Abdome Agudo Flashcards

1
Q

O que é abdome agudo

A

É toda condição abdominal dolorosa, em geral de início súbito e que requer uma decisão rápida, seja ela clínica ou cirúrgica.

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2
Q

Por que pe importante um rapido diagnóstico em casos de abdome agudo

A

Pelo risco de vida que acarreta.

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3
Q

Como é a inervação da parede abdominal anterior

A

Os músculos da parede abdominal anterior e o peritônio
subjacente recebem inervação sensitiva dos seis últimos nervos intercostais.

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4
Q

Como é a inervação da parede abdominal lateraal

A

Os músculos da parede lateral recebem ainda inervação de T5 e L1

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5
Q

Quais as consequências da inervação alta da parede abdominal

A

Afecções a distância podem ter reflexos na parede
abdominal, podendo acarretar uma contratura desses
músculos.

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6
Q

O peritônio parietal recebe inervação do simpático e
parassimpático. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, o peritônio visceral recebe inervação do simpático e parassimpático

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7
Q

Como é dividida a paprede abdominal anterior

A

1.Hipocôndrio Direito
2.Epigástrio
3.Hipocôndrio Esquerdo
4.Flanco Direito
5.Mesogástrio ou umbilical
6.Flanco Esquerdo
7.Fossa Ilíaca Direita
8.Hipogástrio
9.Fossa Ilíaca Esquerda

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8
Q

Como é dividida a parede abdominal posterior

A

● Região Lombar Direita
● Região Lombar Esquerda

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9
Q

Quais são as classsificações do abdome agudo

A

a) Inflamatório
b) Perfurativo
c) Hemorrágico
d) Obstrutivo
e) vascular

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10
Q

Como é a fisiopatológia do abdome agudo

A

Qualquer substância → Contato com o peritônio → Irritação → Maior ou menor contratura dos músculos da parede abdominal → Início localizada → Generalizar → Irritação do peritônio visceral → Serosa de uma víscera é lesada → Musculatura lisa entra em paresia ou paralisia

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11
Q

Por que em casos de abdome agudo ocorre uma interferência na contratibilidade da parede abdominal?

A

A inervação é a mesma do peritônio

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12
Q

Quando há generalizaçõa da da contratura do abdome agudo

A

O peritônio for todo comprometido

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13
Q

Qual a lei de Stokes

A

Quando a serosa de uma víscera é lesada, a musculatura lisa logo abaixo dela entra em paresia ou paralisia

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14
Q

A irritação peritonial é maior nos líquidos de pH ácido que
provocam grande contratura, como o abdome em tábua (úlcera péptica perfurada). Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

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15
Q

Em caso de abdome agudo desencadeado por sangramento possuem caracteristicas que podem ser confundidas com os casos desencadeados por substância ácida. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, o sangue, provoca muita dor e pouca contratura, diferente das substâncias ácidas.

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16
Q

Qual a causa da contratura em caoss de abdome agudo

A

A contratura muscular é causada pela irritação peritonial; ocorre nas síndromes inflamatórias, perfurativas, hemorrágicas e é constante.

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17
Q

Quais as caracteristicas da sindrome obstrutiva alta

A

◼ Alteração mais significativa é a desidratação
◼ Vômitos precoces
◼ Pouca distensão abdominal
◼ Hipovolemia
◼ Hipotensão
◼ Má perfusão
◼ Choque
◼ Alcalose metabólica (K+)

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18
Q

Quais as caracteristicas da sindrome obstrutiva baixa

A

◼ Frequência de vômitos menor
◼ Distensão importante
◼ Grande acúmulo de líquido e gases à montante
◼ Compressão de vasos
◼ Isquemia → sangramento ou perfuração → peritonite
◼ Alterações metabólicas (acidose resp.ou metabólica)

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19
Q

Quais os tipos de dor em casos de abdome agudo obstrutivo

A

◼ Dor somática ou parietal
◼ Dor visceral
◼ Dor referida ou irradiada

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20
Q

Como é a dor somática em casos de abdome agudo

A

▪︎ Constante
▪︎ Fixa
▪︎ Acentua com os movimentos (Paciente procura ficar imóvel) → Característica da peritonite

