CA de esôfago Flashcards
Quais os dois principais tipos de CA de esôfago?
*Carcinoma epidermoide de esôfago ou espinocelular *Adenocarcinoma
Qual a epidemiologia do carcinoma epidermoide de esôfago?
Carcinoma de células escamosas que geralmente atinge os dois terços superiores do esôfago e na maior parte dos casos é assintomático na fase precoce.É a 7ª neoplasia no brasil, sento a sobrevida de 80% em 5 anos. Ocorre mais no sexo masculino, entre negros, de 50-70 anos.
Fatores de risco para o carcinoma de células escamosa de esôfago:
Fatores de risco: etilismo e tabagismo, tumores de cabeça e pescoço, tilose ou Sd. de Howel-Evans (hiperceratose palmo-plantar, autossômica dominante, comum em jovens, 90% faz CA de esôfago até os 40 anos). Acalásia com megaesôfado (risco 8-33x maior), Sd. de Vinson ou Patterson-Blown-Kelly (membrana esôfago cervical: disfagia, anemia ferropriva, queilose, glossite), estenose cáustica (risco 1000-3000x maior, piora da disfagia e dificuldade para dilatar).
Fatores nutricionais: alimentos ricos em compostos N-nitrosos como nitratos e nitrosaminas dos produtos defumados por exemplo, (deficiência de riboflavina B2), ácido ascórbico (C), vit.A, vit.B, Vit.E, ácido fólico (B9), selênio, Zb, Fe, Molibdônio.
Fatores ambientais: injúria térmica constante, contaminação da água e solo por óleo, petróleo, cálcio, magnésio, íons.
Caracterização e epidemiologia do adenocarcinoma esofágico:
Origem: epitélio metaplásico do Esôfago de Barret (risco 40-125x maior) Local: Terço distal do esôfago Associado ao DRGE Homens, brancos, de 60 anos Lesões precoces são assintomáticas
Sinais e sintomas adenocarcinoma de esôfago:
- Lesões precoces são assintomáticas
- Sintomas disfagia progressiva (primeiro sólidos, depois pastosos e líquidos) que ocupa 2/3 da luz, emagrecimento, adenomegalia supraclavicular e cervical, odinofagia, halitose, anemia, dor torácica, fraqueza, sangramento oculto ou hematêmese.
- Se a lesão for no terço superior do esôfago pode haver invasão traqueal, com tosse, pneumonia de repetição, fístula esofagotraqueal.
- As metástases são hematológicas, hepáticas e pulmonares.
- Em lesões avançadas podemos ver estado nutricional alterado, anemia, adenomegalia, inclusive nódulo de Virchow, a ausculta respiratória pode estar alterada em caso de fistula esofagotraqueal
Exames laboratoriais nos tumores esofágicos:
Em exames complementares pode haver anemia microcítica/hipocrômica ou normocítica/normocrômica, elevação de fosfatase alcalina (FA) em metástases hepáticas, a radiografia pode mostrar consolidações pulmonares pela fístula esofagotraqueal ou nódulos metastáticos.
O exame diagnóstico de escolha é a endocopia digestiva alta (EDA).
Na dificuldade de fazer a EDA, deve-se fazer um estudo constrastado do esôfago (esofagografia - sinal da maçã mordida).
TC e RNM permitem observar acometimento de órgãos vizinhos, adenopatias e metástases a distância.
Laringotraqueoscopia: indicada nos tumores altos para ver a invasão da traqueia, acometimento do n. laríngeo recorrente, abaulamentos, obstruções ou fístulas
ECOendoscopia: lesões precoces para avaliar PROFUNDIDADE.
PET TC: estadiamento regional, metástases
Principais sítios de metástase hematológicas dos CA esofágicos:
Hepáticas, pulmonares, ósseas e renais.
Qual a importância do estadiamento do CA esofágico?
O estadiamento permite a decisão terapêutica.
Como é resposta a quimioterapia/radioterapia dos tumores esofágicos?
Carcinoma epidermoide responde bem a quimio e radio. Geralmente consegue-se diminuir o tamanho e depois fazer a ressecação.
Adenocarcinoma não responde bem a quimio e radio.
Como é o tratamento curativo dos tumores esofágicos?
EDA com lesões precoces x cirurgia com esofagectomia.
Como é o tratamento paliativo dos tumores esofágicos?
