Cardio Flashcards

1
Q

Onde é o foco aórtico?

A

2 EIC na linha paraesternal direita

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2
Q

Onde é o foco pulmonar?

A

2 EIC na linha paraesternal esquerda

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3
Q

Onde é o foco tricúspide?

A

5 EIC na linha paraesternal esquerda

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4
Q

Onde é o foco aórtico acessório?

A

Ponto de Erb - 3 EIC na linha paraesternal esquerda

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5
Q

Onde é o foco mitral?

A

5 EIC na linha hemiclavicular esquerda

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6
Q

As bulhas acessórias ocorrem em que momentos do ciclo cardíaco?

A

Na diástole, sendo B3 protodiastólica e B4 telediastólica/pré-sistólica.

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7
Q

Caracterize B3

A

Bulha da sobrecarga de volume

Protodiastólica

Miocardiopatia dilatada (HAS cronico)

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8
Q

Caracterize B4

A

Sobrecarga de pressão

Telediastólica / Pré-sistólica

Hipertrofia Ventricular Esquerda

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9
Q

Em que patologia definitivamente não se espera B4.

A

Fibrilação Atrial

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10
Q

O que avaliar na inspeção do exame do precórdio?

A
A - atitude
T - tórax (forma, deformidades, cicatrizes, abaulamentos, lesões elementares)
E - sinais de Endocardite
N - Sinais se coronariopatia 
D - sinais de dislipidemia
I - Impulsos visíveis
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11
Q

Cite algumas posições típicas na inspeção do precórdio.

A

Sinal de Levine - punho cerrado sobre o tórax ( isquemia miocárdica)
Sinal de Blechmann - decúbito ventral abraçado a travesseiro (pericardite constritiva)
Prece maometana - paciente ajoelhado com tórax inclinado para frente (pericardite constritiva e pancreatite)
Cócoras - Cardiopatias cianóticas, ex Tetralogia de Fallot
Ortopneia - IC
Platipneia - mixoma atrial, hipovolemia e síndrome hepatopulmonar)

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12
Q

Quais os sinais de endocardite infecciosa?

A

Petéquias palatais
Unhas com hemorragias subungueais (hemorragias em Splinter)
Nódulos de Osler (lesões eritematosas, elevadas, dolorosas, comumente em plantas e palmas)
Manchas de Janeway ( lesões não dolorosas, eritematosas ou hemorrágicas, comumente em plantas e palmas)

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13
Q

Quais sinais indicativos de tendência a coronariopatias precoce?

A

Sinal de Frank

Sinal de Linchstein

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14
Q

Quais os sinais se dislipidemia observados na inspeção?

A

Xantelasma
Halo senil com menos de 40 anos
Xantoma

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15
Q

Quais os impulsos visívais no exame do precórdio?

A

Ictus
Pulso jugular
Pulso carotídeo
Turgência jugular
Pulso de VD em epigástrio ou região paraesternal esquerda
Pulso de aorta em epigástrio ou fúrcula esternal

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16
Q

Havendo impulso visível no epigástrio, como saber se é aórtico ou de VD?

A

O aórtico é mais visível na expiração, por conta da aproximação do abdome da aorta que ocorre nessa fase.

O de VD é mais visível na inspiração por conta do aumento do retorno venoso.

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17
Q

Qual a posição normal do ictus?

A

4 ou 5 EIC na linha hemoclavicular esquerda

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18
Q

Dê um sinal de cardiomegalia visto no tórax.

A

Abaulamento do 3 ao 6 EIC.

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19
Q

Dê um sinal de derrame pericárdico.

A

Sinal de Williams - estruturas ósseas e cartilagíneas impelidas para fora do EIC

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20
Q

V ou F: As bulhas acessórias muita das vezes são mais visíveis do que palpáveis.

A

V.

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21
Q

Como diferenciar o pulso jugular do pulso carotídeo.

A

Pulso jugular é facilmente VISÍVEL, enquanto o carotídeo dificilmente .
Pulso carotídeo é palpável, enquanto é pouco visível.
No pulso jugular são vistas múltiplas ondas, no carotídeo somente uma.
O pulso carotídeo não se altera com nenhuma manobra, o jugular reduz/some a digitopressão, diminui na Rivero Carvallo, diminui com o aumento do ângulo da cabeceira.

