11. Transplante Hepático Flashcards

1
Q

Quais as principais causas de transplante hepático no Brasil?

A
  • Cirrose por hepatite C.
  • Cirrose alcoólica.
  • Cirrose por NASH.
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2
Q

Quais as principais indicações de transplante hepático?

A
  • Child B e C.
  • MELD > 15.
  • Carcinoma hepatocelular (critérios de Milão).
  • Insuficiência hepática aguda grave (fulminante).
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3
Q

Quais os critérios para calcular a classificação de Child-Pugh?

A

BEATA

  • Bilirrubinas.
  • Encefalopatia.
  • Ascite.
  • TAP/INR
  • Albumina.
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4
Q

Quais as características da classificação MELD?

A
  • Avalia a sobrevida em 3 meses, determinando a gravidade da cirrose.
  • Critério de alocação na fila do transplante.
  • 3 parâmetros (BIC): Bilirrubinas, INR e creatinina.

Obs.: no PELD (pediátrico), ao invez da creatinina, é utilizada a albumina (BIA).

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5
Q

Quais os critérios de Milão para transplante hepático no carcinoma hepatocelular?

A
  • Nódulo único < 5cm.
  • Até 3 nódulos de até 3cm.
  • Ausência de metástases, de trombose tumoral e AFP < 1000.

Obs.: nódulos < 2cm, independente da quantidade, são DESCONSIDERADOS da avaliação pelos critérios Milão-Brasil.

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6
Q

Quais as situações especiais que pontuam mais na classificação MELD?

A
  • Ascite refratária (com Na urinário < 80).
  • Prurido intratável.
  • Colangites de repetição.
  • Carcinoma hepatocelular.
  • Carcinoma fibrolamelar irressecável.
  • Metástase de tumor neuroendócrino irressecável (com doença primária controlada).
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7
Q

Quais os principais critérios do Kings College para transplante na hepatite aguda fulminante grave?

A
  • Paracetamol: pH < 7,3.
  • Não-paracetamol: INR > 6,5.

Obs.: os pacientes são priorizados na fila de transplante (não entra no MELD).

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8
Q

Quais os requisitos para a cirurgia do doador?

A
  • Morte encefálica diagnosticada.
  • Autorização da familia documentada.
  • Termo de autorização de doação de órgãos.
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9
Q

Quais as fases da cirurgia do doador?

A
  • Fase quente (pré-PCR): dissecção, isolamento e cateterização das extruturas vasculares.
  • Fase fria (pós-PCR): clampeamento da aorta, exanquinação com infusão de solução de preservação, hipotermia e retirara do órgão.

Obs.: o tempo de isquemia deve ser de até 12h (e até 1 hora da saída do gelo até a anastomose no doador).

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10
Q

Qual a tecnica tradicional do transplante hepático?

A
  • Retirada do fígado e da veia cava retrohepática.
  • Anastomose da cava do doador nas cavas infra e suprahepáticas do receptor.
  • Grande redução do débito cardíaco com maior instabilidade hemodinâmica.
  • Menor tempo cirúrgico, mas maior tempo de isquemia.
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11
Q

Qual a tecnica Piggyback do transplante hepático?

A
  • Retirada do fígado com preservação da veia cava, ligando apenas as veias hepáticas.
  • Anastomose da cava do receptor na veia hepática do doador.
  • Menor repercussão hemodinâmica.
  • Maior tempo cirúrgico, mas menor tempo de isquemia.
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12
Q

Quais as drogas imunossupressoras utilizadas após o transplante hepático?

A
  • Glicocorticóides (ex.: predinisolona): ação anti-inflamatória e imunossupressora.
  • Inibidores de calcineurina (ex.: tacrolimos/FK-506): interrompem a ativação dos linfócitos T.
  • Inibidor de síntese de purinas (ex.: micofenolato/MMF): inibem linfócitos T e B.
  • Inibidores da mTor (ex.: everolimus): anti-neoangiogênico.

Obs.: o nível sérico do tacrolimos deve ser monitorado e mantido entre 7 e 10 (evitar rejeição do enxerto).

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13
Q

Qual o esquema de imunossupressão após o transplante hepático?

A
  • Transplante < 3 meses: corticóide + FK-506 + MFN.
  • Transplante > 3 meses: FK-506 + MMF.

Obs.: os inibidores de mTor interferem na cicatrização, NÃO devendo ser utilizadas nos primeiros 3 meses pós-transplante.

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14
Q

Quais as características da disfunção primária do enxerto?

A
  • Não funcionamento do fígado doador.
  • Ocorre nos primeiros 14 dias do transplante.
  • Identificado por piora precoce dos marcadores hepáticos (transaminases > 1500-2000, icterícia, coagulopatia, hipoglicemia e aumento de enzimas canaliculares).
  • Tratar com re-transplante de urgênica.
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15
Q

Quais as características da trombose de artéria hepática?

A
  • É a complicação vascular mais frequente.
  • Aumento súbito das enzimas hepáticas em fígados previamentes funcionantes.
  • Diagnosticado por doppler de arteria hepágica ou tomografia com contraste.
  • Tratar com re-transplante (cirrose a médio prazo).
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16
Q

Quais as características da rejeição do transplante hepático?

A
  • Causada por falha na imunossupressão.
  • Mais comum após 3 a 6 meses do transplante.
  • Causa elevação das provas de função hepática.
  • O diagnóstico é confirmado pela BIÓPSIA HEPÁTICA revelando inflamação portal, dos ductos biliares e do endotélio venoso.

Obs.: Deve-se também quantificar a rejeição pela escala de Banff e o nível de atividade de rejeição (IAR).

17
Q

Qual o tratamento rejeição do transplante hepático?

A
  • IAR < 4: otimização da terapia imunossupressora.
  • IAR > 4: pulsoterapia com metilpredinisolona.
18
Q

Quais os critérios de exclusão para o transplante hepático?

A
  • Abstinência alcoólica < 6 meses.
  • Colangiocarcinoma de grandes ductos.
  • Tumores metastáticos (exceto neuroendócrinos).
  • Infecção extra-hepática não controlada.
  • Doença cardiopulmonar avançada.

Obs.: trombose de veia porta, se passível de reconstrução, NÃO é contraindicação ao transplante hepático.

19
Q

Qual a conduta na trombose de veia porta em candidatos ao transplante hepático?

A

Shunts e enxertos venosos no momento do transplante.

Obs.: não usar a veia renal DIREITA para o transplante devido ao tamanho reduzido da mesma.