EDA (próteses e dilatações), quimioterapia, radioterapia.
Fatores de risco para o adenocarcinoma esofágico:
*Esôfago de Barret
*Tabagismo
*Obesidade
*Tabagismo
Bifosfonados orais (ex. alendronato)
V ou F: os tumores esofágicos não são agressivos.
Justifique.
FALSO.
É extremamente agressivo, disseminando-se localmente e à distância, do epitélio para submucosa, muscular, linfonodos regionais e órgãos adjacentes, o que é facilitado pala ausência de serosa.
Para onde drenam tumores do terço superior do esôfago?
Linfonodos cervicais profundos (supraclaviculares), paraesofágicos e mediastínicos posteriores e traqueobrônquicos.
Para onde drenam os tumores do terço distal do esôfago?
Linfonodos paraesofágicos, paragástricos, celíacos e do hilo esplênico.
Quais os exames utilizados no estadiamento TNM?
- USG endoscópico: melhor exame oara estadiamento E e N
- Rx de tórax: pode mostrar adenopatia mediastinal, derrame pleura, metástases pulmonares
- TC toracoabdominal: avalia linfonodos, metástases e lesões aos órgãos adjascentes
- Broncofibroscopia: mostra invasão traqueobrônquica, indicada especialmente em CA de esôfago proximal e tosse persistente.
- Mediastinoscopia e laparoscopia com biópsia: avalia linfonodos e metástases a distância. O acometimento dos infonos celíacos contraindica cirurgia.
- PETscan: mais sensível que a TC e USG endoscópica para determinação das metástases à distância
- RNM: a principal indicação é avaliar se há invasão de plaxos vasculares ou nervosos pelo tumor
Por exemplo:
EDA com coleta de biópsia (diagnóstico de CA de esôfago), TC toracoabdominal com PETscan associado , se metástases ausentes fazer USG endoscópico para avaliar a penetração do tumor e os linfonodos locorregionais.
Tratamento CA esofágico:
Se T1N0M0: ressecção endoscópica
****
Que cadeia de linfonodos está especialmente acometida nos CA esofágicos médios?
Linfonodos mediastinais.
Como a classificação de Siewert pode auxiliar no tratamento cirúrgico?
Siewert: 1 cm acima da JEG (Siewert 1), 2 cm abaixo da JEG (Siewert 2), 5cm abaixo da JEG (Siewert 3)
Siewert I: esofagectomia total
Siewert 2 e 3: tratamento compreende a esofagectomia distal e gastrectomia total.
Quem são os candidatos ao tratamento paliativo do CA de esôfago?
Tumores irressecáveis ou inoperáveis Metástases Envolvimento da aorta N. laríngeo recorrente acometidoo Fístula esofagotraqueal
Atuação do tratamento paliativo no CA de esôfago:
Aliviar disfagia Nutrir Limitar a internação Dilatação/prótese Radioterapia: alivia disfagia em 80% pela redução do tamanho
Prótese endoscópica:
Stent passado por endoscopia autoexpansivo
Problemas: perfuração, compressão de estruturas adjascentes, saída da posição inicial
Tratamento curativo no CA endoscópico
Cirúrgico
Endoscópico
Quimioterapia
Deve-se avaliar o estado nutricional, o suporte nutricional prévio, função respiratória e cardíaca, atenção aos etilistas e tabagistas (hepatopatias, pneumopatias) - doentes podem ser inoperáveis
Tratamento CA de esôfago: tumor precoce
Apenas 5% dos casos
Cirurgia - esofagectomia
Mocosectomai endoscópica se superficial
Tratamento CA de esôfago: tumor não avançado
Esofagectomia + qiomiorradioterapia adjuvante
Tratamento CA de esôfago: tumor avançado
Avaliar se é ressecável:
Se sim, qiomiorradioterapia neoadjuvante + reestadiamento + esofagectomia +linfadenectomia
Não ressecável: quimiorradioterapia solada?
Qual o tipo de esofagectomia feita no tratamento do CA de esôfago?
Esofagectomia em 3 campos:
- laparotomia mediana
- toracotomia direita
- cervicotomia esquerda
Com linfadenectomia agressiva
Indicação radioterapia:
Paliativa
Redução do tumores neoadjuvante
Erradicação de células ajudvante
É mais eficaz quando associada a quimioterapia, visto que essa é radiossensibilizante.