VULVOVAGINITE, CERVICITE E DIP Flashcards

1
Q

Vaginose bacteriana deve ser tratada em gestantes por aumentar o risco de Rotura prematura das membranas ovulares
(RPMO), mesmo sem queixas da paciente.

A

VERDADEIRO!!!

A vaginose bacteriana deve ser sempre tratada na gestação, mesmo se a gestante for assintomática, uma vez que estudos apontam que a vaginose bacteriana está associada a aumento do risco de abortamento espontâneo, prematuridade, rotura prematura de membranas ovulares e infecções puerperais.

💥OBS: TRICOMONÍASE SEMPRE TRATA TAMBÉM!!

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2
Q

Candidiase na gestação deve ser tratada mesmo que não haja queixas da paciente pelo risco RPMO.

A

FALSO

O tratamento da candidiase na gestação é indicado em pacientes sintomáticas para minimizar os riscos de fissuras e a irritação local.

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3
Q

PACIENTE INÍCIO DE GESTAÇÃO COM PROVÁVEL DIAGNÓSTICO DE TRICOMONÍASE. DEVO TRATAR COM METRONIDAZOL?

A

SIM!

O tratamento é feito com metronidazol 2 gramas dose única. Algumas referências recomendam utilizar a clindamicina tópica no 1°
trimestre de gestação. No entanto, o Ministério da Saúde atualmente recomenda o metronidazol desde o 1° trimestre como tratamento de escolha.

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4
Q

Caracterize a VAGINOSE CITOLÍTICA

A

Na vaginose citolítica há um aumento excessivo de lactobacilos, citólise importante e escassez de leucócitos, determinando prurido, leucorreia, pH vaginal entre 3,5 e 4,5 e microscopia evidenciando ausência de micro-organismos não pertencentes à microbiota vaginal normal.

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5
Q

E.M.S., 23 anos de idade, com queixa de secreção vaginal esbranquiçada há meses. Não apresenta prurido vulvar, com piora da secreção na fase pré-menstrual. Ao exame bacteriocópico, apresenta lactobacilos ++++/4, núcleos isolados e ausência de leucócitos. Teste das aminas negativo, com pH=4,0. O diagnóstico mais provável é:

A

VAGINOSE CITOLÍTICA

➡️ Obs: ESSA PATOLOGIA PODE TER PRURIDO
➡️ PIORA NA FASE PRÉ MENSTRUAL
➡️ LACTOBACILOS ( OU bacilos de Doderlein) EM GRANDE QUANTIDADE = LEVA À CITÓLISE (núcleos desnudos)

A vaginose citolítica corresponde a um corrimento vaginal caracterizado por aumento excessivo de lactobacilos, citólise importante e escassez de leucócitos. Dentre os fatores predisponentes, temos as condições que propiciam um maior desenvolvimento de lactobcilos, sendo esses fatores: fase lútea, gravidez e diabetes mellitus.
O aumento excessivo da microbiota lactobacilar desencadeia um processo de citólise das células intermediárias do epitélio vaginal, com consequente liberação de substâncias irritativas, provocando o corrimento e a ardência vulvovaginal.
O quadro clínico caracteriza-se por: prurido, leucorreia, disúria, dispareunia.
Para o diagnóstico, observa-se: pH vaginal entre 3,5 e 4,5 e microscopia com solução salina com ausência de microorganismo não pertencentes à microbiota vaginal normal, raros leucócitos, citólise (núcleos desnudos), aumento significativo de lactobacilos.
Assim, a questão é compatível com vaginose citolítica, já que apresenta prurido vulvar na fase lútea; à microscopia presença de lactobacilos, ausência de leucócitos e pH de 4,0 (entre 3,5 e 4,5).

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6
Q

É obrigatório o tratamento de Gardnerrella, independente de haver ou não sintomas.

A

FALSO

O tratamento da vaginose bacteriana é recomendado para mulheres sintomáticas e para assintomáticas quando grávidas, principalmente aquelas com histórico de parto prematuro e que apresentem comorbidades ou potencial risco de complicações, ou seja, previamente à inserção de dispositivo intrauterino, cirurgias ginecológicas e exames invasivos no trato genital.

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7
Q

São fatores de risco para o aparecimento de vulvovaginites na infância:
I. Hipoestrogenismo vaginal. II.Pequenos lábios
pouco desenvolvidos e ausência de pelos pubianos.
III.Higiene inadequada e manipulação dos genitais.

Estão CORRETAS:

A

I, II e III.

