Vascular Flashcards
Quais os principais aspectos a ser observados na inspeção do sistema arterial?
(A)tidude (M)usculatura (C)or (A)lterações tróficas (N)ecroses e úlceras
Que aspectos devem ser observados de atitude na inspeção do sistema arterial?
O membro isquêmico costuma pender para fora do leito, para facilitar o aporte sanguíneo. Isso é visto em tromboangeíte obliterante e doença aterosclerótica.
Que aspectos devem ser observados de musculatura na inspeção do sistema arterial?
Na coarctação da aorta, há um desbalanço entre os membros, cm desenvolvimento avantajado de braços e subdesenvolvimento de membros inferiores.
Na síndrome de Leriche, é encontrada atrofia muscular de MMII, por conta de obstrução aterosclerótica da bifurcação aortoilíaca.
A cor da pele depende de que fatores?
Fluxo sanguíneo
Grau de oxigenação da hemoglobina
Quantidade de melanina
Qual a fisiopatologia da palidez?
Diminuição acentuada do fluxo sanguíneo.
Qual a fisiopatologia da cianose?
Acúmulo de hemoglobina reduzida.
O que é eritrocianose?
Tom vermelho-arroxeado visto em alguns casos de isquemia.
Caracterize o Fenômeno de Raynaud.
Resultado de vasoespasmos de extremidades, respondendo de modo exagerado a temperatura fria ou a estresse. É caracterizado por palidez (fase isquêmica) - cianose (venoestase e desoxigenação) - rubor (hiperemia reativa/reperfusão).
Que aspectos devem ser observados de cor na inspeção do sistema arterial?
Palidez
Hiperemia
Cianose
Fenômeno de Raynaud
Que aspectos devem ser observados de alterações tróficas na inspeção do sistema arterial?
(A)trofia de pele (D)iminuição do tecido subcutâneo (Q)ueda de pelos (U)nhas quebradiças, de crescimento lento, hiperceratósicas (H)iperidrose
Que aspectos devem ser observados de necrose na inspeção do sistema arterial?
A necrose tecidual ou gangrena, pode ser seca, quando existe apenas tecido necrosado ou úmida quando existe infecção sobrejacente.
Outro achado é a úlcera de origem arterial
Quais devem ser os aspectos usados na palpação do sistema arterial?
(T)emperatura (E)lasticidade (C)onsistência (MO)bilidade (U)midade (FRÊ)mito (A)rtérias
Que aspectos devem ser observados de temperatura na palpação do sistema arterial?
Hipertermia - sugere inflamação local
Hipotermia - sugere isquemia local
Como avaliar a elasticidade na palpação do sistema arterial?
Deve-se pinçar uma dobra de pele com a poupa dos dedos indicador e polegar.
Cite duas doenças que podem cursar com alterações de pele.
Esclerodermia
Tromboangeíte
Como classificar a amplitude do pulso arterial?
Em 4 cruzes, sendo 0 ausência de pulso e 4 pulso normal.
Onde o pulso radial é palpado?
Medialmente ao processo estilóide na face palmar do punho.
Onde a artéria braquial é palpada?
Medialmente ao tendão do bíceps braquial acima da fossa cubital.
Onde é palpada a. carótida comum?
Entre a borda anterior do m.esternocleidomastóideo e a proeminência laríngea.
Onde a a. femoral é palpada?
Traçando uma linha imaginária entre a sínfise púbica e a EIAS, está na metade, abaixo do ligamento inguinal.
Onde é palpada a A. Poplítea?
Na fossa poplítea. O examinador deve semi-fletir a perna, com o paciente em decúbito dorsal. Com os polegares sobre a pela e os dedos restantes em busca de pulsações.
Como é palpada a A. dorsal do pé?
No dorso do pé, entre os ligamentos extensores do 1 e 2 dedos.
Onde é palpado o pulso tibial posterior?
Posteriormente ao maléolo medial.
A ausculta de que artérias é indispensável no exame do sistema arterial?
