Atenção à Saúde do Recém-Nascido Flashcards

1
Q

O que é o método canguru?

A

é um tipo de assistência neonatal que implica contato pele a pele o mais cedo possível entre os pais e o RN, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, promovendo autonomia e competência parental a partir do suporte da equipe, da interação familiar e de redes sociais

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2
Q

A prática do Método Canguru envolve quem?

A

a equipe de saúde,
o bebê, o pai, a mãe, os irmãos, os avós e as redes de apoio familiar e social.

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3
Q

Quais são os pilares do método canguru?

A
  • Acolhimento ao bebê e à sua família.
  • Respeito às individualidades.
  • Promoção de vínculos.
  • Envolvimento da mãe nos cuidados do bebê.
  • Estímulo e suporte para o AM.
  • Construção de redes de suporte.
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4
Q

O método canguru é sinônimo da posição canguru?

A

NÃO

**A posição canguru é utilizada como parte do método

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5
Q

Colocar o RN em posição canguru consiste em que?

A

mantê-lo com o mínimo de roupa possível para favorecer o contato pele a pele com a mãe ou com o pai, que devem, portanto, estar com o tórax descoberto. Recomenda-se, para o bebê, apenas o uso de fraldas. Em regiões mais frias, podem também ser utilizados luvas, meias e gorro. O bebê é colocado contra o peito, em decúbito prono na posição vertical.

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6
Q

Qual o tempo que o bebê deve ficar na posição canguru?

A

não existe determinação quanto ao tempo que o bebê deve permanecer em posição canguru. Essa é uma decisão partilhada com os pais que, se desejarem, podem utilizá-la por tempo integral.
Recomenda-se, no entanto, que após ser colocado na posição, o bebê não seja retirado em um tempo muito curto, devendo permanecer pelo menos durante uma hora.

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7
Q

Quais as vantagen do método canguru?

A
  • Redução do tempo de separação pai-mãe-filho.
  • Aumento do vínculo pai-mãe-filho.
  • Estímulo ao AM, permitindo maior frequência, precocidade e duração.
  • Aumento da competência e confiança dos pais no cuidado do filho, inclusive após a alta hospitalar.
  • Adequado controle térmico.
  • Melhor relacionamento da família com a equipe de saúde.
  • Estímulo sensorial adequado.
  • Redução de infecção hospitalar.
  • Redução do estresse e da dor dos RNs.
  • Melhor qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo dos RNs de baixo peso.
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8
Q

O método canguru é desenvolvido em quantas etapas?

A

3 etapas

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9
Q

Quando começa a primeira etapa do método canguru?

A

pode começar no acompanhamento pré-natal de uma gestante de risco e segue todo o período da internação do RN na UTI neonatal.

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10
Q

Quais são os passos fundamentais para a aplicação da primeira etapa do método canguru?

A
  • Acolher os pais e a família na unidade neonatal.
  • Não sobrecarregar os pais com muitas informações.
  • Esclarecer sobre as condições de saúde do RN, os cuidados a ele dispensados, a equipe,
    as rotinas e o funcionamento da unidade neonatal, de acordo com as demandas e necessidades.
  • Estimular o acesso livre e precoce dos pais à UTI, sem restrições de horário e tempo de
    permanência.
  • Garantir que a primeira visita seja acompanhada por alguém da equipe de saúde.
  • Propiciar aproximação progressiva, facilitando o toque, os cuidados e o contato pele a pele.
  • Oferecer suporte e orientação para a amamentação ou para a ordenha de leite.
  • Estimular a participação do pai em todas as atividades desenvolvidas.
  • Assegurar a atuação dos pais e da família como importantes moduladores para o
    bem-estar do bebê.
  • Facilitar aos pais o reconhecimento das peculiaridades do seu bebê e de suas competências.
  • Garantir à puérpera a permanência na unidade hospitalar pelo menos nos primeiros cinco
    dias após o parto, oferecendo suporte assistencial necessário.
  • Diminuir os níveis de estímulos ambientais adversos da unidade neonatal, tais como odores, luzes e ruídos, garantindo ao bebê medidas de proteção contra estresse.
  • Proporcionar posicionamento adequado do bebê e medidas contra dor, propiciando maior
    conforto, organização e melhor padrão de sono, favorecendo assim o desenvolvimento.
  • Executar procedimentos como pesagem, higiene, aspiração de tubo orotraqueal e punções, buscando a organização e o bem-estar do bebê. Os pais, se desejarem, podem dar
    uma importante ajuda.
  • Garantir cadeira adequada para a mãe e espaço que permita seu descanso.
  • Desenvolver oficinas e outras atividades complementares que contribuam para melhor
    ambientação, desenvolvidas pela equipe e/ou voluntários.*
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11
Q

Quando a primeira etapa do método canguru termina?

