Bronquiolite e Lactente Sibilante Flashcards
Sibilância em crianças pequenas
Em adultos e crianças maiores a sibilância esta muito relacionada a asma , mas em crianças pequenas devido a caracteristicas anatomicas e funcionais e as infecções virais mais frequentes , a sibilância é muito comum , sendo um sinal inespecífico que pode refletir uma serie de condições
40% das crianças tem 1 ou mais ep de sibilância, 20% permanecem mais tardiamente
Definição: Bronquiolite Viral Aguda (BVA)
Infecção respiratória de natureza predominantemente viral que acomete o trato respiratório inferior e manifesta-se com sibilância.
“Lactente (até 2 anos) com sintomas de resfriado que de repente começa com taquipneia e sibilância”.
BVA: epd
Países desenvolvidos : principal causa de internação em lactentes
Hospitalização mundial 19,2 episódios a cada 1000 crianças menores de 1ano, por ano (2%)
Taxa global de risco de fatalidade em menores de 1 ano de 6,6 episódios/1000 crianças/ano
Ocorre mais no inverno e em 30% dos casos pode apresentar-se assintomática.
BVA: FR
- BAIXA IDADE (menor de 3 meses)(vias aéreas mais estreitas, facilitando obstrução)
- PREMATURIDADE (princip <29s) (diminuição da imunidade, deficiência de surfactante, vias aéreas ainda mais estreitas);
- BAIXO PESO (imunidade)
- CARDIOPATIAS CONGÊNITAS (princip c/ HPP)
- DISPLASIA BRONCOPULMONAR
- IMUNODEFICIÊNCIAS
- SÍNDROME DE DOWN
- FIBROSE CÍSTICA
prematuro extremo com deficiência de surfactante que precisou de O2 por muito tempo, lesando o aparelho respiratório)
BVA: FR para Internação
- PREMATURIDADE
- BAIXA RENDA
- DESMAME PRECOCE
- TABAGISMO PASSIVO
BVA: FP
- ALEITAMENTO MATERNO
- PREVENÇÃO COM PALIVIZUMABE
BVA: ETLG
VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO – 50 A 80% CASOS DE BVA
DEPOIS DE VSR : adenovirus, metapneumovirus, rinovirus
Maior incidência no inverno
Mas pode ser causada por: Streptococcus pneumoniae; Mycoplasma pneumoniae; Haemophilus influenzae; Influenza A e B…
- Vírus RNA, Paramyxoviridae, do gênero Pneumovírus
- 2 tipos A e B , de acordo com sazonalidade ( tipo A pode estar associado com maior gravidade)
- 30% crianças : assintomáticas
O VSR também é o maior responsável por pneumonia em crianças pequenas – vírus de RNA; há 2 tipos – A e B, de acordo com a sazonalidade; o A se relaciona a maior gravidade.
BVA: FPat
Transmissão por contato: Inoculação na mucosa nasofaringea ou conjuntival mediante secreção infectada, , médicos e pais podem ser veículos de transmissão.
Vírus dura até 6h em superfícies duras, na pele 20m, borracha e luva (90m)
Incubação de 2-8dias e eliminação viral por até 3 semanas, com média de 8 dias (exceto imunodef)
Inicia-se no trato respiratório alto, mucosa nasofaríngea ou conjuntival, mediante secreção infectada.
Ocorre processo inflamatório em bronquíolo – aumento da secreção – edema de parede – estreitamento da luz = sibilos.
QC-BVA
lactentes, pp até 6 meses, que iniciam com sintoma de resfriado (VAS - coriza, tosse) e 2-3 dias depois começam com dificuldade respiratória (VAI – dispnéia, taquipnéia, chiado, estertores) e expectoração.
Geralmente não há febre, mas quando ocorre é baixa.
BVA-evolução
Normal: regeneração da mucosa em 3-4dias. Os cílios reaparecem em 15 dias = melhora total do aparelho respiratório e desaparecimento dos sintomas.
Em grupos de risco: prematuros, cardiopatas, displasia broncopulmonar, pneumopatias crônicas: apresentação mais grave com cianose e apnéia patológica (duração >20segundos ou <20segundos com associação de cianose ou bradicardia).
Maior taxa e maior tempo de hospitalização; maior necessidade de cuidados intensivos e ventilação mecânica; maior taxa de mortalidade.
PREMATURIDADE
sistema imune imaturo, reduzida transferência de anticorpos maternos e reduzido calibre de VA.
GRUPO DE RISCO
Cardiopatias Congênitas
Hiperatividade vascular pulmonar
Hipertensão pulmonar, maior gravidade e maior mortalidade.
Quando há CC com hipertensão pulmonar, pode haver transudação de líquidos para o interstício pulmonar, favorecendo infecção.
CC cianóticas cursam com algum grau de hipoxemia, gerando repercussões mais graves em quadros infecciosos.
DOENÇA PULMONAR CRÔNICA DA PMT OU DISPLASIA BRONCOPULMONAR
injuria em pulmão imaturo com necessidade de O2, VM e maior tempo de internação.
Maior tempo de internação e VM
BVA-DG
Clínico.
Exames complementares são desnecessários na maioria dos casos.
RX de tórax pode ser realizada em casos atípicos ou graves.
Gasometria arterial em casos de insuficiência respiratória ou necessidade de suporte ventilatório.
Exames sorológicos para VSR são úteis na hospitalização para evitar disseminação.
Hemocultura em caso de febre e/ou sepse, buscando infecção secundária.
BVA-TTO
Nas formas leves, que são maioria, não há necessidade de internação.
Orienta-se os pais sobre a evolução da doença (3 semanas), sinais de gravidade (piora do padrão respiratório, sinais de esforço, interrupção das mamadas) e reavaliações. Em casa, basicamente é feita hidratação.
Indicações de internação: dificuldade de ingesta; taquipnéia >60irpm; cianose; apnéia; StO2 <90-92%; grupos de risco (<3 meses; prematuridade/baixo peso; CC; DBP; imunodeficiências; Síndrome de Down; Fibrose Cística).
Oxigênio é obrigatório se saturação < 92% (HOOD em crianças menores ou máscara com reservatório em crianças maiores; CPAP em casos mais graves). Se necessário, hidratação por sonda ou parenteral.
Tratamentos controversos: salina hipertônica (NBZ com solução salina 3%) – possui alguma eficácia em hospitalizados; uso de broncodilatadores, beta 2 agonista (úteis na recorrência do quadro, pra avaliar ASMA – teste terapêutico de curta duração em > 6 meses).
Tratamento não recomendados, ineficazes: corticoide, adrenalina, anticolinérgico, atb, fst respiratória (pode ser usada em recorrências).