Cardiovascular disorders Flashcards
Quais as coronárias que saem da aorta?
Artérias coronárias direita e esquerda
Quais as coronárias que são ramos da coronária direita?
Artéria descendente posterior, ramo marginal e ramos dos nodos sinoatrial e atrioventricular
Quais as regiões do coração supridas pela artéria descendente posterior?
Parede inferior do ventrículo esquerdo e 1/3 posterior do septo interventricular
Quais as regiões do coração supridas pelo ramo marginal da artéria coronária direita?
Átrio direito e ventrículo direito
Quais as regiões supridas pelos ramos dos nodos sinoatrial e atrioventricular?
Nodos sinoatrial e atrioventricular
Quais as coronárias que são ramos da coronária esquerda?
Artéria descendente anterior e artéria circunflexa
Qual o ramo que sai da artéria descendente anterior?
Ramo septal
Qual a região do coração suprida pela artéria descendente anterior?
Parede anterior do ventrículo esquerdo
Qual a região do coração suprida pelo ramo septal?
2/3 anteriores do septo interventricular
Qual as regiões do coração supridas pela artéria circunflexa?
Átrio esquerdo, parede lateral do ventrículo esquerdo e parede posterior do ventrículo esquerdo
Qual o local principal de oclusão coronariana?
Artéria descendente anterior
A artéria descendente posterior é ramo de qual artéria coronária na maioria (70%) dos casos?
Artéria coronária direita
O que acontece com o enchimento diastólico quando a frequência cardíaca é muito alta?
É reduzido
Existe alguma repercussão coronariana quando o enchimento diastólico está diminuído?
Sim, há a redução da perfusão coronariana
O que é o volume sistólico?
Volume sistólico (stroke volume) = volume diastólico final - volume sistólico final
Quais são os determinantes do volume sistólico?
Contratilidade, pré-carga e pós-carga
O que é pré-carga?
Quantidade de estresse na parede ventricular ao final da diástole
O que é pós-carga?
Resistência que os ventrículos precisam superar para ejetar o sangue
Quais fatores podem aumentar o volume sistólico?
Liberação de catecolaminas, aumento do cálcio intracelular, redução do sódio extracelular, uso de Digoxina, ansiedade e exercício físico
Quais fatores podem diminuir o volume sistólico?
Beta-bloqueadores, insuficiência cardíaca, acidose e hipóxia
O que é o débito cardíaco?
Volume de sangue ejetado por minuto (volume sistólico x frequência cardíaca)
No exercício físico há o aumento do débito cardíaco. O que aumenta primeiro, o volume sistólico ou a frequência cardíaca?
O volume sistólico
Como calcular a pressão arterial média?
Débito cardíaco x resistência total periférica
OU
PA diastólica + 1/3 da pressão de pulso
Como calcular a pressão de pulso?
PA sistólica - PA diastólica
Qual a repercussão do suprimento inadequado de O2 para o miocárdio?
Hipóxia miocárdica e acúmulo de escórias
Qual a principal causa de doença isquêmica cardíaca?
Aterosclerose das artérias coronárias
O que é aterosclerose?
Afilamento gradual das artérias causado por disfunção endotelial, formação progressiva de placas (que consistem de lipídeos e músculo liso) e uma resposta inflamatória associada
O que pode acontecer com as placas ateroscleróticas ao longo do tempo?
Podem calcificar, romper e trombosar, o que leva à um aumento do afilamento da luz arterial e consequentemente pode levar à oclusão total e interrupção do fluxo sanguíneo
Qual o H/P da aterosclerose?
Geralmente é assintomática no início e durante a progressão inicial; pode se manifestar em casos de doença avançada como angina, claudicação, hipertensão arterial progressiva, alterações retinianas, bulhas cardíacas anômalas, infarto agudo do miocárdio e AVC
Quais exames podem ser úteis para o diagnóstico de isquemia miocárdica?
Teste de estresse, ecocardiografia, estudos nucleares e angiografia
Qual o tratamento para a aterosclerose?
O tratamento visa reduzir fatores de risco (tabagismo, HAS, hiperglicemia, hipercolesterolemia); dieta com pouca gordura e colesterol e rica em antioxidantes (ex.: vitaminas E e C e beta-carotenos) é útil na prevenção da doença
O que é dislipidemia?
Valores séricos anormais de colesterol que estão associados com aumento do risco de doença isquêmica do coração
O que é mais comum, dislipidemia de origem genética ou adquirida?