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21
Q

Como é a dor visceral em casos de abdome agudo

A

▪︎ Provocada por distensão ou contração da víscera
▪︎ Dor tipo cólica, de difícil localização
▪︎ Paciente modifica sua posição constantemente
▪︎ Característica da cólica renal ou obstrução intestinal

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22
Q

Como é a dor referida em casos de abdome agudo

A

Por exemplo a dor do ombro a partir de uma irritação
diafragmática

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23
Q

Qual é o sintoma mais importante para o diagnóstico do abdome agudo

A

A dor

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24
Q

Como é a dor em casos de abdome agudo infeccioso

A

▪︎ Precedida por desconforto
▪︎ Mal estar
▪︎ Vômitos
▪︎ Febre
▪︎ Inicialmente pode ser localizada →Generalizando-se com a evolução

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25
Q

Como é a febre em casos de abdome agudo infeccioso

A

A febre acompanha os processos inflamatórios do abdome agudo. No início, quase sempre a temperatura axilar não é alta, sendo inferior a 38°C. Com a evolução do processo pode elevar-se a níveis próprios das infecções purulentas

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26
Q

Qual a importância de se considerar a diferença de temperatura axilorretal.

A

Nos processos inflamatórios do abdome inferior,como
apendicite aguda, salpingite aguda (DIP), diverticulite,
abscessos, essa diferença ultrapassa 1°C.

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27
Q

Quais as caracteristicas da respiração em casos de abdome agudo

A

Quando todo o peritônio estiver comprometido, a abdome torna-se imóvel e a respiração será predominantemente torácica.

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28
Q

Qual a importância da avaliação da postura em casos de abdome agudo

A

A postura, algumas vezes oferece informações úteis – flexão do tronco, flexão da coxa.

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29
Q

O que pode ser observado quando houver coleção purulenta intra-abdominal

A

Pela inspeção, um abaulamento, com formação de plastrão

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30
Q

O que pode ser observado na pale em casos de abdome agudo

A

Na pele é possível o reconhecimento de processos
inflamatórios ou mesmo de coleção purulenta.

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31
Q

Quais sinais podem ser observados na inspeção em casos de pancreatite

A
  • Sinal de Halsted
  • Sinal de Grey-Turner
  • Sinal de Cullen
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32
Q

Qual é o sinal de Halsted:

A

Manchas amarelo-vinhosas, periumbilicais

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33
Q

Qual é o sinal de Grey-Turner:

A

Manchas equimóticas nos flancos

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34
Q

Qual é o sinal de Cullen:

A

Equimoses na região periumbilical devido a hemorragia intraperitonial (também associada a gravidez ectópica)

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35
Q

Por que a auscuta abdominal deve ser feita antes da palpação e percussão?

A

Para que esses dois métodos não alterem seu valor, devido ao estímulo do peristaltismo

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36
Q

Os processos inflamatórios localizados, em geral, não alteram o peristaltismo intestinal.
Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

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37
Q

O que indica uma ausculta abdominal com som diminuído ou ausente

A

Disseminação do processo, daí, a importância da ausculta periódica.

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38
Q

O que pode ser percebido em uma palpação superficial do abdome

A

Pode revelar hiperestesia cutânea, compatível com a manifestação tegumentar de um processo inflamatório intra-abdominal.

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39
Q

Como deve ser feito a palpação profunda do abdome

A

A palpação profunda deve ser iniciada longe do ponto de maior dor. Pode dar informações importantes como o aspecto de determinada víscera e massas palpáveis.

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40
Q

Qual a função do Sinal de Blumberg:

A

Pesquisado para detectar a irritação peritonial

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41
Q

Como é feito o Sinal de Blumberg:

A

1⁰ - Comprime-se a parede abdominal de acordo com a tolerância do paciente, descomprimindo-a em seguida e modo rápido.
2⁰ - Se, com a descompressão súbita, o paciente se queixar de dor forte, o sinal é tido como positivo.
Obs.: Segundo alguns autores, o verdadeiro sinal de Blumberg positivo ocorre somente quando a dor ocorre em dois tempos:
1) Durante a compressão
2) Na descompressão, sendo nesta de muito maior intensidade. Somente a descompressão dolorosa – dor em um tempo - não caracterizaria o sinal.

