE: conceito?

A

Refluxo grave o suficiente para gerar manifestação clínica/endoscópica, por perda dos mecanismos antirreflexo (hipotonia/relaxamento transitório)

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16
Q

DRGE: quadro clínico?

A

1- Esofagiano (típicos): pirose (queimação ascendente retroesternal 30-60min após refeições); regurgitação; complicações (50%)

2- Extra-esofagiano: faringite, rouquidão, tosse crônica, pigarro, hemoptise, broncoespasmo, pneumonia de repetição, otalgia, sinusite crônica, desgaste dos dentes, halitose, aftas

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17
Q

Complicações?

A

Esofagite, úlcera, estenose peptica (disfagia), esôfago de Barrett

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18
Q

Diagnóstico?

A

Clínico! Pirose + regurgitação

Prova terapêutica com supressão ácida (IBP 1x/dia por 4-8sem)

Gold: phmetria 24h (só detecta refluxos ácidos, se não ácido: impedanciometria) só fazer em dúvida dx

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19
Q

Quando fazer EDA?

A

Idade > 40-45 anos
Refratariedade
Sinais de alarme (>40 anos, disfagia, anemia, odinofagia, perda de peso, icterícia)

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20
Q

Tratamento: medidas antirreflexo?

A

Diminuição do peso, elevar cabeceira, evitar comer 2-3h antes de deitar
Eliminar alimentos que pessoalmente causem sintomas
Cessar tabagismo, evitar drogas que reduzam tônus do EEI, promover salivação (ex chicletes)

21
Q

Tratamento farmacológico?

A

IBP em dose padrão por 8 semanas 30 min antes do café
Omeprazol 20mg
Pantoprazol 40mg
Esomeprazol 40mg
Lansoprazol 30mg

Objetivo de reduzir a acidez

22
Q

Tratamento cirúrgico?

A

Fundoaplicatura de Nissen ou parcial (videolaparoscopia)

Indicações: refratário, recorrência, alternativa ao uso crônico, complicações (estenose/úlceras, grande hérnia de hiato, câncer)

Fazer antes: phmetria de 24h (gold pra confirmar); esofagomanometria (para escolha da técnica). IBPs devem ser suspensos 4-5 dias antes; se ph <4 em mais de 7% das medidas, confirma

23
Q

Recorrência? Sem melhora? Refratário?

A

Piora quando suspende (IBP sob demanda ou crônico)

IBP dose dobrada (2x/dia)

Sem melhora com dose dobrada

24
Q

Esôfago de Barrett: epidemio? EDA, bx? Sintomas?

A

10% dos portadores de DRGE vão desenvolver, apesar do tto

EDA (sugere): mancha vermelho-salmão;
Bx (confirma): metaplasia intestinal (epitélio escamoso > epitélio colunar)

É uma lesão pré adrenocarcinomatosa, sintomatologia pode até melhorar

25
Q

Esôfago de Barrett: tto?

A

IBP 1x/dia cronicamente e…

  • Sem displasia (EDA + bx a cada 3-5 anos)
  • Displasia baixo grau (ablação endoscópica ou EDA+bx a cada 6-12 meses)
  • Displasia alto grau (ablação endoscópica)
  • Adenoca invasivo …
26
Q

Fisiopatologia úlcera peptica

A

Lesão que leva à perda da integridade mucosa > 5mm

27
Q

Quem faz a agressão?

A

O ÁCIDO!
Produzido pelas cels parietais do fundo gástrico

Estímulos: nervo vago, histamina, gastrina (antro)

28
Q

Facilitadores

A

1- AINEs: inibem a COX; diminuem a barreira de proteção (COX 1 - barreira mucosa)

2- H pylori: aumenta ácido ou diminui barreira de proteção

3- Tabagismo, AAS baixa dose, corticoide, DUP prévia, > 60 anos, álcool

29
Q

Quadro clínico?

A

Dor epigastrica + azia + plenitude pós prandial

Se gástrica: dispepsia pior com alimentação
Se duodenal: dispepsia pior 2-3h após alimentação e à noite

30
Q

Diagnóstico?

A

< 40 anos e sem alarme: dx presuntivo (dispepsia)
> 40 anos ou alarme: dx por EDA

Úlcera gástrica pode ser câncer! Sempre biopsiar ao dx e fazer controle de cura (nova EDA)

31
Q

Tratamento não cirúrgico

A

Não farmacológico: dieta, suspender tabagismo e etilismo

Reduzir acidez: IBP 4-8 semanas
Questionar AINEs (suspender se possível
Pesquisar e erradicar H pylori
Controle de cura

32
Q

Pesquisa e erradicação de H pylori

A

EDA: teste rápido urease/ histologia
Sem EDA: urease respiratória / Ag fecal / sorologia

Erradicação (14d): C A O
Claritromicina 500mg 2x/dia;
Amoxicilina 1g 2x/dia;
Omeprazol 20mg 2x/dia

33
Q

Controle de cura?