Adquirida
Quais fatores aumentam o LDL e diminuem o HDL?
Dieta rica em gorduras, tabagismo, obesidade, uso de álcool, DM e algumas medicações (ex.: anticoncepcionais e diuréticos)
Qual o H/P da dislipidemia?
Geralmente o paciente é assintomático; quando há LDL e triglicérides em níveis extremamente altos o paciente pode apresentar xantomas (depósito de lípides nos tendões), xantelasmas (depósito de lípides nas pálpebras), embolia gordurosa na retina; importante frisar que os sintomas são mais graves e se apresentam mais cedo em pacientes com dislipidemias primárias, ao contrário das adquiridas
Qual o tratamento da dislipidemia?
O tratamento é focado na prevenção da doença cardiovascular e é composta por: cessação do tabagismo, atividade física regular e mudanças de alimentação; pacientes com risco cardiovascular alto ou muito alto devem iniciar estatinas de média ou alta potência
Quais os pacientes que são classificados como alto ou muito alto risco cardiovascular?
Pacientes com pelo menos 1:
- evidência clínica de doença aterosclerótica cardiovascular
- LDL > 190
- DM e idade entre 40-75
- risco global de pelo menos de 7.5 e idade entre 40-75
O que é evidência clínica de doença aterosclerótica cardiovascular?
Síndrome coronariana aguda, infarto agudo do miocárdio, angina estável ou instável, AVC ou AIT, doença arterial periférica ou ter se submetido a procedimentos de revascularização
Quanto tempo de jejum é necessário para coleta de colesterol sérico?
12-14 horas
Quais os principais grupos de agentes redutores do colesterol?
Inibidores da HMG-CoA redutase, inibidores da absorção de colesterol, fibratos, sequestradores de ácidos biliares e Niacina
Quais são representantes dos inibidores da HMG-CoA redutase?
Lovastatina, Pravastatina, Sinvastatina
Quais são representantes dos inibidores de absorção de colesterol?
Ezetimibe
Quais são representantes dos fibratos?
Gemfibrozil , Fenofibrato
Quais são representantes dos sequestradores de ácidos biliares?
Colestiramina, Colestipol, Colesevelam
Qual o local de ação dos inibidores da HMG-CoA redutase?
Fígado
Qual o local de ação dos inibidores da absorção de colesterol?
Intestinos
Qual o local de ação dos fibratos?
Sangue (estimulam a LPL)
Qual o local de ação dos sequestradores de ácidos biliares?
Trato gastrointestinal
Qual o local de ação da Niacina?
Fígado
Qual o efeito no LDL, HDL e triglicérides dos inibidores da HMG-CoA redutase?
LDL: ↓↓
HDL: ↑
Triglicérides: ↓
Qual o efeito no LDL, HDL e triglicérides dos inibidores da absorção do colesterol?
LDL: ↓
HDL: neutro
Triglicérides: neutro
Qual o efeito no LDL, HDL e triglicérides dos fibratos?
LDL: ↓
HDL: ↑
Triglicérides: ↓↓↓
Qual o efeito no LDL, HDL e triglicérides dos sequestradores de ácidos biliares?
LDL: ↓
HDL: neutro
Triglicérides: neutro ou ↑
Qual o efeito no LDL, HDL e triglicérides da Niacina?
LDL: ↓
HDL: ↑↑
Triglicérides: ↓
Quais os efeitos colaterais dos inibidores da HMG-CoA redutase?
Miosite e aumento dos LFTs (checar antes de iniciar uso)
Quais os efeitos colaterais dos inibidores de absorção de colesterol?
Mialgia e pode alterar LFTs
Quais os efeitos colaterais dos fibratos?
Miosite e aumento dos LFTs (checar antes de iniciar uso)
Quais os efeitos colaterais dos sequestradores de ácidos biliares?
Gosto ruim e desconforto gastrointestinal
Quais os efeitos colaterais da Niacina?
Flushing facial, náusea, parestesias, prurido, aumento dos LFTs, resistência à insulina e pode exacerbar gota
Qual a etiologia da angina pectoris (angina estável)?
Isquemia miocárdica temporária durante esforço físico, causando dor torácica
Qual a principal condição de base da angina pectoris?
Doença arterial coronariana
Além da doença arterial coronariana, a angina pectoris pode ser secundária a quais outros processos?
