Vulvovaginites e Vaginoses Flashcards

1
Q

Quais os loicais que a vulvovaginete acomete?

A

Vulva, paredes vaginais e ectocérvice

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2
Q

O que é a vulvodínea idiopática?

A

Aumento da sensibilidade vestibular com prurido e queimação intensos, ocasionando dispareunia intensa de difícil controle

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3
Q

Quais as características do resíduo vaginal normal? (cor e ph)

A

Cor branca ou transparente e pH 3,8-4,2

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4
Q

Quem são os responsáveis pela acidez da vagina?

A

Os bacilos de Doderlein (Lactobacillus acidophilus) devido a produção de ácido lático

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5
Q

Quais as características de meninas pré-puberes e mulheres pós-menopausa? (pH, epitélio vaginal)

A

pH entre 5,0-7,0, epitélio delgado/atrófico com células pobres em glicogênio, desfavorável ao crescimento da flora protetora e favorável a proliferação de microrganismos patogênicos

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6
Q

Quais as características das mulheres na menacme?

A

pH ácido (4-4,5), epitélio vaginal trófico, células ricas em glicogênio, favorável ao crescimento da flora protetora

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7
Q

Quais os fatores de risco para vulvovaginites?

A

DM, ingestão de esteroides, uso de ATB, uso de imunossupressores, uso de duchas vaginais, absorventes, depilação exagerada, coito não convencional, contraceptivos orais ou tópicos, uso de hormônios, estados hiper/hipoestrogênico, DSTs, estresse, mudança de parceiro, traumas, hospitalização prolongada

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8
Q

Qual a diferença entre mucorreia e corrimento?

A

Mucorreia: conteúdo vaginal acima do normal com ausência de inflamação
Corrimento: anormalidade na quantidade ou no aspecto físico do conteúdo vaginal, que se exterioriza pelos órgãos genitais externos

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9
Q

Para avaliação diagnóstica das vulvovaginites quais exames podemos fazer?

A

Determinação do pH vaginal, exame a fresco (microscopia direta), bacterioscopia por coloração de Gram, teste das aminas (Whiff Test)

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10
Q

Qual a causa da Vaginose Bacteriana?

A

Desequilíbrio da flora vaginal, que culmina com uma diminuição dos lactobacilos e crescimento polimicrobiano de bactérias anaeróbias estritas e facultativas

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11
Q

Qual a bactéria que predomina na VB?

A

Gardnerella vaginalis

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12
Q

Qual é a principal causa de corrimento vaginal?

A

VB

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13
Q

Qual o quadro clínico da VB?

A

Odor de peixe podre; corrimento fluido, homogêneo, branco acinzentado ou amarelado, em pequena quantidade e não aderente, pode formar microbolhas; raramente tem dispareunia, irritação vulvar e disúria; parede vaginal não eritematosa

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14
Q

Como pode ser feito o diagnóstico de VB?

A

Critérios clínicos de Amsel, Critérios de Nugent e Exame microscópico

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15
Q

Quais são os critérios de Amsel?

A

Tem que ter 3 dos 4 critérios:

  • Corrimento branco acinzentado, homogêneo e fino
  • pH vaginal maior ou igual a 4,5
  • Teste das aminas positivo
  • Visualização de clue cells no exame microscópico
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16
Q

O que são clue cells?

A

Células epiteliais escamosas cobertas por pequenos e numerosos cocobacilos (Gardnarella vaginalis). Não são patognomônicas de VB, mas são muito sugestivas

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17
Q

Como é feito o teste das aminas ou Whiff Test?

A

Mistura o conteúdo vaginal com KOH a 10%. É considerado positivo quando detecta odor de peixe podre

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18
Q

Como é feito o exame microscópico para VB, qual a melhor coloração?

A

Pode ser feito a fresco ou corado, A melhor coloração é Gram. Evidenciam-se escassez de lactobacilos e leucócitos e presença de clue cells

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19
Q

Qual o tratamento para VB?

