6. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Flashcards
Medição da pressão arterial sistêmica.
- Medição deve ser realizada nos dois braços e em posição sentada (caso não houver contraindicação);
- Pressão no esfigmomanômetro deve equivaler à pressão nos vasos sanguíneos para produzir os sons de Korotkoff;
- O primeiro som é auscultado quando a pressão se equivale à pressão sistólica e o último som, quando se equivale à pressão diastólica.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
- Condição clínica multifatorial marcada pela elevação da pressão arterial (acima de 140/90mmHg);
- Condição fisiopatológica que causa hipertrofia ventricular esquerda por sobrecarga de pressão e insuficiência cardíaca por fibrose e isquemia;
- É fator de risco para lesões endoteliais e sobrecarga que culminam em IAM, AVC, IC, etc;
- Associada a fatores genéticos, hábitos de vida, fatores ambientais e à regulação da pressão sanguínea.
Diagnóstico de HAS.
Níveis elevados e sustentados de pressão arterial (acima de 120/80mmHg) confirmadas em mais de uma visita médica.
Medição de pressão arterial fora do consultório médico.
- Medida residencial (MRPA) e medida ambulatorial (MAPA) têm as vantagens de medições mais numerosas, proporcionam maior engajamento e refletem atividades usuais dos examinandos;
- As desvantagens incluem limitações, como repouso para MRPA e custo elevado para MAPA;
- As indicações para MRPA e MAPA incluem hipertensão arterial do avental branco, hipertensão arterial mascarada, confirmação diagnóstica de hipertensão arterial resistente e avaliação do controle da hipertensão arterial.
Avaliação clínica da HAS.
- Objetivo de estratificar os riscos e investigar HAS secundária;
- Avaliar histórica clínica (sintomas, tempo de diagnóstico, fatores de risco, história familiar, etc) e exame físico (medição de pressão arterial e frequência cardíaca, ausculta cardíaca, exame de fundo de olho, índice tornozelo-braquial, etc);
- HAS secundária está comumente associada à apneia obstrutiva do sono, coarctação da aorta, síndrome de Cushing, distúrbio tireoideano, etc.
Retinopatia hipertensiva.
Avaliado em fundoscopia:
- Estreitamento arteriolar;
- Reflexo arteriolar aumentado (aspecto em fio de cobre);
- Exudatos;
- Hemorragias;
- Edema papilar.
Estratificação de risco cardiovascular adicional.
Avaliação pelos critérios:
- Níveis de pressão arterial, tais como pré-hipertensão, estágio 1, 2 ou 3;
- Fatores de risco cardiovascular, tais como sexo masculino, idade avançada, história familiar, tabagismo, dislipidemia, diabetes melito, obesidade, etc;
- Lesão em órgão-alvo, tais como hipertrofia ventricular esquerda, doença renal crônica estágio 3, albuminúria;
- Doença cardiovascular ou renal estabelecida, tais como AVE isquêmico, hemorragia cerebral, isquemia miocárdica, insuficiência cardíaca, retinopatia hipertensiva, etc.
Formulação do modelo terapêutico para HAS.
- Estratificação de risco;
- Metas de acordo com o nível de recomendação e evidência, tais como redução para 130/80 se jovem até 64 anos, para 140/80 se até 80 anos e 150/80 se mais de 80 anos;
- Tratamento multiprofissional com medidas farmacológicas e não medicamentosas (redução do peso, interrupção do tabagismo, redução da ingesta de Sódio, atividade física, dieta DASH).
Inibidores da ECA (IECA).
- Redução da resistência vascular periférica;
- Reduz morbidade e mortalidade cardiovascular;
- Retardo perda de função renal;
- Exemplificado por captopril e enalapril.
Bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA).
- Bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II, reduzindo resistência vascular periférica;
- Reduz morbidade e mortalidade cardíaca;
- Previne AVC;
- Nefroproteção em diabético;
- Exemplificado por losartana e valsartana.
Bloqueadores dos canais de Cálcio (BCC).
- Redução da concentração de Cálcio em musculatura vascular, reduzindo a resistência vascular periférica;
- Reduz a mortalidade cardiovascular;
- Exemplificado por verapamil, diltiazem e anlodipina.
Diuréticos.
- Redução lenta da resistência vascular periférica através da redução do volume extracelular;
- Indicado para HAS associada com insuficiência renal grave ou insuficiência cardíaca com edema;
- Redução da mortalidade cardiovascular;
- Exemplificado por hidroclorotiazida, clortalidona e indapamida.
Betabloqueadores (BB).
- Efeito amplo com redução do DC, redução de secreção de renina, redução da ativação simpática cardíaca e promoção da vasodilatação;
- Redução da mortalidade;
- Exemplificado por metoprolol, bisoprolol, carvedilol e nebivolol.
Estratégias terapêuticas para HAS.
- Início da intervenção no estilo de vida se dá em todos os estágios de hipertensão;
- Início da terapia farmacológica se dá sobretudo nos estágios 2 e 3 ou quando há alto risco cardiovascular;
- Se não houver indicação de terapia farmacológica, aguardar 3 meses pelo efeito de intervenções.
Combinações farmacológicas na estratégia terapeutica de HAS.
Monoterapia (IECA, BRA, BCC, DIU ou BB em casos especiais) → Combinação de 2 fármacos (IECA ou BRA + BCC ou DIU) → Combinação de 3 fármacos (IECA ou BRA + BCC + DIU) → Introdução de Espironolactona → Adição de fármacos adicionais (BB, simpaticolíticos de ação central, alfabloqueadores, vasodilatores, etc)