13. Epidemias^J Endemias e Pandemias Flashcards
Diferencie endemia e epidemia.
- Endemia: Variação esperada da incidência em um local em determinado período.
- Epidemia: Variação acima do esperado da incidência em um local em determinado período.
Defina surto epidêmico.
o Surto: Relação dos casos entre sí. Usualmente em área geográfica bem delimitada ou instituição. Ex: Surto de coqueluche em creche, sífilis em um quartel, meningite na ZN, etc.
Defina pandemia.
o Pandemia: Epidemia de proporções globais (mais de um país). Ex: COVID foi pandemia mas Mpox não por já existir em todo território africano sendo esperado o número de casos descritos.
O que é faixa endêmica e limites superior e inferior endêmico?
- Área de flutuação do nº de casos de determinada dç que configura uma endemia.
- Limite máximo de nº de casos de determinada dç para que evolua para uma pandemia.
Diagrama de controle: Método de identificação, analisando série histórica (5-10a) e sazonal (via semanal) do comportamento da dç, que identifica o aumento da incidência esperada em um período em determinada região.
Defina nº básico de reprodução e cadeia de transmissão citando 3 exemplos desse último.
- Nº básico de reprodução: Nº de casos que se espera a partir de um indivíduo infectado (R0) em uma população suscetível no inicio de uma epidemia. Ex: Se 1 indivíduo infecta 2 pessoas, então 2 infectam 4 e assim suscetivamente.
- Cadeia de transmissão: Conjunto de eventos que perpetuam a disseminação de um agente infeccioso (interação entre AE, reservatório e hospedeiro). Local de ação da vigilância epidemiológica na tentativa de interromper a cadeia de eventos infracitados.
- AE: Causador da dç, biológico ou químico.
- Reservatório: Local onde irá viver e se reproduzir. Ex: Zoonoses.
- Porta de saída: De onde o AE sai do reservatório.
- Modo de transmissão: Como AE vai ao hospedeiro.
- Porta de entrada: De onde o AE entra no hospedeiro.
- Suscetibilidade do hospedeiro: Se imune não desenvolver a dç.
Defina os seguinte conceitos de infecção:
Tempo de incubação, poder imunogênico, infectividade, patogenicidade, virulência e letalidade.
- Tempo de incubação: Tempo do acometimento da infecção até o desenvolvimento da dç.
- Poder imunogênico: Capacidade de induzir imunização.
- Infectividade: Capacidade do agente infectar pessoas, ainda que essa não produza sintomas.
- Patogenicidade: Quanto os infectados de fato vão ficar doentes (capacidade do agente causa dç) e consequentemente produzir sintomas.
- Virulência: Capacidade da dç se tornar grave.
- Letalidade: Capacidade da dç levar a óbito.
Quando necessário o uso da vacina para raiva, quantas doses e quando devem ser administradas? e no caso do soro?
- Vacinação: Em D0 (data do acidente), D3, D7 e D14.
- Soro: Aplicado em local de lesão ou próximo dela, em até 7d após o dia do acidente, jamais no local da vacinação.
- Sorovacinação: Vacinação + soro.
- Profilaxia: Vacina em D0 e D7 com coleta de sorologia a cada 6m (se Ig diminuído repetir vacinação).
Quais são os tipos de animais que podem ser transmissores da raiva nos humanos?
o Morcego: Não circula durante o dia e em locais domiciliares sem alterações neurológicas; logo se em local domiciliar ou/e movimentação diurna fala a favor de alterações neurológicas (infectado).
o Mamífero silvestre: Sem contato com ser humano (vive na natureza).
o Mamífero de interesse econômico: Criação para fim comercial (bovino, equideo, caprino, suíno e ovino).
o Mamífero doméstico: Cães e gatos.
Quando acidente com cães e gatos sem suspeita de raiva qual será a CD?
Passível de observação por 10d. Se sem sintomas de raiva, não desaparecido e nem morrer durante o período de observação não há a necessidade de soro/vacinação.
Defina acidente indireto com o vírus da raiva e qual a CD para cada animal como agente transmissor?
- Exposição com pele íntegra.
- Soro-vacinação somente em acidentes com morcego.
Defina acidente leve com o vírus da raiva e qual a CD para cada animal como agente transmissor?