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42
Q

Como é feito o sinal do obturador

A

Fazendo-se a rotação interna da coxa com a perna fletida. Este movimento produz dor na região hipogástrica quando a fáscia muscular estiver em contato com processos inflamatórios

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43
Q

O que indica um sinal do oturador positivo

A

Por se tratar de músculo componente do assoalho pélvico, o encontro deste sinal indica alguma patologia dentro da cavidade pélvica:
▪︎ Apendicite
▪︎ Anexite

44
Q

Como deve ser feio o sinal do Psoas

A

Extensão forçada da coxa, o que leva à contração do músculo psoas. Esta manobra produz dor na região do hipogastro, quando a fáscia muscular estiver em contato com processo inflamatório.

45
Q

O que indica o sinal do Psoas

A

▪︎ Apendicite retrocecal
▪︎ O próprio músculo está inflamado

46
Q

Como deve ser feito o Sinal de Rovsing:

A

Pressionando o lado esquerdo do abdome, o médico comprime o cólon descendente, com o deslocamento compressivo da mão no sentido do cólon ascendente, provoca a mobilização de onda gasosa até o ceco, causando dor local

47
Q

O que indica o Sinal de Rovsing:

A

Apendicite

48
Q

O sinal de Sinal de Rovsing negativo exclui o diagnóstico

A

Sua ausência não exclui o diagnóstico

49
Q

Como deve se feita a percussão abdominal

A

Deve ser iniciada fora do local de maior dor e abranger todo o abdome.

50
Q

O que pode ser detectado na percussão abdominal

A

◼ Na presença de irritação, a percussão é dolorosa e pode
auxiliar na determinação do ponto de maior intensidade da dor.
◼ É capaz ainda de levantar a suspeita da presença de líquido na cavidade abdominal ao revelar a macicez.

51
Q

O que pode ser detectado no toque retal

A

◼ Poderá ser doloroso quando existir irritação do fundo de saco de Douglas
◼ Pode demonstrar abaulamento e flutuação correspondentes à coleção de líquido na cavidade peritonial
◼ Poderá ser observada a presença de tumores retais

52
Q

Quais exames complmentares podem ser pedidos para pacientes com abdome agudo

A

◼ Amilasemia
◼ Leucograma
◼ Urina rotina
◼ Radiografia
◼ Ultrassonografia
◼ Laparoscopia
◼ T.C. de abdome

53
Q

Em que tipo de paciente é comum observr leucocitose aumentada

A

Com perfuração e peritonite

54
Q

Em quais casos pode ocorrer interferência na observação do leucograma

A

▪︎ Idade avançada
▪︎ Gravidez
▪︎ Uso de corticosteróides
▪︎ Infecções muito graves

55
Q

O que pode ser observado na Urina rotina

A
  • Na apendicite pélvica pode mostrar discreta hematúria ou piúria.
  • Alterações mais intensas levantam a suspeita de afecções
    urinárias.
56
Q

O que pode ser observado em um raio x de tórax

A

Pneumoperitônio, além de afastar a hipótese de doenças pleuropulmonares que podem simular um quadro de abdome agudo (principalmente em crianças).

57
Q

O que pode ser observado em um raio x simples de abdome

A

▪︎ Nível hidroaéreo na região cecal
▪︎ Alça sentinela
▪︎ Apagamento segmentar ou total do músculo psoas direito
▪︎ Desaparecimento da gordura pré-peritonial à direita
▪︎ Escoliose antálgica
▪︎ Pneumoperitônio
▪︎ Presença de fecalito
▪︎ Cálculos radiopacos (rim e vesícula)

58
Q

Em quais casos a ultrassonografia auxilia no diagnóstico

A

→ Apendicite aguda
→ Colecistite aguda
→ Doença inflamatória pélvica
→ Gravidez ectópica rota
→ Tromboses de veias porta, esplênica e mesentérica
→ Abscessos
→ Tumores

59
Q

Em quais casos a laparoscopia possui grande valor diagnóstico

A

Tem seu maior valor no diagnóstico das sínd. Inflamatórias, porém, podem ser de valia nas sínd. perfurativas, hemorrágicas e nos traumas

60
Q

Em quais casos a laparoscopia tem sido muito utilizada

A

Casos especiais, como:
▪︎ Gravidez
▪︎ Imunodepressão
▪︎ Em crianças muito novas, incapazes de fornecer informações que ajudem no diagnóstico.
Obs: Tem reduzido, e muito, laparotomias desnecessárias.