A

quando o RN encontra-se estável e pode contar com o acompanhamento contínuo da mãe na segunda etapa, que acontece na unidade canguru. Os critérios para ingresso nessa unidade devem ser relativos ao bebê e à mãe

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12
Q

Quais são os Critérios para ingresso na unidade canguru?

A

Relativos ao bebê:
* Estabilidade clínica.
* Nutrição enteral plena – seio materno, sonda gástrica ou copo.
* Peso mínimo de 1.250 g.

Relativos à mãe:
* Desejo de participar, disponibilidade de tempo e de redes de apoio.
* Capacidade de reconhecer sinais de estresse e situações de risco do RN.
* Conhecimento e habilidade para manejar o bebê em posição canguru.

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13
Q

Quais as recomendações da segunda etapa do método canguru?

A
  • Não estipular tempo em posição canguru.
  • Oferecer ajuda para que a mãe sinta-se segura tanto no posicionamento do bebê quanto
    na possível identificação de sinais de alerta.
  • Certificar-se que a posição canguru traz prazer e satisfação para a criança e para a mãe.
  • Disponibilizar berço, com possibilidade de elevação da cabeceira, para os momentos em
    que a mãe e a equipe de saúde entenderem necessário.
  • Estimular a participação do pai.
  • Não obrigar a permanência da mãe na unidade durante toda a internação do bebê, permitindo que ela saia do hospital, com direito a retornar quando possível.
  • Permitir acesso dos irmãos e avós.
  • Oferecer todo suporte necessário para o sucesso do AM.
  • Desenvolver ações educativas que preparem a mãe para os cuidados com o bebê
    no domicílio.
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14
Q

Quando ocorre a alta da segunda etapa?

A

A alta da segunda etapa representa a alta hospitalar, mas não do Método Canguru, o qual deverá ter continuidade em casa, com acompanhamento ambulatorial.

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15
Q

Quais os critéios para decisão da alta hospitalar/segunda etapa do método canguru?

A
  • Mãe segura, psicologicamente motivada, bem orientada, e familiares conscientes quanto
    ao cuidado domiciliar do bebê.
  • Compromisso materno e familiar para a realização da posição canguru pelo maior tempo
    possível.
  • Peso mínimo de 1.600 g.
  • Ganho de peso adequado nos três dias que antecederem a alta.
  • Sucção exclusiva ao peito ou, em situações especiais, mãe e família capacitadas para realizar a complementação.
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16
Q

Quando a terceira etapa do método canguru começa?

A

tem início com a alta hospitalar. Implica na utilização da posição canguru e no acompanhamento do bebê pela equipe que o assistiu durante a internação até que alcance o peso de 2.500 g.

**A terceira etapa não deve estar restrita à existência de um ambulatório de seguimento (follow up). Deve ser realizada em todas as unidades que utilizam o Método Canguru.

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17
Q

Quais as recomendações para a terceira etapa do método canguru?

A
  • Ter acompanhamento ambulatorial assegurado até que a criança atinja o peso de 2.500 g, na unidade na qual esteve internada.
  • Orientar o primeiro retorno até 72 horas após a alta e os demais no mínimo uma vez por semana. Essa frequência pode ser adaptada às condições clínicas do bebê e ao grau de integração e suporte oferecidos pelas equipes de Saúde da Família.
  • Garantir a reinternação na unidade hospitalar de origem a qualquer momento, se necessário, até a alta da terceira etapa
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18
Q

As três etapas do método canguru precisam ser, obrigatoriamente, implantadas ao mesmo tempo?

