ATLS 2 Flashcards
- Trauma abdominal pt 2 - Trauma de coluna - TCE - Trauma de face e pescoço
Tríade Letal
Coagulopatia
Acidose
Hipotermia
Quando fazer a cirurgia de controle de danos?
- tríade letal
- trauma grave
- múltiplas lesões
Passos da cirurgia de controle de danos
- clampeamento das lesões -> não faz anastomose
- controle do sangramento com compressas
- peritoneostomia: bolsa de Bogotá ou curativo à vácuo
- UTI 3/4 dias para estabilização
- reoperação: limpeza da cavidade, anastomose
Manobra de Pringle
- clampeamento do pedículo hepático
- diminui sangramento
Manobra de Kocher
- mobilização do duodeno e cabeça do pâncreas
- acesso ao pâncreas, duodeno posterior, VCI, aorta, vasos renais
Manobra de Mattox
- mobilização do cólon E
- acesso ao tronco celíaco
Manobra de Cattel
- mobilização do cólon D
- VCI, aorta, vasos renais e ilíacos
Causas da Síndrome do Compartimento
(1) reposições volêmicas importantes durante a reanimação, com transudação de líquidos e edema de alças;
(2) ascite;
(3) hematomas volumosos;
(4) presença de compressas de tamponamento.
Hipertensão Intra-abdominal
- medida via intravesical
- normal: 5 a 7mmHg
- > 12 mmHg: hipertensão
- > 2O + disfunção orgânica: síndrome do compartimento
- > 25mmHg: laparotomia descompressiva
OBS: PPA < 50 indica hipoperfusão abdominal e pode acarretar em falencia orgânica.
Clínica da Síndrome do Compartimento
Abdome tenso e distendido
Oligúria
Dificuldade ventilatória
Complicações da Síndrome do Compartimento
Aumento da PIC Hipotensão Insuficiência respiratória Isquemia de alça Translocação bacteriana
Tratamento da Síndrome do Compartimento
LAPAROTOMIA DESCOMPRESSIVA
Trauma penetrante por arma de fogo
CIRURGIA SEMPRE
FAB {ferimento por arma branca} em parede anterior
Indicações cirúrgicas imediatas: peritonite, evisceração e instabilidade hemodinâmica
Exploração digital:
- sem penetração da cavidade: sutura
- com penetração: avaliar o paciente -> se evolução negativa {queda de HB > 3 ou leucocitose, peritonite,…} -> laparotomia
FAB em flanco ou dorso
- mais raro de lesar a cavidade abdominal
- fazer TC com triplo contraste
Trauma Uretral
- tríade: uretrorragia, retenção vesical e bexigoma palpável
- pode ter próstata flutuante ou hematoma de períneo
- diagnóstico: uretrografia retrógrada
- uretra anterior {peniana e bulbar}: fratura de pênis, queda a cavaleiro
- uretra posterior {prostática e membranosa}: fratura de pênis
- tto: nunca sondar. Fazer cistostomia
Trauma Vesical
- intraperitoneal: relacionado ao trauma contuso, tto sempre cirúrgico com rafia
- extraperitoneal: relacionado com fratura pélvica, tto: sondagem
- diagnóstico: cistografia retrograda
Trauma Renal
- associado a trauma em flancos ou lombar
- TC: graus da lesão
- grau V: cirurgia
Trauma Pélvico
- associado com trauma abdominal: sempre fazer FAST ou LPD
- sangra muito -> estabilização temporária com cinta ou lençol
- choque de origem pélvica: embolização arterial {preferencial}; tamponamento pré-peritoneal; fixação externa
Atendimento inicial no trauma raquimedular
- ABCDE
- imobilização cervical: colar + headblock
- prancha rígida por no máximo 2h -> aumenta o risco de úlcera de pressão
- RX cervical lateral e transoral
Quando no politraumatizado não há necessidade de colar cervical?
- Glasgow 15
- sem dor na região cervical
- exame físico normal
- não intoxicado e sem drogas
Avaliação da gravidade do trauma raquimedular
Avaliação da função neurológica sacral
Se lesão alta -> perda dos reflexos sacrais
Conduta no trauma raquimedular contuso
- metilprednisolona nas primeiras 8h, para diminuir a inflamação local. Manter de 24-48h.
O que é choque medular?
Paciente desenvolve flacidez muscular e atonia após o trauma raquimedular. Tem variação variável, mas geralmente melhora com o tempo.