Vasoespasmo arterial (angina de Prinzmetal) e doença valvar
Quais condições do trato gastrointestinal podem mimetizar a angina?
Doença do refluxo gastroesofágico e espasmo esofagiano
Qual o H/P da angina pectoris?
Dor torácica subesternal que pode irradiar-se para ombro esquerdo, braço, mandíbula ou costas
Quais os exames complementares usados para o diagnóstico de angina pectoris?
Teste de estresse ou estudos nucleares
Qual o tratamento da angina pectoris?
Nitroglicerina sublingual e cessação de atividades intensas durante a avaliação do quadro; após avaliação completa define-se o tratamento a longo prazo
Além de ser útil para a angina pectoris, a nitroglicerina pode atuar em um mimetizante de angina no trato gastrointestinal, qual?
Espasmo esofagiano
O que é essencial para descartarmos causas cardíacas de dor torácica e prosseguirmos para diagnósticos alternativos?
Teste de estresse
O que é a angina instável?
Angina que se apresenta ao repouso
Quais as causas frequentes de angina instável?
Ruptura de placa, hemorragia ou trombose nas artérias coronárias
Qual a probabilidade de um indivíduo com angina instável apresentar um infarto agudo do miocárdio em 3 anos?
1/3
Qual o H/P da angina instável?
Angina com dor com piora progressiva e com frequência aumentada; sintomas ocorrem no repouso e é menos responsiva aos tratamentos que antes funcionavam
O que podemos ver no ECG de um indivíduo com angina instável?
Depressão do segmento ST, achatamento de ondas T ou sua inversão
O que deve ser feito para todos os pacientes com suspeita de IAM?
Avaliação hospitalar com ECG e enzimas cardíacas seriadas
Qual o objetivo do tratamento para angina instável?
O tratamento busca reduzir a causa da isquemia e reduzir a demanda do miocárdio por O2
Como é a abordagem farmacológica da angina instável?
Morfina EV, O2 suplementar, Nitroglicerina, Aspirina, Beta-bloqueadores e Estatinas;
Se não for realizar PCI: adicionar Clopidogrel ou Ticagrelor
Se for realizar PCI: adicionar GP IIb/IIIa (Abciximab);
Lembrar de anticoagular com Heparina não fracionada ou de baixo peso para prevenir mais formação de trombos;
Manter potássio > 4 mEq/L e magnésio > 2 mEq/L
Qual a diferença da isquemia miocárdica em pacientes com DM e sem DM?
Pacientes com DM podem apresentar isquemia sem dor por conta de neuroparia sensitiva
Quando indicar PTCA (percutaneous transluminal coronary angioplasty) na angina instável?
Pacientes não responsivos à medicações
Quando indicar revascularização do miocárdio na angina instável?
Estenose de coronária esquerda > 50%, DAC triarterial ou história de doença arterial coronariana associada à DM
O que é o infarto agudo do miocárdio?
Morte tecidual resultante de isquemia causada por oclusão das artérias coronárias ou vasoespasmo
Quais os fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio?
Idade avançada, HAS, hipercolesterolemia, histórico familiar de DAC, DM, tabagismo; homens > mulheres; mulheres pós-menopausa > mulheres pré-menopausa
Qual o H/P do infarto agudo do miocárdio?
Dor torácica em distribuição similar aos episódios de angina; dispneia, diaforese, náusea e vômitos; ao exame pode apresentar taquicardia, queda de PA, crepitações pulmonares, nova S4 e novo sopro sistólico
O que podemos encontrar em um ECG de IAM?
Elevação do segmento ST e alterações de onda T; nova arritmia, bloqueio de ramo esquerdo ou alterações de onda Q
Qual exame laboratorial deve sempre ser solicitado na suspeita de IAM?
Enzimas cardíacas seriadas
Qual a frequência de solicitação de enzimas cardíacas na suspeita de IAM?
A cada 8 horas nas primeiras 24 horas
Quais as características da CK-MB?
Aumenta 2-12 horas após o IAM, faz pico em 12-40 horas e decresce em 24-72 horas
Quais as características do LDH?
Aumenta 6-12 horas após o IAM, faz pico em 3-6 dias (raramente usado na prática)
Quais as características da Troponina-I?
Aumenta em 2-3 horas após o IAM, faz pico em 6 horas e decresce gradualmente ao longo de 7 dias
No IAM, alterações no ECG nas derivações V2, V3 e V4 indicam infarto em qual área?
