CASO 4 - PREMATURIDADE | AMNIOREXE PREMAT Flashcards
OBJETIVOS
Sobre Amniorexe prematura:
1. Definir amniorrexe prematura, reconhecendo os seus principais fatores de risco;
2. Identificar aspectos sugestivos de amniorrexe prematura, reconhecendo elementos da história clínica e do exame físico da gestante;
3. Explicar a investigação diagnóstica da amniorrexe prematura, checando o teste do pH da secreção vaginal, teste da Ianetta, o teste de cristalização, USG, injeção de substâncias via amniocentese, e exames que identifiquem presença de material fetal e placentário (amniosure);
4. Explicar a condução terapêutica para amniorrexe prematura, diferenciando de acordo com a idade gestacional;
Sobre Prematuridade:
5. Descrever prematuridade e parto prematuro, explicando sua epidemiologia;
6. Reconhecer os fatores de risco materno e fetal para o parto prematuro, exemplificando tais fatores;
7. Identificar os aspectos da vitalidade fetal e maturidade pulmonar, inferindo seus critérios diagnósticos;
8. Explicar as principais medidas de prevenção para a prematuridade, reconhecendo suas indicações;
9. Explicar a assistência à gestante em trabalho de parto prematuro, atribuindo as medidas de manejo desta condição.
REZENDE 15ª ED
DEFINIÇÃO
PARTO PREMATURO OU PRÉ-TERMO
< 37s COMPLETAS
DEFINIÇÃO
PRÉ-TERMO TARDIO
Entre 34s - 36s e 6 d.
DEFINIÇÃO
PRÉ-TERMO PRECOCE
Entre 31s - 33s e 6 d.
DEFINIÇÃO
MUITO PRÉ-TERMO
Entre 28s - 30s e 6 d.
DEFINIÇÃO
PRÉ-TERMO EXTREMO
< 28s
DEFINIÇÃO
BAIXO PESO
Baixo peso (< 2.500 g)
DEFINIÇÃO
MUITO BAIXO PESO
Muito baixo peso (< 1.500 g)
DEFINIÇÃO
BAIXO PESO EXTREMO
Baixo peso extremo (< 1.000 g).
PARTO PRÉ-TERMO
CAUSAS//CONDIÇÕES(8)
- IATROGENIA
- SOBREDISTENSAO UTERINA
- AMNIOREXE PREMATURA (RPMO)
- GEST. ALTO RISCO
- HEMORRAGIAS DA 2ª MET DA GEST.
- MALFORMAÇOES UTERINAS E MIOMAS
- INCOMPETENCIA ISTMOCERVICAL
- INFECÇOES
PARTO PRÉ-TERMO
FATORES DE RISCO (7)
- ESTRESSE
- DISTENSAO UTERINA EXCESSIVA
- FATORES CERVICAIS
- FATORES PLACENTARIOS
- FATORES FETAIS
- INFECÇOES
- OUTROS
PARTO PRÉ-TERMO
OUTROS FATORES DE RISCO (12)
- ● Parto prematuro anterior
- ● Uso de drogas ilícitas
- ● Alcoolismo
- ● Tabagismo
- ● Extremo de idades (< 18 ou > 35)
- ● Raça (negra)
- ● Desnutrição e baixo IMC
- ● Pré-natal inadequado
- ● Anemia
- ● Baixo nível educacional
- ● Trabalho físico extenuante
- ● Fatores genéticos
PARTO PRÉ-TERMO
FATORES DE RISCO FETAL (3)
● Anomalia congênita
● Crescimento restrito
● Feto do sexo masculino
AMEAÇA DE PARTO PRÉ-TERMO
QUADRO CLINICO
Contrações uterinas rítmicas e dolorosas com frequência de 3/30 minutos, persistindo no mínimo por 1 hora, estando a paciente em repouso.
SEM DILATAÇÃO CERVICAL (OU < 2CM)
TRABALHO DE PARTO PRÉ-TERMO FRANCO
QUADRO CLINICO
Contrações uterinas regulares < 37 s, associadas a dilatação e/ou apagamento cervical.
Pode haver modificação progressiva do colo.
PARTO PRÉ-TERMO
EXAMES COMPLEMENTARES
- USG
- FIBRONECTINA FETAL (fFN)
- proteína-1 fosforilada, ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1).
PARTO PRÉ-TERMO
QUANDO FAZER USG SERIADA
- o exame deve ser seriado e iniciar a partir de 16 semanas se historia de PPT.
- Se achado em usg valores entre 15 e 25 mm de dilatação cervical.
PARTO PRÉ-TERMO
QUANDO FAZER USG PARA RASTREIO
Um único exame feito entre 20-24 semanas tem se mostrado eficaz para identificar mulheres sob risco de parto prematuro.
FIBRONECTINA FETAL
O QUE INDICA, A PRESENÇA DE:
Ruptura das interfaces uteroplacentária e membrana fetal-decídua, marcador de trabalho de parto pré-termo.
FIBRONECTINA FETAL
QUANDO COLETAR
Em mulheres de alto risco, com membranas íntegras, dilatação < 3 cm, entre 24-35 semanas de gestação
PARTO PRÉ-TERMO
FIBRONECTINA- INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
-
> 50 ng/ml
30% parto em 7 dias
41% em 2 semanas. -
NEGATIVO
< 5% chance de parto em 2 semanas.
