BRASPEN Flashcards

1
Q

Segundo a BRASPEN em quanto tempo após admissão na UTI deve ser realizada a avaliação nutricional, e em quanto tempo ela deve ser repetida:

A

Até 48h
A cada 7 a 10 dias.

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2
Q

. Qual método deve ser utilizado para avaliar a necessidade energética no paciente crítico?

A

calorimetria indireta (CI) sempre que disponível, uma vez que equações preditivas são consideradas imprecisas para os pacientes críticos, podendo subestimar ou superestimar as suas necessidades energéticas.

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3
Q

Quando se deve considerar o posicionamento pós pilórico:

A

o em pacientes com alto riscopara aspiração, na intolerância à dieta não resolvida com procinéticos ou se contraindicada clinicamente a alimentação via gástrica.

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4
Q

Qual é a oferta energética ideal para o paciente crítico?

A

15 a 20 kcal/kg e progredir para 25 a 30 kcal/kg, entre o 4º e o 7º dia, aos pacientes que já se encontram na fase pós aguda/recuperação. Caso disponha de CI, ofertar na fase inicial entre 50 e 70% do gasto energético aferido e progredir para 100% após o quarto dia.

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5
Q

Qual é a oferta proteica ideal para o paciente crítico?

A

até 1,2 g de proteína/kg de peso/dia na fase inicial da doença, aproximadamente até o D4.
Após o D4, considerando que o paciente não esteja em sua fase aguda inicial, recomendamos evoluir a oferta para **1,3 e 2 g **de proteína/kg de peso/dia

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6
Q

Qual é a recomendação do posicionamento semi-recumbente do leito dos pacientes críticos?

A

Em todos os pacientes intubados na UTI recebendo NE, a cabeceira do leito deve ser elevada 30–45º e a realização de higiene bucal com clorexidina, duas vezes ao dia, deve ser considerada.

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7
Q

Quais pró crinéticos devem ser utilizados preferencialmente na UTI:

A

A eritromicina intravenosa deve ser usada como terapia procinética de primeira
linha. Alternativamente, a metoclopramida intravenosa ou uma combinação de metoclopramida e eritromicina

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8
Q

O volume residual gástrico (VRG) deve ser utilizado de rotina em pacientes críticos?

A

NÃO
Em paciente em que seja indicada a aferição do VRG, deve-se manter infusão da NE quando VRG <500 ml, na ausência de outros sinais de intolerância.

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9
Q

Qual método de infusão utilizar: contínuo ou intermitente?

A

Não há evidência na literatura quanto à superioridade do método de infusão da TNE.

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10
Q

Existe recomendação para dietas imunomoduladoras em pacientes críticos?

A

Sugerimos que formulações enterais imunomoduladoras não devam ser utilizadas rotineiramente em UTI. Em pacientes cirúrgicos hemodinamicamente estáveis, em pós-operatório de cirurgias de grande porte, principalmente por câncer, a utilização destas formulações deve ser considerada.

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11
Q

Pode-se utilizar fibras no doente grave?

A

Em pacientes que estejam hemodinamicamente compensados e não apresentem disfunção no trato gastrointestinal, o uso de fibras solúveis pode ser considerado.

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12
Q

Existe indicação de glutamina enteral suplementar no paciente crítico?

A

NÃO

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13
Q

. Quando devemos iniciar a nutrição parenteral suplementar (NPS)?

A

A NPS não deve ser sistematicamente utilizada, na primeira semana, em pacientes graves.

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14
Q

Qual emulsão lipídica (EL) utilizar no doente grave?

A

Não recomendamos a utilização de EL baseadas exclusivamente em óleo de soja.

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15
Q

Devemos utilizar NP pronta para uso ou manipulada?

A

Não existem evidências de superioridade

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16
Q

Qual é a glicemia alvo em pacientes em uso de NP?

A

140 a 180 mg/dL, para pacientes clínicos e cirúrgicos sob cuidados intensivos.

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17
Q

Devemos utilizar glutamina parenteral em pacientes graves em uso de NP?

