Uretrites Flashcards

1
Q

Definição

A

Processo inflatório da mucosa uretral > infeccioso ou não.

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2
Q

Uretrites não infecciosas

A
- Traumáticas > expressão repetida uretra para verificação da presença de secreção.
#Precedimentos urológicos, cateterismo, endoscopia, sondas de permanência.
  • Químicas > finalidade profilática, terapêuticas ou sexual.
  • Metabólicas > ação irritante da urina sobre o epitélio uretral já comprometido.
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3
Q

As uretrites infecciosas são transmitidos principalmente por …

A

Via sexual

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4
Q

Agentes infecciosos mais comuns nas uretrites

A

Neisseria gonorrhoeae (mais comum - 63% dos casos) e chlamydia (Co-infecção por C. trachomatis é identificado em 20% dos homens e 42% das mulheres com uretrite gonocócica.)

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5
Q

Devido as características clínicas distintas e pela fácil detecção da N. gonorrhoeae pelos exames de GRAM, classicamente dividimos as uretrites em …

A

Gonocócicas ou Específica e Não Gonocócicas ou Inespecífica.

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6
Q

Características da Neisseria gonorrhoeae

A

Diplococo gram (-) intracelular não flagelado > pode estar agrupado no espaço extracelular o

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7
Q

Período de incubação do Neisseria gonorrhoeae

A

3-5 dias

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8
Q

Sinais iniciais da infecção por Neisseria

A

Ardor, prurido uretral

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9
Q

Fisiopatologia da uretrite gonocóccica

A

Infecção epitélio lacunar > 24-48h ocorre a penetração através das células epiteliais chegando a submucosa > resposta dos polimorfonucleares com descamação do epitélio com desenvolvimento de microabscessos submucosos e formação de exsudato.

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10
Q

Quadro clínico da uretrite gonocóccica

A

Descarga uretral muco-purulenta amarelo esverdiada em grande quantidade.
Prurido intenso na fossa navicular que se estende por toda a uretra.
Ardência a micção
Meato uretral pode ficar edematoso, eritematoso e até invertido.

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11
Q

Diagnóstico da uretrite gonocóccica

A
  • Microscopia > Swab de secreção do interior da uretra 2-4 cm, pelo menos 1 hora antes da micção > pelo menos 5 PMN com diplococos G (-) intracitoplasmatico.
  • Cultura
  • Teste de amplificação do DNA (NAAT)
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12
Q

Tratamento uretrite gonocóccica

A

Ceftriaxona 250 mg IM + azitromicina 1g VO (MSD) > irá cobrir se for não gonocóccica.
Ciprofloxacino 500mg dose única (2°geração quinolonas - cobre a 1° (gram (-) + enterobactérias) + pseudomonas aeroginosa e staphilococcus).

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13
Q

Complicações clínicas da uretrite gonocóccica

A

> Infecções de uretra posterior
Prostatite > dor, febre, disúria, diminuição do jato urinário (+ associado a É.coli, proteus e Klebsiela) > ITU

Epididimite > mais associada a C.trachomatis

Estenose de uretra

Proctite > inflamação de mucosa de reto e ânus (dor anal acentuada, prurido, secreção anal sanguinolenta ou mucoide - amarelada e espessa).

Faringite (sexo oral) > raramente aguda

Conjuntivite > evoluí com exsudato purulento com rápida ulceração corneana > nos adultos por autoinfecção e nos RN, pelo contato no trabalho de parto.

Infecção gonocóccica disseminada > endocardite, meningite, osteomielites, poliartrite, dermatite ….

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14
Q

Apresentações da epididimite gonococcica. Explique-as

A
  • Aguda > menos de 6 semanas,
    dor escrotal intensa com irradiação para o cordão espermático, flanco e abdome inferior.
    Febre
    Aumento do volume do epididimo + horrível e reacional + hiperemia de bolsa escrotal.
  • Crônica > dor no epididimo e testicular de longa data sem sinais agudos de inflamação.
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15
Q

A estenose de uretra ocorria muito no passado na infecção gonocóccica pela…
Qual o tratamento?

A

Uretrite causada e pelo tratamento com instilacões intra uretrais.
Procedimentos urológicos, traumas, também podem causar.

Tratamento > uretroplastia com enxerto ou uretrotomia.

