35- PARASITOSES Flashcards

1
Q

principal forma de transmissão

A

A via fecal-oral é a principal forma de transmissão, a partir da água ou alimentos contaminados.

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2
Q

• Grande parte não é diagnosticada devido ser, muitas vezes, assintomática

A

• Os parasitas mais frequentes são os do grupo dos helmintas nemátodes, principalmente o Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Ancilostoma

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3
Q

Aspectos clínicos

A
  • São frequentemente assintomáticas ou oligossintomáticas.
  • O estado imunológico e nutricional do hospedeiro, a carga parasitária, as comorbidades e o multiparasitismo estão entre os fatores que influenciam o aparecimento ou não dos sintomas.

• Sintomas inespecíficos: anorexia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal, tenesmo, plenitude, flatulência, distensão abdominal, perda de peso e alteração do hábito intestinal, sendo a diarreia a queixa mais frequente.

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4
Q

Ciclo Pulmonar (LOSS):

A
• Síndrome de Löefler: pneumonite, tosse irritativa, dispnéia, broncoespasmo, infiltrados pulmonares migratórios.
• Parasitas:
o Ascaris lumbricoides;
o Ancylostoma duodenale;
o Necatur americanos;
o Strongyloides stercoralis
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5
Q
  1. Giardíase - Giardia Lamblia
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Transmissão: fecal-oral direta (cistos presentes em dejetos de pessoa infectada) ou indireta (água ou alimento contaminado).
  • Incubação: 1-4 semanas (média 7-10 dias);
  • Manifestações clínicas: maioria é assintomática;
  • Aguda: diarreia aquosa/explosiva, distensão e dor abdominal;
  • Crônica: fezes amolecidas, com aspecto gorduroso, anorexia, flatulência e distensão abdominal. Má absorção -> perda de peso e anemia.
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6
Q
  1. Giardíase - Giardia Lamblia
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A

• Diagnóstico: exame direto de fezes – presença de cistos ou trofozoítos, pelo método de Faust, Elisa ou aspirado duodenal.
• Tratamento:
o Albendazol 400mg/d por 5 dias;

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7
Q
  1. Amebíase - Entamoeba histolytica
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Transmissão: Ingestão de alimentos e água contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros que dão origem aos trofozoítos que se reproduzem por divisão binária e voltam a se encistar para serem eliminados nas fezes;
  • Incubação: 2-4 semanas
  • Manifestação Clínica: portador assintomático (até 90% dos casos) a doença invasiva grave;
  • Forma aguda: diarreia sanguinolenta, dor abdominal, tenesmo e desidratação.
  • Podem Surgir Complicações Graves: megacólon tóxico, colite necrosante fulminante e perfuração intestinal.
  • Formas Crônicas: queixas intermitentes de dor abdominal e diarreia não sanguinolenta, associadas a perda de peso.
  • Forma Extraintestinal: abscesso no fígado, pulmões (não é Síndrome de Löeffer) ou cérebro. Granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso.
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8
Q
  1. Amebíase - Entamoeba histolytica
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A

• Diagnóstico: trofozoítos ou cistos nas fezes; anticorpos séricos.

• Tratamento:
o Forma intestinal: Secnidazol 2g dose única, Metronidazol 500mg 3x 5 dias, Nitazoxanida 500mg 12/12h 3 dias
o Forma grave: amebíase intestinal sintomática ou amebíase extraintestinal → Metronidazol 750mg 3x 10 dias
o Apenas E hystolitica deve receber tratamento.

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9
Q
  1. Criptosporidiose - Criptosporidium
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Transmissão: fecaloral, de animais para a pessoa ou entre pessoas.
  • Incubação: 2-14 dias
  • Manifestações Clínicas: Diarreia aquosa profusa, por vezes com muco, sem sangue, com vômitos, náuseas, dor abdominal tipo cólica e por vezes febres. A infecção pode ser assintomática, autolimitada ou arrastada.
  • Ocorre mais em pacientes imunodeprimidos!
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10
Q
  1. Criptosporidiose - Criptosporidium
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A
  • Diagnóstico: oocisto no exame de fezes EPF, utilizando coloração de Ziehl-Neelsen. Biópsia intestinal quando necessário. Técnicas de imunofluorescência (IFA) ou imunoenzimáticas (EIA) para detecção de antígeno nas fezes.
  • Tratamento: Nitazoxanida 500mg 12/12hs 3 dias
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11
Q
HELMINTOS
1. Ascardíase - Ascaris Lumbricoides
TRANSMISSÃO
INCUBAÇÃO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A

• Transmissão: Ingestão de ovos embrionados presentes na água e alimentos. Larvas liberadas dos ovos invadem o intestino e alcançam a corrente sanguínea, fígado e, posteriormente os pulmões. As larvas, através das vias respiratórias atingem a epiglote, são deglutidas e se transformam em vermes adultos no intestino delgado.
• Incubação: ovos férteis até larva infectante é de ~20 dias.
• Manifestação Clínica:
o Baixa intensidade: assintomático, cólica, distensão abdominal, diarréia
o Média intensidade (< 40 vermes) ou maciças (≥100) : ação espoliadora, tóxica ou mecânica
o Grande consumo de proteínas, vitaminas, lipídios e carboidratos
o Edema ou urticária
o Lesões hepáticas: focos hemorrágicos e de necrose
o Hemorragia pulmonar
o Síndrome de Loeffler: febre, tosse, dispneia e eosinofilia.
o Obstrução intestinal – podem atingir a via biliar e obstruir.

