B2 - Direito Processual Penal Flashcards

1
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Em matéria criminal, não deve ser conhecido recurso especial adesivo interposto pelo Ministério Público veiculando pedido em desfavor do réu.

A

CERTO, visto que caracterizaria uma ‘reformatio in pejus’ indireta.

#INFORMATIVO 605 do STJ: 
O Código de Processo Penal brasileiro não prevê o instituto do recurso adesivo, não cabendo, ao intérprete, ampliar as modalidades recursais além daquelas previstas em lei, em respeito ao princípio da taxatividade. Segundo as regras do recurso adesivo, o recurso adesivo do Ministério Público somente poderia ser conhecido caso fosse conhecido também o recurso da defesa. Em outras palavras, a admissão do recurso defensivo acarretaria ao réu um efeito negativo, qual seja, o de que o recurso acusatório adesivo também passaria a ser analisado, caracterizando uma 'reformatio in pejus' indireta.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

C ou E - Direito Processual Penal

É cabível recurso em sentido estrito contra decisão que revoga medida cautelar diversa da prisão.

A

CERTO.

#INFORMATIVOS 596 do STJ: 
As hipóteses de cabimento do recurso em sentido estrito trazidas no art. 581 do CPP são taxativas. No entanto, apesar disso, é admitida a interpretação extensiva dessas hipóteses legais de cabimento. O ato de revogar prisão preventiva, previsto expressamente no inciso V, é similar ao ato de revogar medida cautelar diversa da prisão, o que permite a interpretação extensiva do dispositivo e, consequentemente, o manejo do recurso em sentido estrito.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

C ou E - Direito Processual Penal

No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.

A

CERTO.

Art. 580 do CPP: No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Se, em sede de recurso de apelação no procedimento do júri, o Tribunal de Justiça se convencer de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos, poderá reformar a decisão para absolver o réu.

A

ERRADO.

Art. 593, parágrafo 3, CPP: Se a apelação se fundar no III, ‘d’, deste artigo, e o tribunal ‘ad quem’ se
convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

C ou E - Direito Processual Penal

No procedimento do Juizado Especial Criminal, o recurso cabível em face da decisão que rejeita a denúncia é a apelação.

A

CERTO.

Art. 82 da Lei 9.099/95: Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

C ou E - Direito Processual Penal

É causa de revogação obrigatória da suspensão condicional do processo, prevista no artigo 89 da Lei 9.099/05, a não reparação injustificada do dano ou o descumprimento de qualquer outra condição imposta.

A

ATENÇÃO: O não ressarcimento do dano é causa de revogação obrigatória, mas o descumprimento de qualquer outra condição é causa de revogação facultativa.

ERRADO.

Art. 89, §4º da Lei 9.099/95:
A suspensão PODERÁ SER revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

C ou E - Direito Processual Penal

A suspensão condicional do processo será obrigatoriamente revogada se, no curso do prazo, o
beneficiário vier a ser processado por outro crime ou contravenção.

A

ATENÇÃO: Se o réu vier a ser processado por contravenção penal, é caso de revogação facultativa.

ERRADO.

Art. 89, § 3º da Lei 9.099/05:
A suspensão SERÁ REVOGADA se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

C ou E - Direito Processual Penal

A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de
inquérito policial.

A

CERTO.

Súmula Vinculante 35 do STF:
A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo. O não oferecimento da representação na audiência preliminar implica decadência do direito.

A

ERRADO.

Art. 75, da Lei 9.099/95: Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido
a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo.
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

C ou E - Direito Processual Penal

É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime, mas não no caso de
procedência parcial da pretensão punitiva.

A

ERRADO.

Súmula 337 do STJ: É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva.

A

CERTO.

Art. 366 do CPP: Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Por expressa vedação legal, não se aplica a suspensão do processo em decorrência da citação do edital, prevista no artigo 366 do CPP, aos casos de lavagem de dinheiro e associações criminosas, devendo o acusado que não comparecer nem constituir advogado ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo.

A

ATENÇÃO: A vedação existe apenas na Lei de Lavagem de Dinheiro, não na Lei de Organizações Criminosas.

ERRADO. A vedação existe apenas na Lei de Lavagem de Dinheiro, não na Lei de Organizações Criminosas.