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22
Q

Qual a posição ideial para avaliar turgência jugular?

A

Paciente deitado com cabeceira elevada a 45 graus.

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23
Q

O que é manobra de Rivero Carvallo?

A

Inspiração profunda seguida de expiração.

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24
Q

O que a turgência jugular indica?

A

Indica elevação da Pressão Venosa Central (PVC).

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25
Q

O que é PVC?

A

Pressão venosa central, a qual é a pressão de enchimento do AD, sendo um reflexo de funcionamento do VD.
Está aumentada em IVD, ICC, tamponamento cardíaco.
Pode cursar com refluxo hepatojugular.

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26
Q

Como estimar a PVC?

A

Pela mensuração da altura da coluna de água. *

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27
Q

Como pesquisar o refluxo hepatojugular?

A

Aplica-se uma suave pressão no hipocôndrio direito por 30 segundos e observa-se a altura do pulso venoso. Na presença do refluxo há elevação da altura durante todo o período de compressão.

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28
Q

O que é sinal de Kussmaul?

A

Quando o pulso jugulae é indiferente à inspiração ou ainda, eleva-se.
Ex. pericardite constritiva ou tamponamento cardíaco.

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29
Q

Como são as ondas dos pulsos venosos?

A

Onda a: contração atrial; é a onda de maior amplitude, que acompanha o pulso carotídeo
Onda c: é o fechamento da valva tricúspide; pequena elevação na pressão do AD, representada como um entalhe no descenso X.
Descenso X: relaxamento do AD
Onda v: é o retorno venoso com a valva tricúspide fechada.
Descanso Y: abertura da tricúspide.

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30
Q

Como o pulso venoso deve ser avaliado?

A

Deve ser observado ao mesmo tempo que o pulso carotídeo esquerdo é palpado.

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31
Q

Quais as alterações de pulso venoso da estenose tricúspide?

A

Onda a gigante

Onda y lentificada

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32
Q

O que deve ser avaliado no exame do pulso arterial?

A
F - frequência 
R - Ritmo
A - amplitude
T - tensão da parede
E - estado da parede
C - contorno do pulso 
S - simetria
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33
Q

Como é o pulso arterial da estenose aórtica?

A

Pulso parvus tardus / anacrótico

Pulsos carotídeos diminuídos são marcantes em caso de obstrução aórtica.
Além de possuírem menor amplitude, têm porção ascendente mais lenta (parvus) e pico mal definido e tardio (tardus).

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34
Q

Quais as alterações de pulso venoso da insufuciência tricúspide?

A

Intensificação da onda v, mais precoce e de maior amplitude

Apagamento da descenso x, especialmente na porção mais tardia

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35
Q

Quais as alterações de pulso venoso da fibrilação atrial?

A

Ausência de onda a

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36
Q

Quais as alterações de pulso venoso no BAV total?

A

Onda a em canhão

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37
Q

Quais as alterações de pulso venoso no BAV de 2 grau?

A

Algumas ondas a não são sucedidas por ondas v

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38
Q

Como é o pulso arterial da insuficiência mitral?

A

Redução da amplitude de pulso, tendo ascensão e descida rápidas.

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39
Q

Como é o pulso arterial da insuficiência aórtica?

A

Pulso em matelo d’água: grande amplitude, subida e descida bruscas.

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40
Q

Como é o pulso arterial da dupla lesão aórtica?

A

Pulso bisferiens: dupla sensação, no qual as duas ondulações aparecem no ápice da onda de pulso.

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41
Q

Como é o pulso arterial da qqqqqqqq?

A

Pulso alternante:

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42
Q

Como é o pulso arterial no tamponamento cardíaco?

A

Pulso paradoxal: há uma redução da amplitude do pulso quando o paciente realiza inspirações

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43
Q

Que elementos devem ser avaliados na palpação do précordio?

A
Palpar Ictus:
Visível?
Palpável?
Localização
Extensão
Amplitude
Duração
Bulhas (choque valvar), bulhas acessórias e frêmitos
MObilidade

Palpar borda livre de VD:

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44
Q

Qual o nome que se dá ao ictus de grande amplitude que levanta os dedos do examinador?

A

Ictus propulsivo, relacionado a hipertrofia de VE.

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45
Q

Que nome recebe o ictus com duração prolongada?

A

Ictus sustentado, relacionado a hipertrofia de VE.

