BRADICARDIA Flashcards
Bradicardia: definição
Frequência < 60bpm
* para bradicardia sintomática: < 50bpm
Cálculo da FC no ECG
1500/ quadradinhos
300/ QUADRADÕES
Nº de QRS entre 15 QUADRADÕES X 20 (se RR irregular)
O manejo da bradicardia requer (não precisa decorar) - Os grandes objetivos do manejo
- Diferenciar sinais e sintomas causados pela bradicardia, daqueles que não são
- Diagnosticar corretamente a presença e o tipo de BAV
- Usar atropina como intervenção medicamentosa de primeira opção
- Decidir quando iniciar o MPTC
- Decidir quando iniciar a epinefrina ou a dopamina para manter a FC e a PAM
- Saber quando buscar ajuda do especialista
- Conhecer as técnicas e os cuidados para usar MPTC
Ritmos de bradicardia (4)
- Bradicardia sinusal
- BAV 1º GRAU
- BAV 2º GRAU
> Mobtiz I
> Mobtiz II - BAV 3º GRAU (BAVT)
> Escape Ventricular (QRS largo > 120ms)
> Escape Juncional (QRS estreito < 120ms)
BAV: SUPRA-HISSIANOS X INFRA-HISSIANOS
BENIGNOS/ ALTOS/ SUPRA-HISSIANOS
- BAV 1º grau
- BAV 2º M1
* boa resposta com atropina
MALIGNOS/ BAIXOS/ INFRA-HISSIANOS
- BAV 2º M2
- BAVT
*tendem a não responder bem com atropina
Ritmos de bradicardia: BAV 1º GRAU
- PR > 200ms (5 quadradinhos)
- Ritmo sinusal (P + em D2/ P precedendo cada QRS)
Ritmos de bradicardia: BAV 2º GRAU
- Bloqueio de alguns (mas não de todos) os QRS
> Mobtiz I (fenômeno de Wenckebach - ocorre no NAV) - Aumento progressivo do PR até que uma onda P não conduza um QRS
> Mobtiz II (fenômeno de Hay - abaixo do NAV - pior que mobtiz I) - PR constante até que uma onda P não conduz QRS. Pode haver relação consistente (2 P para 1 QRS por ex = 2:1, 3:1)
Ritmos de bradicardia: BAVT
- Ausência de P conduzidas, assim não há relação entre as ondas P e o QRS (dissociação AV) (uma bagunça), com a frequência atrial maior do que a frequência ventricular.
Ritmos de bradicardia: Analogia dos plantonistas
BAV de primeiro grau – é aquele plantonista que sempre chega 20 ou 30 minutos atrasado, mas que nunca falta.
BAV de 2º grau tipo 1 – é a pessoa que rende o plantão sempre com atrasos maiores. No primeiro dia é de 20 minutos, depois de 30 minutos, 40 minutos e assim por diante. Até que um belo dia ele simplesmente não aparece.
BAV de 2º grau tipo 2 – é o plantonista que sempre chega na hora corretamente ate um dia, sem aviso prévio algum ou sem qualquer justificativa, faltar.
BAV de terceiro grau – aquele plantonista completamente desconectado da escala. Quando é o dia de descansar, chega pontualmente para dar plantão. Quando é o dia dele cobrir o plantão, falta sem avisar a ninguém.
Medicamentos usados para bradicardia (3)
- Atropina
- Dopamina infusão
- Epinefrina infusão
Bradicardia funcional ou relativa - conceito
Pacientes com FC normal, mas cuja FC é inadequadamente baixa ou insuficiente para ele (ex: FC de 70 em paciente com choque séptico ou choque cardiogênico)
As 3 premissas básicas para se considerar BRADICARDIA INSTÁVEL (todas devem estar presentes)
1) FC LENTA (<50)
2) SINTOMAS (CHIA)
3) SINTOMAS SE DEVEM A BRADICARDIA
Critérios clínicos de instabilidade - CHIA
C - consciência alterada agudamente
H - hipotensão / sinais de choque
I - ICC aguda (EAP)
A - Angina (desconforto torácico isquêmico)
ALGORITMO BRADIARRITMIA - PASSO 1
PASSO 1 - FC < 50* + Avaliar adequabilidade ao quadro clínico (É O PRINCIPAL PONTO DO ALGORÍTMO**)
- FC < 50 OU bradicardia funcional/ relativa
** às vezes o sintoma não se deve a bradicardia - ex: hipotensão associada a bradicardia pode se dever a disfunção miocárdica e não à bradicardia.
ALGORITMO BRADIARRITMIA - PASSO 2
PASSO 2 - IDENTIFIQUE E TRATE A CAUSA SUBJACENTE (ABCDE)
VA + MOV + ECG + CONSIDERAR HIPÓXIA/TOXICOLÓGICAS #
A - Manter VA (via aérea) patente
B - Auxilie respiração SN + O2 se hipoxemia
C - Monitor cardíaco para obter ritmo, monitorizar PA e oximetria + Acesso EV
D/E - Histórico/Exame físico focado + Considerar possíveis causas hipóxicas e toxicológicas + trate fatores de contribuição