Urgências em Pneumologia Flashcards

1
Q

V/F

O conceito de urgência é aleatório e depende do estado do doente

A

Verdadeiro

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2
Q

De que depende a triagem em urgência ?

A

Do grau de sofrimento pelos sinais e sintomas apresentados pelo doente - Triagem de Manchester

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3
Q

Emergência

A

Deve ser reconhecida pelo médico, como uma condição que põe em causa as funções vitais e a vida do doente

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4
Q

4 sinais e sintomas mais importantes na urgência de pneumologia

A

Dispneia; toracalgia; tosse; hemoptise

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Q

Sinais a observar em caso de Dispneia

A

FR; Repercussão hemodinâmica; Quantificação da dispneia (mMRC); Sinais de dificuldade; IResp

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6
Q

Escala mMRC

A

(0 –> 4)

0: exercício intenso
1: exercício moderado (apressar; subir)
2: anda mais devagar do que as pessoas com a mesma idade
3: pausas frequentes (100/100m)
4: não sai de casa sem fôlego (vestir/despir com dispneia)

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7
Q

Definição de hemoptise

A

Emissão de sangue vivo pela boca precedido de tosse

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8
Q

Primeiro passo na abordagem das hemoptises

A

Perceber o local de origem do sangue

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9
Q

Definição de hemoptise maciça

A

> 100mL num único episódio OU >500mL em 24h

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10
Q

V/F

O principal problema associado às hemoptises são as perdas hepáticas

A

Falso (a possibilidade de asfixia por impactação da via aérea)

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11
Q

V/F

Perante hemoptise grave deve haver a permeabilização da via aérea, incubando se necessário

A

Verdadeiro

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12
Q

Em que proporção de doentes à asfixia fatal por hemoptises ?

A

1/3

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13
Q

V/F
Existe um medo irracional quanto às hemoptises pela possibilidade de TB, levando à colocação de máscaras e isolamento dos doentes

A

Verdadeiro (mas a TB não se transmite assim)

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14
Q

Qual o sintoma que motiva mais frequente idas à urgência e consulta ?

A

Tosse

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15
Q

V/F

A tosse raramente aparece como sintoma isolado

A

Verdadeiro

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16
Q

Qual a atitude na urgência ?

A

Procura de sinais de alarme: cianose, tiragem, adejo, respiração paradoxal, estridor

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17
Q

A partir de que valores de desoxiHb há cianose ?

A

5 g/dL

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18
Q

V/F

A avaliação visual da cianose é muito correta

A

Falso (é bastante falível - 70%)

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19
Q

V/F

O estridor só é ouvido com a auscultação

A

Falso (ouvido sem o estetoscópio)

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20
Q

Quais as avaliações de EO mais importantes na urgência ?

A

FR, FC, PA, SpO2, EO do tórax

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21
Q

Qual a principal causa de exacerbação de asma ?

A

Infeção

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22
Q

V/F

Num doente com exacerbação de asma não muito grave não é expectável dessaturação

A

Verdadeiro (pela hiperventilação compensatória)

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23
Q

Sinais de alarme/Avaliações de alarme na exacerbação de asma

A

Dessaruração (com normo ou hipercápnia); Silêncio auscultatório (sem sibilância ou MV –> possível intubação); Bicarbonatos a descer (indica que os lactatos poderão estar a subir e acidémia mista); Rx Tórax (geralmente pouco útil, exceto se Ptx ou pneumomediastino)

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24
Q

V/F

A PaO2 dos doentes com DPOC deve ser avaliada enquanto fazem a OLD habitual, senão traduz valores muito alterados

A

Verdadeiro

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25
Q

Quando internar por pneumonia ?

A

CURB-65 de 2 - enfermaria

3,4,5 - internar e considerar UCI

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26
Q

Internar a partir de que PSI ?

A

Classe III 70-90 - talvez

IV >90 - internamento

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27
Q

Com CRB-65 1-2 o que fazer ?

A

Referenciar para o hospital (3 ou 4 urgente)

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28
Q

Como é feito o diagnóstico de Ptx ?

A

Por Rx de tórax

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29
Q

Qual o tipo de Ptx com maior probabilidade de IResp ?

A

Ptx Primário

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30
Q

Quando drenar o Ptx ?

A

Câmara de maior diâmetro de 2cm

31
Q

Ptx hipertensivo

A

Emergência médica - causa instabilidade hemodinâmica por oscilação mediastínica com desvio de estruturas e poccibilidade de colapso pulmonar contralateral

32
Q

V/F

O diagnóstico de pneumomediastino é difícil de realizar

A

Verdadeiro

33
Q

Qual o sinal mais frequente de pneumomediastino ?

A

Enfisema subcutâneo (pode haver disfagia e odinofagia) - Rx duplo contorno cardíaco)

34
Q

Causas secundárias de penumomediastino ?

A

Exacerbação importante de asma; drogas; iatrogenia

35
Q

V/F

Na maioria das situações o penumomediastino tem uma evolução benigna

A

Verdadeiro

36
Q

Se um derrame pleural não apresentar risco de IResp ou instabilidade hemodinâmica, onde deve ser tratado ?

A

Drenagem e investigação deve ser efetuada em ambulatório

37
Q

Como se encontram a maioria dos doentes com IC aguda/EAP quanto ao perfil congestivo/perfusão ?

