CASO 1 - GRAVIDEZ ECTÓPICA Flashcards
REFERENCIAS
- Montenegro CAB, Filho JDR. Rezende Obstetrícia Fundamental, 14ª edição: Grupo GEN; 2017.
- WILLIAM
- EMERGENCIA OBSTETRICA IMIP
(TOQUE EM 5)
PMFN
INSTRUÇÕES
1) Leia a pergunta – sem virar a carta!
2) Em seguida, responda como for melhor no momento: por escrito, em voz alta, ou apenas mentalmente;
3) Depois, clique para virar a carta e conferir a resposta certa;
4) Utilize a escala de 1 a 5 para definir seu domínio naquela carta. Quanto menor o domínio, mais aquela carta se repetirá ao longo do Deck
PMFN
OBJETIVOS
- Identificar as principais causas de sangramento na primeira metade da gestação (abortamentos, prenhez ectópica e DTG), compreendendo quais as principais diferenças clínicas entre estas complicações obstétricas.
** Sobre abortamento: **
2. Conhecer sua epidemiologia, relacionando com a mortalidade materna no Brasil e no mundo;
3. Diferenciar os tipos de abortamento (ameaça de aborto, completo, incompleto, retido, infectado), relacionando com a história clínica e as principais alterações no exame físico (enfatizando a semiologia do toque vaginal e exame especular);
4. Identificar as principais causas de abortamento no primeiro e segundo trimestre cromossomopatias, infecções, deficiência de progesterona, SAAF, insuficiência istmo cervical);
5. Reconhecer os exames complementares necessários (tipagem sanguínea dosagem de beta-HCG e Hb/Ht, USG endovaginal) em caso de abortamento, relacionando com a indicação de cada um deles;
6. Definir quais os métodos de preparo do colo (índice de Bishop para uso do Misoprostol) e esvaziamento uterino, descrevendo as técnicas e indicações (AMIU, curetagem uterina);
7. Reconhecer as repercussões físicas e emocionais do aborto, identificando suas implicações para Saúde da Mulher.
Sobre prenhez ectópica:
8. Reconhecer a sua epidemiologia e classificação (de acordo com a localização), identificando os principais fatores de risco;
9. Analisar o quadro clínico de uma prenhez ectópica (estabilidade e instabilidade hemodinâmica), avaliando qual a melhor conduta diagnóstica e propedêutica diante de cada caso (tratamento clínico e cirúrgico);
10. Citar os principais diagnósticos diferenciais da gravidez ectópica, listando causas ginecológicas e não ginecológicas (apendicite aguda, ovulação, abscesso tubo ovariano);
Gravidez Ectópica
Definição
É quando o ovo se implanta fora do útero, sendo sinônimo de gravidez extrauterina, podendo ocorrer em diferentes locais como tuba uterina, ovário ou abdômen.
Por que a gravidez ectópica é considerada uma patologia que ameaça a vida da paciente?
Porque pode levar a complicações graves, como hemorragia interna, e é uma das principais causas de mortalidade materna em alguns países.
Quais são os principais fatores de risco para a gravidez ectópica?
- Cirurgia tubária prévia,
- gravidez ectópica anterior,
- exposição in utero ao dietilestilbestrol (DES),
- história de doença inflamatória pélvica,
- história de infertilidade,
- história de cervicite para clamídia ou gonococo,
- anormalidade tubária documentada,
- ligadura tubária e
- uso atual de dispositivo intrauterino (DIU).
Como o uso atual de dispositivo intrauterino (DIU) está relacionado à gravidez ectópica?
Embora a concepção com DIU seja rara, estima-se que 25 a 50% dessas gestações sejam ectópicas O DIU aumenta indiretamente a incidência da gravidez ectópica ao não proteger a paciente da ectopia como faz para a gravidez intrauterina.
Qual é o risco de recorrência da gravidez ectópica em mulheres com ectopia anterior?
Cerca de 10%, mas esse risco aumenta para pelo menos 25% em mulheres com dois ou mais episódios de gravidez ectópica.
Qual é o local mais comum para a implantação de uma gestação ectópica?
Na tuba, especificamente na ampola tubária (80%). Seguido pelo istmo (12%), e a gravidez intersticial representa apenas 2 a 3% dos casos.
Quais são alguns** fatores de risco** para gestação ectópica?
- Doença inflamatória pélvica,
- cirurgia tubária anterior,
- gravidez ectópica anterior,
- reprodução assistida,
- endometriose,
- raça negra,
- fumo, entre outros.
Por que o DIU é incluído na lista de fatores de risco para gestação ectópica, apesar de sua eficácia na prevenção da gestação tópica?
Porque em caso de falha do método, a probabilidade de uma gravidez ectópica é maior do que em mulheres sem método contraceptivo, embora o risco absoluto de gestação ectópica seja baixo.
Isso se deve ao fato de que o DIU altera a função tubária, do muco cervical e do endométrio, não interferindo na função ovulatória.
Qual é a prevalência da gestação ectópica e por que tem aumentado ao longo dos anos?
Cerca de 2%. Tem aumentado devido ao maior acesso às técnicas de fertilização assistida (que aumentam o risco do evento) e melhoria das técnicas diagnósticas.
Quais são os sinais e sintomas de uma possível gravidez ectópica?
- Atraso menstrual.
- Sangramento vaginal discreto.
- Dor abdominal.
- Útero menor que a idade gestacional esperada.
- Massa anexial palpável.
- Defesa abdominal.
- Grito de Douglas (sinal de Proust)
O sangramento está presente em TODOS CASOS de gravidez ectópica?
O sangramento pode estar presente em cerca de 50% dos casos de gravidez ectópica, pode simular um fluxo menstrual ou um abortamento, dificultando o diagnóstico.
O que é gestação ectópica rota e quais são seus sintomas?
A gestação ectópica rota ocorre quando há ruptura de uma gravidez ectópica, geralmente nas primeiras semanas de gestação, com localização comum na porção ístmica da tuba. Seus sintomas incluem:
* abundante hemorragia intraperitoneal,
* dor aguda e intensa na fossa ilíaca ou no hipogástrio e
* choque.
ROTA=RUPTURA