Anterior
No IAM, alterações no ECG nas derivações V1, V2 e V3 indicam infarto em qual área?
Septal
No IAM, alterações no ECG nas derivações II, III e aVF indicam infarto em qual área?
Inferior
No IAM, alterações no ECG nas derivações I, aVL, V4, V5 e V6 indicam infarto em qual área?
Lateral
No IAM, alterações no ECG nas derivações V1 e V2 indicam infarto em qual área?
Posterior
No IAM, alterações no ECG nas derivações V2, V3 e V4 indicam oclusão de qual coronária?
Descendente anterior
No IAM, alterações no ECG nas derivações V1, V2 e V3 indicam oclusão de qual coronária?
Descendente anterior (ramo septal)
No IAM, alterações no ECG nas derivações II, III e aVF indicam oclusão de qual coronária?
Descendente posterior ou ramo marginal
No IAM, alterações no ECG nas derivações I, aVL, V4, V5 e V6 indicam oclusão de qual coronária?
Descendente anterior ou circunflexa
No IAM, alterações no ECG nas derivações V1 e V2 indicam oclusão de qual coronária?
Descendente posterior
Qual o tratamento agudo do IAM?
Morfina, O2, Nitroglicerina, Aspirina, Heparina e Beta-bloqueadores e considerar PCI (até 12h) ou fibrinólise
Quais as principais causa de morte súbita nas primeiras horas após o IAM?
Taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e choque cardiogênico
Qual o momento de maior risco de ruptura da parede ventricular após o IAM?
4-8 dias após o IAM
Quais as complicações de um IAM?
Arritmias, disfunção miocárdica, necrose do músculo papilar, ruptura de parede, aneurisma, trombo mural, pericardite e síndrome de Dressler
O que é a síndrome de Dressler?
É uma complicação do IAM que se manifesta com febre, pericardite e aumento do ESR 2-4 semanas após o IAM
Qual o tratamento a longo prazo pós-IAM?
Aspirina e/ou Clopidogrel, um Beta-bloqueador, um iECA, um antagonista da aldosterona e uma estatina; estimular exercício físico, cessação do tabagismo e mudanças dietéticas
O que é um bloqueio cardíaco?
Condução miocárdica defeituosa que ocorre quando os impulsos elétricos encontram um tecido eletricamente não excitável
Quais os tipos de bloqueio cardíaco?
Primeiro grau, Segundo grau Mobitz I (Wenckebach) e II e Terceiro grau
Quais as causas de um bloqueio cardíaco de primeiro grau?
Aumento do tônus vagal e defeito funcional de condução
Qual o H/P do bloqueio cardíaco de primeiro grau?
Assintomático
O que podemos encontrar no ECG de um paciente com bloqueio cardíaco de primeiro grau?
Intervalo PR > 0.2s
Qual o tratamento de um bloqueio cardíaco de primeiro grau?
Nada necessário
Quais as causas de um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz I (Wenckebach)?
Defeito de condução nodal ou do feixe de His, efeitos de drogas e tônus vagal aumentado
Quais as drogas podem causar um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz I (Wenckebach)?
Beta-bloqueadores, Digoxina, Bloqueadores de canais de cálcio
Qual o H/P de um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz I (Wenckebach)?
Assintomático
Qual o tratamento de um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz I (Wenckebach)?
Ajustar a dose das medicações associadas com o bloqueio cardíaco; afora isso, geralmente não à tratamento necessário, a não ser que haja bradicardia sintomática, nesse caso indica-se marcapasso
Qual a causa de um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz II?
Defeito de condução infranodal (feixe de His, fibras de Purkinje)
Qual o H/P de um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz II?
Geralmente assintomático
O que podemos encontrar em um ECG de um paciente com bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz I (Wenckebach)?
Alongamento do intervalo PR até que há um QRS pulado, depois há um retorno à um intervalo PR curto e novo alongamento
O que podemos encontrar em um ECG de bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz II?
QRS pulado aleatoriamente sem alterações no intervalo PR
Qual o tratamento de um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz II?
Marcapasso
Qual a principal complicação de um bloqueio cardíaco de segundo grau Mobitz II?
Pode progredir para um bloqueio cardíaco de terceiro grau (total)
Qual a causa de um bloqueio cardíaco de terceiro grau?