A

NÃO

**A implantação pode acontecer de maneira gradual; as três etapas não precisam ser, obrigatoriamente, implantadas ao mesmo temp

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19
Q

O que é preciso para a implantação da primeira etapa do método canguru?

A

as mudanças envolvem quase que exclusivamente as relações e as normas e rotinas da unidade. Não há necessidade de mudança estrutural do ambiente. Qualquer unidade, desde aquelas pequenas, com pouca tecnologia disponível, até as mais complexas, podem começar o Método Canguru com os recursos dos quais dispõem.

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20
Q

O que é preciso para a implantação da segunda etapa do método canguru?

A

além de todas as questões já referidas anteriormente, acrescenta-se a necessidade de adequação do espaço físico. Recomenda-se que sejam criados espaços acolhedores para a permanência da mãe, de acordo com as possibilidades de cada unidade e o espaço do qual dispõem.

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21
Q

Uma vez iniciada a segunda etapa do método canguru, a terceira etapa torna-se obrigatória?

A

SIM

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22
Q

A terceira etapa do método canguru implica em garantir três questões básicas. Quais?

A
  • Retorno agendado,
  • agenda aberta para as intercorrências e
  • leito para reinternação, se necessária.

O local de acompanhamento do bebê pode ser o ambulatório de seguimento ou, quando
a maternidade não conta com esse serviço, uma sala de apoio que possa ser utilizada para
este fim

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23
Q

Qual a recomendação de ganho de peso/dia do RN pré termo após a recuperação do peso de nascimento?

A

14-16g/kg/dia

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24
Q

Quais são os Dois fatores importantes no processo de adaptação à nutrição enteral?

A
  • Maturação do trato gastrointestinal.
  • Composição do alimento oferecido.
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25
Q

Quais os estágios de desenvolvimento do TGI?

A
  • Deglutição de líquido amniótico&raquo_space; 18 semanas
  • Sucção não nutritiva&raquo_space; 18-24 semanas
  • Coordenação sucção-deglutição-respiração&raquo_space; 34-36 semanas
  • Motilidade intestinal
    Ondas peristálticas desorganizadas&raquo_space; < 31 semanas
    Peristalse organizada&raquo_space; 31-34 semanas
  • Enzimas detectáveis
    Lactase&raquo_space; 35-40 semanas
    Glucoamilase&raquo_space; <20 semanas
  • Tempo de trânsito intestinal até o ceco
    9 horas&raquo_space; 32 semanas
    4 horas&raquo_space; > 37 semanas
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26
Q

Quando o estômago do feto torna-se anatomicamente maduro na gestação?

A

7° semana de gestação

** Contudo, as contrações rítmicas não ocorrem até aproximadamente quatro dias de vida do RN a termo

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27
Q

O inicio precoce da NE deve ser evitado em quais situações?

A
  • RN asfixiados (pH < 7,1).
  • RN pré-termo com má perfusão periférica.
  • RN hipotensos necessitando de medicações vasopressoras.
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28
Q

Qual a quantidade recomendada para iniciar NE ?

A

10 a 20mL/kg/dia em infusão contínua ou em bolo, de leite materno ou colostro, e avançar (10 a 20mL/kg/dia) dependendo da tolerância do RN e de sua evolução clínica

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29
Q

Um aspecto a ser considerado é que o uso do leite materno exclusivo nos RN com peso menor que 1.500g, em especial menor que 1.000g, tem sido associado a ganho de peso inadequado e a déficit nutricional durante a hospitalização

A

Sim

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30
Q

Qual o método de infusão preferível do LM por NE E PQ?

A

As infusões em bolos são preferíveis

** a infusão contínua implica em grandes perdas do conteúdo de lipídio do leite, já que a gordura se separa durante a infusão e se prende aos equipos. Por este motivo, as infusões em bolo devem ser preferidas

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31
Q

Qual as características das fórmula específicas para RN pré termo?