As vulvovaginites na infância são inespecíficas, havendo inflamação dos tecidos da vulva e da vagina, onde não se identifica um agente principal. Vamos avaliar cada uma das assertivas trazidas pela questão em relação a fatores de risco,
Afirmativa l: correta. O hipoestrogenismo é responsável pelo epitélio vaginal delgado e pH alcalino (entre 6,5 e 7,5), que favorecem as vulvovaginites inespecíficas.
Afirmativa Il: correta. Fatores anatômicos como proximidade da uretra-vagina-ânus; menor coaptação das formações labiais.
tecido adiposo e pelos da região púbica pouco desenvolvidos são predisponentes para as vulvovaginites da infância.
Afirmativa III: correta. Fatores associados a hábitos e costumes como: higiene pobre ou inadequada; uso de roupas apertadas e de material sintético; uso de irritantes químicos (sabonetes, loções); uso de fraldas; traumatismos (abuso sexual, masturbação); corpo estranho e fatores socieconômicos e culturais são fatores de risco para vulvovaginites inespecíficas.
Assim, todas as afirmativas estão corretas.

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8
Q

Gestante com candidíase. Qual o tratamento?

A

Miconazol creme vaginal por pelo menos 07 dias

Em gestante, somente os derivados azólicos de uso tópico estão indicados para tratamento de CV, por pelo menos sete dias.

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9
Q

COMO É REALIZADO O TRATAMENTO DA TRICOMONÍASE ?

A

O tratamento da tricomoníase tem duas opções
terapêuticas:

➡️ 1. Metronidazol 400 mg, cinco comprimidos, VO,
dose única (dose total de tratamento 2 g);

➡️ 2. Metronidazol 250 mg, dois comprimidos, VO,
2x/dia, por 7 dias.

O tratamento dos parceiros e a abstinência sexual
durante o tratamento são obrigatórios.

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10
Q

Quais os critérios de AMSEL para o diagnóstico de Vaginose Bacteriana?

A

O diagnóstico de vaginose
bacteriana (VB) é feito a partir da presença de pelo menos três dos quatro critérios de Amsel, que são:

➡️ 1. Corrimento branco acinzentado, homogêneo, fino;

➡️ 2. pH vaginal > 4,5;

➡️ 3. Teste das Aminas (Whiff Teste) positivo - adição
de uma ou duas gotas de hidróxido de potássio a
10% na secreção coletada do fundo de saco vaginal
depositada em uma lâmina, com aparecimento
imediato de odor desagradável;

➡️ 4. Visualização de clue cells ou células-guia ou células-pista ou células-indicadoras ou células-alvo
ou células-índice ou células-chave no exame microscópico a fresco da secreção vaginal.

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11
Q

Menina, 5 anos de idade, é trazida pela mãe ao
ginecologista por corrimento abundante há 30
dias. Ao exame: hímen íntegro, corrimento branco, fluido, sem odor, consistência mucoide, pH 4,2, teste das aminas negativo, ausência de lesões em vulva.
Qual o provável diagnóstico?

A

Vulvovaginite inespecífica

Temos uma paciente de 5 anos com queixa de
corrimento abundante há 30 dias. Ao exame físico, apresenta hímen íntegro, corrimento branco, fluído, sem odor, consistência mucoide, pH 4,2, teste das
aminas negativo, ausência de lesões em vulva.
A vulvovaginite inespecífica refere-se à inflamação dos tecidos da vulva e da vagina, onde não se identifica um agente principal. É importante ressaltar que na criança é mais comum se encontrar uma
vulvite sem o comprometimento da mucosa vaginal.
O quadro clínico caracteriza-se por: leucorreia de
aspecto variável; prurido vulvar; ardência vulvar;
escoriação, hiperemia e edema de vulva; disúria e
polaciúria; sinais de má higiene.

O diagnóstico é feito a partir de anamnese cuidadosa, que levanta a suspeita diagnóstica. A investigação se inicia pela coleta de material da vagina, através de sonda de nelaton acoplada a uma
seringa, para realização de exame a fresco com SF a
0,9% e teste com hidróxido de potássio a 10% (uma gota da secreção vaginal uma gota de KOH) e bacterioscópico (Gram).
Assim, diante do exposto pela questão, com descrição de leucorreia sem odor, com consistência
mucoide, pH vaginal 4,2 e teste das aminas
negativos, temos uma vulvovaginite inespecífica.

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12
Q

Qual o tratamento para Vaginite Citolítica?

A

o tratamento da vaginose
citolítica consiste na alcalinização do meio vaginal com duchas vaginais com 30 a 60 g de bicarbonato de sódio diluído em um litro de água morna, duas a três vezes por semana.

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13
Q

Em relação às vulvovaginites na infâncias:

A vulvovaginite na faixa etária
pediátrica pode ser classificada em causas específicas e inespecíficas, sendo o principal fator determinante das causas inespecíficas a precariedade de higiene urinária e fecal.

