6. Estudos Epidemiológicos (Classificação) Flashcards

1
Q

Explique o conceito de exposição e desfecho com um exemplo.

A

Tabagismo pode ser exposição para CA de pulmão como desfecho ou pode ser desfecho para ansiedade como exposição.

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2
Q

Classifique os 2 tipos de estudo.

A
  • Descritivo (descreve): Ausência de comparação, somente descrevendo o evento, usualmente casos inéditos e incomuns (número amostral não é representativo), podendo então descrever esses mais detalhadamente. Levanta HD que vem a ser confirmada com estudos posteriores. Ex: Início de casos de microcefalias nas infecções por zika-virus, febre de QC diferente cursando como pneumonia em Uhana-china (COVID).
    o Relato de casos: Até 3 casos.
    o Série de casos: >3 casos indo normalmente até 10 (não é regra, a regra é não haver comparação entre os casos/indivíduos).
  • Analítico (analisa via comparação): Realizando análise entre os grupos com presença/ausência de exposição/desfecho via comparação.
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3
Q

Exemplifique os tipos de delineamento dos estudos analíticos quanto à intervenção.

A
  • Observacional: Afere os dados sem intervir na exposição e desfecho.
    o Ecológico, série temporal, prevalência (transversal), coorte, caso-controle.
  • Intervencionista: Aplica intervenção em um dos grupos medindo os efeitos dessa.
    o Ensaio comunitário, ensaio clínico.
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4
Q

Exemplifique os tipos de delineamento dos estudos analíticos quanto à individualidade.

A
  • Individual: Analisa os dados de cada indivíduo de um grupo. Ex: Questiona se tem a diarreia e esmiuça o tipo de diarreia (qtd, frequencia, etc).
    o Transversal, coorte, caso-controle, ensaio clínico.
  • Agregada: Comparação de grupos (dados populacionais combinados) via sistema de informação em bando de dados (IBGE, DATASUS, etc).
    o Ecológico, série temporal, ensaio comunitário.
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5
Q

Exemplifique os tipos de delineamento dos estudos analíticos quanto à longitudinalidade.

A
  • Transversal: Exposição e desfecho em mesmo momento (como se fosse uma foto). Ex: Questiona sobre tabagismo e logo em seguida realiza rastreio para CA de pulmão.
    o Ecológico (usualmente apresentado através de gráfico), transversal (há questionário).
  • Longitudinal: Exposição e desfecho em momentos diferentes. Ex: Inicia a análise após o tabagismo ou inicia a análise após o CA de pulmão questionando sobre o tabagismo.
    o Série temporal, coorte (prospectivo – da exposição ao desfecho), caso-controle (retrospectivo – do desfecho à exposição), coorte histórico (prospectivo – da exposição ao desfecho, contudo a exposição não esta no momento, ela já aconteceu, logo se analisa o indivíduo através do seu prontuário. Ex: selecionar pessoa que fumaram no passado e que tem CA agr).
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6
Q

Explique os tipos de mascaramento nos ensaios clínicos.

A

o Aberto: Ambos sabem (pesquisador e participante). Ex: Intervenção explícita como uma cirurgia.
o Simples cego: Omissão dos participantes. Estes desconhecem se estão sob ação de placebo ou da intervenção.
o Duplo cego: Ambos não sabem. Ex: Pesquisador pode valorizar ou não determinados sintomas se soubesse quem está sob o placebo.
o Triplo cego: Omitidas não só do participante e pesquisador, mas também do estatístico (somente o coordenador da pesquisa sabe).

  • Controle: Base de comparação (grupo controle) para o grupo que receberá a intervenção. Logo esse verificará a eficácia da intervenção.
  • Randomização: Forma de selecionar os indivíduos. Formas aleatórias não enviesam somente com indivíduos jovens, saudáveis, etc.
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7
Q

Explique o efeito Hawthorne.

A
  • Participante age de forma diferente por saber que está sendo analisado. Ex: Participante de estudo sobre TG começa a praticar atividade física.
  • Placebo: Intervenção causando efeito fisiológico positivo não tendo poder para isso.
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8
Q

Defina o conceito de validade de um estudo e diferencie validade interna e externa.

A

Capacidade de extrapolar os resultados coletados ao meio exterior à população analisada.
* Interna: Extrapolar os dados à população estudada. Ex: o estudo é verídico aos fumantes.
* Externa: Extrapolar os dados à população não estudada. Ex: verídico tanto aos fumantes como aos não fumantes.

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9
Q

Diferencia os dois tipos de revisão de literatura.

A

Fonte de dados já existente (literatura).
* Revisão sistemática: Somente resumo dos dados já publicados (descrição sem análise estatística).
* Metanálise: Conclusões de estudos já publicados (dados estatísticos), comparando-os (análise estatística). Por isso possui o maior nível de evidência.