A
  • A proteína predominante é a do soro, e sua concentração é maior que a das fórmulas para
    RN a termo. Quando se utilizam 150mL/kg/dia de volume, são fornecidas cerca de 3,6g/kg/
    dia de proteínas.
  • contêm elevada proporção de TCM e altos níveis de vitaminas lipossolúveis A, D e E quando comparadas às fórmulas para RN a termo.As fórmulas atualmente disponíveis não contêm ômega-3 e ômega-6 em quantidades suficientes
  • Aproximadamente 50% das calorias sob a forma de carboidratos são derivadas de polímeros de glicose, devido à baixa concentração de lactase no intestino. Os polímeros de glicose são facilmente digeridos e têm baixa osmolaridade
  • Quando comparadas às outras fórmulas, as fórmulas especiais para RN prematuros apresentam conteúdos maiores de sódio, potássio, cálcio, fósforo e vitaminas hidro e lipossolúveis.
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32
Q

Os hidrolisados de caseína são recomendados nas fórmula de RN pré termo?

A

NÃO

Os hidrolisados de caseína são inadequados para uso em RN prematuros devido a seu baixo
conteúdo de minerais e de vitaminas e por sua alta osmolaridade, aumentando o risco de
enterocolite nos bebês.

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33
Q

Qual o tipo de bomba preferível para infusão de dieta enteral ?

A

Bomba de seringa

**Bombas de infusão peristálticas não devem ser usadas para administração de leite porque a gordura permanece nos equipos, aumentando significativamente a perda desse nutriente. As bombas de seringa são melhores para essa finalidade, devendo ser mantidas na posição horizontal para evitar perdas de gordura secundárias a sua adsorção em equipos ou perfusores.

34
Q

Quando o uso de copinho para alimentação é liberado?

A

Acima de 35 semanas, quando o bebê for capaz de fazer protrusão lingual para sorver o leite no
copinho.

35
Q

Medidas de pregas cutâneas podem ser usadas para avaliar a adequação da oferta de lipídios e o estado proteico pode ser estimado usando a combinação de duas medidas, quais?

A

circunferência do braço e prega cutânea.

36
Q

As dosagens de proteína sérica também são sujeitas a erros de interpretação, A meia-vida da albumina é longa e ela só pode ser usada para avaliação de desnutrição crônica, não sendo útil para avaliações de manejo nutricional recente. A dosagem da pré-albumina pode ajudar, pois sua meia-vida é de 1,9 dias, o que a torna útil para avaliações de adequação da ingestão proteica e subsequente ganho de peso. Entretanto, o custo é alto, tornando sua dosagem inviável na prática clínica.

A

Sim

37
Q

Quais são os RN pré-termo de muito baixo peso?

A

<1500g

38
Q

Quais são os RN pré-termo de extremo baixo peso?

A

<1000g

39
Q

É sabido que os RN pré-termo de extremo baixo peso e os nascidos pequenos para a idade gestacional têm risco aumentado para que?

A

Síndrome metabólica

40
Q

Quando não é mais necessária a correção da idade do RN pré termo não é mais necessária?

A

Após o 2º ano de vida

41
Q

Quais as Necessidades hídricas, calóricas e de macronutrientes estimadas para lactentes nascidos pré-termo durante o 1º ano de vida

A

Água 150 – 200mL/kg/dia
Calorias 120 – 130Kcal/kg/dia
Proteínas 2,5 – 3,5g/kg/dia
Lipídios 6,0 – 8,0g/kg/dia
Carboidratos 10 – 14g/kg/dia

42
Q

tanto o** leite humano** como as fórmulas infantis de início não suprem integralmente as necessidades nutricionais teóricas das crianças prematuras no 1º ano de vida, podendo haver carências nutricionais diversas e indesejáveis

A

SIM

43
Q

Qual o tipo de ácido graxo contido no Leite humano e quais os benefícios?

A

ácidos graxos de cadeia longa w–6 (araquidônico) e w–3 (docosaexaenóico). Esses ácidos graxos são componentes importantes dos neurônios e retina, além de possuírem outras ações biológicas

44
Q

A suplementação de ferro é recomendada, seja qual for a dieta oferecida. Nenhuma delas oferece aporte suficiente para suprir as necessidades dos RN pré-termo

A
45
Q

Qual o esquema de suplementação de ferro recomendado para RN pré termo?