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46
Q

A que bulha equivale a onda pré-sistólica?

A

Quarta bulha.

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47
Q

O que uma redução da mobilidade do ictus sugere?

A

Pericardite constrictiva.

48
Q

Quais as diferentes técnicas de palpação do VD?

A

Nos 3, 4 e 5 EIC (terço médio), na linha paraesternal esquerda:
*Com os punhos cerrados
*Com a região tenar
*Com as poupas digitais
No apêndice xifóide com a face palmar da mão

49
Q

Como realizar a inspeção do pré-cordio?

A

Com o paciente a 30 graus, LL e dos pés para a cabeça, tangencialmente, para facilitar a observação de abaulamentos, retrações e pulsos.

50
Q

Em que casos podem ser notadas ondas pré sistólicas?

A

Hipertensão pulmonar ou estenose pulmonar.

51
Q

Em que casos podem ser notadas ondas de enchimento do rápido?

A

Disfunções de VD.

52
Q

Como se dá a palpação de vibrações no exame do précordio?

A

Quando uma vibração for palpado, , é preciso descrever:
Localização
Ciclo cardíaco
Irradiação
Caracterização: choque, frêmito ou estalido

53
Q

Quais as etiologias principais dos choques de B1?

A

Calcificações e fibroses que geram estenoses valvares, como de mitral e tricúspide
Outras causas são síndromes hipercinéticas.

54
Q

Quais as etiologias principais dos choques de B2?

A

Doenças que aumentam a pressão sistólica
B2 palpável em foco pulmonar sugere HAP
B2 palpável em foco aórtico sugere HAS

55
Q

V ou F: Nas estenose valvares B1 é palpável.

A

F. Embora nas estenoses de valvas AV haja palpação de B1, nas estenoses de semilunares a B2 não é palpável, inclusive na ausculta é hipofonética.

56
Q

O que os frêmitos representam na palpação do precórdio?

A

Sopros palpáveis.

57
Q

O que frêmitos em base cardíaca sugerem?

A

Insuficiência quando diastólicos e estenose quando sistólicos.

58
Q

O que frêmitos em ápice cardíaco sugerem?

A

Estenose quando diastólicos e insuficiência quando sistólicos.

59
Q

O que um frêmito diastólico que irradia para fúrcula esternal e carótidas sugere?

A

Insuficiência aórtica.

60
Q

Como deve ser feita a ausculta do precórdio?

A

Paciente em decúbito dorsal, com cabeceira elevada a 30º. Com o paciente despido, começar pelo ápice e ir subindo paulatinamente pela linha paraesternal esquerda até o 2 EIC, cruzando a linha média . Além disso, deve-se auscutar locais de irradiação dos sopros, como carótidas e axila(?).

61
Q

Como classificar os sopros no ciclo cardíaco?

A
  • sistólicos ou diastólicos

* proto, meso, tele, holo

62
Q

Que elementos devem ser observados na ausculta do precórdio?

A

BRACDSA

B ulhas (B1 e B2, palpando o pulso carotídeo)
R egularidade
A cessórias (B3 e B4)
C liques e estalidos
D esdobramento de B2
S opros orgânicos e funcionais
A trito pericárdico
63
Q

Como pode ser classificado a regularidade do ritmo cardíaco?

A
Regular
Regularmente irregular (ex: extrassístole)
Irregular irregular (ex.: FA)
64
Q

Qual a tríade de Beck?

A

Hipofonese de bulhas
Turgência jugular
Hipotensão arterial

65
Q

Que compõe B2?

A

Há um componente aórtico e um pulmonar, sendo que o fechamento aórtico (A2) ocorre primeiro e o pulmonar (P2) imediatamente após, sem que haja um intervalo entre elas.

66
Q

Explique o desdobramento fisiológico de B2.

A

Durante a inspiração, há recrutamento de vasos da microcirculação pulmonar, fazendo com que a pressão transmitida a artéria pulmonar seja menor, de modo que a valva pulmonar feche mais tardiamente. Na inspiração, B2 desdobrada (A2 P2), na expiração som único.

67
Q

Explique a acentuação do fisiológico.

A

Representa uma condição potológica, na qual haverá um afastamento maior na inspiração e um certo intervalo na expiração, decorrente de um maior atraso no fechamento da pulmonar.
Ex.: Bloqueio do ramo direito (BRD)

Outro caso é o adiantamento do fechamento da valva aórtica, como na insuficiência mitral.

