4. Noções Básicas em Eletrocardiograma (ECG) Flashcards
Condução do impulso elétrico cardíaco.
- Nó sinoatrial: produção do impulso elétrico e difusão pelos átrios, gerando contração atrial;
- Nó atrioventricular: retarda o impulso (possibilitando o enchimento ventricular) e encaminha para o feixe de His;
- Sistema His-Purkinje: difusão do impulso elétrico do feixe de His para seus ramos/fibras de Purkinje, gerando contração ventricular.
Fases do potencial de ação.
- Fase 0 (despolarização rápida de -90mV para +20mV): entrada rápida de Na;
- Fase 1 (repolarização precoce): inativação da entrada de Na+, saída de K+ e entrada de Cl-;
- Fase 2 (platô): entrada de Ca++ e Na+ com saída de K+;
- Fase 3 (repolarização final com retorno ao -90mV): saída de K+;
- Fase 4 (potencial de repouso): saída de Na+, entrada de K+ e saída de Ca++.
Propagação do estímulo elétrico ao longo do coração.
- Despolarização: do endocárdio para pericárdio;
- Repolarização: do pericárdio para o endocárdio.
Atividade elétrica do coração conforme registro do ECG.
- Despolarização atrial;
- Retardo no nó atrioventricular;
- Despolarização no septo interventricular;
- Despolarização no ápice cardíaco;
- Despolarização ventricular;
- Despolarização ventricular esquerda tardia;
- Sem registro (despolarização completa dos ventrículos);
- Repolarização ventrícular (em sentido do pericárdio ao endocárdio).
Posição dos eletrodos durante o ECG.
- Braço esquerdo = eletrodo amarelo;
- Braço direito = eletrodo vermelho;
- Perna esquerda = eletrodo verde;
- Perna direita = eletrodo preto/terra.
Onda P.
- Despolarização dos átrios;
- Melhor visualizada nas derivações DII (plano frontal) e V1 (plano horizontal), uma vez que tem sentidos cima-baixo e direita-esquerda;
- Espera-se amplitude máxima de 2,5mm em DII e 1,5mm em V1, sendo positiva em ambos os casos.
Segmento PR.
- Condução atrioventricular;
- Inversamente proporcional à frequência cardíaca;
- Espera-se duração de 120 a 200ms.
Complexo QRS.
- Despolarização dos ventrículos;
- Soma dos vetores durante a ativação ventricular, representando Q a despolarização septal, R a despolarização apical e S a despolarização ventricular;
- Espera-se amplitude entre 5mm e 8mm e duração máxima de 120ms.
Segmento ST.
- Despolarização total dos ventrículos e início da repolarização;
- Não produz registro no ECG.
Onda T.
- Repolarização apenas dos ventrículos (uma vez que a repolarização atrial tem pequena amplitude);
- A onda T costuma ter a mesma polaridade do complexo QRS e ser assimétrica;
- Alterações de polaridade são evidenciam distúrbio secundário de repolarização, como sobrecarga ventricular, enquanto onda simétrica evidencia distúrbio primário de repolarização, como isquemia miocárdica.
Intervalo QT.
- Representa todo o processo elétrico ventricular;
- O valor normal e corrigido não deve ser maior que 440ms;
- Fórmula de Pacetti aponta que QTc = QT/√(R-R em segundos);
- Considerando uma frequência cardíaca normal (entre 60-80bpm), o interveno QT não deve ser maior que a metade do intervalo R-R.
Onda U.
- Presente em 40-50% da população, conforte hipocalemia ou sobrecarga de ventrículo esquerdo, por exemplo;
- Aponta a repolarização do sistema His-Purkinje.
Análise de ritmo no eletrocardiograma.
- Presença de onda P antes do complexo QRS;
- Eixo normal da onda P (positivo em DI e DII e negativo em aVR);
- Intervalo PR constante e menor que 200ms.
Análise de frequência cardíaca em eletrocardiograma.
- O ECG registra intervalos de 0,04s;
- Pode-se estimar o tempo de um batimento através do produto da distância entre uma onda R e outra subsequente por 0,04s;
- A frequência cardíaca é dada pela razão entre 60s e o tempo de um batimento.
Análise de onda P em eletrocardiograma.
- Amplitude máxima de 0,25mV (2,5mm);
- Duração até 0,12s (3mm).
Análise de intervalo PR em eletrocardiograma.
Duração normal de 0,12s a 0,2s (3 a 5mm), medido do começo da onda P até o começo do complexo QRS.
Análise de complexo QRS em eletrocardiograma.
Duração normal de até 0,12s (3mm), sendo que a onda Q não deve durar mais que 0,04s (1mm).
Análise de segmento ST em eletrocardiograma.
- Avaliado ao final do complexo QRS até o início da onda T;
- Infradesnivelamento evidencia anormalidades, como lesão subendocárdica;
- Supradesnivelamento evidencia lesão transmural.
Análise de onda T em eletrocardiograma.
- Morfologia compatível com complexo QRS;
- Assimétrica se dentro da normalidade.