A
  • RN prematuros sadios e bebês pequenos para a idade gestacional: 2mg/kg/dia de ferro após um mês de vida, por dois meses, depois reduzir para 1–2mg/kg/dia até 18 meses de idade. Solicitar hemograma aos 15 meses.
  • RN prematuros com história de hemorragia perinatal, gestação múltipla, ferropenia materna grave durante a gestação (Hb<8), hemorragia úteroplacentária, hemorragia neonatal ou múltiplas extrações sanguíneas: 2 –4mg/kg/dia de ferro dos dois aos seis meses, quando deve ser solicitado hemograma. Se normal, reduzir a dose para 1-2mg/Kg/dia até 18 meses de idade. Se anemia,
    manter dose de tratamento. Nova pesquisa de anemia aos 15 meses.
46
Q

Parece que, mais que a dose administrada de ferro, a regularidade da sua administração é o principal fator relacionado à profilaxia de sua carência, ainda muito frequente em nosso meio

A

SIM

47
Q

Mesmo com o uso de fórmulas mais concentradas, deve-se suplementar ferro, vitaminas e eventualmente fósforo e cálcio, e manter rígido controle clínico e laboratorial desses pacientes.

A

SIM

48
Q

Crianças nascidas com 24 semanas de idade gestacional,possuem quanto tempo de reserva energética?

A

1 dia

49
Q

Qual a % perda de peso aceita nos primeiros dias?

A

Até 10%

50
Q

Qual é é o principal substrato energético para o feto e para o RN no início da vida?

A

A glicose

Os depósitos de glicose são relativamente limitados no RN pré-termo, pois o feto não produz adequadamente glicogênio até o terceiro trimestre.

51
Q

O RN pré-termo nasce com aproximadamente quantas calorias de depósito energético?

A

200kcal, suficiente para prover energia por até 4-5 dias.

52
Q

Qual a quantidade adequada de glicose para RN pré termo e a termo?

A

3 a 5 mg/kg/min (4 a 7 g/kg/dia) para crianças nascidas a termo e
5 a 6 mg/kg/min (7 a 9 g/kg/dia) para os RNs pré-termo.

Oferta de quantidades maiores que 7 mg/kg/min (10 g/kg/dia) está associada com aumento da síntese de gordura, e valores acima de 20 mg/kg/min (30 g/kg/dia) com infiltração
gordurosa no fígado

53
Q

O ajuste da oferta de glicose deve ser feita em quanto tempo?

A

deve ser frequente, pelo menos uma vez ao dia (especialmente nos primeiros dias) visando à manutenção da concentração plasmática entre 60 e 120 mg/dL. O objetivo é oferecer o máximo possível de energia

54
Q

Quais as % de glicoce que se pode usar em veia profunda e em veia periférica?

A

Veia profunda: No máximo 25%
Veia periférica: 12,5%

55
Q

Quais os benefícios da oferta de aa em maior quantidade (1a 4 g/kg/dia)

A

Concentrações menores que 2,5% de glicose predispõem à hemólise devido à baixa osmolaridade da solução. além de aumentar a osmolaridade, eleva os níveis plasmáticos de aminoácidos, o que resulta em aumento da secreção de insulina. Talvez essa seja uma abordagem melhor que a administração de insulina.

56
Q

Quando a redução da oferta de glicose e o aumento de aporte da proteína não são suficientes para a correção da hiperglicemia, o que dever ser adm?

A

pode-se utilizar infusão de baixas doses de insulina. A infusão deve ser cuidadosa, com doses de 0,01 a 0,03 UI/kg/hora. Existe também a possibilidade, menos utilizada, da aplicação de 0,1 a 0,2 UI/kg/dose por via subcutânea. A adição de 1 mL de albumina a 5% para cada 10 mL do infusato diminui a aderência da insulina à seringa e tubos, o que poderia diminuir sua eficácia

57
Q

Quando a infusão proteica deve ser iniciada na NPT e em qual quantidade?

A

Valores mínimos para iniciar a infusão proteica:
1,5 a 2 g/kg/dia de aminoácidos nos RNs a termo e, possivelmente, entre
1 e 1,5 g/kg/dia nos RNs pré-termo.