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12
Q

HELMINTOS
1. Ascardíase - Ascaris Lumbricoides
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO

A

• Diagnóstico:
o Normalmente basta apenas uma amostra de fezes para detectar os ovos (são vermes grandes, facilmente visíveis);
o Eosinofilia periférica no hemograma

• Tratamento:
o Albendazol 400mg dose única;

o Obstrução intestinal: Piperazina 100mg/kg/dia + óleo mineral - 30 minutos após a piperazina e depois a cada 3h + antiespasmódicos + hidratação

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13
Q
  1. Estrongiloidíase - Strongyloides Stercoralis
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Transmissão: as larvas infectantes (filarióides) penetram através da pele, no homem, chegando aos pulmões, traquéia e epiglote, atingindo o trato digestivo, onde se desenvolve o verme adulto.
  • Incubação: 2-4 semanas
  • Manifestações Clínicas: lesões urticariformes ou maculopapulares ou por lesão serpiginosa ou linear pruriginosa migratória; manifestações pulmonares (tosse seca, dispneia e broncoespasmo);
  • Períodos de diarreia com períodos de obstipação, associados a dor abdominal intermitente.
  • Infecção intestinal Crônica: diarreia crônica, associada a sintomas de máabsorção.
  • Estrongiloidíase Grave: febre, dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos, diarreias profusas, manifestações pulmonares.
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14
Q
  1. Estrongiloidíase - Strongyloides Stercoralis
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A

• Diagnóstico: EPF, escarro ou lavado gástrico (meio de BaermannMoraes)
o eosinofilia em hemograma sempre tratar parasitose.

• Tratamento:
o Albendazol 400mg 3 dias

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15
Q
  1. Ancilostomíase (Ancylostoma Duodenale)
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Transmissão: larvas infectantes penetram na pele. Passam pelos vasos linfáticos e ganham a corrente sanguínea, e nos pulmões, penetra, nos alvéolos, migram para a traqueia e faringe, são deglutidas e chegam no delgado, onde se fixam, atingindo a maturidade ao final de 67 semanas, produzindo milhares de ovos por dia
  • Incubação: semanas ou meses
  • Manifestações clínicas: dermatite com erupção maculopapular, pneumonite, diarreia, flatulência, anemia ferropriva, astenia, retardo de crescimento, sopros cardíacos. Alteração do apetite, bulimia, perversão do apetite;

o BEM ASSOCIADA A ANEMIA FERROPRIVA!!!!!
o Cada verme adulto causa perda diária de 0,1 a 0,25ml de sangue.

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16
Q
  1. Ancilostomíase (Ancylostoma Duodenale)
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A

• Diagnóstico: EPF – contagem de ovos pelo KatoKatz

• Tratamento:
o Albendazol 400mg 3 dias;

17
Q
  1. Enterobíase - Enterobius Vermicularis - Oxiurus
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A

• Transmissão:
o Direta – ânus-boca;
o Indireta: alimentos contaminados;
o Retroinfecção: larvas migram do ceco para o intestino grosso.
• Cólon direito e ceco. Fêmeas, após a fecundação depositam ovos na região perianal, podendo invadir e provocar reação inflamatória no trato genitourinário feminino.
o Provocam prurido principalmente noturno (hora em que o verme se movimenta para a região perianal).
• Incubação: 2-6 semanas
• Manifestações clínicas: assintomática ou prurido perianal, frequentemente noturno. Nas mulheres pode ter corrimento vaginal e até ooforite.