Ausência de condução entre átrios e ventrículos
Qual o H/P de um bloqueio cardíaco de terceiro grau?
Síncope, tontura, hipotensão
O que podemos encontrar em um ECG de bloqueio cardíaco de terceiro grau?
Ausência de relação entre ondas P e QRS
Qual o tratamento de um bloqueio cardíaco de terceiro grau?
Evitar medicações que afetem a condução atrioventricular e implante de marcapasso
O que é a taquicardia supraventricular paroxística?
Taquicardia (FC > 100 bpm) surgindo nos átrios ou junção AV
Qual é o principal grupo de pacientes que apresenta taquicardia supraventricular paroxística?
Pacientes jovens com corações saudáveis
Qual a principal causa da taquicardia supraventricular paroxística?
Anomalias de reentrada
Quais os principais mecanismos das anomalias de reentrada AV que causam taquicardia supraventricular paroxística?
Reentrada AV nodal: há 2 caminhos de condução no nodo AV, um rápido e outro lento; a condução desce pelo rápido e retorna em sentido contrário pelo lento fechando um circuito em loop
Síndrome de Wolff-Parkinson-White: existe um feixe acessório de condução entre átrios e ventrículos que retorna para os átrios os impulsos elétricos que chegam ao ventrículo, criando um circuito em loop
O que podemos encontrar em um ECG na síndrome de Wolff-Parkinson-White?
Onda delta e intervalo PR encurtado
Qual o H/P da taquicardia supraventricular paroxística?
Taquicardia súbita; o paciente pode apresentar dor torácica, dispneia, palpitações e síncope
O que podemos encontrar no ECG de uma taquicardia supraventricular paroxística?
Ondas P escondidas em ondas T, FC alta e QRS normal
Qual o tratamento agudo da taquicardia supraventricular paroxística?
Massagem carotídea, manobra de Valsalva ou Adenosina EV; se houver instabilidade hemodinâmica, optar por cardioversão elétrica
Qual o tratamento a longo prazo da taquicardia supraventricular paroxística?
Se reentrada AV nodal: ablação por cateter ou Beta-bloqueadores ou Bloqueadores de canais de cálcio
Se síndrome de WPW: ablação do feixe acessório ou antiarrítmicos de classe IA ou IC
Qual a causa da taquicardia atrial multifocal?
Múltiplos focos ectópicos no átrio que disparam impulsos automáticos, resultando em taquicardia
Qual o H/P da taquicardia atrial multifocal?
Geralmente assintomática
O que podemos encontrar no ECG de uma taquicardia atrial multifocal?
Ondas P com morfologia variável; FC > 100 bpm
Qual o tratamento da taquicardia atrial multifocal?
Agudamente: Bloqueadores de canais de cálcio ou Beta-bloqueadores
A longo prazo pode ser feita a ablação por cateter ou cirurgia para eliminar os focos ectópicos
O que é bradicardia?
FC < 60 bpm
Quais as principais causas de bradicardia?
Aumento do tônus vagal ou doença nodal
Quais os fatores de risco para bradicardia?
Idade avançada, histórico de DAC
Qual o H/P da bradicardia?
Geralmente assintomática; paciente pode apresentar fraqueza e síncope
Ao quê a bradicardia predispõe?
Ao desenvolvimento de batidas ectópicas
Qual o tratamento da bradicardia?
A princípio suspender drogas precipitantes; se grave indica-se marcapasso
O que é a fibrilação atrial?
Ausência de contrações atriais coordenadas com contrações ventriculares esporádicas e independentes
Qual a causa da fibrilação atrial?
Existência de um foco atrial secundário com disparos rápidos e desordenados
Quais os fatores de risco para a fibrilação atrial?
Doença pulmonar, DAC, HAS, anemia, doença valvar, pericardite, hipertireoidismo, doença cardíaca reumática, sepse, uso de álcool
O que podemos encontrar no ECG de um paciente com fibrilação atrial?
Ondas P não discerníveis, QRS irregular
Qual o tratamento da fibrilação atrial?
Anticoagulação e controle de frequência com Bloqueadores de canais de cálcio, beta-bloqueadores ou Digoxina
Cardioversão, se possível, se:
- até 48 horas do início do quadro OU
- se houver ecocardiografia transesofagiana mostrando não existir trombos OU
- após 3-4 semanas de anticoagulação
Quais as complicações da fibrilação atrial?