PARTO PRÉ-TERMO
REPERCUSSÕES FETAIS
75% DA MORTALIDADE NEONATAL
50% DAS LESOES NEUROLOGICAS
SEQUELAS TARDIAS E IMEDIATAS
SINDROME DA ANGUSTIA RESP.
PARTO PRÉ-TERMO
PRINCIPAL CAUSA DE MORTALIDADE DO RNPT
Síndrome de Angústia Respiratória (SAR)
PARTO PRÉ-TERMO
SEQUELAS TARDIAS
- Retardo do crescimento,
- disfunções auditivas e visuais.
- maior chance de óbito no 1º ANO.
SIND. ANGUSTIA RESPIRATORIA DO RN
QUADRO CLINICO (7)
- Respiração laboriosa,
- taquipneia,
- tiragem,
- batimento de asa do nariz, gemência,
- acidose,
- cianose
- Estertores
SIND. ANGUSTIA RESPIRATORIA DO RN
CAUSA
Deficiência de substâncias estabilizadoras alveolares, como a lecitina, produzida pelo pneumócito tipo II.
SIND. ANGUSTIA RESPIRATORIA DO RN
TTO
surfactante exógeno
PARTO PRÉ-TERMO
COMO É FEITO A AVALIAÇÃO DA MATURIDADE PULMONAR FETAL
VIA AMNIOCENTESE
PARTO PRÉ-TERMO```
MATURIDADE PULMONAR - EXAMES (5)
● Dosagem de creatinina (>2MG)
● Percentual de células fetais maduras (>10%)
● Teste de Clements (+)
● Relação lecitina/esfingomiclina (>2)
● Dosagem de fosfatidilglicerol: ≥ 0,3 sugere maturidade pulmonar.
PARTO PRÉ-TERMO
COMO É FEITO O TESTE DE CLEMENTS
mistura-se etanol à amostra de líquido amniótico; a visualização de borbulhas estáveis após agitação fala a favor da presença significativa de lecitina.
PARTO PRÉ-TERMO
MEDIDAS INEFICAZES DE PREVENÇAO (6)
● Repouso domiciliar ou hospitalar.
● Abstinência sexual.
● Tocólise profilática.
● Tocólise de manutenção.
● Antibioticoprofilaxia em mulheres assintomáticas.
● Uso de escores de risco para prematuridade.
PARTO PRÉ-TERMO
MEDIDAS EFICAZES DE PREVENÇAO
● Suplementação com progestogênios.
● Interrupção do tabagismo.
● Interrupção do uso de drogas e álcool.
● Cerclagem.
● Tratamento das infecções genitais sintomáticas.
● Tratamento da bacteriúria assintomática.
PARTO PRÉ-TERMO
PROGESTERONA VAGINAL - DOSE E INDICAÇÃO
200MG/DIA
- S/ HISTÓRIA DE PPT:
SE COLO < 25mm ENTRE 20-24s. - C/ HISTÓRIA DE PPT:
A PARTIR DA 16s
PARTO PRÉ-TERMO
CERCLAGEM - INDICAÇÃO
QUANDO PACIENTE COM HISTÓRIA DE PPT INICIAR PROGESTERONA VAGINAL NA 16s E NA USG SERIADA TIVE < 25mm DE COLO UTERINO
PARTO PRÉ-TERMO
Após 24 semanas, caso haja ameaça de interrupção?
- monitoramento dos sinais de parto pré-termo
- uso de corticoide antenatal
- sulfato de magnésio neuroprotetor.
PARTO PRÉ-TERMO
INIBIÇÃO DO TRABALHO DE PARTO - INDICAÇÃO
- Se risco de complicações perinatais supera o de manutenção da gravidez
- Se necessária transferência para centros especializados.
PARTO PRÉ-TERMO
MEDICAÇÃO PARA INIBIR A ATIVADE UTERINA
MEDICAÇÕES TOCOLITICAS
TOCÓLISE
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS - TOCÓLISE (3)
● Placenta prévia.
● Colo com dilatação >4cm.
● RPMO.
TOCÓLISE
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS - TOCÓLISE (8)
● Doenças maternas de difícil controle, incluindo hipertensão arterial grave; ECLAMPSIA; DPP.
● Corioamnionite.
● Malformações fetais incompatíveis com a vida.
● Óbito fetal.
● Sofrimento fetal agudo.
● Maturidade pulmonar fetal comprovada.
● Contraindicações maternas à tocólise (agente-específicas).
● instabilidade hemodinâmica
TOCÓLISE
Recomendada >34 s?
Não, devido aos mínimos riscos fetais relacionados à prematuridade.
TOCÓLISE
OBJETIVO
Ganhar tempo
para administração de corticoterapia e acelerar maturidade pulmonar fetal.
PARTO PRÉ-TERMO
AÇÃO DA CORTICOTERAPIA ANTENATAL
Aceleram desenvolvimento dos pneumócitos e estimulam síntese de fosfolipídios e liberação de surfactante
Reduz mortalidade neonatal e incidência de SAR
PARTO PRÉ-TERMO
TOCOLITICOS UTILIZADOS (6)
- β2-agonistas,
- bloqueadores de canal de cálcio,
- MgSO4,
- inibidores da COX,
- antagonistas do receptor de ocitocina,
- doadores de óxido nítrico.