Art. 2, § 2º da Lei 9.613/98:
No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não comparecer nem constituir advogado ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

C ou E - Direito Processual Penal

A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo.

A

CERTO.

Súmula 455 do STJ: A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O prazo máximo de suspensão do prazo prescricional, na hipótese do art. 366 do CPP, não pode ultrapassar aquele previsto no art. 109 do Código Penal, considerada a pena máxima cominada ao delito
denunciado, sob pena de ter-se como permanente o sobrestamento, tornando imprescritível a infração
penal apurada.

A

CERTO.

Entendimento que se coaduna com o disposto na Súmula 415 do STJ: O período de suspensão do prazo
prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O Supremo Tribunal Federal decidiu em sede de repercussão geral, que a citação por hora certa,
prevista no art. 362 do CPP, é constitucional.

A

CERTO.

A CITAÇÃO por HORA CERTA, prevista no art. 362 do CPP, é CONSTITUCIONAL.

STF. Plenário. RE 635145, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 01/08/2016 (repercussão geral).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

C ou E - Direito Processual Penal

A simples menção de nomes de parlamentares, por pessoas que estão sendo investigadas em inquérito policial, não tem o condão de ensejar a competência do Supremo Tribunal Federal para o processamento do inquérito.

A

CERTO.

#INFORMATIVO 854 do STF: 
Somente deverá haver a remessa da investigação para o foro por prerrogativa de função se ficar constatada a existência de INDÍCIOS da PARTICIPAÇÃO ATIVA e CONCRETA do titular da prerrogativa em ilícitos penais.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

C ou E - Direito Processual Penal

São admissíveis as provas obtidas pela polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas no WhatsApp presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, desde que o aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante.

A

ERRADO.

#INFORMATIVOS 583 e 593 do STJ: 
Na ocorrência de autuação de crime em flagrante, ainda que seja dispensável ordem judicial para a apreensão de telefone celular, AS MENSAGENS ARMAZENADAS no aparelho ESTÃO PROTEGIDAS pelo SIGILO TELEFÔNICO, que compreende igualmente a transmissão, recepção ou emissão de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, por meio de telefonia fixa ou móvel ou, ainda, por meio de sistemas de informática e telemática.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Arquivamento indireto do inquérito policial se dá na hipótese em que o Promotor de Justiça oferece denúncia em face de alguns dos autores, ou alguns dos fatos apurados, e se omite em relação aos
demais. Esta modalidade não é admitida pelo ordenamento jurídico.

A

ERRADO. A assertiva traz o conceito de arquivamento implícito, que não é aceito, visto que o Promotor de Justiça pode ofertar posteriormente denúncia quanto aos agentes ou fatos remanescentes (princípio da divisibilidade que rege a ação penal pública).

ARQUIVAMENTO INDIRETO se dá nos casos em que o Promotor de Justiça requer a REMESSA DOS AUTOS ao JUÍZO COMPETENTE, por entender que não o é aquele em que tramita o inquérito.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Se o arquivamento ocorrer por atipicidade do fato, há coisa julgada material, não sendo possível o desarquivamento, exceto se este tiver sido promovido por juízo absolutamente incompetente.

A

ERRADO.

#INFORMATIVO 439 do STF: 
Ainda que o arquivamento tenha sido promovido por juízo absolutamente incompetente, fará coisa julgada material a hipótese de arquivamento por atipicidade.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

C ou E - Direito Processual Penal

É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, exceto no caso de atividade extramuros.

A

ERRADO.

Súmula 562 do STJ: É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em
regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, AINDA que extramuros.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, na hipótese de falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão.

A

ATENÇÃO: Trata-se de hipótese de PERMISSÃO de saída. Outra coisa é autorização para saída temporária.

ERRADO. Trata-se de hipótese de PERMISSÃO de saída, que será concedida pelo DIRETOR DO ESTABELECIMENTO e ocorrerá mediante ESCOLTA.

Art. 120, inciso I, LEP: A hipótese de falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão é caso de PERMISSÃO de saída.

Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.

A

CERTA.

Art. 126, §4, d, LEP: O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da decisão judicial que reconheceu a falta grave.

A

ERRADA. A contagem recomeça da data da infração disciplinar.

Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a CONTAGEM a partir da DATA da INFRAÇÃO DISCIPLINAR.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

C ou E - Direito Processual Penal

A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional.

A

CERTO.

Súmula 451 do STF: A competência especial por prerrogativa de função NÃO se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício.

A

ERRADO.

Súmula 394 foi cancelada. Depois de cessado o exercício da função, não deve manter-se o foro por
prerrogativa de função. A prerrogativa é inerente à investidura, uma vez que busca proteger o exercício da atividade. Logo, não estando mais no exercício da atividade protegida, não há motivo para manutenção do foro privilegiado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

A

CERTO.

Artigo 70, §2º do CPP: Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional,
será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração a competência será determinada pela continência. Essa hipótese difere da conexão intersubjetiva por concurso porque, nesta espécie, há a prática de duas ou mais infrações, enquanto que na continência por cumulação subjetiva existe apenas uma infração.

A

CERTO.

Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I - DUAS ou MAIS PESSOAS forem acusadas pela MESMA INFRAÇÃO (CONTINÊNCIA por cumulação SUBJETIVA);

Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo DUAS ou MAIS INFRAÇÕES, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por VÁRIAS PESSOAS reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras (CONEXÃO INTERSUBJETIVA).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

A

CERTO.

Súmula 704 do STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a Lei de Interceptação Telefônica: é admissível a interceptação telefônica em qualquer infração penal, inclusive na apuração de crimes de menor potencial ofensivo.

A

ERRADO.

Art. 2 da Lei 9.296/96:
Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas se:
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a Lei de Interceptação Telefônica: a interceptação telefônica não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável uma única vez por igual tempo, comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

A

ERRADO. Desde que comprovada a necessidade, não há restrição legal ao número de vezes que pode ser renovada.

#INFORMATIVOS 855 do STF: 
A interceptação telefônica não pode exceder 15 dias. Contudo, pode ser renovada por igual período, não havendo restrição legal ao número de vezes para tal renovação, se comprovada a sua necessidade. 
STF. 2ª Turma. HC 133148/ES, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 21/2/2017 (Info 855). #VAICAIR
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a Lei de Interceptação Telefônica: a interceptação telefônica é meio subsidiário de obtenção de provas, de modo que não será
deferida se a prova puder ser produzida por outros meios disponíveis.

A

CERTO.

Art. 2 da Lei 9.296/96:
Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas se:
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a Lei de Interceptação Telefônica: ao juiz é vedado determinar a interceptação telefônica de ofício.

A

ERRADO. Poderá ser determinada de ofício pelo juiz.

Art. 3° da Lei 9.296/96:
A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento: I - da autoridade policial, na investigação criminal;
II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Na chamada ‘mutatio libelli’ o juiz pode atribuir ao crime definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave, desde que não modifique a descrição do fato contida na denúncia.

A

ATENÇÃO: ‘mutatio libelli’ é quando o MP, após a instrução processual, adita a denúncia para dar novo enquadramento típico ao fato.

ERRADO. O conceito apresentado é o de ‘emendatio libelli’.

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato
contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Em nenhuma hipótese o juiz poderá corrigir o enquadramento típico no ato de recebimento da
denúncia.

A

ERRADO. É admitido, excepcionalmente, mas somente para beneficiar o réu; para permitir a correta fixação da competência; ou do procedimento a ser adotado.

A doutrina e a jurisprudência têm admitido em determinados casos a correção do enquadramento típico logo no ato de recebimento da exordial acusatória, mas somente para beneficiar o réu ou para permitir a correta fixação da competência ou do procedimento a ser adotado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

C ou E - Direito Processual Penal

A ‘mutatio libelli’ pode ser aplicada pelo Tribunal de Justiça quando da apreciação de recurso, entretanto, os Tribunais Superiores não admitem a aplicação da ‘emendatio libelli’, sob pena de supressão de instância.

A

ERRADO.

Súmula 453 do STF: não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do código de
processo penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.

36
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Na hipótese de ‘emendatio libelli’, encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 05 (cinco) dias.

A

ATENÇÃO: na ‘emendatio libelli’ o juiz pode atribuir ao crime definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave, desde que não modifique a descrição do fato contida na denúncia.

ERRADO. O conceito apresentado é o de ‘mutatio libelli’.