- Mordedura ou arranhadura superficial em tronco e membros (poupa mãos, pés e face).
- Vacinação quando cães e gatos com suspeita e mamíferos de interesse econômico.
- Soro-vacinação quando mamíferos silvestres incluindo morcego.
Defina acidente grave com o vírus da raiva e qual a CD para cada animal como agente transmissor?
- Mordedura ou arranhadura em extremidades distais (segmento cefálico, mãos e pés) ou exposição de mucosas ou lesões múltiplas/profundas.
- Soro-vacinação quando qualquer animal salvo cães e gatos sem suspeita de raiva (observação do animal).
Como se dá a profilaxia de TB e quais são elegíveis de receber?
- Rifanpetina + isoniazida por 3 meses.
- Com comprovação laboratorial (prova tuberculínica ou IGRA): Qualquer infectado s/ TB ativa.
- Sem comprovação laboratorial: RN, HIV com CD4 reduzido ou histórico prévio de TB (PT ≥5mm) e outros ID
Qual a CD em acidentes com exposição à bactéria do tétano (Clostridium tetani)?
- Se paciente imune (devidamente vacinado): Administrar vacina se ferimento de alto risco com última dose da vacina fazendo mais de 5 anos.
- Se paciente não imune (não vacinado ou vacinado de forma incompleta): Completar as doses + Ig.
- Se paciente ID: Soro-vacinação independente se imune ou não.
- Imune: 3 doses vacinais com reforço a cada 10a
- Ferimentos:
o Alto risco: Profunda/puntiforme (ex: prego), contaminada, corpo estranho (ex: transfixação com anzol), tecido desvitalizado (ex: queimadura), queimadura, FAF/FAB, mordedura, politrauma, fratura exposta.
o Baixo risco: Superficiais e habituais.
Quando deve ser administrada a vacinação de bloqueio contra o sarampo? Quando é proscrita essa CD? Qual então a CD substituta?
- Em até 3d após contato sendo após 6m de vida.
- Gestantes, sintomas de sarampo e ID.
- Administrar Ig em até 6d evitando assim a vacina de vírus atenuado.
Sarampo: Alta infectividade, tendo surtos causados pela imigração dos venezuelanos e novas cepas advindas da Europa.
* Isolamento: 4d após surgimento do exantema e proteção contra aerossol.
Como realizar a quimioprofilaxia contra a dç meningococócica?
- Rifampicina de 12/12h por 2d ou ceftriaxona/cipropfloxacino em dose única.
- Contactantes domiciliares, IVA prévia, diretamente exposto às secreções do pcte (procedimento invasivos de VA sem EPI adequado), aglomerações e baixo nível socioeconômico.
- Vacina de bloqueio: Em surto em um perímetro a partir dos casos (não aplica na cidade toda).
Quando contração de coqueluche, TTO com vacinação ou ATBterapia?
- Azitromicina em dose de ataque + mais dose de manutenção do 2-5d.
- Em surtos: Aplicação via dtpa em trabalhadores de creche, pediatras e GO.
Coqueluche: Seguindo fases catarral -> tosse paroxística -> convalescência, tendo maior risco aos <6m, os que não estão adequadamente vacinados ou quando vacinados por mais de 5a independente da idade.
Cite as quatros principais arboviroses de incidência endêmica no território nacional.
Arboviroses: Dç viral transmitida por artrópode (“mosquitos”).
* Dengue: Mortalidade. Vacinação (DENV1 mais prevalente seguido por DENV2). Sazonalidade sendo de jan à jun (calor) 90% dos casos.
* Chikungunnya: Incapacidade crônica articular. Incidência só menor que a dengue com maior [] no NE.
* Zika: Sd congênita associada à infecção (pode ter tanto transmissão vertical como sexual) podendo levar a microcefalia e sd de GB pelo neurotropismo.
* FA: Ciclo silvestre (contato com áreas de mata sendo picado pelo inseto Aedes aegypti que picou previamente o primata não humano – epizootia precede o surgimento do surto em humanos).
o Ciclo urbano: Ultimo surto foi em 1942.
- Oropouche: Trasmitida pelo Marium (Culicoides paraensis) com manifestação similar à dengue evoluindo com manifestação neurológica (meningoencefalite) ou OF/aborto em gestantes.