A
  • Metronidazol 500mg VO 2x/dia por 7 dias
  • Metronidazol gel 0,75% 5g via vaginal 1x/dia por 5 dias
  • Pode usar clindamicina e tinidazol também
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20
Q

Qual o cuidado que se deve ter no tratamento de VB?

A

Abstinência alcoolica durante o tratamento e após 24h do tratamento (efeito antabuse)

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21
Q

Qual a causa de Candidíase?

A

Infecção da vulva e vagina causada por um fungo (Candida albicans) gram + e dimórfica (levedura - assintomática/ pseudo-hifas - doença)

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22
Q

Qual a segunda causa mais comum de corrimento vaginal?

A

Candidíase

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23
Q

Candidíase é mais frequente na menacme ou menopausa?

A

Menacme (é hormônio-dependente)

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24
Q

Qual o quadro clínico da candidíase?

A

Prurido vulvovaginal; pH < 4,5; queimação vaginal; dispareunia; corrimento branco grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (leite coalhado) aderido à mucosa; hiperemia e edema; escoriações e fissuras; piora dos sintomas na semana antes da menstruação e pós-menstruação (acidez máxima)

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25
Como é feito o diagnóstico de candidíase?
Na maioria das vezes o exame clínico e o exame a fresco são suficientes
26
O que se visualiza na microscopia?
Pseudo-hifas (pode-se usar coloração de gram e KOH a 10% para facilitar a visualização)
27
Qual o tratamento da candidíase?
- Miconazol creme vaginal 2% à noite por 7 dias - Nistatina 100.000 UI via vaginal à noite por 14 dias - Fluconazol 150 mg VO, dose única
28
Na gestação, como é feito o tratamento da candidíase?
Via vaginal com derivados azólicos
29
Como é feita a terapia de supressão da candidíase?
150 mg de fluconazol 1x/semana por 6 meses (controle de recorrência)
30
Qual a causa da tricomoníase?
Infecção causada por protozoário flagelado trichomonas vaginalis
31
Qual a terceira causa de corrimento vaginal?
Tricomoníase
32
Tricomoníase é considerada IST?
Sim
33
Qual o quadro clínico da tricomoníase?
Podem ser assintomáticas (principalmente na menopausa); corrimento abundante amerelo ou amarelo-esverdeado, mal cheiroso e bolhoso; pH > 5 (5-6); eritema vulvar e escoriações não são comuns; ardênica, hiperemia e edema da vagina são comuns; pode causar dispareunia superficial e prurido vulvar
34
Como se apresenta o colo na tricomoniase?
Colpite focal ou difusa (colo em framboesa) - ocorre devido a dilatação capilar e hemorragias puntiformes. Ao teste de Schiller, pode haver pele de onça ou aspecto tigroide
35
Como é feito o diagnóstico da tricomoníase?
- Exame clínico - Teste de Whiff - Microscopia a fresco
36
Como se apresenta o teste de Whiff na tricomoniase?
Positivo ou fracamente positivo
37
O que pode ser observado na microscopia da tricomoníase?
Protozoário móvel com seus 4 flagelos anteriores característicos
38
Como é o tratamento da tricomoníase?
- Metronidazol ou Tinidazol 2g VO DU | - Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias
39
Precisa tratar o parceiro na tricomoníase?
Sim. O tratamento do parceiro e a abstinência sexual são obrigatórios
40
O que a tricomoníase em gestantes pode causar? Precisa tratar sempre?
Deve tratar sempre independentemente da IG, já que o tricomonas causa RPMO, parto prematuro, RN baixo peso e infecção puerperal
41
Qual a causa de vaginite descamativa?
