7. Tumores de Pâncreas Flashcards

1
Q

Quais os principais tumores periampulares?

A
  • Colangiocarcinoma distal.
  • Tumor de papila duodenal.
  • Adenocarcinoma de duodeno.
  • Tumor de pâncreas.

Obs.: causam icterícia obstrutiva e sinal de Courvoisier-Terrier.

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2
Q

Quais as características do adenocarcinoma de papila duodenal?

A
  • Tumor raro, mas de melhor prognóstico.
  • Causa icterícia flutuante e episódios de melena.
  • Diagnosticado por endoscopia ou colangiorressonância.
  • Tratar por ampulectomia endoscópica ou GDP.
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3
Q

Quais as características do tumor de duodeno?

A
  • Tumor raro e o de melhor prognóstico entre os periampulares.
  • A maioria dos tumores é adenocarcinoma, seguido dos neuroendócrinos.
  • Associado à PAF, síndrome de Lynch e neurofibromatose.
  • Tratar com GDP.
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4
Q

Quais as características do câncer de pâncreas?

A
  • Tumor periampular mais comum (70% ocorrem na cabeça do pâncreas).
  • Os principais fatores de risco são tabagismo (principal), pancreatite crônica e síndrome de Peutz-Jeghers.
  • 90% são adenocarcinomas ductais.
  • Relacionado com a mutação do gene KRAS.
  • Péssimo prognóstico (5% de sobrevida em 5 anos e 4ª causa de morte por câncer).

Obs.: o adenocarcinoma acinar é um subtipo raro que causa aumento das enzimas pancreáticas séricas, eosinofilia, poliartralgia e paniculite pancreática.

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5
Q

Qual a vascularização do pâncreas?

A
  • Cabeça: artéria gastroduodenal (tronco celíaco) e pancreatoduodenal superior (artéria mesentérica superior).
  • Corpo e cauda: ramos da artéria esplênica (tronco celíaco).
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6
Q

Qual o quadro clínico do adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Icterícia.
  • Perda de peso.
  • Dor abdominal (invasão neural).
  • Anemia.
  • Sinal de Courvoisier-Terrier.
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7
Q

Quais os exames de estadiamento do adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Tomografia de tórax, abdome e pelve com contraste.
  • CA19.9 e CEA.

Obs.: a biópsia por PAAF guiada por ecoendoscopia NÃO é indicada pra todos os casos (só se tumor bordeline ou irressecável).

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8
Q

Como é o estadiamento do adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • T1: lesão até 2cm
  • T2: lesão > 2cm.
  • T3: extensão além do pâncreas SEM envolvimento arterial.
  • T4: extensão além do pâncreas COM envolvimento arterial (tronco celíaco ou artéria mesentérica superior).
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9
Q

Quais os critérios de ressecabilidade do adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Ausência de acometimento de ramos arteriais (tronco celíaco, artéria mesentérica superior ou hepática comum).
  • Envolvimento venoso (veia porta ou mesentérica superior) < 180° SEM irregularidade da parede.
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10
Q

Quais os critérios de bordeline no adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Envolvimento venoso < 180° COM irregularidade de parede.
  • Envolvimento venoso > 180° COM possibilidade de reconstrução.
  • Abaulamento arterial < 180°.

Obs.: o melhor exame para avaliar invasão vascular é a TOMOGRAFIA COM CONTRASTE.

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11
Q

Quais os critérios de irressecabilidade no adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Envolvimento venoso > 180° SEM possibilidade de reconstrução venosa.
  • Envolvimento arterial > 180°.
  • Metástases a distância.
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12
Q

Quais as indicações de laparoscopia para estadiamento no adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Tumor > 4cm.
  • Ascite.
  • CA19.9 > 1000.

Obs.: visa identificar metástases hepáticas ou peritoneais não caracterizadas pelos exames de imagem (e NÃO invasão vascular).

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13
Q

Qual o tratamento do adenocarcinoma de pâncreas ressecável?

A
  • Pancreatectomia com linfadenectomia + QT adjuvante (FOLFIRINOX).
  • Fazer o artery-first (avaliar comprometimento da arteria mesentérica superior como primeiro passo da cirurgia).
  • Retirar todo o mesopâncreas (dissecção linfática e nervosa peripancreática).

Obs.: NÃO drenar a via biliar no pré-operatório (exceto se colangite, bilirrubina > 30 ou complicações sistêmicas da hiperbilerrubinemia).

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14
Q

Quais as caracterísricas do procedimento de Appleby no adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Indicada para tumores de corpo do pâncreas com invasão do tronco celíaco.
  • Ressecção corpocaudal e do tronco celíaco.
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15
Q

Qual o tratamento do adenocarcinoma de pâncreas bordeline?

