5. Cardiopatias Congênitas Flashcards
Circulação Fetal.
- Sangue oxigenado provém da placenta, percorre a veia umbilical, recai sobre a veia cava inferior, drena para o átrio direito e passa pelo forame oval;
- Sangue venoso percorre das artérias ilíacas às artérias umbilicais em direção à placenta;
- As pressões são equilibradas entre cavidades esquerdas e direitas;
- A resistência pulmonar é bastante elevada em função da atrofia pulmonar.
Cardiopatias congênitas.
- Anormalidade cardíaca presente desde o nascimento;
- Pode se manifestar clinicamente na vida tardia;
- As principais cardiopatias congênitas são: defeito de septo ventricular (CIV), estenose pulmonar, defeito de septo atrial (CIA) com fossa oval, defeito de septo atrioventricular e tetralogia de fallot.
Etiologia das cardiopatias congênitas.
É a atuação conjunta entre fatores ambientais (rubéola, diabetes, etilismo, uso de fenitoína, etc) e fatores genéticos (síndrome de Down, trissomia 18/Edwards, trissomia 13/Patau, etc).
Divisão clínica das cardiopatias congênitas.
- Insuficiência cardíaca: shunt E→D (CIV, CIA, CAV, PCA), defeitos valvares (estenoses pulmonar e aórtica) e anomalias vasculares (coarctação da aorta e veia cava persistente);
- Cianose: tetralogia de Fallot, transposição das grandes artérias, atresias, Truncus arteriosus, anomalia de Ebstein, síndrome de Eisenmenger.
Divisão fisiopatológica das cardiopatias congênitas.
- Shunt E→D: CIV, CIA, CAV, PCA e síndrome de Eisenmenger;
- Shunt D→E: tetralogia de Fallot, atresias;
- Transposição das grandes artérias;
- Lesões obstrutivas e regurgitantes: estenoses, coarctação da aorta, anomalia de Ebstein, Truncus arteriosus.
Cardiopatias com Shunt E→D.
- O shunt causa hiperfluxo pulmonar, favorecendo a lesão endotelial pulmonar e o surgimento de fibrose laminar na circulação pulmonar;
- Os determinantes na gravidade do shunt envolvem o tamanho da comunicação, a diferença de pressão entre as cavidades e a relação entre as resistências pulomonar e sistêmica;
- Os sintomas envolvem déficit ponderal e estatural, cansaço, taquipneia, taquicardia e estertores.
Comunicação Interatrial (CIA).
- O mais comum é o ostium secundum (defeito de fossa oval) e do tipo seio venoso;
- O fluxo pelo defeito não produz sopro, porém há segunda bulha desdobrada em função da sístole prolongada do ventrículo direito;
- A CIA sobrecarrega o lado direito do coração, dilatando a. pulmonar e o ventrículo direito;
- Provoca aumento da vascularização pulmonar devido ao shunt.
Comunicação Interventricular (CIV).
- Pode ser perimembranoso, muscular ou subarterial;
- Há dilatação dos ventrículos, da a. pulmonar e da aorta;
- Maior vascularização pulmonar devido ao shunt;
- Sopro holossistólico;
- Pode ser graduada de acordo com o diâmetro do defeito, da pressão arterial pulmonar (se há hiperfluxo) e da sobrecarga sobre os ventrículos (acentuada se sobrecarrega ventrículos esquerdo e direito).
Principais diferenças das comunicações CIV e CIA.
Comunicação interatrial:
- Defeito pré-tricuspídeo;
- Sintomas tardios;
- Sobrecarga de ventrículo direito;
- Sopro sistólico pelo hiperfluxo pulmonar.
Comunicação interventricular:
- Defeito pós-tricuspídeo;
- Sintomas precoces;
- Sobrecarga de ambos ventrículos;
- Sopro sistólico pelo shunt.
Persistência do Canal Arterial (PCA).
- Ducto arterial comunica arco aórtico com tronco pulmonar durante a circulação fetal;
- Há dilatação aórtica e dilatação dos átrio e ventrículo esquerdos;
- Sopro contínuo.
Defeito do septo atrioventricular (CAV).
- Defeito do coxim endocárdico formando um canal atrioventricular comum;
- Formas parcial (com comunicação interatrial) ou total (com comunicações interatrial e interventricular);
- Está bastante associado à Síndrome de Down.
Cardiopatias com Shunt D→E.
- O principal determinante é o grau de obstáculo ao fluxo pulmonar (ao nível de valva tricúspide, valva pulmonar, tronco pulmonar e pulmões);
- Com shunt para o fluxo sistêmico, tem-se um hipofluxo pulmonar;
- As principais consequências são cianose, policitemia, crises de hipóxia e embolia paradoxal.
Tetralogia de Fallot.
- Estenose pulmonar;
- Comunicação interventricular;
- Aorta cavalgante (posicionada sobre o defeito de septo interventricular);
- Hipertrofia ventricular direita.
Atresias.
- Atresia tricúspide (fechamento da valva tricúspide) envolve o fluxo de sangue venoso pelo forame oval, pelo defeito de septo interventricular e pelo canal arterial;
- Atresia pulmonar (fechamento da valva pulmonar com atrofia do tronco pulmonar) envolve o refluxo de sangue venoso do ventrículo direito para o átrio direito, o fluxo para o forame oval e então pelo canal arterial.
Transposição de grandes artérias.
- Circulações paralelas evidenciada por hipóxia ao nascimento;
- Sobrevida dependente de shunt;
- Tratamento com prostaglandina E1 e atriosseptostomia por balão.