68
Q

Explique o desdobramento paradoxal.

A

O componente aórtico se encontra atrasado.
Na inspiração, o componente pulmonar vem primeiro, logo imediatamente o aórtico, não sendo notada um desdobramento. Mas na expiração, haverá uma acentuação disso, pelo atraso aórtico (duplo som somente na expiração).
ex,: bloqueio de ramo esquerdo e estenose aórtica

69
Q

Explique o desdobramento fixo.

A

Tanto na inspiração, quanto na expiração, B2 apresentará um som duplo com intervalos iguais.
ex.: CIA

70
Q

Qual parte do estetoscópio deve ser usado na ausculta das bulhas acessórias e por quê?

A

A campânula, uma vez que as bulhas acessórias são sons graves.

71
Q

Onde as bulhas acessórias formadas no VD são melhor auscultadas?

A

Na região paraesternal e apex.

72
Q

V ou F: Cliques e estalidos são sons graves.

A

F. São agudos.

73
Q

O que é um clique de ejeção?

A

Todo som de origem valvar sistólico é um clique, que ocorrem logo após B1.
ex.: valva aórtica bicúspide, estenose pulmonar, dilatação do tronco pulmonar

74
Q

O que é um estalido de abertura?

A

Todo som de origem valvar diastólico é um estalido, que ocorre logo após B2.
ex.: estenose mitral

75
Q

O que é um sopro?

A

Manifestação sonora do turbilhonamento do sangue.

76
Q

Como se classificam os sopros?

A
\+ difícil de auscultar, gera dúvidas
\++ não há dúvidas
\+++ é de alta intensidade
\++++ todo esteto encostado, com frêmito
\+++++ esteto a 45 graus, com frêmito 
\++++++ esteto próximo a pele, com frêmito
77
Q

Que elementos devem ser considerados na avaliação de um sopro?

A
(Cla)ssificação
(D)uração no Ciclo Cardíaco
(I)ntensidade
(F)requência das Vibrações: Campânula ↓ frequências /Diafragma ↑ frequências
(Qua)lidade: Suave, Aspirativo
(Lo)calização: foco melhor audível
(Ir)radiação
(Co)ntorno (platô, decrescente, crescente, em diamante)
Mano(bras)
78
Q

Quais as características dos sopros funcionais?

A

Não estão relacionados a lesões orovalvares
Ocorrem em geral, secundariamente a situações de hipercinese
Sempre sistólicos
Auscultados em múltiplos focos em igual intensidade
São suaves
Não têm frêmito (sempre menos de 4 cruzes)

79
Q

Quais as características dos sopros orgânicos?

A

Há alterações estruturais, sejam valvares ou não
Podem ser sistólicos ou diastólicos
Predominam ou são exclusivos de apenas um foco
Podem irradiar
Podem ter frêmito

80
Q

Quantas e quais são as fases do atrito pericárdico?

A

O atrito pericárdico tem três fases:
*Uma sistólica
*Duas diastólicas ( fase de enchimento rápido e de contração atrial )
Mas comumente é bifásico,tendo uma fase sistólica e outra pré-sistólica.

81
Q

Que posições exacerbam o atrito pericárdico?

A

Posições que aproximam o VD da caixa torácica.

ex.: reclinar para frente

82
Q

Dê 5 manobras para avaliação do precórdio.

A
Handgrip
Rivero Carvallo
Muller
Valsava
Cócoras
83
Q

Como é feita a manobra Handgrip?

A

Paciente e examinador apertam as mãos por cerca de 20 segundos. Essa manobra comprime o leito capilar palmar, fazendo com que a resistência arterial aumente. Para compensar esse aumento da rvp, o VE contrai de modo mais vigoroso, aumentando os sopros e as bulhas do lado esquerdo do coração, com exceção das estenoses.

84
Q

Como é feita a manobra Rivero Carvallo?

A

O paciente irá realizar uma inspiração mais profunda e longa, porém não prender o ar. Essa manobra intensifica o retorno venoso, aumentando bulhas e sopros do lado direito do coração.

85
Q

Como é feita a manobra de Müller?

A

O paciente realiza uma inspiração profunda e mantém boca e nariz fechados. Isso expande o tórax, reduzindo a pressão intratorácica, aumentando o retorno venoso.
Seu valor é provocar desdobramento de B2.