A

O uso parenteral de glutamina está contraindicado para pacientes na fase aguda de doença grave, com disfunção orgânica múltipla, disfunção renal, disfunção hepática ou instabilidade hemodinâmica e em doses acima de 0,5 g/kg/d.

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18
Q

Há vantagem no uso de dietas com alto teor de lipídio e baixo teor de carboidrato para pacientes críticos com disfunção pulmonar?

A

NÃO

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19
Q

Uso de fórmulas enterais densas para restringir oferta hídrica beneficia pacientes críticos com disfunção pulmonar aguda?

A

Sugerimos utilizar fórmulas enterais a partir de 1,5 kcal/ml, em pacientes com disfunção respiratória aguda que necessitem de restrição hídrica.

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20
Q

Quais são as recomendações calóricas e proteicas em adultos críticos com injúria renal aguda (IRA)? Há indicação para fórmulas enterais especializadas?

A

NÃO, devem receber fórmulas enterais padrão e recomendações energéticas semelhantes aos demais pacientes críticos. Em caso de distúrbios eletrolíticos importantes, fórmulas especializadas devem ser consideradas.

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21
Q

Em pacientes críticos com IRA em terapia dialítica, qual é a meta proteica apropriada para compensar as perdas? É racional restringir proteína para prevenir lesão renal adicional?

A
  • pacientes hipercatabólicos com IRA e sem terapia de reposição renal (TRR) é de 1,3-1,5 g/kg/dia
  • EmTRR intermitente, a recomendação é de cerca de 1,5 g/kg/dia
  • Em TRR contínua, deve ser de 1,7-2,5 g/kg/dia

** Proteínas não devem ser restringidas para pacientes hipercatabólicos com objetivo de evitar ou retardar o início de TRR.

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22
Q

Está indicada NE especializada na pancreatite aguda leve e moderada? Quando indicar?

A

Na pancreatite aguda não grave (leve e moderada), cujo tratamento restringe-se a controle sintomático na maioria dos casos, o uso rotineiro de fórmulas enterais especializadas ou de NP não está recomendado como rotina.

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23
Q

Na pancreatite aguda, há diferença da via entérica gástrica ou jejunal?

A

NÃO

24
Q

Quando devemos indicar nutrição parenteral na pancreatite aguda?

A
    1. Em pacientes eutróficos, a via parenteral deve ser indicada quando há contraindicação formal à utilização do trato digestório ou não se conseguir atingir 60% das necessidades calóricas estimadas após sete dias de tentativa através da via enteral.
  • Em pacientes desnutridos, as necessidades nutricionais devem ser atingidas o mais breve possível, não havendo respaldo para atraso na TN plena
25
Q

Probióticos estão indicados na pancreatite aguda grave?

A

NÃO

26
Q

Está indicado o uso de fórmulas semi/elementares e imunonutrientes na pancreatite aguda grave?

A

O uso de fórmula semi/elementar NÃO é recomendado
O uso de glutamina enteral e/ou parenteral numa dose de 0,3-0,5 g/kg/dia pode ser considerado.

27
Q

Na presença de intolerância, como aumentar a tolerabilidade da dieta enteral em pancreatite aguda moderada/grave?

A
  1. SNE pos pilórica
  2. Procinéticos
  3. SNG para drenagem
  4. uso de formulações especializadas semi/elementares são recomendadas, na tentativa de implementação e progressão do aporte nutricional enteral quando houver sinais de intolerância do trato gastrointestinal (TGI).
28
Q

Quando deve-se iniciar NE precoce no pós-operatório?

A

via oral não consiga suprir pelo menos 60% da meta estipulada
A NP será indicada apenas quando a NE não for possível ou quando a NE não conseguir suprir pelo menos 60% da meta estipulada por 7 dias

29
Q

As fórmulas imunomoduladoras devem ser utilizadas rotineiramente no período pós-operatório? Em qual período:

A

SIM
tanto no período pré-operatório (por cinco dias) quanto pós-operatório (por sete dias) para pacientes a serem submetidos a cirurgia de grande porte por** câncer do TGI ou de cabeça e pescoço**, especialmente naqueles com diagnóstico de desnutrição.

