4. Níveis de Prevenção Flashcards
Defina história natural da dç mencionando os 3 fatores de interação.
Inicia com os fatores do meio ambiente, ainda que a doença nem se quer tenha se iniciado (período pré-patogênico), e termina com o curso final da mesma (período patogênico), sem a intervenção humana (interação entre etiologia + hospedeiro + fator externo).
* Faz sentido compreender sem intervenção humana alguma para conseguir prevenir, intervir e tratar.
Como se dá a divisão do modelo de evolução da doença de Leavell e Clark? Em qual dessas divisões esta contido a prevenção primária, secundária e terciária?
Dividem a história natural da dç em 2 períodos e 3 níveis de prevenção.
* Pre-patogênico: Não há dç ainda, somente interação entre os fatores (hospedeiro e fator externo).
o Area de atuação da prevenção primária.
* Patogênico: Já há alteração no organismo, terminando na convalescência da doença, seja morte, cura ou cronicidade.
o Area de atuação da prevenção secundária e terciária.
Defina prevenção primária e suas vertentes (prevenção primordial, promoção de saúde e proteção específica).
- Ações para evitar que o agravo aconteça.
- Prevenção primordial: Evitar que o FR surja, atingindo a população como todo (agir o mais anterior possível para que todos sejam beneficiados e não somente um grupo específico – sempre coletivo). Ex: Brasil reduzindo emissão de CO2; medidas para evitar fumantes no mundo.
- Promoção de saúde: Agir em determinantes sociais de saúde voltado ao individual. Ex: Atividade física, alimentação, educação.
- Proteção específica: Aumentar resistência e diminuir exposição. Ex: Uso de protetor solar, atingindo o grupo exposto ao sol especificamente; vacinação; uso de repelente evitando dengue.
Defina prevenção secundária e suas vertentes (rastreamento e limitação de invalidez).
- DX precoce e TTO imediato: Detectar ao começo da dç, geralmente com sinais subjetivos, ou antes até de manifestação clínica (fase subclínica).
o Rastreamento: Especificamente em grupos assintomáticos (se sintomático é DX precoce e não rastreamento), voltados à detecção precoce de uma doença diminuindo a mortalidade dessa e não o surgimento dela. - Limitação de invalidez: DX já em fase avançada, correndo mais risco de evoluir para uma incapacidade. Logo busca atrasar as consequências deletérias da dç: Ex: Evitar progressão da DM para que essa não evolua a uma TRS.
Diferencie os subtipos de rastreamento/abordagem.
Abordagem de alto risco: Somente ao grupo de alto risco a desenvolver a dç.
Abordagem populacional: Em toda a população.
Rastreamento oportunístico: Mãe leva filho à UBS e é questionada sobre rastreio de CA de colo.
Rastreamento organizado: Campanha de rastreamento de CA de colo, onde a mulher é convidada à UBS pra a realização do exame.
Critérios de Wilson e Jungner (rastreamento efetivo): Acesso + agilidade (sem necessidade de consulta e agendamento) + evidência (benefício para realização do exame e dç de importância da saúde pública - prevalência) + informação (expor ao pcte os riscos e benefícios para realizar o exame) + conhecimento da história natural da dç (estagio assintomático significativo, pois se sintomas aparecem cedo não faz sentido gastar com o exame, melhor esperar o sintoma aparecer) + custo + continuidade (não somente em época de campanha como outubro rosa que é somente um incentivo mas o exame é feito o ano inteiro).
Qual a faixa etária de rastreio de HAS, DLP, CA de mama, CA de colo uterino, CA colorretal e DMO.
- HAS: Após 18a de 2/2a se <120/80 ou anual se <140/90mmHg.
- DLP: Após 35a de 5/5a (se mulher >45a).
- DM: Se PA >135/80mmHg via glicemia de jejum.
- Tabagismo: Sempre questionar em consulta.
- CA de mama: 50-69a, bienal, via mamografia (USG de mama não entra como rastreio).
- CA de colo uterino: 25-64a, se iniciado vida sexual, 2 anuais consecutivos, que se ambos normais, trienal então, via Papanicolau (colpocitologia oncótica) + exame de DNA-HPV.
- CA de colorretal: 50-75a, se expectativa de vida superior a 10a, anual, via pesquisa de sangue oculto.
- DMO: >65a, (se homem >70a), via DO.
- IST: HIV e sífilis, anualmente, <30a, via teste rápido.
Cite 3 rastreios que não são recomendados contudo são realizados na prática.
- Não recomendados: Aneurisma de aorta, CA de tireoide (grau D), de ovário (D), de próstata (D), de pulmão e de pele (I).
Pacientes que viveriam e morreriam com a dç, contudo indo a óbito por outro motivo. - OverDX: Diagnosticar quem não precisaria ser diagnosticado.
- OverTTO: Tratar quem não precisaria ser tratado.
Defina prevenção terciária e cite 3 exemplos.
- Reduzir complicações da dç e melhorar a qualidade de vida (pessoa já tem dç em estado avançado e com sequela – evitar invalidez ou reduzir a evolução e impacto dessa). Ex: Reabilitação, fisioterapia, manejo da diabetes um paciente que possui pé diabético.
- Na prevenção terciária o paciente já possui incapacidade instalada ao passo que na secundária se quer evitar que aquela se instale.
Defina prevenção quaternária e cite 3 exemplos.
- Primum non nocere.
- Polifarmácia, requisição de medicamento desnecessário (ex: benzodiazepínico), de exame desnecessário (ex: USG de mama e PSA).
Defina prevenção quinquenária.
- Cuidar da saúde do profissional de saúde (burnout) para que esses cuidem melhor dos pctes.
Defina os níveis de evidência.
- Ensaio clínico randomizado.
a. Revisão sistemática ou somente ECRs, que por possuírem bastante evidência se possuir vários estudos desse do mesmo tema são a exceção possuindo nível de evidência equiparado à revisão sistemática.
b. Único ECR com pequeno intervalo de confiança.
c. ECR “tudo ou nada”: Mostra, mesmo com poucos pctes, se não houver intervenção as consequências são dramáticas. - Coorte:
a. Revisão sistemática.
b. Coorte. - Caso-controle:
a. Revisão sistemática.
b. Casos controles individuais. - Série de casos.
- Opinião de especialistas.
Defina os graus de recomendação e quais devem ser oferecidos segundo a OMS.
A. Alta certeza de que o benefício é substancial.
B. Alta certeza de que o benefício é moderado ou moderada certeza de que o benefício é substancial.
o Moderada certeza do benefício.
C. Moderada certeza de que o benefício é pequeno (julgamento profissional e interesse do pcte).
o Certeza que o benefício é pequeno.
D. Moderada ou alta certeza de que não existe benefício ou que os danos superam os benefícios.
o Sem benefício (ou maior malefício).
I. Evidência insuficiente.
o Sem dados para definir benefício (ou/e danos).
Classificação da OMS: A e B autorizado o uso, C e D não.
A- Autorizado sem restrições.
B- Benefícios > riscos.
C- Riscos > benefícios.
o Oferecer somente se tiver outras considerações que suportam a sua oferta individualmente.
D- Contraindicado.