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10
Q

Vantagens e desvantagens no estudo transversal.

A

Fácil, rápido, baixo custo.
Baixa confiabilidade, evidencia mais de uma exposição e mais de um desfecho (“uma foto” - baixa relação de causa e consequência).

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11
Q

Vantagens e desvantagens no estudo coorte.

A

Analisa a história natural da dç, bom para analisar exposições raras, possibilita mais de um desfecho.
Alto custo, longa duração, troca/perda de pesquisadores e equipe, evasão de membros, ruim para dçs raras (pode não acontecer).

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12
Q

Vantagens e desvantagens no estudo caso-controle.

A
  • Vantagens: Barato, rápido, bom para dç rara e identifica mais de uma exposição.
  • Desvantagem: Dificuldade em seleção do controle (grupo controle tem de ser um “espelho” do de caso), não define incidência, ruim para exposição rara.
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13
Q

Vantagens e desvantagens no ensaio clínico.

A
  • Vantagem: Calcula incidência (e RR) e facilidade de seleção do gpo controle.
  • Desvantagem: Fatores éticos, custo elevado e longa duração (prospectivo).
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14
Q

Cite um exemplo de estudo indicado para exposição rara e um para desfecho raro.

A
  • Exposição rara: Coorte.
  • Desfecho raro: Caso-controle.
  • Maior tempo e custo: Prospectivos.
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15
Q

Explique o que é vies de seleção.

A

(alocação): Na seleção dos participantes. Ex: Superestimando a associação pegando os participantes de um estudo sobre a relação de alcoolismo com DCV na porta de um bar (o certo seria uma randomização).

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16
Q

Explique o que é vies de informação.

A

o Aferição: Erro na coleta ou medição dos dados. Ex: Estudo sobre a relação da PA com alimentos processados, contudo os pesquisadores cada um afere a PA de forma diferente e com equipamentos diferentes.
o Memória: Não lembra os sintomas, exposições. Usualmente em estudo retrospectivo que depende muito da memoria os casos da pessoa.
o Confirmação: Pesquisadores deixam de observar outras manifestações que para ele não se relacionavam à hipótese do estudo.

17
Q

Explique o que é vies de confundimento.

A

Terceiro fator sendo associado tanto à exposição como ao desfecho. Ex: Estudo sobre consumo de café com DCV, contudo grande parte dos que tomam café também fumam que tem relação tanto com o consumo do café como com DCV. Deve-se então estratificar, colocando o café como terceira variável (toma café e fuma, toma café e não fuma, não toma café e não fuma, não toma café e fuma).

18
Q

Explique o que é vies de seguimento.

A

Perda de participação ao longo do estudo alterando a amostragem inicial. Ex: Ensaios clínicos (desistência por efeitos colaterais) e estudos coorte.

19
Q

Explique o que é vies de publicação.

A

Coloca em evidência relações positivas. Ex: Publica os casos de uso da vacina e manifestação de guillian-barre, contudo os milhões de pessoas que tomaram a vacina e não tiver a dç não foi publicado.

20
Q

Elenque as 4 fases de um ensaio clínico.

A
  1. Invitro/animais -> Pctes jovens e saudáveis.
  2. Pctes com condição estudada (ex: doente começa a receber o remédio).
  3. Condição ampla para milhares de participantes (formação da bula, recebendo informação sobre interação medicamentos, efeito colateral, etc).
  4. Farmacovigilância (dados apresentados após comercializado que pode até levar à descontinuação).
21
Q

O que são os critérios de Bradford Hill?

A

São um conjunto de princípios que ajudam a estabelecer uma relação causal entre uma causa e um efeito.
* Força (pessoa que fuma tem maior risco de CA em relação a não fumante), consistência (vários estudos em locais diferentes chegam ao mesmo desfecho), especificidade (HIV esta associado ao sintomas da AIDS e naõ de outras dç), temporal (causa deve acontecer antes da consequência), dose-resposta (quanto maior a PA maior risco de DCV – maior exposição maior chance de o desfecho), plausibilidade (resultado respeitando FP da dç), coerência (desfecho em animais respeitam as previsões com humanos), evidência experimental (experiencia comprova-se na pratica), analogia (radiação solar causa CA de pele, logo outras radiações podem tb causar CA).

22
Q

Diferencie eficácia, efetividade e eficiência de um fármaco.

A
  • Eficácia: Capacidade máxima de produção de efeito em nível laboratorial.
  • Efetividade: Capacidade máxima de produção de efeito em nível populacional (pcte esquece, toma errado, toma com álcool, etc).
  • Eficiência: Capacidade máxima de produção de efeito levando em conta o custo do medicamento.