A
  • Biópsia guiada por ecoendoscopia.
  • Drenagem da via biliar por CPRE.
  • QT neoadjuvante (FOLFIRINOX).
  • Cirurgia se boa resposta à QT ou boa performance do paciente.

Obs.: radioterapia NÃO esta indicada.

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16
Q

Qual o tratamento do adenocarcinoma de pâncreas irressecável?

A
  • Biópsia guiada por ecoendoscopia.
  • QT paliativa.
  • Drenagem da via biliar por CPRE (prótese metálica).

Obs.: a QT pode transformar lesões irressecáveis em ressecáveis, além de dar informações sobre a biologia tumoral e ajudar a erradicar metástases ocultas.

Obs.2: em casos de envolvimento arterial, pode-se tentar fazer o arterial divestment (dissecção da adventicia e túnica vascular da artéria, preservando o lúmen).

17
Q

Quais as complicações do tratamento do adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Gastropatesia (principal).
  • Fístula do coto pancreático.
  • Pseudoaneurisma.
  • Infecção de FO.
  • Insuficiência pancreática exócrina.
18
Q

Quais as características da fístula do coto pancreático?

A
  • Presença de amilase no dreno > 3x o LSN.
  • Pode ser oligossintomática (se bloqueada) ou muito grave com peritonite.
  • Tratar com drenagem + antibiótico (se estável) ou cirurgia (se instável).
19
Q

Qual a classificação das fístulas pancreáticas pelo ISGPF?

A
  • Tipo A: fístula assintomática.
  • Tipo B: fístula sintomática com paciente estável.
  • Tipo C: fístula sintomática com paciente instável.
20
Q

Quais as características do pseudoaneurisma no tratamento do adenocarcinoma de pâncreas?

A
  • Erosão da artéria esplênica ou gastroduonenal após fístula pancreática.
  • Causa hipotensão e saída de débito hemático pelo dreno.
  • Tratar com embolização.
21
Q

Quais as principais neoplasias císticas pancreáticas?

A
  • Cistoadenoma seroso (principal).
  • Cistoadenoma mucinoso.
  • Neoplasia intraductal papilífera mucinosa (IPMN).
  • Neoplasia sólida pseudopapilífera (tumor de Frantz).

Obs.: a lesão cística mais comum é o pseudocisto, que apresenta amilase elevada e CEA baixo.

22
Q

Quais as características do cistoadenoma seroso?

A
  • Mais comum em mulheres > 60 anos (Seroso = Senhora).
  • Lesão de caracter BENIGNO sem localização preferencial no pâncreas.
  • SEM elevação de CEA, mucina e amilase.
  • Imagem com múltiplos microcistos com cicatriz/calcificação central (favos de mel).
  • Tratar se sintomáticos ou > 4cm.
23
Q

Quais as características do cistoadenoma mucinoso?

A
  • Mais comum em mulheres > 40 anos (Mucinoso = Mãe).
  • Mais comum no corpo e cáuda do pâncreas e SEM comunicação com o ducto principal.
  • Risco de malignização.
  • Associada a estroma ovariano.
  • Apresentam CEA (muCinoso) e muCina elevadas.
  • Presença de lesão cística com septos, vegetações e calcificações periféricas.
  • Tratamento cirúrgico.
24
Q

Quais as caracterísricas do IPMN?

A
  • Mais comum em pacientes > 50 anos, sem predileção por sexo.
  • Pode ser de ducto primário (70% de malignidade), secundário (com comunicação com o ducto principal) ou misto.
  • 30% apresentam carcinoma invasivo.
  • Associados a mutações genéticas (MUC1 e 2).
  • Geralmente assintomáticos, mas podem causar surtos de pancreatite focal.
  • Apresenta CEA, CA 19-9, amilase e mucina ELEVADOS.
  • Endoscopia com papila em olho de peixe com saída de mucina.

Obs.: o tipo mais comum é o de ducto SECUNDÁRIO.

25
Q

Quais os tipos histologicos do IPMN?

A
  • Intestinal: associado ao carcinoma coloide (melhor prognóstico).
  • Gástrico e pancreatobiliar: associado ao adenocarcinoma ductal tubular (pior prognóstico).
  • Oncocítico: neoplasia intraductal oncocítica.

Obs.: podem apresentar tecido gástrico e intestinal além de pancreático.

26
Q

Quais os critérios de alto risco do IPMN pelos critérios de Fukuoka?

A
  • Icterícia obstrutiva com neoplasia cística em cabeça de pâncreas.
  • Ducto pancreático > 10mm.
  • Nódulo mural > 5mm e com realce em exames de imagem.

Obs.: nesses casos, proceder ao tratamento cirúrgico.

27
Q

Quais os critérios de preocupação do IPMN pelos critérios de Fukuoka?