Aumento do risco de IAM, insuficiência cardíaca, além de risco de formação de trombos e embolia
Qual a causa do flutter atrial?
Foco ectópico no átrio com disparos acelerados
Quais os fatores de risco para desenvolvimento de flutter atrial?
DAC, ICC, DPOC, doença valvar e pericardite
Qual o H/P do flutter atrial?
Geralmente assintomático; o paciente pode apresentar palpitações e síncope
O que podemos ver no ECG em um flutter atrial?
Taquicardia regular com FC > 150 bpm; padrão de serra da ondas P
Qual o tratamento do flutter atrial?
Controle de frequência com bloqueadores de canais de cálcio ou beta-bloqueadores; cardioversão química ou elétrico se não possível controlar com medicações; em alguns casos pode ser possível a ablação do foco ectópico
Qual a principal complicação do flutter atrial?
Pode degenerar para fibrilação atrial
Qual a causa da contração ventricular prematura?
Batidas ectópicas de origem ventricular
Quais podem ser as condições de base para a ocorrência de contração ventricular prematura?
Geralmente é benigna e idiopática, mas pode ser secundária à hipóxia, distúrbios hidreletrolíticos, hipertireoidismo e uso de cafeína
Qual o H/P da contração ventricular prematura?
Geralmente é assintomática; o paciente pode apresentar palpitações e síncope
O que podemos encontrar no ECG de contração ventricular prematura?
QRS antecipado e alargado sem onda P o precedendo seguido de uma curta pausa de condução
Quando devemos nos preocupar com contrações ventriculares prematuras?
Se houver mais de 3/min pelo risco de desenvolvimento de outras arritmias ventriculares
Qual o tratamento da contração ventricular prematura?
Nada necessário de o paciente for saudável, já em pacientes com histórico de DAC iniciar beta-bloqueadores
Qual a principal complicação da contração ventricular prematura em pacientes com DAC?
Morte súbita
O que é a taquicardia ventricular?
Série de 3 ou mais contrações ventriculares prematura com FC entre 160 e 240 bpm
Quais os fatores de risco para taquicardia ventricular?
DAC e histórico de IAM
Qual o H/P da taquicardia ventricular?
Pode ser assintomática se breve; o paciente pode apresentar palpitações, síncope e hipotensão
O que podemos encontrar no ECG de um paciente com taquicardia ventricular?
Uma série de QRS regulares e alargados sem relação com ondas P
Qual o tratamento da taquicardia ventricular?
Cardioversão elétrica seguida de medicações antiarrítmicas; CDI pode ser necessário em casos de taquicardias ventriculares recorrentes
Qual a principal complicação da taquicardia ventricular?
Deterioração para fibrilação ventricular
O que é torsades de pointes?
É uma taquicardia ventricular com morfologia sinusoidal que carrega prognóstico muito ruim; magnésio pode ser útil no tratamento
O que é a fibrilação ventricular?
Ausência de contrações ventriculares ordenadas gerando débito nulo e é rapidamente fatal
Quais os fatores de risco para fibrilação ventricular?
DAC e IAM
Qual o H/P da fibrilação ventricular?
Síncope, hipotensão e ausência de pulso
O que podemos ver no ECG de um paciente com fibrilação ventricular?
Traçado completamente errático, sem ondas P ou QRS
Qual o tratamento da fibrilação ventricular?
Ressuscitação cardiopulmonar
Qual o mecanismo de ação dos antiarrítmicos da classe IA?
Bloqueio de canais de sódio, prolongando o potencial de ação
Qual o mecanismo de ação dos antiarrítmicos da classe IB?
Bloqueio dos canais de sódio, encurtando o potencial de ação
Qual o mecanismo de ação dos antiarrítmicos da classe IC?
Bloqueio dos canais de sódio, sem afetar o potencial de ação
Qual o mecanismo de ação dos antiarrítmicos da classe II?
Beta-bloqueadores
Qual o mecanismo de ação dos antiarrítmicos da classe III?
Bloqueio de canais de potássio
Amiodarona também bloqueio canais de sódio
Qual o mecanismo de ação dos antiarrítmicos da classe IV?
Bloqueio de canais de cálcio
Qual o mecanismo de ação dos antiarrítmicos da Adenosina?
Ativação de canais de potássio, reduzindo o cAMP intracelular
Quais são exemplos de medicações antiarrítmicas da classe IA?
Quinidina e Procaninamida