Trauma de Face
Geralmente tem baixa mortalidade: ausência de estruturas vitais
- sempre seguir ABCDE
- fazer TC para descartar TCE
- as lesões costumam ser mutilantes e deformantes
- aguardar 3O dias para tratar cirurgicamente
Classificação de LeFort
I: disjunção dento-alveolar
II: disjunção piramidal
III: disjunção cranio-facial
Zonas do Pescoço
Zona I: - vai até a cartilagem cricóidea - maior mortalidade, difícil acesso cirurgico - grandes vasos e trato aéreo digestivo Zona II: - vai até o ramo da mandíbula - menor mortalidade, fácil acesso cirurgico - grandes vasos e trato aéreo digestivo Zona III: - vai até o crânio - vasos, nervos e glândulas salivares
Abordagem imediata em lesões do pescoço
- sangramento ativo
- ferida soprante
- hematoma em expansão
- enfisema subcutâneo
- estridor respiratório
Avaliação das lesões do pescoço
Vasos: angioTC/ USG com Doppler
Via aérea: bronco/laringoscopia
Digestivo: EDA/ esofagograma
Gravidade do TCE
Glasgow
> ou = 13: leve
9 a 12: moderado
3 a 8: grave
Escala de coma de Glasgow
- avalia: abertura ocular {1 a 4}, resposta motora {1 a 6} e resposta verbal {1 a 5}
Quadro clínico do TCE
cefaleia
náuseas e vômitos
alteração de consciência
NÃO CAUSA CHOQUE
Quando solicitar TC em TCE leve?
- paciente > 65 anos
- trauma grave
- 2 episódios de vômito
- síncope + 5 minutos
- amnésia + 3O minutos
- sinais de fratura de crânio ou da base do crânio
- déficit focal
- uso de anticoagulante
- Glasgow < 15 por mais de 2h
Qual conduta obrigatória no TCE grave?
IOT
Tratamento da Hipertensão Intracraniana
- objetivo: evitar lesão 2°ria
- mater PAS > 1OO e Sat > 95-98%
- cabeceira elevada {3O°}
- sedação
- manitol
- hipocapnia moderada {PaCO2<35mmHg} pela hiperventilação. OBS: risco de piora da isquemia
- hipotermia induzida
Quais mecanismos iniciais para controle da HIC?
Diminuição do sangue venoso e líquor
Hematoma Subdural
- mais frequente: ruptura das veias pontes
- TC: lua crescente
- mais comum em idosos e alcoolatras {menor parênquima cerebral}
- o comprometimento cerebral adjacente costuma ser mais grave, pela presença de lesão parenquimatosa concomitante
Hematoma Extradural
- epidural
- TC: lente biconvexa
- raro
- lesão na região temporal, com ruptura da artéria meníngea média
- rapidamente fatal
- intervalo lúcido antes da deterioração do Glasgow
Tríade de Cushing
- indica eminência de herniação
- bradicardia
- hipertensão
- bradipneia
Hérnia de Úncus
Tríade de Cushing + midríase ipsilateral
TC na HIC
- desvio da linha média
- diminuição de sulcos e giros
- diminuição dos ventrículos
Lesões Focais
- hematomas extra e subdural
- hematoma/contusão
Concussão Cerebral
- déficit neurológico transitório < 6 horas
- TC normal
Lesão Axonal Difusa
- déficit neurológico > 6 horas
- gravidade variável
- estiramento neuronal {mecanismo: rotação da cabeça}
- TC ou RM geralmente normais, mas pode ter alteração na região do corpo caloso ou dos núcleos da base
- tto suportivo
Hemorragia Subaracnoidea
- cefaleia súbita de forte intensidade
- alteração do nível de consciência
Estruturas do pedículo hepático
artéria hepática própria, veia porta, ducto hepático comum, nervos e vasos linfáticos
A realização da manobra de Pringle, sem nenhuma diminuição da hemorragia, indica?
lesão da veia cava retro-hepática
toque retal com sangue vivo em dedo de luva. Qual a conduta CORRETA a ser tomada pelo cirurgião?
- sangramento em dedo de luva ao toque retal indica um possível acometimento de estrutura intra-abdominal.
- quando houver lesão de estruturas intra-abdominais, a laparotomia está indicada
Lesão de baço na TC
I: hematoma subcapsular < 10% e laceração menor que 1 cm.
II: hematoma subcapsular entre 10 a 50% ou intraparenquimatoso < 5cm, com laceração até 3cm não envolvendo vasos trabeculares.
III: hematoma subcapsular > 50% ou em expansão, ou intraparenquimatoso > 5cm, com laceração >3cm ou envolvendo vasos trabeculares.
IV: desvascularização maior que 25% do baço devido a lesão segmentar ou hilar.
V: pulverização do baço ou lesão hilar com desvascularização esplênica.