A
  • Ducto principal entre 5 e 9mm.
  • Nódulo mural < 5mm com realce.
  • Cisto > 3cm.
  • Crecimento do cisto > 5mm em 2 anos.
  • CA19.9 elevado.
  • Mudança abrupta do calibre do ducto pancreático principal com atrofia distal.
  • Lifadenomegalia peripancreática.

Obs.: nesses casos, solicitar uma ecoendoscopia com biópsia.

28
Q

Quais achados na ecoendoscopia indicam tratamento cirúrgico do IPMN pelos critérios de Fukuoka?

A
  • Nódulo mural > 5mm.
  • Suspeita de envolvimento do ducto principal.
  • Biópsia suspeita de malignidade (adenocarcinoma).

Obs.: na presença de qualquer um desses fatores, proceder a cirurgia.

29
Q

Quais as indicações de acompanhamento do IPMN pelos critérios de Fukuoka?

A
  • Cistos < 3cm.
  • Ausência de critérios de alto risco.
  • Ecoendoscopia sem características de risco.
  • Lesões de ducto secundário.
30
Q

Quais os principais pontos do guideline de Kyoto (2024), que atualizou os critérios de Fukuoka dos IPNM?

A
  • Citologia positiva ou suspeita de displasia de alto grau ou carcinoma é critério de ALTO RISCO.
  • Diabetes melitus de inicio recente é critério de PREOCUPAÇÃO.
31
Q

Quais as características do tumor de Frantz?

A
  • Mais comum em mulheres entre 20 e 30 anos (Frantz = Filha).
  • Mais comum na cauda do pâncreas.
  • Tumor indolente, mas com risco de malignidade (mutação da E-caderina e B-catenina).
  • Imagem com massa sólida-cística de grandes proporções.
  • Níveis de amilase, CEA e CA19.9 normais.
  • Tratamento cirúrgico.
32
Q

Quais os marcadores elevados nas neoplasias císticas do pâncreas?

A
  • CEA: cistoadenoma mucinoso e IPMN.
  • Mucina: cistoadenoma mucinoso e IPMN.
  • Amilase: IPMN.
33
Q

Quais as características dos tumores neuroendócrinos do pâncreas?

A
  • Derivam das ilhotas pancreáticas ou de células tronco do sistema ductal.
  • A maioria é NÃO FUNCIONANTE, maligna e metastática ao diagnóstico (70%).
  • 5% são associados a síndromes hereditárias (NEM-1, Von-Hippel Lindau, etc).
  • Apresentam elevação da CROMATINA A e SINAPTOFISINA (marcadores de tumor neuroendócrino).

Obs.: geralmente, operar se > 2cm (mesmo se não funcionante).

34
Q

Quais os exames diagnósticos dos tumores neuroendócrinos do pâncreas?

A
  • Tomografia: lesões hipervasculares.
  • Ecoendoscopia: lesões < 2cm.
  • PET-CT com Ga-68: doença metastática ou sítio primário oculto.

Obs.: os tumores neuroendócrinos pancreáticos apresentam aumento acentuado da expressão de serotonina.

35
Q

Quais as características do insulinoma?

A
  • Tumor neuroendócrino mais comum.
  • 90% são benignos.
  • Apresentam a TRÍADE DE WHIPPLE (hipoglicemia clínica, laboratorial e melhora clínica com infusão de glicose).
  • Apresentam pró-insulina, insulina e peptídeo C ELEVADOS.
  • Tratar com enucleação (evitar pancreatectomia).
36
Q

Quais as características do gastrinoma?

A
  • Neoplasia neuroendócrina funcionante maligna mais comum.
  • Derivado das células beta do pâncreas.
  • Associado à Síndrome de Zollinger-Ellison e NEM-1.
  • Localizado no trígono do gastrinoma.
  • Causa múltiplas úlceras pépticas, diarréia e dor abdominal.
  • Tratamento cirúrgico.
37
Q

Quais as características do glucagoma?

A
  • Derivado das células alfa do pâncreas.
  • A maioria é maligna.
  • Causa diabetes de inicio recente, trombose venosa e eritema necrolítico migratório.
  • Tratamento cirúrgico (octreotide se metástase).
38
Q

Quais as características do VIPoma?

A
  • Derivado das células delta do pâncreas.
  • Associados à Síndrome de Verner-Morrison.
  • Causa diarréia aquosa intensa (colérica), hipocalemia e hipocloridria.
  • Tratamento cirúrgico (octreotide se metastástico).
39
Q

Quais as características do somatostatinoma?

A
  • Tumor neuroendócrino mais agressivo.
  • Derivado das células delta do pâncreas.
  • Causa esteatorreia, diabetes de inicio recente e cólica biliar.
  • Tratamento cirúrgico (octreotide se metastástico).