A etiologia é desconhecida. É uma vaginite purulenta crônica que ocorre na ausência de processo inflamatório cervical ou do trato genital superior. Entretanto, 70% das culturas revelam estreptococos beta-hemolítico
42
Qual o quadro clínico da vaginite descamativa?
Conteúdo vaginal purulento em grande quantidade, pH alcalino
43
Como é feito o diagnóstico de vaginite descamativa?
Pela clínica e microscopia.
44
O que é visto na microscopia da vaginite descamativa?
Processo descamativo vaginal intenso, com predomínio de células profundas (basais e parabasais), com substituição da flora de lactobacilos por cocos Gram +. Número elevado de polimorfonucleados
45
Qual o tratamento da vaginite descamativa?
Clindamicina creme 2% via vaginal por 7 dias. Nas pacientes menopausadas aconselha-se o uso de estrogênio tópico (1 aplicação vaginal diária por 1-2 semanas seguidas)
46
O que é a Vulvovaginite Inespecífica?
Inflamação dos tecidos da vulva e da vagina onde não se identifica um agente principal. Comum na população infantojuvenil
47
Qual a diferença de vulvite e vaginite?
- Vulvite: inflamação da mucosa vulgar sem descarga vaginal | - Vaginite: inflamação da mucosa vaginal associada a descarga vaginal acompanhada ou não de vulvite
48
Qual o quadro clínico das vulvovaginites inespecíficas?
Leucorreia, prurido e ardência vulvar, escoriação, hiperemia e edema da vulva, disúria e polaciúria, sinais de má higiene
49
Como é feito o diagnóstico das vulvovaginites inespecíficas?
- Coleta de material da vagina por sonda nelaton acoplada a seringa - Parasitológico de fezes (afastar oxiuríase) - Sumário de urina (afastar ITU)
50
Qual o tratamento das vulvovaginites inespecíficas?
Higiene, prevenir contato com irritantes, evitar roupas sintéticas, banhos de assento com antissépticos, tratamento de ITU (se presente), tratamento de parasitose intestinal (se presente), ATB tópico (se identificar o agente)
51
O que é a vaginose citolítica?
Corrimento vaginal com excesso de lactobacilos, citólise importante e escassez de leucócitos. O excesso de lactobacilos gera citólise das células intermediárias do epitélio vaginal, com consequente liberação de substâncias irritativas, provocando corrimento e ardência
52
Qual o quadro clínico da vaginite citolítica?
Prurido, leucorreia, disúria e dispareunia, pH entre 3,5-4,5
53
Como é feito o diagnóstico de vaginite citolítica?
pH (3,5-4,5) e microscopia
54
O que pode ser evidenciado na microscopia da vaginite citolítica?
Ausência de microrganismos não pertencentes a microbiota vaginal normal, raros leucócitos, citólise (núcleos desnudos) e aumento significativo de lactobacilos
55
Qual o tratamento da vaginite citolítica?
Alcalinização da pH vaginal com duchas vaginais com 30-60g de bicarbonato de sódio diluido em 1L de água morna (2-3x/sem) até a remissão do quadro clínico
56
O que é a vaginite atrófica?
Vaginite que surge em consequência da deficiência de estrogênio, principalmente após a menopausa
57
Qual o quadro clínico de vaginite atrófica?
Prurido vulvar, ardência, dispareunia, conteúdo vaginal amarelo-esverdeado, disúria, hematúria, aumento da frequencia urinária, ITU, incontinência urinária, epitélio vaginal pálido, liso, brilhante, perda da elasticidade e turgor da pele, ressecamento dos grandes e pequenos lábios, estenose do introito vaginal, eritema vulvar, petéquias no epitélio, eversão da mucosa uretral, pólipo uretral, equimoses, pH > 5
58
Como é feito o diagnóstico de vaginite atrófica?
pH, microscopia e exame clínico
59
O que pode ser visto na microscopia?
Ausência de parasitas, aumento de PMN, presença maciça de células basais e parabasais
60
Qual o tratamento da vaginite atrófica?
Reposição estrogênica tópica