A

VERDADEIRO

A vulvovaginite é a afecção
ginecológica mais comum na infância. A proximidade entre a vagina e o ânus somada à precariedade da higiene da região podem levar à proliferação
bacteriana e provocar vulvovaginites inespecíficas, com vulvite primária e vaginite secundária.

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14
Q

Em relação às vulvovaginites na infâncias:

Em se tratando de leucorreia fisiológica neonatal, a análise laboratorial da secreção revela muitos piócitos, pois tal secreção é constituída por células de descamação e muco cervical.

A

FALSO

A leucorreia fisiológica neonatal é
pobre em piócitos.

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15
Q

Em relação às vulvovaginites na infâncias:

Cerca de 2 anos antes da menarca, as meninas pré-púberes passam a apresentar leucorreia fisiológica clara associada a leve padrão irritativo local.

A

FALSO

A leucorreia fisiológica precede a menarca em cerca de seis meses a um ano. A secreção é constituída de células vaginais descamativas, transudato e muco cervical e é decorrente do estímulo gonadal, sem qualquer sintoma irritativo.

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16
Q

(V OU F) ?
Lactobacilos, Streptococcus agalactiae
e Staphylococcus epidermidis
são microrganismos presentes
fisiologicamente na flora vaginal.

A

VERDADEIRO

A composição habitual da flora
vaginal inclui a presença de aeróbios Gram-positivos (Lactobacillus acidophilus, Staphylococcus epidermidis e, ocasionalmente, Streptococcus agalactiae) e Gram-
negativos (Escherichia coli), anaeróbios facultativos
(Gardnerella vaginalis,Enterococcus),
anaeróbios estritos ou obrigatórios (Prevotella spp., Bacteroides
spp., Peptostreptococcus spp., Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis) e fungos, com destaque para a Candida spp.

17
Q

Qual é o pH vaginal normal?

A

Entre 3,8 e 4,2

A manutenção do pH vaginal ácido (entre 3,8 e 4,2) é fundamental para a estabilização do ecossistema vaginal.

18
Q

(V OU F) ?

A Tricomoníase, causada pelo parasita
Trichomonas vaginalis, apresenta-se ao exame especular como corrimento amarelo-esverdeado, inodoro e não associado a outros sintomas como prurido e disúria

A

FALSO

A tricomoníase cursa com
corrimento vaginal intenso, amarelo-esverdeado,
bolhoso e acompanhado de odor fétido, além de sintomas inflamatórios, como prurido, hiperemia e
edema.

19
Q

(V OU F) ?
A coalescência de pequenos lábios deve ser tratada em casos de dificuldade de micção, de retenção urinária com infecção secundária ou de vulvovaginites de repetição.

A

VERDADEIRO

O tratamento da coalescência de pequenos lábios é
realizado com estrogênio tópico associado à leve
tração e está indicado quando a paciente possui outros sintomas, como dificuldade de micção, retenção urinária com infecção secundária ou vulvovaginite de repetição. Ou seja, o tratamento não está indicado se houver apenas a coalescência de
pequenos lábios, já que a maioria dos casos se
resolve espontaneamente. Na ausência de resposta
ao estrogênio, pode ser prescrito corticóide tópico.

20
Q

(V OU F) ?
A principal causa de sangramento vaginal na infância é a puberdade precoce, porém devemos excluir outras causas, como presença de corpo estranho e violência sexual.

A

FALSO!!!

As principais causas de sangramento vaginal na infância são: vulvovaginite
inespecífica, corpo estranho e traumatismo (o que inclui violência
sexual). A puberdade precoce é um dos diagnósticos diferenciais, porém não é a principal causa.

21
Q

(V OU F) ?

Na maioria das vulvovaginites na infância e adolescência, identifica-se o patógeno responsável pela infecção e a antibioticoterapia é direcionada
especificamente.

A

FALSO

A vulvovaginite mais frequente na infância é a vulvovaginite inespecífica, na qual não é identificada
um agente específico. A conduta nesses casos consiste em orientações de higiene e vestuário.

22
Q

(V OU F) ?

O diagnóstico do prolapso uretral é clínico e a única possibilidade de tratamento é a excisão da mucosa
prolapsada

A

FALSO

O prolapso uretral possui diagnóstico clínico e o
tratamento
preconizado
consiste no uso de
estrogênio tópico.
Portanto, a única alterantiva correta é a que afirma que a coalescência de pequenos lábios deve ser
tratada nos casos de dificuldade de micção, de retenção urinária com infecção secundária ou de
vulvovaginite de repetição.