30
Q

O uso de NE é apropriado em situações difíceis, como íleo pós-operatório prolongado, anastomoses intestinais ou abdome aberto?

A

O uso precoce de NE ou oral no pós-operatório imediato não coloca em risco nenhuma anastomose feita em condições adequadas, mesmo em anastomoses de estômago ou reto. Pelo contrário, o uso precoce de NE no pós-operatório reduz a incidência de deiscência
de anastomose. O abdome aberto não se constitui em uma contraindicação para uso de nutrição enteral.

31
Q

Quando devemos utilizar NP no período pós-operatório?

A

Recomendamos o uso de NP precoce nos pacientes desnutridos ou com alto risco nutricional impossibilitados de serem alimentados por via oral ou enteral. Nos pacientes bem nutridos com contraindicação do uso da via digestiva, deve-se esperar 7 dias para iniciar a NP.

32
Q

Devemos iniciar a dieta via oral de pacientes cirúrgicos críticos no período pós-operatório com líquidos claros?

A

NÃO

33
Q

Como fazer a avaliação nutricional no paciente obeso crítico?

A

No paciente obeso crítico, além dos parâmetros habituais da avaliação nutricional na UTI, devem ser utilizados marcadores de síndrome metabólica, como glicemia, triglicerídeos, colesterol total e frações, aferição da circunferência abdominal, quando possível, e presença
de hipertensão arterial. Outros marcadores de inflamação, como proteína C reativa e sinais de resposta inflamatória sistêmica, também devem ser avaliados.

34
Q

Qual é a melhor estratégia nutricional para o paciente obeso crítico?

A

hipocalórica e hiperproteica

35
Q

Nos pacientes obesos críticos, qual é a meta calórico-proteica a ser atingida?

A
  • não deve ultrapassar 60-70% do alvo, medido por CI
  • 11-14 kcal/kg/dia do peso real, para pacientes com IMC entre 30-50 kg/m², e 22-25 kcal/kg/dia do peso ideal para IMC eutrófico, se IMC >50 kg/m²
  • Fornecer 2 gramas de proteína por kg de peso ideal por dia, caso IMC entre 30-40 kg/m², e até 2,5 gramas por kg de peso ideal por dia, se IMC >40 kg/m².
36
Q

Quais outros parâmetros devem ser monitorados nos pacientes obesos críticos?

A
  • hiperglicemia,
  • hiperlipemia,
  • hipercapnia,
  • ureia,
  • balanço nitrogenado,
  • balanço hídrico e
  • esteatose hepática.
37
Q

Como deve-se proceder em relação à nutrição e hidratação nos pacientes em cuidados paliativos?

A

Nutrição e hidratação artificial não são obrigatórias em caso de cuidados paliativos

38
Q

Quais as recomendações especiais aos pacientes traumatizados?

A

Nas fases precoces, as metas de energia/proteína devem ser alcançadas progressivamente, assim como no paciente crítico. Ao longo da fase de recuperação, há necessidade de reajuste do plano nutricional para ofertas calóricas, que podem alcançar 40 kcal/kg/dia e de
necessidades proteicas de até 2,0-2,5 g/kg de peso.

As fórmulas com glutamina ou outros imunonutrientes devem ser consideradas no trauma

39
Q

Qual meta calórica e proteica utilizar? Em pacientes queimados

A

Paciente com mais de 20% de superfície corporal queimada deve ter sua meta energética definida por calorimetria indireta, com medidas repetidas semanalmente. A meta proteica sugerida é de 1,5-2 g proteína/kg peso/dia.

40
Q

Há recomendação do uso de glutamina para pacientes queimados?