** Quanto menor a idade gestacional, maior será a síntese proteica do feto, ou seja, maiores serão as necessidades de aminoácidos

58
Q

Não há, até o momento, comprovação de que a adição de aminoácidos que eventualmente
poderiam se tornar essenciais, como a glutamina, traga benefícios adicionais para os RNs
pré-termo.

A

Sim

59
Q

RN com doença hepática e hiperamonemia devem receber solução especial de aminoácidos (aminoácidos hepáticos), essas soluções tem altas concentrações de quais aminoácidos?

A

altas concentrações de aminoácidos de cadeias ramificadas (leucina, isoleucina e triptofano) e baixas concentrações de metionina e de aminoácidos aromáticos (fenilalanina e triptofano)

**São contraindicadas em RN com insuficiência renal ou erros inatos do metabolismo para aminoácidos de cadeias ramificadas (por exemplo, doença da urina do xarope do bordo e acidemia isovalênica).

60
Q

Nos primeiros dias de vida, a necessidade mínima de energia para um RNs pré-termo relativamente estável e em ventilação mecânica é de quanto?

A
  • 50 kcal/kg/d para 2 g/kg/dia de aminoácidos oferecidos.
  • 60 kcal/k/d para 3 g/kg/dia de aminoácidos oferecidos
61
Q

Na falta de oferta proteica, a glicose é mais eficaz do que a gordura como substrato energético para prevenir catabolismo proteico.

A

sim

62
Q

O consumo de lipídios pelo feto em qualquer espécie animal, inclusive nos seres humanos,
é muito pequeno nos dois primeiros trimestres de gravidez. Assim, o metabolismo energético não é dependente de gordura até o início do terceiro trimestre da gestação, a partir do qual a participação dos lipídeos como fonte de energia vai gradualmente aumentando

A

sim

63
Q

O uso endovenoso de lipídios tem duas funções distintas no RN pré-termo, quais são?

A

fonte de ácidos graxos essenciais e ácidos graxos de cadeia longa e fonte de energia

64
Q

A deficiência de ácidos graxos essenciais pode ser prevenida com a oferta de quanto de lipídios endovenosos?

A

0,5 a 1 g/kg/dia de lipídios endovenosos

65
Q

Pq As soluções com lipídios 20% são preferíveis às soluções a 10%?

A

O uso das soluções a 20% proporciona melhor padrão plasmático de lipídios, atribuído à menor quantidade de fosfolipídios nessas soluções em relação às soluções a 10%. Os altos níveis de fosfolipídios nas soluções a 10% dificultam o metabolismo dos triglicérides plasmáticos. Mas, exatamente por possuir menos fosfolipídios, as soluções a 20% oferecem menos ácidos graxos de cadeia longa.
Por essa razão, recomenda-se que nos primeiros dias seja oferecida a solução a 10% e, quando a quantidade de lipídios a ser oferecida chegar a 2 g/k/dia, a solução a 10% seja substituída pela solução a 20%.

66
Q

Além disso, as soluções de lipídios são isotônicas e possuem maior densidade energética, ou seja, com menor volume é possível maior oferta de energia.

A

sim

67
Q

Quais os problemas que o uso de soluções com lipídios pode causar?

A
  • deslocamento da bilirrubina de sua ligação com a albumina pelos ácidos graxos livres,
  • piora da função pulmonar,
  • aumento do risco de doença pulmonar crônica e
  • interferência com a função imune ou plaquetária
68
Q

Quais são as formas de se trazer mais segurança no uso de soluções lipídicas endovenosas?

A

Ritmos de infusão menores que 150 mg/kg/h, aumento progressivo da oferta (0,5 a 1 g/kg/dia) e uso de doses máximas de 3 g/kg/dia

69
Q

As necessidades diárias de sódio do RN pré-termo são estimadas em torno de?

A

3 a 5 mEq/kg/dia

**No entanto RNs muito pequenos podem necessitar de quantidades muito maiores, seja pelo elevado ritmo de crescimento, seja devido à espoliação causada pela sua baixa função tubular renal ou induzida por diuréticos. Quantidades tão altas quanto 8 a 10 mEq/Kg/dia podem ser necessárias

70
Q

Em pacientes com síndrome do intestino curto ou ileostomias, os eletrólitos urinários podem ser úteis para detectar deficiência de sódio e evidência de hiperaldosteronismo secundário.