A. femorais, carótidas e renais.
A ausculta de sopros carotídeos sugerem…
Qual o principal diagnóstico diferencial?
Placa aterosclerótica
Sopro cardíaco que irradia.
Qual a importância da ausculta das artérias renais em pacientes hipertensos?
Por conta da avaliação de hipertensão secundária.
O que sopros abdominais sugerem?
Aneurisma de aorta, especialmente os sistólicos.
Quais as principais manobras de avaliação do sistema arterial?
Manobra de Allen M. de Adson M. Costoclavicular M. de Hiperabdução M. Isquemia provocada M. de Moser
Como fazer a manobra de Allen?
OBJ: verificar a permeabilidade ulnar e radial
Solicite que o paciente cerre o punho de uma das mãos e comprima tanto a a. ulnar quanto a a. radial com os dedos e o polegar. Dai, descomprime uma e verifica se houve restabelecimento da coloração e depois verifica a outra.
Caracterize a Manobra Costoclavicular.
É utilizada para detectar a compressão da artéria subclávia quando passa pelo espaço costoclavicular.
O paciente deve estar sentado, com os MMSS apoiados sobre os joelhos. Depois palpa-se o pulso radial e ausculta-se a região supraclavicular do lado que está sendo examinado.
A seguir, o paciente realiza uma inspiração profunda e joga os ombros para trás e para baixo. Se houver compressão da artéria subclávia, o pulso radial diminui/desaparece e surge um sopro na região supraclavicular.
Caracterize a manobra de Hiperabdução.
Utilizada para identificar compressão da artéria subclávia pelo tendão do músculo peitoral menor.
Inicialmente, o paciente deve estar sentado, com os MMSS apoiados sobre os joelhos. Depois palpa-se o pulso radial, e pede-se para o paciente realizar o movimento de hiperabdução do braço, colocando a mão acima da cabeça. A diminuição da ampliação do pulso durante o movimento sugere compressão da artéria subclávia.
Caracterize a manobra de Isquemia Provocada.
Com o paciente em decúbito dorsal, o médico deve observar a coloração da região plantar. Em seguida, o paciente deve elevar os MMII até o ângulo de 90 graus, mantando-os nessa posição por 1 minuto, então observa-se a novamente a coloração nas regiões plantares. A palidez aponta isquemia.
Depois, retorna-se os membros para a posição horizontal e verifica qual o tempo para que os membros voltem ao normal.
(tempo normal: 5-12 segundos)
No vaso se isquemia muito acentuada observa-se hiperemia reativa de modo heterogêneo.
Caracterize a Manobra de Moser.
Pede-se para o paciente faça seguidas flexões plantares, se apoiando na ponta dos pés por 1-2 min.
Isso pode acentuar isquemias no membro.
Em caso de diminuição de pulso pedioso indica obstrução femoral/ilíaca.
Também pode evidenciar sopros femorais não antes auscultados.
Cite algumas alterações importantes de se notar na inspeção do sistema venoso.
Circulação colateral
Veias varicosas
ALterações cutâneas (ex.: dermatite ocre)
EDema
Caracterize a dermatite ocre.
É a hipercromia em botas, característica da insuficiência venosa crônica.
Como é o edema da insuficiência venosa crônica?
Edema de membros inferiores, vespertino, desaparece em repouso, mole e depressível em regiões perimaleolares e terço médio das pernas.
O que são varizes?
Ectasias venosas.
Que diagnóstico esse caso sugere?
“Edema de MMS e/ou de MMII, com sinais flogísticos (eritema, dor e calor)”
Celulite
O que é a Síndrome de Paget-Schötter?
Tromboses de veia subclávia, associadas circulação colateral, causado por punção profunda desse vaso, hipercoagulabilidade ou esforço excessivo.
Qual a principal causa de trombose da veia cava superior?
Processos neoplásicos mediastinais
Qual a tríade clássica das tromboses de veia cava superior?