A

2/3 - congestivos e bem perfundidos

1/4 - congestivos e mal perfundidos

38
Q

Análise para exclusão de diagnóstico de EAP/IC aguda

A

NT-proBNP: se <300 torna o diagnóstico improvável

39
Q

Qual o principal contributo da Pneumologia no EAP ?

A

CPAP (melhora a mortalidade e diminui a necessidade de entubar)

40
Q

Em que situações é preferida a cintigrafia V/Q face à angio-TC ?

A

Grávidas e IRenal

41
Q

Qual a principal causa de obstrução da via aérea superior ?

A

Aspiração de corpo estranho (também são frequentes tumor obstrutivo e angioedema)

42
Q

V/F

O estridor é sempre uma emergência médica

A

Verdadeiro

43
Q

Se a obstrução for a nível laríngeo, que manobra deve ser realizada ?

A

Manobra de Heimlich

44
Q

Que complicação pode ter uma obstrução das vias inferiores por corpo estranho ?

A

Infeção com atelectasia a jusante

45
Q

O que fazer perante obstrução das vias inferiores por corpo estranho ?

A

Broncofibroscopia rígida

46
Q

V/F

As lesões pulmonares agudas por inalação são raras, mas a via resp é a principal via de contacto com tóxicos

A

Verdadeiro

47
Q

V/F

A clínica é muitas vezes específica do agente que causa a intoxicação

A

Falso (costuma ser inespecífica)

48
Q

Vias de lesão

A

Absorção pulmonar com efeitos sistémicos - asfixiantes (CO, cianeto) –> asfixiantes por interferirem com a entrega de O2
Lesão direta do epitélio pulmonar

49
Q

V/F

Perante intoxicações, a medição de SpO2 por oxímetro não é fiável

A

Verdadeiro (medição por GSA)

50
Q

Alterações da GSA na intoxicação

A

Acidose metabólica (com aumento do ácido láctico); Medição da carboxiHb e metaHb

51
Q

O CO desvia a curva da Hb para a … .

A

Esquerda

52
Q

Que valor analítico está aumentado na intoxicação por CO ?

A

carboxiHb (semiviva de 3-6h)

53
Q

Como diminuir a semivida da carboxiHb ?

A

O2 de alto débito com reservatório (30-90 min); O2 hiperbárico (15 min)

54
Q

V/F

Todos os doentes com intoxicação por CO devem fazer FiO2 100%

A

Verdadeiro

55
Q

Valores normais de CarboxiHb

A

0,5-1,5 %

56
Q

CHb no fumador

A

4-10% (até 10%)

57
Q

Sintomas com 10% de CHb

A

Inespecíficos - cefaleias

58
Q

Indicações para O2 hiperbárico

A

> 40% (coma, neuro, CV) OU >15% em grávidas

59
Q

Valor analítico que refere indiretamente a intoxicação por cianeto

A

MetaHb (não é específica; medição direta demora muito tempo)

60
Q

Odor do cianeto

A

Amêndoa amarga (detetado por 60%)

61
Q

Possível antídoto do cianeto

A

Hidroxicobalamina

62
Q

Locais de acumulação de substâncias nas vias consoante as propriedades ?

A
Vias superiores - mais solúveis e maiores
Vias inferiores (alvéolos) - menos solúveis e menores (<5um)
63
Q

Toxicidade pulmonar por absorção sistémica

A

Herbicidas - paraguato (fibrose progressiva em semanas a dias).
Pesticidas - organofosfatos (acumulação de acetilcolina)

64
Q

Manifestações agudas de intoxicação por paraquato

A

Náuseas, vómitos, diarreia, acidose, depressão miocárdica e SNC

65
Q

Tratamento de intoxicação por Paraquat

A

Carvão ativado e sulfato de Mg; corticóides; desferroxamina/acetilcisteína; furosemida

66
Q

V/F

N intoxicação por paraquat, a administração de O2 está CI

A

Verdadeiro

67
Q

Conceito de afogamento ou pré-afogamento

A

Afoganento: morte não intencional por asfixia nas primeiras 24h
Pré-afogamento: sobrevivência nas 1as 24h mesmo que depois não sobreviva

68
Q

V/F

Muitas vezes o afogamento está associado a hipotermia, com arritmias

A

Verdadeiro

69
Q

Água doce e salgada

A

Doce - destruição do surfactante com atelectasias e shunts

Salgada - diluição do surfactante

70
Q

Afogamento seco

A

Espasmo laríngeo aparentemente protetor da entrada de água, mas que impede ar e água - 10-20%

71
Q

O que leva à maioria das complicações e lesões sistémicas no afogamento ?

A

Acidose metabólica (que acompanha a hipoxémia)

72
Q

Complicações precoces (<4h) e tardias (>4h) do afogamento

A

Precoces: Broncospasmo, vómitos e aspiração, convulsões, acidose, hipotermia, hidroeletro
Tardias: ARDS, encefalopatia anóxico isquémica, pneumonia e abcesso, IRenal, coagulopatia, sépsis

73
Q

Quanto tempo deve ficar em observação uma vítima de pré-afogamento assintomática ?

A

6 horas; para alta tem de ter Rx normal, GSA normal, eupneico, auscultação normal

74
Q

Como é que a temperatura pode influenciar a GSA

A

Pode haver falsa elevação da PaO2 quando é assumida a temperatura de 37º