A

Não pode usar sorologia

Úlcera gástrica = nova EDA após 8-12sem
H pylori = 4 sem depois

34
Q

Classificação de Johnson

A

Hipercloridria:
- Gástrica II (corpo + duodenal)
- Gástrica III (pré-pilórica)

Hipocloridria:
- Gástrica I (pequena curvatura baixa)
- Gástrica IV (pequena curvatura alta)

Gástrica V: induzida por fármacos, em qualquer local do estômago

35
Q

Indicação de cirurgia?

A

Hemorragia, perfuração, obstrução, refratária/recidivante

36
Q

Cx pra úlcera duodenal?

A

Vagotomia troncular + piloroplastia (+ usada)

Vagotomia troncular + antrectomia (menos recidivas)

Vagotomia superseletiva (menos complicações)

37
Q

Formas de reconstrução de trânsito

A

Billroth I (gastroduodenostomia)

Billroth II (gastrojejunostomia + alça aferente)

Y de roux

38
Q

Cx Gástrica tipo 1

A

Antrectomia + reconstrução a Billroth I

39
Q

Cx gástricas tipo II e III

A

Vagotomia troncular + antrectomia (alta) + reconstrução a BI ou BII

40
Q

Cx Gástrica tipo IV

A

Gastrectomia subtotal + reconstrução em Y de Roux

41
Q

Síndrome de Dumping

A

Conceito: perde barreira pilórica > alimento direto ao duodeno

Precoce: 15-30min
- gastrointestinal: dor, náuseas, diarreia, distensão
- vasomotores: taquicardia, palpitação, rubor

Tardio: 1-3h
- Hipoglicemia (liberação exagerada de insulina)

Tratamento: dietético (fracionar refeições, deitar logo após refeições, evitar carboidratos e líquidos

42
Q

Gastrite alcalina

A

Conceito: refluxo biliar e pancreático > gastrite

Mais comum em Billroth II

Dor continua, SEM MELHORA COM VÔMITO (bilioso)

Tto: Y de Roux

43
Q

Síndrome da alça aferente

A

Só ocorre em Billroth II

Angulação da alça aferente gera uma semi-obstrução

Dor que MELHORA COM VÔMITO (bilioso e em jato)

Tto: Y de Roux

44
Q

Síndrome de Zollinger Ellison

A

Tumor neuroendócrino produtor de gastrina

Suspeita: úlceras em locais incomuns; múltiplas úlceras ou complicadas; refratariedade ao IBP; recidiva pós-cirurgia; sem causa aparente

Local: trígono de Pássaro (pâncreas)

Dispepsia, múltiplas úlceras, diarreia

Dx: dosagem de gastrina (triagem > 150-200; dx >1000 + pH <2; dúvida: teste com secretina); USG endoscópica/cintilografia (localização)

Tto: IBP alta dose, investigar NEM1, ressecção cirúrgica

45
Q

Complicações: sangramento?

A

A mais comum;
Parede posterior do duodeno (a. gastroduodenal)
Idoso, em uso de AINE
Hematemese, melena, hematoquezia
Tto: estabilização clínica, IBP IV; EDA (adrenalina + termocoagulação);

Cirurgia: refratários; se duodenal: pilorotomia com ulcerorrafia, piloroplastia, Vagotomia troncular. Se gástrica: resseccao da úlcera e biópsia sempre

46
Q

Classificação de Forrest

A

I (hemorragia ativa):
Ia: sangramento arterial em jato 90%
Ib: sangramento lento, “babando” 90%

II (hemorragia recente):
IIa: vaso visível não sangrante 50%
IIb: coágulo aderido 30%
IIC: hematina na base da úlcera 10%

III (úlcera com base clara, sem sangramento) <5%

47
Q

Perfuração?

A

2ª mais comum
Parede anterior do duodeno
Livre, tamponada ou terebrante (tamponada pelo pâncreas)

Dor abdominal que piora agudamente, hipotensão, taquicardia, taquipneia, irritação peritoneal, sinal de Joubert

Dx: pneumoperitônio em RX ou TC
TTO: cirúrgico sempre

48
Q

Obstrução?

A

+ comum em: duodenal e gástricas II/III

Plenitude gástrica, saciedade precoce, náuseas e vômitos

Dx: EDA, exame contrastado

Tto: Erradicar H pylori + dilatação endoscópica

49
Q

Úlceras especiais

A

De Curling: queimaduras graves
De Cushing: doença do SNC/TCE
De Cameron: no interior de uma hérnia de hiato