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender
cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o
aditamento, quando feito oralmente.

37
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Se a denúncia não descreve sequer implicitamente o tipo culposo, a desclassificação da conduta
dolosa para a culposa, ainda que represente aparente benefício à defesa, em razão de imposição de pena
mais branda, deve observar a regra inserta no art. 384, ‘caput’, do CPP.

A

CERTO.

#INFORMATIVO 557 do STJ: 
A prova a ser produzida pela defesa, no decorrer da instrução criminal, para comprovar a ausência do elemento subjetivo do injusto culposo ou doloso, é diversa. Em outras palavras, a prova que o réu tem que produzir para provar que não agiu com negligência, imprudência ou imperícia é diferente da prova 
que deverá produzir para demonstrar que não agiu com dolo (vontade livre e consciente). Assim, se a denúncia não descreve sequer implicitamente o tipo culposo, a desclassificação da conduta dolosa para a culposa, ainda que represente aparente benefício à defesa, em razão de imposição de pena mais branda, deve observar a regra inserta no art. 384, caput, do CPP a fim de possibilitar a ampla defesa.

CPP, art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 05 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.

38
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a revisão criminal: julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo, respeitada a vedação da ‘reformatio in pejus’.

A

CERTO.

CPP, art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo.
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta pela decisão revista.

39
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a revisão criminal: ao condenado por erro judiciário será reconhecido o direito à indenização pelos danos sofridos, exceto, entre outras hipóteses, se o erro decorreu da ocultação de provas em poder do requerente.

A

CERTO.

CPP, art. 630.
§ 2º: A indenização não será devida:
a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;
b) se a acusação houver sido meramente privada.

40
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a revisão criminal: a soberania dos veredictos no tribunal no júri não é absoluta, pois se admite a revisão criminal também de seus julgados.

A

CERTO.

Segundo entendimento pacífico no STF e STJ, a condenação penal definitiva imposta pelo Júri é passível, também ela, de desconstituição mediante revisão criminal, não lhe sendo oponível a cláusula constitucional da soberania do veredicto do Conselho de Sentença.
A doutrina diverge apenas no que se refere à possibilidade de que o tribunal absolva o réu, pois parte da doutrina defende que deveria ser determinado um novo julgamento.

41
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a revisão criminal: é pressuposto da revisão criminal o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, sendo inadmissível nos casos de sentença penal absolutória por falta de interesse de agir.

A

ERRADO.

É admissível a propositura de ação de revisão criminal em face de sentença de absolvição imprópria, que impõe ao inimputável medida de segurança.

42
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a revisão criminal: mesmo após o falecimento do condenado injustamente, subsiste interesse de agir ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão para propor ação de revisão criminal.

A

CERTO.

CPP, art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

43
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a fiança: a fiança poderá ser prestada até a data da prolação da sentença.

A

ERRADO.

CPP, art. 334: A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.

44
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a fiança: a fiança será cassada, em qualquer fase do processo, quando o agente praticar nova infração
penal dolosa.

A

ERRADO. A pratica de nova infração penal dolosa implica na QUEBRA da fiança.

A cassação da fiança ocorre quando se verifica não ser cabível na espécie ou quando inafiançável, no caso de
inovação na classificação do delito.

CPP, art. 341 do CPP:
Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:
V - praticar nova infração penal dolosa.

CPP, art. 338:
A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada em qualquer fase do processo.
CPP, art. 339:
Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito.

45
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a fiança: o quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão
preventiva.

A

CERTO.

CPP, art. 343:
O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva.

46
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a fiança: a fiança é considerada inidônea quando o réu se recusa a complementar o valor, nos casos em
que se verifica a necessidade de reforço.

A

ATENÇÃO: No caso mencionado na alternativa, em que o réu se recusa ou se omite na complementação do valor da fiança, esta é considerada “sem efeito”.

ERRADO. Fiança inidônea é aquela que não poderia ter sido concedida, seja porque a lei proíbe ou porque os
requisitos legais não foram corretamente preenchidos (art. 338 do CPP).

47
Q

C ou E - Direito Processual Penal

A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a decretação ou manutenção da
prisão preventiva como garantia da ordem pública, considerando que indicam que a personalidade do
agente é voltada à criminalidade, havendo fundado receio de reiteração.

