aparelho respiratório II Flashcards
semiotécnica percussão digitodigital
é realizada gelpeando-se com a borda ungueal do dedo médio ou indicador (plexor) a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão (plexímetro). o pleximetro fica estendido tocando a região a ser examinada com os demais suspensos. o cotovelo permanece fixo, fletido em 90° com o braço em semiabdução e apenas o punho mexe. aconselhável a execução de dois golpes seguidos, secos e rápidos, tendo o cuidado de levantar o plexor imediatamente após o segundo golpe, o retardo abafa as vibrações.
tipos de sons obtidos na percussão do tórax e abdome normais
percutir o hemitórax de cima para baixo, seguindo a linha hemiclavicular. na parte mais alta, a sonoridade é pulmonar, mas no 4° EIC nota-se modificação para submaciço, a partir do 5° ou 6° EICD o som torna-se fracamente maciço.
roteiro da percussão
- face anterior indo de cima para baixo e golpeando, ora de um lado, ora de outro em pontos simétricos, sempre comparando os homólogos
- regiões laterais
- face posterior
macicez cardíaca
junto à borda esternal esquerda, em seguida percorrendo linhas paralelas à borda esternal esquerda, distância de 2 cm, até atingir a linha hemiclavicular esquerda. não apresenta valor prático.
som obtido no espaço de Traube
no fundo do estômago é um som timpânico, percute a face anterior do hemitórax esquerdo, seguindo linhas paralelas que vão da borda esternal até a linha axilar anterior
hipersonoridade pulmonar
a nota de percussão está mais clara e mais intensa (claro pulmonar mais intenso), não confundir com o timpânico.
- aumento de ar nos alvéolos, enfisema pulmonar
som submaciço e maciço no pulmão
diminuição ou desaparecimento da sonoridade pulmonar, redução ou inexistência de ar nas paredes dos alvéolos.
- derrame pleural, condensação pulmonar, pneumonia, infarto pulmonar, neoplasias. só são diagnosticáveis à percussão quando são de grande extensão
som timpânico no pulmão
ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou em uma grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa)
semiotécnica da ausculta
paciente sentado, com o tórax total ou parcialmente descoberto, solicitar que respire um pouco mais profundamente com os lábios entreabertos, receptor mais adequado é o diafragma.
sons pleuropulmonares normais na ausculta
traqueal - projeção da traqueia
respiração brônquica - brônquios principais
respiração broncovesicular
murmúrio vesicular - som respiratório normal, periferia do pulmões
sons anormais (ruídos adventícios) na ausculta
- descontínuos: estertores finos e grossos
- contínuos: roncos, sibilos e estridor
- de origem pleural: atrito pleural
som traqueal
audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e região esternal, surge com a passagem do ar através da fenda glótica e na própria traqueia, ela permite a ausculta dos sons sem a filtragem da caixa torácica, esteto mais aproximado do foco.
- condensação pulmonar
respiração brônquica
som traqueal projetado nos brônquios de maior calibre, entre o traqueal e o MV. não é tão intensa e audível
como são produzidos o MV
pela turbulência do ar ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos para os alvéolos e vice versa. ar gera alguma turbulência. é na periferia dos pulmões
componentes do MV
inspiratório mais intenso, duradouro e de tom mais alto;
expiratório mais fraco, duração mais curta e de tom mais baixo
- mais fraco e suave que a respiração brônquica (mais distante de onda tá ouvindo), não é homogêneo em todo o tórax, mais forte na parte anterosuperior, axilas e regiões infraescapulares.
MV mais intenso
inspiração mais ampla e com a boca aberta, após esforço, em crianças e em pessoas emagrecidas. nos portadores de afecções pulmonares unilaterais, mecanismo vicariante, aumenta o MV no HMT saudável
MV diminuído
dificuldade na passagem de ar. pneumotórax, hidrotórax, espessamento pleural: afastamento do som da parede torácica.
enfisema pulmonar, dor torácica que impeça movimentação do tórax, oclusão de brônquios ou bronquíolos: caminho do ar comprometido
prolongamento da fase expiratória
asma, enfisema - dificuldade da saída do ar, na inspiração tb apresentam dificuldada mas usam musculatura acessória para conseguir puxar o ar necessário
respiração broncovesicular
somam-se as características da respiração brônquica com as do MV, inspiração e expiração mais fortes que no MV, mas sem atingir a intensidade da respiração brônquica.
- região esternal superior, interescapulovertebral direita e ao nível da 3ª e 4ª vértebra dorsal .
se ouvir em outra região é condensação pulmonar, atelectasia ou caverna = respiração brônquica. para que surja esse tipo de respiração, é necessário que haja na região lesionada alvéolos mais ou menos normais, capazes de originar ruído vesicular.
estertores
sons descontínuos, inspiração ou expiração - superpõe-se aos sons respiratórios normais. IC, congestão pulmonar.
estertores finos
- mais audível no final da inspiração
- frequência alta, são agudos e curtos
- não se modificam com a tosse
- comparados ao ruído produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto ao ouvido
- predominam nas bases pulmonares
origem estertores finos
abertura sequencial de vias respiratórias de pequeno calibre anteriormente fechadas em razão da pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar OU alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas.
- pneumonia, congestão pulmonar na IVE, doenças pulmonares intersticiais
como diferenciar se o estertor fino é por alvéolo congesto ou por problema no interstício
administrar diurético, se melhorar é congestão
estertores grossos
- frequência menor e duração maior que os finos, som grave
- nítida alteração com a tosse (desaparece)
- podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax
- audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração
origem estertores grossos
abertura e fechamento de vias respiratórias que contêm secreção viscosa e espessa
- bronquites, bronquiectasias
roncos e sibilos
os roncos são constituídos por sons graves (baixa freq) e os sibilos por sons agudos (alta freq). formações parecidas, ambos tem relação com estreitamento de vias aéreas
roncos
som gerado pelo estreitamento das vias aéreas por secreção. fugazes e mutáveis (intensidade muda com a tosse). predomínio na expiração.
- asma, bronquite, bronquiectasia, pneumonia e nas obstruções localizadas
sibilos
som agudo gerado pelo estreitamento das vias aéreas por broncoespasmo. expiração e inspiração. múltiplos e disseminados na asma e bronquite; se localizados - obstrução por neoplasia ou corpo estranho
estridor
ruído basicamente inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia. som agudo e intenso, acomete vias aéreas mais centralizadas e mais altas. podem ser auscultados sem esteto, mais intensos na respiração forçada.
- difteria, laringite aguda, câncer de laringe, estenose de traqueia.
atrito pleural
contato entre os dois folhetos da pleura gera esse som. ruído irregular, descontínuo, comparado ao ranger de couro, produz vibração palpável
- pleurite (recobertas de exsudato): som mais intenso na inspiração, mais audível nas regiões axilares inferiores, em que há uma movimentação mais ampla dos pulmões, desaparece qnd evolui p derrame pleural