Cardiopatias congênitas Flashcards

1
Q

Como se dá a circulação fetal?

A
  • o sangue oxigenado chega pela veia umbilical e passa para a VCI pelo ducto venoso. Ao chegar no AD passa para AE pelo forame oval. O sangue do segmento superior chega pela VCS vai ao VD e passa para aorta pelo canal arterial. Isso ocorre pois a pressão no coração direito é maior que na esquerda intraútero
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2
Q

Como dividir as cardiopatias congênitas?

A
  • cianóticas (shunt direita esquerda)

- acianóticas (shunt esquerda direita)

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3
Q

Quais as características gerais das cardiopatias acianóticas?

A
  • não altera saturação num primeiro momento, só manifesta depois da primeira semana de vida
  • podem gerar sobrecarga de volume: CIA, CIV, PCA, DSAV
  • podem ter síndrome de Eisenmenger
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4
Q

O que é a síndrome de Eisenmenger?

A
  • com o aumento de fluxo pulmonar causado pelo shunt esquerda-direita, ocorre arquiterura vascular pulmonar aumento sua resistência levando a hipertensão pulmonar e invertendo o shunt. Se for irreversível está estabelecida a síndrome
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5
Q

Quais as cardiopatias que causam sobrecarga de pressão?

A
  • coarctação de aorta e estenose aórtica
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6
Q

Como se dá a embriologia do septa interatrial?

A
  • ocorre formação do folheto primum da base em direção ao ápice, que tem um orifício central. O folheto secundum é formado depois , sendo espesso e incompleto mantendo a comunicação interatrial pelo forame oval. Com o nascimento o aumento da pressão nas câmaras esquerdas faz um folheto grudar no outro e colabar o ostio
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7
Q

Quais os tipos de CIA?

A
  • tipo Ostium primum: defeito no folheto primum
  • tipo Ostium secundum: defeito no forame oval
  • Tipo seio venoso: próximo a abertura das cavas, mais na base do coração
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8
Q

Qual o quadro clínico?

A

Sobrecarga de volume:

  • shunt esquerda-direita
  • raramente com alteração SpO2
  • sopro ejetivo de baixa amplitude e desdobramento de fixo de 2ª bulha
  • aparecem somente após as primeiras semanas com redução progressiva da resistência pulmonar
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9
Q

Quais as alterações ao Rx?

A
  • congestão pulmonar

- aumento área cardíaca direita

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10
Q

Como confirmar o diagnóstico?

A
  • ECO
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11
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • se Ostium secundum com anatomia favorável: prótese via hemodinâmica
  • Se outros: cirurgia aberta com fechamento do defeito com PATCH de pericárdio bovino
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12
Q

Qual a embriologia do septo interventricular?

A
  • Duas estruturas se unem ao mesmo tempo: a porção inferior muscular (defeitos são menores e tendem a fechar sozinho) e porção superior membranosa (não fecha sozinho)
  • é a mais comum na infância
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13
Q

Qual o quadro clínico?

A

Sobrecarga de volume:

  • manifesta após primeira semana, evolui mais rápido para ICC que CIA
  • sudorese, cansaço durante as mamadas, baixo ganho ponderal
  • sopro sistólico de elevada amplitude
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14
Q

Como está o Rx?

A
  • aumento biventricular de AE e pulmonar

- congestão pulmonar

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15
Q

Quais as alterações ao ECG a depender do grau do defeito?

A
  • CIV pequeno: normal
  • CIV moderado: sobrecarga de AE e VE
  • CIV ampla: sobrecarga biventricular
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16
Q

Quando indicar e como fazer o tratamento clínico?

A
  • 6-12m: defeito amplo com hipertensão pulmonar
  • > 12m com relação QP/QS > 2 (relação de volume na pulmonar sobre volume aórtico
  • CIV supracristal: logo abaixo da aorta
  • dar vasodilatador e diurético
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17
Q

Quando indicar e como fazer o tratamento cirúrgico?

A
  • Fechamento cirúrgico com PATCH o mais rápido possível

- CIV muscular pequena pode acompanhar

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18
Q

Quando ocorre o fechamento do canal arterial?

A
  • fechamento funcional por volta da 1ªsemana decorrente das alterações pressóricas e de O2, fibrosa por volta da 3ª semana
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19
Q

Quais os principais fatores de risco para PCA?

A
  • prematuridade: principal
  • infecção congênita: rubéola
  • uso de drogas pela mãe e álcool
  • sofrimento respiratório do RN
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20
Q

Qual a clínica da PCA?

A

Sobrecarga de volume com shunt esquerda-direita

  • manifestações após primeira semana
  • sopro contínuo em maquinaria
  • PA divergente
  • pulsos amplos
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21
Q

Como estáo Rx da PCA?

A
  • congestão pulmonar
  • aumento de câmaras esquerdas
  • aumento de pulmonar e aorta
22
Q

Como está o ECG?