Cianose Facial e de MMSS
Circulação colateral com turgência jugular
Edema em esclavinia (face, fossas supraclaviculares, pescoço)
Que itens devem ser verificados na palpação do sistema venoso?
(T)emperatura (U)midade (S)ensibilidade (E)dema (D)or (E)stase venosa (V)eias perfurantes
Qual importante manobra deve ser feita na pesquisa de edemas?
Manobra de Godet, buscando o Sinal do Cacifo.
Como são classificados os edemas quanto a intensidade?
+ retorno imadiato, 2mm de profundidade
++ 10-15s, 4 mm de profundidade
+++ 1 minuto, 6 mm de profundidade
++++ 3-5 min, 8 mm de profundidade
Cite 3 medidas de acompanhamento de um edema.
Manobra de Godet
Aferição da circunferência
Aferição do peso
Que importante alteração de consistência vista na palpação do sistema venoso?
Consistência mais tensa, devido a estase venosa.
Qual o epônimo para veias perfurantes na face medial da perna em seu terço distal?
Perfurantes de Cockett
Qual o epônimo para veias perfurantes na face medial da perna em seu terço proximal?
Perfurantes de Boyd
Qual o epônimo para veias perfurantes na face medial da coxa em seu terço distal?
Perfurantes de Dodd
O que é a manobra de Brodie- Tredelenburg Modificada?
Utilizada no diagnóstico de insuficiência da válvula ostial da safena interna e das válvulas de veias perfurantes, na insuficiência venosa crônica .
Em um primeiro tempo, posiciona-se o membro em decúbito dorsal.
Depois eleva-se o membro a 90 graus, esvaziando varizes com massagens. Então coloca-se um torniquete na raiz da coxa, abaixo da crossa da safena.
Então o paciente assume a posição ortostática e se observa o que ocorre com as veias da perna.
•Normalidade: safena enche o sistema venoso em 35 segundos no sentido caudalcranial
•1- Em ortostase, mesmo com o torniquete observa-se enchimento varicoso caudalcranial = Perfurantes insuficientes
•2- Retirando-se o torniquete há um enchimento rápido das varizes no sentido crâniocaudal = Insuficiência da válvula ostial da safena interna
•3- Soma das duas anormalidades supracitadas
O que é a Manobra de Homans?
Feita em paciente com suspeita de Trombose Venosa Profunda.
Dorsiflexão forçada do pé, se provocar dor intensa em panturrilha indica TVP.
O que é Manobra de Denecke-Payr?
Consiste na compressão com o polegar da planta do pé contra o plano ósseo.
Se provocar dor intensa é positiva para TVP de veias profundas do pé.
O que é a Manobra de Olow?
Compressão da musculatura da panturrilha contra o plano ósseo. Se houver dor é positiva para suspeita de TVP de veias da panturrilha (Sinal de Bancroft).
O que é Sinal da Bandeira?
Empastamento da panturrilha devido ao edema da massa.
O que é Prova de Schwartz?
Com o paciente em posição ortostática, palpa-se a veia safena magna com uma das mãos, com concomitante percussão digital das dilatações venosas a nível da safena magna, explorando com a outra mão a onda de transmissão. A propagação retrógrada da onda é indicativa de insuficiência valvular e hipertensão venosa.
Quais as características de edemas de vasos linfáticos?
O linfedema é frio, duro (fibrose por acúmulo de fibroblastos e fibrina), indolor. Costuma acometer o dorso do pé e os pododáctilos, poupando o calcâneo. A pele torna-se fosca, em semelhança com casca de laranja.
O que é Sinal de Stemmer?
Quando se pode pinçar a pele da parte superior dos pododáctilos. Característico do linfedema.
Qual o estágio mais avançado de linfedema?
Elefantíase, com alterações tróficas, como eczema, necrose, erosões e úlcera.
Cite as principais síndromes do sistema vascular periférico.
Isquemia arterial aguda
Isquemia arterial crônica
Trombose Venosa Profunda
Insuficiência Venosa Crônica
Qual a clínica do paciente com isquemia arterial aguda?