86
Q

Como é feita a manobra Valsava?

A

Paciente realiza uma expiração forçada com boca e nariz fechados por 10 segundos. Inicialmente, o aumento da pressão intratorácica faz com que haja um esvaziamento sanguíneo pulmonar, que segue para o VE e é ejetado. Nesse sentido, há uma diminuição do retorno venoso. Todos os sopros (ALL) diminuem, com exceção do prolapso mitral e cardiomiopatia hipertrófica, que aumentam. O desdobramento paradoxal também aumenta.

87
Q

Que sopros são alterados na posição cócoras?

A

Todos aumentam, com exceção da miocardiopatia hipertrófica.

88
Q

Quais as principais causas de estenose aórtica?

A

Valva aórtica bicúspide
Degeneração Senil
Febre Reumática

89
Q

Quais as principais causas de regurgitação aórtica?

A
  • Causas Primárias: Febre reumática, má formação, endocardite
  • Causas Secundárias: HAS
90
Q

Quais as principais causas de estenose mitral?

A

Febre Reumática (99%), LES

91
Q

Quais as principais causas de insuficiência mitral?

A

Insuficiência
Coronária,
Cardiomiopatias (IAM),
prolapso de Mitral

92
Q

Quais os sinais da inspeção da estenose aórtica?

A

Perigo: síncope -> morte súbita

93
Q

Quais os sinais da inspeção da regurgitação aórtica?

A
  • Dança das Artérias (pulsações em artérias do pescoço)
  • Sinal de Musset (cabeça pulsa p frente)
  • Sinal de Falleti (cabeça pulsa p tras)
  • Sinal de Quincke (pulsações no leito subungueal)
  • Sinal de Muller (Úvula pulsa)
  • Sinal de Gehard (baço pulsa)
  • Sinal de Minervini (pulsações de base de língua)
  • Sinal de Landolf (miose e midríase rítmicas)
94
Q

Quais os sinais da inspeção da estenose mitral?

A

Pensar como HAP
• Fácies Mitral: Rash Malar, cianose de lábios e ponta do nariz
• Onda A Gigante sem colapso X: contração atrial sem o declive AD
• Onda v ampla
• Edema sistêmico

95
Q

Quais os sinais da inspeção da regurgitação mitral?

A
  • Ictus aumentado e lateralizado
  • Buscar aspectos de MARFAN: aracnodactilia, cifoescoliose, pectus escavatum, subluxação do cristalino, envergadura maior que altura, acromegalia…
96
Q

Quais os sinais da palpação de estenose aórtica?

A
  • Frêmito sistólico em foco aórtico, podendo ser palpável em fúrcula e região cervical
  • Pulso Parvus et Tardus
  • Ictus ocupa menor área e é sustentado
  • Hipotensão arterial com pressão de pulso diminuída
  • Pulso carotídeo de elevação lenta e prologada, com frêmito e ombro anacrótico (pico arredondado)
97
Q

Quais os sinais da palpação de regurgitação aórtica?

A

• Pulso de Corrigan (Pulso em Martelo d’água)
• Sinal de Traube ou Pistoll-shot
(ruído na femoral sem compressão)
• Sinal de Durozier (Diastólico se comprime distal/ sistólico se proximal)
• Ápice difuso e hiperdinâmico
• Sinal de Hill: Pressão em MMII maior em 20 mmhg quando comparada com a pressão de MMSS.
• PAS bastante elevada

98
Q

Quais os sinais da palpação de estenose mitral?

A
  • HAP -> VD palpável
  • Frêmito
  • Choque Valvar (B1 estenosada / B2: componente P2 acentuado pela HAP)
  • ↓ da PA pela ↓ da pré carga
99
Q

Quais os sinais da palpação de insuficiência mitral?

A

• Ictus de VE aumentado e difuso devido a sobrecarga volumétrica

100
Q

Quais os sinais da ausculta de estenose aórtica?

A

Sopro Mesosistólico em diamante, ejetivo, melhor audível em foco aórtico, com irradiação para região cervical em ápice do coração. Acompanhado de
Clique de ejeção, B4 (Sobrecarga de pressão) e desdobramento paradoxal B2 (atraso de A2)

101
Q

Quais os sinais da ausculta de regurgitação aórtica?