A

ATENÇÃO: Atos infracionais não podem ser valorados como maus antecedentes na dosimetria da pena.

CERTO.

#INFORMATIVO 585 do STJ:
A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a decretação ou manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública, considerando que indicam que a personalidade 
do agente é voltada à criminalidade, havendo fundado receio de reiteração. Não é qualquer ato infracional, em qualquer circunstância, que pode ser utilizado para caracterizar a periculosidade e justificar a prisão antes da sentença. É necessário que o magistrado analise: a) a gravidade específica do ato infracional cometido; b) o tempo decorrido entre o ato infracional e o crime; e c) a comprovação efetiva da ocorrência do ato infracional. 
STJ. 3ª Seção. RHC 63.855-MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/5/2016 (Info 585). 
48
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva
decretada pelo juiz, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente,
ou por representação da autoridade policial.

A

ATENÇÃO: Juiz não pode decretar preventiva de ofício durante a investigação policial.

ERRADO. Juiz não pode decretar preventiva de ofício durante a investigação policial.

CPP, art. 311:
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

49
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Será admitida a decretação da prisão preventiva se o agente tiver sido condenado por outro crime, doloso ou culposo, em sentença transitada em julgado.

A

ERRADO. A decretação da prisão preventiva será admitida se o agente tiver sido condenado por outro crime DOLOSO; culposo não.

CPP, art. 313:
Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Código Penal;

50
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 70 (setenta) anos.

A

ERRADO. É maior de 80 anos.

CPP, art. 318:
Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos.

51
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O agente segregado de forma preventiva tem direito subjetivo à substituição pela prisão domiciliar
se enquadrar-se em alguma das hipóteses de cabimento.

A

ERRADO. Não há direito subjetivo.

Segundo entendimento prevalente, o custodiado não tem direito subjetivo à substituição da prisão
preventiva pela domiciliar, podendo o juiz entender, diante do caso concreto, que apesar da presença de uma das hipóteses, não se justifica a prisão domiciliar.

52
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a infiltração de agentes: a infiltração de agentes prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente tem prazo máximo de seis meses, podendo ser sucessivamente prorrogado.

A

NOVIDADE #VAICAIR

ERRADO. Prazo máximo de 90 dias (03 meses), passível de prorrogação, porém limitado à 720 dias.

ECA, art. 190-A:
III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias,
sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja
demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial.

#ATENÇÃO: O prazo de seis meses, prorrogável 
sucessivamente é previsto na infiltração de agentes de que trata a Lei de Organizações Criminosas.
53
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a infiltração de agentes: a infiltração de agentes de que trata o ECA, por se dar apenas na internet, dispensa a autorização judicial, bastando a comunicação prévia.

A

ERRADO. Será precedida de autorização judicial.

ECA, art. 190-A:
I – será precedida de autorização judicial devidamente circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites da infiltração para obtenção de prova, ouvido o Ministério Público.

54
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a infiltração de agentes: enquanto a infiltração de agentes disciplinada pela Lei de Organizações Criminosas é medida subsidiária, apenas admitida se a prova não puder ser obtida por outros meios, no ECA o instituto pode ser utilizado ainda que não seja o único meio disponível.

A

ERRADO.

A infiltração de agentes prevista no ECA é subsidiária, apenas admitida se a prova não puder ser obtida por outros meios.

ECA, art. 190-A:
§ 3º A infiltração de agentes de polícia na internet não será admitida se a prova puder ser obtida por outros meios.

55
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a infiltração de agentes: o ECA admite expressamente a utilização da infiltração de agentes em todos os delitos que tenham crianças ou adolescentes na condição de vítimas.

A

ERRADO. O ECA especifica taxativamente em quais crimes se admite a infiltração de agentes de polícia na internet.

ECA, art. 190-A:
A infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar os crimes previstos nos arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do Código Penal, obedecerá às seguintes regras:

56
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Arquivamento implícito do inquérito policial se dá nos casos em que o Promotor de Justiça requer a remessa dos autos ao juízo competente, por entender que não o é aquele em que tramita o inquérito. Assim, o arquivamento é implícito porque se dá apenas em relação ao juízo originário.