5 P’s:
•Polar (membro frio)
•Pain (dor)
•Pulseless (ausência ou diminuição do pulso)
•Paresthesia (parestesia)
•Paresis (paresia)
Podendo ser causada tanto por trombose, quanto por embolização, sendo a pesquisa de arritmia cardíaca essencial e a dor o sintoma mais precoce.
Como é o quadro de isquemia arterial crônica?
A claudicação intermitente é o quadro mais clássico, podendo cursar com úlceras, redução ou ausência de pulsos, alterações atróficas e diminuição da pilificação.
O que é trombose venosa profunda?
Coagulação sanguínea intravenosa que leva a formação aguda de trombos.
Para que isso ocorra são necessários 2 ou 3 fatores da tríade de Virchow (lesão parietal, estase sanguínea, hipercoagulabilidade)
Quais as manifestações clínicas da TVP?
Aumento do volume do membro
Dor
Eritema ou cianose
Febre baixa
Quais os achados no exame físico de TVP (7)?
- Sinal de Pratt: veias pré tibiais túrgidas
- Sinal da Bandeira: empastamento muscular da panturrilha
- Sinal de Homans: dor a dorsiflexão forçada do pé
- Sinal de Duque: retificação do oco poplíteo
- Sinal de Bancroft: dor ao pressionar a panturrilha contra planos ósseos.
- Sinal de Löwemberg: dor à compressão da panturrilha pelo esfigmomanômetro na panturrilha com pressão entre 60 e 180 mmHg
- Sinais de Ducuing: trombose das veias ilíacas internas e pélvicas, com edema pubiano, edema de órgãos genitais externos, disúria, retenção e incontinência urinária, meteorismo, tenesmo e dor à defecação
- Sinal de Denecke-Payr: dor intensa a compressão com o polegar da planta do pé contra o plano ósseo
O que é sinal de Pratt?
•Sinal de Pratt: veias pré tibiais túrgidas
O que é sinal de Neuhoff?
•Sinal de Neuhoff/da Bandeira: empastamento muscular da panturrilha
O que é sinal de Homans?
•Sinal de Homans: dor a dorsiflexão forçada do pé
O que é sinal de Duque?
•Sinal de Duque: retificação do oco poplíteo
O que é sinal de Olow?
•Sinal de Olow: dor ao pressionar a panturrilha contra planos ósseos.
O que é sinal de Löwemberg?
•Sinal de Löwemberg: dor à compressão da panturrilha pelo esfigmomanômetro na panturrilha com pressão entre 60 e 180 mmHg
O que é sinal de Ducuing?
•Sinais de Ducuing: trombose das veias ilíacas internas e pélvicas, com edema pubiano, edema de órgãos genitais externos, disúria, retenção e incontinência urinária, meteorismo, tenesmo e dor à defecação.
O que é insuficiência venosa crônica?
Conjunto de alterações decorrentes de hipertensão venosa de longa duração, seja por consequência de TVP, seja por incompetência valvar.
Quais as manifestações clínicas de insuficiência venosa crônica?
Edema de MMII
Parestesia
Sensação de peso
Dermatite ocre
V ou F: 90 por cento dos casos de TVP evoluem com insuficiência venosa crônica (Síndrome Pós-Trombótica).
F: 30 por cento dos casos de TVP evoluem com insuficiência venosa crônica (Síndrome Pós-Trombótica).
Diferencia úlceras venosas e arteriais.
A úlcera venosa costuma ser bilateral, mas predomina no maléolo medial, é pouco dolorosa/indolor, bordas mal definidas, fundo molhado, sujo/purulento
A úlcera arterial predomina em maléolo lateral, sendo muito dolorosa, com bordas bem definidas, fundo necrótico e cicatrização mais difícil.
O que é Sinal de Maher Michaelis?
Pródromo da TVP
- Taquicardia
- Febre baixa
- Mal-estar