61
Q

Em quais casos tem sido indicadas as TC abdominais

A

Tem sido indicada quando há distensão intestinal grande e em casos de obesidade excessiva

62
Q

Quais as vantagens da TC abdominal

A

▪︎ Possibilita diagnósticos com bastante precisão (apendicite aguda, pancreatite, colecistite, abscessos, divericulite, etc)
▪︎ Avalia de modo satisfatório o retroperitônio

63
Q

Defina síndrome perfurativa

A

Compreende a perfuração de vísceras ocas do tubo digestivo, bem como de útero, trompas, ureter e bexiga.

64
Q

Quais as principais consequências da sndrome perfurativa

A

▪︎ Peritonite química, inicialmente regional e, posteriormente, generalizada.
▪︎ Peritonite bacteriana localizada ou disseminada.

65
Q

Qual o elemento diagnostico mais importante em casos de síndrome perfurante

A

O elemento diagnóstico mais importante é
constituído pela irritação peritonial.

66
Q

A perfuração é sempre livre. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, há casos em que a perfuração pode localizar-se na parede externa de uma víscera vizinha, não existindo, portanto, perfuração em peritônio livre.

67
Q

Quais são as manifestações clinics da síndrome perfurativa

A

▪︎ A dor é aguda, intensa, como se fosse uma punhalada (pode ser referida em um ou nos dois ombros)
▪︎ O estado de choque, de início neurogênico (caracteriza-se por sudorese, palidez e ansiedade)
▪︎ Choque septicêmico

68
Q

O que é o Sinal de Kehr

A

A dor é aguda, intensa, como se fosse uma punhalada. Pode ser referida em um ou nos dois ombros

69
Q

Qual a cauusa do estado de choque neurogênico

A

Desencadeado por mecanismo reflexo
Obs: é facilmente reversível.

70
Q

Como se da o choque septico em casos de Síndrome Perfurativa

A

Com o evoluir do processo e o aparecimento de toxemia, o choque passa a ser usualmente septicêmico, tomando
características de maior gravidade.

71
Q

Como é a inspeção caracteristica de um paciente com síndrome perfurativa

A

◼ Abdome pouco distendido na fase inicial, respiração superficial, predominantemente torácica.
◼ Paciente tende a permanecer imóvel.
◼ Nas fases adiantadas, com choque séptico, costuma haver agitação psicomotora.

72
Q

Como é a ausculta caracteristica de um paciente com síndrome perfurativa

A

Os ruídos hidroaéreos estão diminuídos ou ausentes

73
Q

Como é a palpação caracteristica de um paciente com síndrome perfurativa

A

◼ Pode haver hiperestesia cutânea localizada ou generalizada.
◼ A manifestação muscular, pela irritação peritonial, traduzida pela contratura, é intensa, podendo chegar ao abdome em tábua.
◼ O sinal de Blumberg em geral, é detectado em todo o abdome, sendo mais comum e significativo na região que corresponde ao peritônio do local da perfuração.

74
Q

Como é a percussão caracteristica de um paciente com síndrome perfurativa

A

◼ Dolorosa em todo o abdome, podendo ainda determinar o ponto mais intenso.
◼ A presença de macicez móvel e o sinal de piparote destinam-se ao diagnóstico de ascite inflamatória.
◼ O Sinal de Jobert positivo demonstra a existência de
pneumoperitônio, isto é, ar livre na cavidade peritonial.

75
Q

O que indica o sinal de Jolbert positivo

A

A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio.

76
Q

Em quais grupos pode ser dividida a Síndrome hemorrágica

A

• Intraluminal (hemorragia digestiva)
• Extraluminal (intra ou retroperitonial)

77
Q

Como é a Síndrome hemorragica extraluminal

A

É uma forma de hemorragia interna,ou seja, de
sangramento não exteriorizado, manifestando-se pelo
hemoperitônio ou pelo hematoma retroperitonial

78
Q

Como é a dor na Síndrome hemorrágica

A

A dor é rápida e a intensidade do sangramento vai ditar as manifestações clínicas apresentadas pelo paciente

79
Q

Quais as causas da Síndrome hemorrágica

A

• Suas causas mais comuns são os ferimentos perfurocontusos do abdome, principalmente com lesão de vísceras maciças, como fígado, baço, pâncreas e rins
• Lesões vasculares
• Gravidez ectópica rota