A
71
Q

As necessidades diárias de potássio do RN pré-termo são estimadas em:

A

2 a 3mEq/kg/dia

**O potássio é importante para a obtenção de glicose pelas células e na síntese de glicogênio. Assim, hipocalemia pode resultar em glicosúria, apesar da síntese adequada de insulina. As necessidades de potássio aumentam conforme a criança entra em fase anabólica

72
Q

Zinco, cromo e selênio são excretados pelo rim. Assim, pode ocorrer acúmulo tóxico desses elementos em crianças com insuficiência renal. Não se deve prescrevê-los enquanto perdurar essa condição clínica.

A

sim

73
Q

Cobre e manganês são excretados pela bile. Seu uso é contraindicado na vigência de
colestase com bilirrubina direta maior que 2,0 mg/dL

A

sim

74
Q

Qual a importancia do cromo?

A

O cromo aumenta a sensibilidade à insulina e é importante para a função nervosa periférica.

75
Q

Qual a importancia do cobre?

A

Este oligoelemento é importante na produção de transferrina e de leucócitos na formação
óssea

**Deve-se lembrar que o cobre é excretado pela via biliar e não deve ser prescrito em caso de icterícia colestática (bilirrubina direta > 2 mg/dL).

76
Q

As complicações associadas à alimentação parenteral podem ser agrupadas em:

A
  • Distúrbios metabólicos diretos.
  • Complicações associadas aos acessos venosos.
  • Complicações no longo prazo (doença colestática, doença óssea metabólica).
77
Q

Quais as recomendações gerais para a alimentação parenteral do RN pré termo em relação aoi volume e infusão?

A
  • Iniciar a oferta de líquidos entre 60 e 70 mL/kg/dia no primeiro dia e aumentar em torno
    de 15 a 20 mL/kg/dia com base na redução do peso e nos níveis plasmáticos de sódio.
    Incubadora com umidade acima de 50% e proteção da pele com filme plástico diminuem
    as necessidades hídricas. Procurar evitar queda de peso maior que 10% e alterações
    significativas do sódio plasmático. As necessidades hídricas costumam estabilizar-se em
    120 a 150 mL/kg/dia
  • A oferta pode ser iniciada por via periférica (respeitando-se concentração máxima
    de glicose 12,5%) ou por acesso central, por meio da qual se pode oferecer soluções
    com concentração de glicose de até 25%. Por outro acesso, infundem-se as outras
    necessidades como volume e medicações. Dessa forma, garante-se a uniformidade na
    oferta de nutrientes nas 24 horas
78
Q

Quais as recomendações gerais para a alimentação parenteral do RN pré termo em relação as calorias?

A
  • Iniciar com aporte calórico total de 28 kcal/kg/dia (6 g/kg/dia de glicose e 1 g/kg/dia de
    aminoácidos). Monitorizar a glicemia. Aumentar cerca de 10 Kcal/kg/dia até atingir cerca de
    100 Kcal/kg/dia
79
Q

Quais as recomendações gerais para a alimentação parenteral do RN pré termo em relação as aa?

A
  • Iniciar infusão de aminoácidos no primeiro dia, com 1 g/kg/dia, e aumentar
    progressivamente (de 0,5 a 1 g/kg/dia) até o máximo de 3 g/kg/dia. Para os RNs pré-termo
    com menos de 700 g, existe a sugestão de oferta de 4 g/kg/dia
80
Q

Quais as recomendações gerais para a alimentação parenteral do RN pré termo em relação aos lipidios?

A
  • Oferecer a partir do primeiro dia, começando com 1 g/kg/dia e aumentando
    progressivamente (0,5 a 1,0 g/kg/dia) até o máximo de 3 g/kg/dia, desde que as
    concentrações de triglicérides permaneçam normais (150 a 200 mg/dL) e não haja outras
    contraindicações (hiperbilirrubinemia, por exemplo)
81
Q

Quais as recomendações gerais para a alimentação parenteral do RN pré termo em relação aos eletrólitos?

A
  • Introduzir Na e K assim que houver diurese ou se níveis plasmáticos começarem a cair.
    Iniciar demais eletrólitos e vitaminas a partir do segundo dia