A

ATENÇÃO: Esta modalidade não é admitida pelo ordenamento jurídico. O Promotor de Justiça pode ofertar posteriormente denúncia quanto aos autores ou fatos remanescentes, em decorrência do princípio da divisibilidade que rege a ação penal pública.

ERRADO. A assertiva traz o conceito de arquivamento indireto.

ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO se dá na hipótese em que o Promotor de Justiça OFERECE DENÚNCIA em face de ALGUNS dos AUTORES, ou alguns dos FATOS apurados, e se OMITE em relação AOS DEMAIS.

57
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, para frequência a curso supletivo profissionalizante.

A

ATENÇÃO: Trata-se de hipótese de AUTORIZAÇÃO para SAÍDA TEMPORÁRIA. Outra coisa é permissão de saída.

ERRADO. Trata-se de hipótese de AUTORIZAÇÃO para SAÍDA TEMPORÁRIA, a qual ocorre sem vigilância direta (não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado).

Art. 122, inciso II, LEP: A hipótese de frequência a curso profissionalizante é caso de autorização de SAÍDA TEMPORÁRIA.

Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I - visita à família;
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução;
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução.

58
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre habeas corpus:

Não cabe habeas corpus para tutelar o direito à visita em presídio.

A

INFORMATIVO 871 do STF:

CERTO.

Não cabe habeas corpus para tutelar o direito à visita em presídio.
STF. 1ª Turma. HC 128057/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (Info 871).

59
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre habeas corpus:

Não se admite habeas corpus para se questionar nulidade cujo tema não foi trazido antes do
trânsito em julgado da ação originária e tampouco antes do trânsito em julgado da revisão criminal.

A

CERTO.

#INFORMATIVO 837 do STF: 
Não se admite habeas corpus para se questionar nulidade cujo tema não foi trazido antes do trânsito em julgado da ação originária e tampouco antes do trânsito em julgado da revisão criminal. A nulidade não suscitada no momento oportuno é impassível de ser arguida através de habeas corpus, no afã de superar a 
preclusão, sob pena de transformar o writ em sucedâneo da revisão criminal. 
STF.	1ª Turma. RHC 124041/GO, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado	em 30/8/2016 (Info 837).
60
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre habeas corpus:

Habeas corpus não é o instrumento adequado para pleitear trancamento de processo de impeachment.

A

INFORMATIVO 830 do STF:

CERTO.

Habeas corpus não é o instrumento adequado para pleitear trancamento de processo de impeachment. A finalidade constitucional do habeas corpus é a da proteção do indivíduo contra qualquer ato
limitativo ao direito de locomoção (art. 5º, LXVIII, da CF/88). O processo de impeachment pode resultar na aplicação de
sanções de natureza político-administrativa. Dessa forma, ao se impetrar um HC contra o processo de impeachment, o que
se está fazendo é buscando proteger o exercício de direitos políticos e não o direito de ir e vir. STF. Plenário. HC 134315 AgR/
DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 16/6/2016 (Info 830).

61
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre habeas corpus:

Não é possível, na via do habeas corpus, discutir-se a correta tipificação dos fatos imputados ao paciente na ação penal.

A

CERTO.

#INFORMATIVO 702 do STF: 
Não é possível, na via do habeas corpus, discutir-se a	correta tipificação dos fatos imputados ao paciente na ação penal. 
STF.	1ª Turma. HC 111445/PE, rel. Min. Dias Toffoli, 16/4/2013 (Info 702).
62
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre habeas corpus:

O STJ e o STF não admitem, em hipótese alguma, habeas corpus para rediscutir a dosimetria da
pena aplicada na sentença.

A

ERRADO.

Como regra, o STJ e o STF não admitem habeas corpus para rediscutir a dosimetria da pena aplicada na
sentença.
EXCEPCIONALMENTE, é admitido o HC para analisar a pena aplicada se:
• houver ilegalidade manifesta e
• desde que não seja necessária a rediscussão de provas.
STF. 1ª Turma. HC 110152/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 8/5/2012.

63
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a prática de falta grave na execução da pena:

Apenado que mantém a tornozeleira eletrônica sem carga suficiente na bateria não pratica falta grave.

A

ERRADO.