80
Q

Quais as manifestações clínicas da Síndrome hemorrágica

A

◼ A dor tem localização e intensidade variáveis com a causa da hemorragia
◼ O Sinal de Kehr pode estar presente
◼ Hiperestesia cutânea é frequente
◼ A respiração é superficial e predominantemente torácica
◼ O pulso é rápido, de pequena amplitude, às vezes
acompanhado de hipotensão postural
◼ À inspeção do abdome pode-se notar ferimentos perfurantes, contusões, equimoses e distensão abdominal

81
Q

Quais exames complementares podem ser pedidos em casos de Síndrome hemorrágica

A

◼ A contagem de hemácias, o hematócrito e a hemoglobina podem estar dentro dos valores da normalidade no início, porém com queda nos valores após hemodiluição.
◼ Rx simples de abdome pode mostrar íleo paralítico,com alças dilatadas e níveis hidroaéreos.
◼ A punção abdominal ou do fundo de saco de Douglas tem grande índice de positividade.
◼ A ultrassonografia abdominal tem grande utilidade na
evidenciação de líquido intraperitonial.

82
Q

Quais são os sinais da Gravidez ectópica

A

◼ Dor súbita, lancinante, hipogastro ou fossas ilíacas.
◼ Sudorese, palidez, inquietude, hipotensão (postural ou mesmo em decúbito), taquicardia.
◼ Tenesmo e polaciúria por irritação do reto e bexiga
◼ Sinal de Laffont (presente em 35% dos casos)
◼ Sinal de Cullen

83
Q

O que é o sinal de Laffont

A

Dor irradiada para o espaço interescapular que vai desde alguns minutos até poucas horas após o início
da crise.

84
Q

O que é o sinal de Cullen

A

Caracterizado equimoses azuis-pretas na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal, associada principalmente à ruptura de gravidez ectópica, mas também eventualmente presente na pancreatite aguda

85
Q

Defina síndrome obstrutiva

A

A obstrução intestinal pode ser definida como o impedimento à progressão do conteúdo intestinal, em virtude de obstáculo mecânico ou funcional.

86
Q

Como podem ser classificadas as Síndromes obstrutivas

A

◼ Quanto ao local:
- Obstrução de delgado
Alta
Baixa
- Obstrução de cólon
◼ Quanto ao modo de instalação:
- Aguda
- Crônica
- Aguda sobreposta à crônica

87
Q

Quais os tipos de Obstrução abdominal

A

I. Mecânica
▪︎ S/ comprometimento vascular
▪︎ C/ comprometimento vascular
- Perfuração
- Peritonite
- Toxemia, choque

II. Neurogênica (íleo adinâmico, paralítico ou funcional)
- Sem obstrução física
- Sem comprometimento nutritivo

88
Q

Quais as manifestações clínicas da síndrome obstrutiva

A

◼ A dor é o sintoma preponderante, sempre presente, sendo do tipo visceral ou em cólica.
◼ Cada espasmo doloroso pode durar de 30 segundos a poucos minutos, manifestando-se com intervalos, em geral, de 3 a 10 minutos.
◼ Quando a dor é persistente, sugere sofrimento de alça intestinal ou infarto.

89
Q

Quais as causas da obstrução do delgado

A
  • As causas mais comuns, cerca de 90% delas, são as
    aderências e as hérnias
  • Invaginação intestinal
  • Ascaridíase (comum na criança)
  • Tumores de delgado (malignos ou benignos)
  • Tuberculose, sífilis
  • Íleo biliar
90
Q

Quais as manifestações clínicas da síndrome obstrutiva de delgado

A

As náuseas e os vômitos estão comumente associados às dores, de início de natureza reflexa, mas à medida que ocorre a distensão gástrica e intestinal, aparece a peristalse reversa
Obs: Dependendo do local de obstrução pode ainda haver eliminação de gases ou fezes.