A

Sopro protodiastólico aspirativo decrescente, melhor audível no foco aórtico acessório. Acompanhado de
clique de ejeção, B3 e B4. ↑ Handgrip!

102
Q

Quais os sinais da ausculta de estenose mitral?

A

Ruflar mesodiastólico com ou sem reforço pré sistólico, melhor audível com a campânula em foco mitral, com
irradiação para axila e esterno esquerdo. Acompanhado de estalido de abertura, B3 e B4 de VD. B1 hiperfonética com qualidade de estalido

103
Q

Quais os sinais da ausculta de insuficiência mitral?

A

Sopro Holossistólico em platô, melhor audível em foco mitral, com ou sem irradiação para dorso e axila.B3, B2 desdobrada, B1 hipofonética
↑ Handgrip!

104
Q

Quais os sopros acessórios da estenose aórtica?

A

Fenômeno de Gallavardin: irradiação do Sopro para ápice com mudança de som áspero para musical.

105
Q

Quais os sopros acessórios da insuficiência aórtica?

A

• Sopro de Austin-Flint: sopro diastólico em ruflar devido ao hiperfluxo diastólico, que falseia o sopro da estenose mitral.
estenose mitral
• Efeito de Venturi: Angina pela queda da perfusão das coronárias

106
Q

Quais os sopros acessórios da estenose mitral?

A

Sopro de Graham-Steel: em sopro suave diastólico em borda esternal esquerda, em decorrência da HAP secundária a estenose mitral.

107
Q

Quais os sopros acessórios da insuficiência mitral?

A
  • Sopro Circular de Miguel Couto: irradiação para axila e dorso
  • Sopro de Carey Coombs Grant: sopro mesodiastólico de enchimento em foco mitral devido ao fluxo sanguíneo volumoso (difere da estenose mitral pois não há estalido, e não é ruflar)
108
Q

Como as manobras alteram os sopros resumidamente?

A

1) HandGrip: ↑ Resistência Arteriolar ∴ ↑ sons do lado esquerdo (exceção: sopros de estenose)
2) Valsalva: ↑ Pressão Intratorácica ∴ ↓ Todos os sons (Exceção: prolapso de mitral e hipertrofia septal)
3) Riveiro Carvalho: ↑ Retorno Venoso ∴ ↑ Sons do lado Direito (OBS: manobra de Muller - Inspiração profunda boca e nariz fechados- desdobramento de B2)
4) Squat/Cócoras: ↑ Retorno Venoso ∴ ↑ Todos os Sons (exceção cardiomiopatia hipertrófica)

109
Q

Qual a principal etiologia da estenose tricúspide?

A

Origem reumática.

Possui alto grau de associação com estenose mitral, que normalmente a precede.

110
Q

Quais as principais etiologias da insuficiência tricúspide?

A

Valvopatias ligadas ao aumento do anel valvar, secundariamente a hipertrofia esquerda.
Outra origem é a reumática.

111
Q

Quais as principais manifestações clínicas na estenose tricúspide?

A

Edema de MI
Ascite
Refluxo hepatojugular
Turgência jugular

112
Q

Quais achados clínicos importantes no exame físico da estenose tricúpide?

A

Estalidos de abertura tricúspide
Ruflar diastólico intensificado com Rivero Carvallo
Onda a em canhão com elevação da PVC

113
Q

Quais achados clínicos importantes no exame físico da insuficiência tricúspide?

A

Sopro holossistólico ao longo da borda esternal esquerda, que aumenta com Rivero Carvallo
Onda v aumentada

114
Q

Qual é o pulso que pode ser encontrado em algumas doenças que apresentam febre?

A

Pulso dicrótico - dupla onda, na qual a primeira é mais intensa e mais nítida e a segunda é de menor intensidade e ocorre imediatamente a seguir.

115
Q

Que tipo de hipertrofia se desenvolve na insuficiência mitral?

A

Hipertrofia excêntrica, podendo cursar com miocardiopatia dilatada.

116
Q

Qual o principal agente de endocardite?

A

Streptococcus, que comumente acomete a valva mitral também.

117
Q

Como é a manifestação aguda da cardiopatia por febre reumática? E a crônica?

A

Agudamente gera insuficiência, que costuma ser mitral, havendo sopro de Carey-Coombs.
Cronicamente, costuma causar estenose, em geral mitral.