#INFORMATIVO 595 do STJ: 
A não observância do perímetro estabelecido para monitoramento de tornozeleira eletrônica	configura	mero descumprimento de condição obrigatória que	autoriza a aplicação de sanção disciplinar, mas	não	configura, mesmo em tese, a prática de falta grave.	
#ATENÇÃO #NÃOCONFUNDA
Não	confundir: 
• Apenado que rompe a tornozeleira eletrônica ou mantém a bateria sem carga suficiente: falta grave.	
• Apenado que descumpre o perímetro estabelecido para tornozeleira eletrônica: não configura a prática de falta grave. 

STJ. 6ª Turma. REsp 1519802-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 10/11/2016 (Info 595).

64
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a prática de falta grave na execução da pena:

Pune-se a tentativa de falta grave com a sanção correspondente à falta consumada.

A

CERTO.

LEP, art. 49. Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.

65
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a prática de falta grave na execução da pena:

A falta grave interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.

A

ERRADO.

SÚMULA 441 do STJ: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.

66
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a prática de falta grave na execução da pena:

A falta grave interrompe o prazo necessário à concessão de indulto.

A

ERRADO.

SÚMULA 535 do STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou
indulto.

67
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre a prática de falta grave na execução da pena:

A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de
cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir da conclusão do procedimento administrativo.

A

ERRADO.

SÚMULA 534 do STJ: A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração.

68
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O juiz dar-se-á por suspeito:

Se houver servido como testemunha.

A

ERRADO. Causa de impedimento.

CPP, art. 252,
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas
funções ou servido como testemunha;

69
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O juiz dar-se-á por suspeito:

Se tiver parente consanguíneo na condição de parte interessada.

A

ERRADO. É causa de IMPEDIMENTO.

CPP, art. 252,
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.

70
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O juiz dar-se-á por suspeito:

Se tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre
a questão.

A

ERRADO. É causa de IMPEDIMENTO.

CPP, art. 252,
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;

71
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O juiz dar-se-á por suspeito:

Se tiver funcionado, como auxiliar da justiça, parente consanguíneo até o terceiro grau.

A

ERRADO. É causa de IMPEDIMENTO.

CPP, art. 252,
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;

72
Q

C ou E - Direito Processual Penal

O juiz dar-se-á por suspeito:

se tiver aconselhado qualquer das partes.

A

CERTO.

CPP, art. 254,
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;

73
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Impede a propositura de ação civil ‘ex delicto’:

Arquivamento do inquérito policial por falta de provas.

A

ERRADO. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: I - o despacho de arquivamento do
inquérito ou das peças de informação.

74
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Impede a propositura de ação civil ‘ex delicto’:

Reconhecimento da extinção da punibilidade do agente.

A

ERRADO. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: II - a decisão que julgar extinta a punibilidade.

75
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Impede a propositura de ação civil ‘ex delicto’:

Sentença absolutória que reconhece fato atípico.

A

ERRADO. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: III - a sentença absolutória que decidir
que o fato imputado não constitui crime.

76
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Impede a propositura de ação civil ‘ex delicto’:

Reconhecimento da inexistência material do fato.

A

CERTO. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não
tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.

77
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Com relação às peculiaridades procedimentais da Lei de Lavagem de Capitais:

A competência para apurar e julgar o delito de lavagem de dinheiro será, em regra, da Justiça
Federal.

A

ERRADO. Em regra, a competência é da Justiça Estadual. Art. 2º, III - são da competência da Justiça Federal:
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços
ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas; b) quando a infração penal antecedente
for de competência da Justiça Federal.

78
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Com relação às peculiaridades procedimentais da Lei de Lavagem de Capitais:

O crime de lavagem de dinheiro não é punível se extinta a punibilidade do autor do crime antecedente por anistia ou ‘abolitio criminis’.

A

CERTO. A extinção da punibilidade não impede a condenação quanto ao crime de lavagem de capitais, salvo
em se tratando da anistia e da abolitio criminis, hipóteses em que o fato antecedente deixa de ser considerado
infração penal. Art. 2º § 1º A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal antecedente,
sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a
punibilidade da infração penal antecedente.

79
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Com relação às peculiaridades procedimentais da Lei de Lavagem de Capitais:

A Teoria da Cegueira Deliberada busca responsabilizar o agente que procurou evitar a consciência quanto à origem ilícita do bem, a título de dolo direto.