91
Q

Os vômitos, inicialmente de suco gástrico ou bilioso, com o aumento do tempo de obstrução, torna-se fecalóide (por contaminação bacteriana). Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

92
Q

Como é a inspeção em casos de obstrução de delgado

A

◼ A inspeção abdominal costuma mostrar a existência de alterações como cicatrizes, hérnias e abaulamentos.
◼ A distensão será menos intensa quanto mais alta a obstrução e de menor duração
◼ O sinal de Wahl

93
Q

Defina o sinal de Wahl

A

Constituído por movimentos peristálticos
visíveis através da parede abdominal, é raro e depende da espessura da parede e do grau de distensão.

94
Q

Como é a ausculta em casos de obstrução de delgado

A

A ausculta fornece dados importantes, podendo estar normal no início, aumentado no momento da cólica ou desaparecer quando surgir complicações como necrose com perfuração e peritonite.

95
Q

Como é a palpação em casos de obstrução de delgado

A

A palpação pode ser normal nas obstruções simples ou provocar dor com contratura muscular, sugerindo
estrangulamento.
Obs: Na invaginação ou bolo de áscaris, é possível notar-se massa palpável

96
Q

Por que os exames complementares são importantes em casos de obstrução de delgado

A

Os exames complementares são inespecíficos, sendo
importantes para a avaliação do estado clínico do paciente

97
Q

Quais os exames complementares pedidos em casos de obstrução de delgado

A
  • hemograma
  • amilase
  • ionograma
  • uréia/ceratinina
  • pH e gases
  • proteínas
  • urina rotina
98
Q

Qual o exame mais importante em casos de Síndrome obstrutiva

A

A radiografia simples do abdome

99
Q

O que pode ser visto nas radiografias simples do abdome

A
  • alças intestinais distendidas, permitindo identificar se a
    distensão é do delgado, cólon ou de ambos.
  • quando o delgado está obstruído, as alças ocupam a posição mais central→ aspecto de pilha de moeda ou espinha de peixe.
  • Se a obstrução é alta, as alças do delgado podem ocupar o lado esquerdo da parte superior do abdome.
  • Nos pacientes com obstrução de delgado, a quantidade de gás nos cólons é nula ou mínima.
  • As radiografias feitas com o paciente em pé ou em decúbito lateral podem demonstrar os níveis hidroaéreos.
100
Q

O que pode ser visto no ultrassom do abdome

A

A ultrassongrafia pode ajudar, mostrando segmentos de alças não dilatados ao lado de segmentos dilatados.

101
Q

Quais as principais causas de obstrução de Cólon

A

tumores - 67%
volvo 9%
diverticulite 7%
impactação fecal 5%

102
Q

Qual a tríada dos tumores de cólon direito

A

anemia, perda de peso e massa palpável

103
Q

Descreva o quadro clínico da obstrução de colon

A

◼ A dor, em geral é o primeiro sintoma, tipo cólica, intensa, com períodos de acalmia.
◼ Os vômitos não são frequentes no início, porém em presença de estrangulamento tornam-se persistentes.
◼ A parada de eliminação de gases e fezes ocorre em fases evolutivas mais tardias.
◼ A eliminação de muco ou sangue, levanta suspeita de
invaginação ou isquemia intestinal.
◼ A distensão abdominal é progressiva, tanto mais precoce e acentuada quanto mais baixo o nível da obstrução, principalmente se a válvula ileocecal for competente.
◼ À inspeção, na obstrução do cólon esquerdo, com válvula ileocecal competente, pode-se observar o desenho do cólon distendido através da parede.
◼ É comum a distensão localizada, assimétrica no volvo de sigmóide. Se a válvula for incompetente, a distensão é de todo o abdome.

104
Q

Como é a ausculta em casos de obstrução de colon

A

A ausculta, no início do quadro, mostra peristaltismo
aumentado, sendo frequente a presença de ruídos hidroaéreos ou metálicos.
Obs: Numa fase de complicação (gangrena ou peritonite), pode não revelar ruído.

105
Q

Como é a palpação em casos de obstrução de colon

A

◼ A palpação tende a ser dolorosa pela distensão e em casos de estrangulamento ou peritonite, a descompressão é dolorosa ou surge contratura muscular.
◼ O toque retal não deve ser omitido. Sabe-se que 90% dos tumores de cólon estão no cólon esquerdo e reto e que 75% dos tumores de reto são alcançados no toque retal.
◼ O toque vaginal é importante pois, a obstrução pode ser explicada por tumores uterinos, anexiais ou metastáticos, alcançáveis pelo toque vaginal.