18
Q
  1. Enterobíase - Enterobius Vermicularis - Oxiurus
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A

• Diagnóstico: métodos de Hall (swab anal) ou de Graham (fita gomada)
• Tratamento:
o Albendazol 400mg dose única

19
Q
  1. Tricuríase Trichuris Trichiura
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Transmissão: fecaloral, ingestão de ovos oriundos de água e alimentos contaminados. Vermes adultos localizamse preferencialmente no ceco, apêndice, íleo terminal.
  • Incubação: 30 dias
  • Manifestação clínica: assintomática; prolapso retal, dor em FID associada à síndrome disentérica;
20
Q
  1. Tricuríase Trichuris Trichiura
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A

• Diagnóstico: EPF - visualização de cristais de CharcotLeyden (precipitado cristalino decorrente da degeneração de eosinófilos);

• Tratamento:
o Albendazol 400mg dose única;

21
Q
  1. Cisticercose e Teníase
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Taenia Solium (Carne de porco – cisticercose) e Taenia Saginata (carne bovina – teníase)
  • A teníase é adquirida pela ingestão de carne de boi ou de porco mal cozida que contém as larvas. O cisticerco libera a larva que origina o verme adulto. A tênia fixase ao intestino delgado através do escólex e elimina ovos e proglotes nas fezes. Quando o homem ingere ovos de T. solium adquire a Cisticercose.
  • Incubação: cisticercose – 15 dias a anos; Teníase – 3 meses após ingestão da larva.
  • Manifestações clínicas: teníase – diarreia, constipação, dores abdominais, obstrução do apêndice, colédoco, ducto pancreático; Cisticercose – deficiência visual, desorientação, epilepsia.
22
Q
  1. Cisticercose e Teníase
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A

• Diagnóstico: EPF, swab anal A visualização das proglotes é patognomônico.

• Tratamento:
• Teníase:
o Nitazoxanida 500mg 12/12hs por 3 dias

• Cisticercose:
o Albendazol 15mg/d 30d + metilprednisolona no primeiro dia de tratamento a partir do qual se mantem 20mg/d por 30 dias.

23
Q
  1. Esquistossomose - Schistossoma mansoni
    TRANSMISSÃO
    INCUBAÇÃO
    MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A
  • Transmissão: penetração das larvas através da pele.
  • Ovos eliminados nas fezes do homem contém miracídios que em meio líquido abandonam os ovos e infectam os hospedeiros intermediários (moluscos do gênero “Biomphalaria”), miracídio se reproduz assexuadamente dando origem às cercárias que abandonam o hospedeiro e penetram na pele.
  • Manifestações Clínicas: diarreia muco-sanguinolenta, associada a dor abdominal intensa e hepatomegalia dolorosa
  • A infecção por este parasita deve ser considerada, em crianças que viajaram para áreas endémicas, que incluem a África subsaariana, América Latina e Caribe.
24
Q
  1. Esquistossomose - Schistossoma mansoni
    DIAGNÓSTICO
    TRATAMENTO
A
  • Diagnóstico: O esfregaço de Kato nas fezes

* Tratamento: Praziquantel: 40-60 mg/kg/dia, em 2-3 tomadas, um dia

25
Q

Imunocomprometido

A
  • No doente imunocomprometido a clínica costuma ser mais exuberante, com diarreia crónica, por vezes com grande repercussão sistémica e complicações extraintestinais, podendo ser eventualmente fatal.
  • Os parasitas mais frequentemente encontrados nestes doentes são: Cryptosporidium, Isospora belli, Cyclospora cayetanensis, Amebas, Giardia lamblia e Strongyloides stercoralis.
26
Q

Diagnóstico geral das parasitoses

A

• A colheita de fezes deve ser feita em três dias consecutivos (melhor é dias alternados) e conservar-se as amostras no frigorífico, a 4ºC, até serem entregues no laboratório.

  • A sensibilidade melhora se o intervalo entre cada colheita for de 48 horas.
  • Na presença de diarreia NÃO SE DEVE DESPERDIÇAR a fase líquida porque é a que contém mais trofozoítos.

• A transmissão da informação clínica ao laboratório é de extrema importância porque são utilizadas diferentes técnicas de preparação das fezes (coloração, concentração, etc.) consoante a hipótese diagnóstica colocada.

27
Q

Profilaxia

A
  • Controle das águas com saneamento básico, controle do solo com técnicas de fertilização adequadas e controle dos animais.
  • A nível individual, a lavagem das mãos, a preparação adequada dos alimentos como lavagem de frutas e vegetais e evitar carne e peixe malcozidos, bem como o consumo de água filtrada e clorada são a melhor forma de proteção
  • As recomendações atuais da OMS incluem a desparasitação profilática de rotina com anti-helmínticos (albendazol) apenas nos países com taxas de prevalência de parasitismo intestinal superiores a 20% e principalmente superiores a 50%
  • O albendazol parece ser o fármaco mais adequado para utilizar como terapêutica empírica, uma vez que é ativo contra o maior número de parasitas intestinais, incluindo os mais frequentes no nosso país (Giardia lamblia, Enterobius vermicularis, Trichuris trichiura, Ascaris lumbricoides)
28
Q

LEMBRAR:

A

Para diagnosticar uma parasitose deve ser feita em 3 amostras em 3 dias (consecutivos) diferentes
Não desperdiçar a fase líquida!
No SUS Albendazol → fármaco mais adequado como terapia empírica