A

ERRADO.

Segundo esta teoria, se o agente tinha conhecimento da elevada possiblidade de que os bens, dinheiros ou valores eram provenientes de infração penal e agiu de forma indiferente, deverá ser responsabilizado pelo crime em questão a título de dolo eventual.

80
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Com relação às peculiaridades procedimentais da Lei de Lavagem de Capitais:

Na restituição de bens sobre os quais recaem medidas assecuratórias, a Lei de Lavagem de Capitais prevê que cabe à acusação comprovar a origem ilícita do bem.

A

ERRADO.

Inversão do ônus da prova nas medidas assecuratórias: Para a acusação, bastarão indícios suficientes da infração penal para que o juiz decrete as medidas assecuratórias de bens, dinheiros ou valores do investigado ou acusado, por outro lado, caberá à defesa comprovar a licitude dos bens, dinheiros ou valores apreendidos para conseguir sua liberação, exigindo-se prova plena, com juízo de certeza, para que se proceda à restituição do patrimônio no curso da investigação ou da ação penal.

81
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Com relação às peculiaridades procedimentais da Lei de Lavagem de Capitais:

É aplicável às ações penais que apuram o delito em comento, a suspensão do processo e da
prescrição com base no artigo 366 do Código de Processo Penal.

A

ERRADO. Art. 2. § 2º. No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o disposto no art. 366 do Decreto-
Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não comparecer nem
constituir advogado ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo.

82
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre os métodos investigatórios previstos na Lei de Organizações Criminosas:

A colaboração premiada pode ocorrer na fase investigatória e durante a instrução processual.

A

ERRADO. É possível que o acordo de colaboração premiada seja lavrado também após a sentença. Art. 4º §
5º da Lei 12.850/13. Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida
a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.

83
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre os métodos investigatórios previstos na Lei de Organizações Criminosas:

O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, mediante autorização judicial, aos
dados cadastrais do investigado que informem a qualificação pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela
Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e administradoras
de cartão de crédito.

A

ERRADO. Art. 15 da Lei 12.850/13. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, independentemente
de autorização judicial, apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal,
a filiação e o endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet
e administradoras de cartão de crédito.

84
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre os métodos investigatórios previstos na Lei de Organizações Criminosas:

Não é previsto expressamente como meio de obtenção de prova a cooperação entre instituições
e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da
investigação ou da instrução criminal.

A

ERRADO. Art. 3º da Lei 12.850/13. Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros
já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais,
distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução
criminal.

85
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre os métodos investigatórios previstos na Lei de Organizações Criminosas:

As declarações do colaborador premiado devem, obrigatoriamente, ser registradas em meio
audiovisual.

A

ERRADO. INFORMATIVO 831 DO STF (2016): Não existe obrigatoriedade legal absoluta de que as
declarações do colaborador premiado sejam registradas em meio audiovisual. O § 13 do art. 4º da Lei nº 12.850/2013
prevê que “sempre que possível, o registro dos atos de colaboração será feito pelos meios ou recursos de gravação
magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações”.
Desse modo, existe sim uma recomendação da Lei no sentido de que as declarações sejam registradas em meio
audiovisual, mas isso não é uma obrigação legal absoluta a ponto de gerar nulidade pelo simples fato de o registro não ter
sido feito dessa forma. STF. Plenário. Inq 4146/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 22/6/2016 (Info 831).

86
Q

C ou E - Direito Processual Penal

Sobre os métodos investigatórios previstos na Lei de Organizações Criminosas:

O sigilo sobre o conteúdo de colaboração premiada deve perdurar, no máximo, até o recebimento
da denúncia.

A

CERTO. INFORMATIVO 877 DO STF (2017): O sigilo sobre o conteúdo de colaboração premiada deve
perdurar, no máximo, até o recebimento da denúncia (art. 7º, § 3º da Lei nº 12.850/2013). Esse dispositivo não traz uma
regra de observância absoluta, mas sim um termo final máximo. Para que o sigilo seja mantido até o recebimento da
denúncia, deve-se demonstrar a existência de uma necessidade concreta. Não havendo essa necessidade, deve-se garantir
a publicidade do acordo. STF. 1ª Turma. Inq 4435 AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/9/2017 (Info 877).