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16
Q

Manifestações mais comuns da infecção gonocóccica disseminada

A

Síndrome poliartrite - dermatite - tenossinovite
Poliartralgia migratória envolvendo joelhos, cotovelos e as articulações distais.
Dermatite com pápulas, pústulas e as vezes com componente hemorrágico.

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17
Q

Complicações da uretrite gonococcica na mulher

A

Cervicite purulenta
Salpingite aguda > febre, dor no ventre baixo e dispareunia > pode formar abscessos tubário, ou disseminar-se ocasionando peritonite, abscessos pélvicos, perihepáticos.

Bartolinite (mais comum por bactérias da flora local ou TGI, E. coli, stafilo, estrepto, enterocos

18
Q

Uretrite infecciosa inespecificica é causada principalmente por…

A

Chlamydia trachomatis, ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis.

Menos comuns > Trchomonas vaginalis, Cândida albicans, HSV(herpes vírus), adenovirus.

19
Q

Quadro clinico inicial da uretrite inespecifica

A

Processo inflamatório agudo incidioso, com secreção purulenta ou mucosa de intensidade variável

20
Q

Qual a conduta em um quadro de oftálmica neonatorum.

A

Conjuntivite gerada pelo contato do exsudato purulento no trabalho de parto.
Desenvolve-se em até uma semana após o nascimento.

Conduta > Eritromicina 0,5% colírio ou tetraciclina 1% (colírio) dose única.

21
Q

A chlamydia é um parasita intracelular obrigatório pela sua incapacidade de…

A

Sintetizar ATP

22
Q

A chlamydia apresenta diferentes cepas que podem causar…

A

Linfogranuloma Venéreo, uretrite, cervicite, conjuntivite de inclusão, pneumonia do RN…

23
Q

O mycoplasma é gram __ e pode causar uretrite (não gonocóccica), com período de incubação de 1 - 5 semanas.

A

gram (-)

24
Q

Quadro clínico da uretrite não gonocóccica

A

o Disúria uretral mucosa ou mucoide ou esbranquiçado. Mancha na roupa deixada pela secreção uretral, principalmente ao acordar pela manhã.
o A secreção uretral geralmente é escassa, mas pode ocasionalmente ser espessa e purulenta.
o Pode haver só prurido uretral
o 1/4 dos homens são assintomáticos
2/3 das mulheres são assintomáticas

25
Q

Manifestações clínicas na mulher na uretrite não gonocóccica.

A

Cérvix uterina é o local mais acometido > DIP.
Quando acomete a uretra, pode levar à Síndrome Uretral Aguda: Quadro semelhante a ITU com disúria, polaciúria e piúria no EAS mas com cultura negativa.

26
Q

Como é a coleta de material para diagnóstico para uretrite infecciosa?

A
  • Microscopia direta > Swab de secreção > 5 PMN e ausência de diplococos gram (-) intracitoplasmáticos > isso é observado apenas em uretrite gonocóccica.
  • Análise do 1° jato de urina > presença de > 15 PMN em 5 campos.
27
Q

Diagnóstico (Chlamydia)

A
  • Identificação da própria bactéria
  • Sorologia (alta sensibilidade e baixa especificidade)
  • Cultura > padrão ouro Chlamydia células vivas (tipo McCoy)
28
Q

Diagnóstico (Mycoplasma / Ureaplasma)

A

o Cultura: papel limitado – meios de cultura complexos e crescimento muito lento devido a reduzida atividade metabólica.
o Para fins práticos, o diagnóstico de Mycoplasma é limitado aos testes de amplificação de ácidos nucleicos (PCR).

29
Q

Tratamento uretrite não gonocóccica

A

Azitromicina 1g V.O. (dose única) > apresenta boa [ ] intracelular
ou
Doxiciclina 100mg V.O. 2x/dia durante 7 dias.