A

NÃO

41
Q

A BRASPEN recomenda quais instrumentos para triagem no doente crítico :

A

(NUTRIC) e a NRS-2002

42
Q

A BRASPEN recomenda quais instrumentos para avaliação nutricional no doente crítico :

A
  • GLIM
  • AND-ASPEN
  • ASG > não possui boa reprodutibilidade e necessita de profissional com expertise
    para ser realizada com precisão
43
Q

O cálculo do GER, por meio da CI, baseia-se em que:

A

na relação entre o consumo do volume de oxigênio (VO2) e a produção do volume de dióxido de carbono (VCO2) pelo metabolismo celular durante o processo de produção de energia

44
Q

Quais são os benefícios da TNE precoce:

A
  1. minimizar o hipermetabolismo e catabolismo associados à resposta inflamatória,
  2. favorece o trofismo intestinal, contribuindo para a manutenção da função de barreira dos enterócitos.
  3. Além disso, a integridade funcional e estrutural da mucosa do trato gastrointestinal (TGI) tem associação com atenuação do estresse oxidativo e das respostas inflamatórias, além de contribuir para modular as respostas metabólicas que ajudam a reduzir a resistência à insulina
45
Q

Quando a TNE é contraindicada:

A
    1. choque não controlado,
    1. hipoxemia e acidose graves,
    1. hemorragia digestiva alta não
    1. controlada,
    1. resíduo gástrico >500 ml/6h,
    1. isquemia intestinal,
    1. obstrução intestinal,
    1. síndrome compartimental abdominal e
    1. fístula de alto débito sem SNE distal*
46
Q

PQ o VRG de rotina é contraindicado:

A

tem baixa correlação com risco de aspiração
e pneumonia

47
Q

Quais as medidas que devem ser tomada para garantir a segurança da TNE em posição prona:

A

a elevação da cabeceira do leito (Trendelenburg reverso) em 10–25° e avaliar o uso de agentes procinéticos

48
Q

PQ a TNE é contraindicada em paciente IH:

A

A instabilidade hemodinâmica que afeta grande proporção de pacientes críticos desencadeia uma série de alterações na circulação que dão origem à diminuição do fluxo sanguíneo esplâncnico em relação à produção cardíaca (especialmente em situações de choque hipovolêmico ou cardiogênico), levando à hipoperfusão intestinal&raquo_space;> A hipoperfusão esplâncnica relacionada ao choque pode potencialmente ser agravada pela administração da NE, pois a digestão representa uma carga cardíaca extra de trabalho

49
Q

O jejum e a presença de vasopressores exógenos/ endógenos contribuem para que:

A

DISBIOSE

50
Q

Quando a TNE deve ser adiada:

A

em pacientes na fase de ressuscitação volêmica,
em pacientes hipotensos (pressão arterial média <60 mmHg) ou com
sinais de intolerância do TGI ou
lactato sérico elevado com acidose metabólica grave ou
naqueles em que a dose de droga vasoativa está em ascensão.
A presença de acidose lática pode indicar a existência de instabilidade hemodinâmica e comprometimento da microperfusão tecidual.

51
Q

Se a prática de controle de VRG for eliminada, uma série de alternativas e estratégias podem ser usadas para monitorar pacientes críticos em TNE como:

A

exame físico diário cuidadoso, verificação da imagem radiológica da posição da sonda enteral e avaliação de fatores de risco clínicos para aspiração pulmonar

VRG na faixa de 200–500 ml deve levantar preocupação e levar à implementação de medidas para reduzir o risco de aspiração, como prescrição de procinéticos, por exemplo. A cessação automática de NE não deve ocorrer para VRG <500 ml, na ausência de outros sinais de intolerância

52
Q

Quais os principais fatores para presença de diarreia na UTI:

A

antibióticos de amplo espectro, inibidores de bomba de prótons, agentes procinéticos, agentes redutores da absorção de glicose, anti-inflamatórios não-esteroides, inibidores seletivos da recaptação de serotonina, agentes laxativos e preparações líquidas contendo sorbitol

53
Q

Quais os benefícios dos FODMAPS na diarreia:

A

Estudos demonstraram uma associação entre carboidratos de cadeia curta, oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos e monossacarídeos e polióis (FODMAPS) e diarreia, como eles são altamente osmóticos e rapidamente fermentados por bactérias intestinais. Fórmulas enterais com alto teor de FODMAPS podem desempenhar um papel na diarreia, especialmente se o paciente também estiver recebendo antibióticos de amplo espectro e que têm um efeito prejudicial na microbiota intestinal.-

54
Q

Qual deve ser a meta de glicose na NPT:

A

não maiores do que 3 mg/kg/min

55
Q
A