A
  • sobrecarga biventricular e AE
23
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • inibidores da cox: ibuprofeno e indometacina
  • fechamento cirúrgico. Prematuros respondem melhor
  • fechamento percutâneo com COILS via hemodinâmica
24
Q

O que ocorre no DSAV?

A
  • ocorre defeito no coxim endocárdico que separa o AD do VE, sendo o local de implantação de mitral e tricúspide. Com isso tambem não há ancoragem do Folheto primum causando uma CIA tipo Ostium primum
25
Q

Qual a importante associação?

A
  • É a cardiopatia congênita mais comum na Síndrome de Down
26
Q

O que pode ocorrer se for DSAV total?

A
  • pode ocorrer tambem CIV perimembranosa, formando uma valva gigante com 5 cúspides
27
Q

Como classificar o DSAV total?

A

Classificação de Rastelli:

  • tipo 1: cordoalha do folheto pontino inferior fixa no ápice da porção muscular do septo interventricular
  • tipo 2: cordoalha se fixa na porção lateral
  • tipo 3: se fixa na parede do VD
28
Q

Qual a clínica da DSAV?

A
  • semelhante a CIV ampla com hiperfluxo pulmonar e ICC
  • sopro sistólico regurgitativo na valva AV com hiperfonese de B1 e desdobramento fixo
  • pode evoluir para síndrome de Eisenmenger
29
Q

Como está o Rx?

A
  • aumento de área cardíaca
  • congestão pulmonar
  • dilatação da artéria pulmonar
30
Q

Como está o ECG?

A
  • BDAS

- sobrecarga biventricular

31
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • cirurgia
32
Q

Qual a definição de coarctação da aorta?

A
  • falha no fechamento de 4º e 5º arcos embrionários, sendo mais frequente no istmo, entre o arco e a porção descendente
33
Q

Qual a associação importante?

A
  • associada a síndrome de Turner
34
Q

Qual a clínica?

A
  • sopro mesotelessistólico em região axilar e dorsal
  • redução de pulso em MMII
  • HAS em MSD
  • PA MMSS > MMII
  • Forma grave: interrupção da passagem. Ocorre cianose neonatal em MMII
35
Q

Quais as manifestações radiográficas?-

A
  • erosões costais pelo aumento da vasculatura
  • sinal do 3: dilatação pré e pós estenótica
  • congestão pulmonar
36
Q

Como está o ECG?

A
  • SVE
37
Q

Qual a fisiopatologia da T4F?

A
  • desvio do septo aorticopulmonar anteriormente e para a direita
  • causa CIV, obstrução do trato de saída do VD, dextroposicionamento da aorta e hipertrofia de VD
38
Q

Qual o quadro clínico?

A
  • shunt direita esquerda com cianose nas primeiras semanas de vida e dessaturação crônicos com baqueteamento digital
  • sopro sistólico em BEE média (estenose da saída de VD)
  • baixo ganho de peso e altura
39
Q

O que é a crise hipercianótica?

A
  • mediante estressores, o RN começa a chorar e aumenta a resistência pulmonar, com isso ocorre queda da saturação, hipóxia, taquipneia e taquicardia
40
Q

Como tratar?

A
  • O 2, aquecer, fletir MMII sobre o tronco
  • monitorizar
  • morfina venosa: sedação, analgesia, dilatação do infundíbulo do VD
  • propranolol: reduz FC
  • corrigir DHE e DAB
  • prostaglandia E1: deixa canal arterial patente
41
Q

Como está o Rx?

A
  • aumento de VD com deslocamento do ápice superiormente (em sapato)
  • hipofluxo pulmonar
  • área cardíaca normal
42
Q

Como está o ECG?

A
  • SVD
  • onda T positiva em V1
  • onda R proeminente em precordiais direitas e S nas esquerdas
43
Q

Como fazer o diagnóstico e o que fazer no pré operatório?

A
  • ECO

- CATE para estudar com detalhes anatomia

44
Q

Quais as modalidades de cirurgia?

A
  • paliativa: liga a subclávia na artéria pulmonar

- correção total aos 6 meses

45
Q

O que é a transposição de grandes vasos?

A
  • defeito no septo aórtico pulmonar que não faz a migração da aorta para o VE e da pulmonar para o VD
  • é canal arterial dependente, assim que ele se fechar a criança choca
46
Q

Como suspeitar da condição precocemente?

A
  • teste do coraçãozinho para triagem e depois ECO
47
Q

Qual o quadro clínico?

A
  • B2 unica e hiperfonética
  • é a que mais causa cianose progressiva inicial no período neonatal
  • hipóxia, acidose metabólica
48
Q

Como está o Rx?

A
  • área cardíaca normal
  • estreitamento do mediastino superior
  • fluxo pulmonar normal
49
Q

Como fazer o tratamento clínico? Até quando fazer?

A
  • PGE1 intravenosa para manter canal arterial patente

- fazer até cirurgia

50
Q

Quais as modalidades cirúrgicas?

A
  • atriosseptostomia percutâneo com balão: cria outro shunt direita-esquerda. É paliativa
  • cirugia definitiva: Jattene