30
Q

Tratamento alternativo para uretrite não gonocóccica

A

− Ofloxacina 300 mg VO 2x/dia por 1 semana
− Eritromicina 500 mg VO 4x/dia por 1 semana
− Sulfametoxazol 500 mg VO 4x/dia por 10
dias

31
Q

Complicações e Manifestações Clínicas Extra-Genitais da uretrite não gonococcica

A

▪ Infecção Ascendente para Uretra Posterior:
o Prostatite
− Dor, febre, disúria, diminuição do jato urinário.
o Epididimite
− Adulto jovem < 35 anos
− Diagnóstico diferencial: torção testicular
o Proctite
o Conjuntivite por Chlamydia
− Ocorre de forma semelhante a Conjuntivite por Neisseria gonorrhoeae
− Auto-inoculaçao no adulto e transmissão para o RN durante o parto.
Oftalmia Neonatorum
− A oftalmia causada por Chlamydia trachomatis é a causa bacteriana mais comum sendo responsável por até 40% das conjuntivites em neonatos com < 4 semanas de idade.
o Tracoma
− Doença inflamatória dos olhos, crônica e recidivante causada pela Chlamydia trachomatis, comprometendo a córnea e a conjuntiva (A, B, B1 e C).
o Conjuntivite de Inclusão
− Quadro agudo, causada pela Chlamydia trachomatis, caracterizado por hiperemia unilateral e secreção mucopurulenta (D-K)
o Uveíte
− Inflamação do trato uveal-íris, corpo ciliar e coroide (sindrome de Reiter), também causada pela Chlamydia trachomatis.
o Artrite Reativa – Doença de Reiter
− Refere-se a uma artrite que se desenvolve durante ou logo após uma infecção bacteriana, geralmente genitourinária ou gastrointestinal.
− Na sua etiopatogenia estão envolvidos microorganismos como a Chlamydia trachomatis, que, em associação a fatores imunológicos predisponentes, desencadeiam manifestações clínicas. Indivíduos HLA B27 tem maior predisposição.
− O antígeno bacteriano desencadeia a reação imunológica responsável pela artrite, que se perpetua mesmo após a cura da infecção.
− A denominação Síndrome de Reiter (SR) é reservada para as artrites reativas que cursam com a tríade clássica, presente em apenas 1/3 dos casos.
− O quadro clínico articular é, via de regra, agudo, muito doloroso, mas autolimitado, manifestando-se como uma oligoartrite assimétrica, principalmente de membros inferiores.
TRÍADE CLÁSSICA: Artrite + Uretrite (ou cervicite) + Uveíte
− 1 % dos homens com uretrite por Chlamydia desenvolvem artrite reativa. Destes pacientes 1/3 apresentam a Tríade completa de Reiter.
− As manifestações clínicas ocorrem por mecanismo de resposta imunológica, não sendo encontrado o agente etiológico mesmo na secreção uretral presente na síndrome.

32
Q

Tríade completa de Reiter.

A

TRÍADE CLÁSSICA: Artrite + Uretrite (ou cervicite) + Uveíte

33
Q

Complicações na mulher na uretrite não gonocóccica

A

Salpingite > DIP > abscesso tubovariano

Inflamação da cápsula de Glisson

34
Q

Manifestações clínicas da uretrite por tricomoniase

A

Na mulher
Assintomática até vaginose severa
Pode ocorrer secreção uretra e prurido vaginal

No homem 
Escasso corrimento, disúria, prurido uretra, irritação do meato uretral e sensação de queimação pós ato sexual.
#pode evoluir para epididimite, infertilidade e prostatite.
35
Q

Diagnóstico da uretrite por tricomoniase

A

Triagem inicial
Exame direto a fresco do primeiro jato urinário
Cultura > padrão ouro
Por

36
Q

Tratamento

A

metronidazol 250 mg VO 12/12 7dias

Tinidazol 2 g VO dose única

37
Q

Uretrite por fungo tem como principal agente

A

Cândida albicans
Acometimento principal > balanopostite
Geralmente acomete imunodeficientes

38
Q

O que balanite e postite

A

1° inflamação da glande

2° inflamação do prepúcio

39
Q

Tratamento de uretrite por fungos

A

Tópico >
Itraconazol 1%
Cetonazol 2%
Clotrimoxazol 1-2%

Oral
Fluoconazol 150 mg VO dose única
Cetoconazol 200 mg VO 5 dias.

40
Q

Complicações na balanopostite

A

conduta > postectomia.

Fomos > impossibilidade de retração do prepúcio > 30% relacionada a balanopostite de repetição.

41
Q

Parafimose é

A

Quando o prepúcio é retraído a trás da corona do pênis e não pode ser devolvido a posição original