UPMI - Aula 3 Flashcards
Porque devemos utilizar a US para realizar o acesso vascular?
- saber a localização exata dos vasos (veia jugular interna, veia subclávia e veia femoral)
- Detetar variações anatómicas
- Evitar as veias com trombose (se picarmos não sai sangue)
- identificar vasos ocluídos
- orientação do fio guia (até aurícula direita) e inserção do cateter
- reduz complicações gerais
Qual a sonda que devemos utilizar para acessos vasculares? E que agulha?
sonda linear plana de alta frequência (8 a 12 MHz)
Devemos iniciar na transversal - out of plane (+ fácil e mostra estruturas circundantes) e depois rodar para longitudinal - in plane (permite ver a extensão da agulha)
Devemos utilizar uma agulha calibre 18 (entre as duas cabeças do ECM) em direção ao mamilo ipsilateral a 1,1.5 cm de profundidade
Porque devemos utilizar a IJV e veia subclávia direitas em vez da esquerda?
- A IJV direita é mais espaçada da artéria carótida comum
- A IJV direita tem um maior diâmetro
- o ápice do pulmão direito é mais baixo que o esquerdo diminuindo o risco de pneumotórax quando puncionamos a veia subclávia direita
- o ducto torácico encontra-se do lado esquerdo
Em que posição devemos colocar o paciente para realizar a punção
É necessária anestesia e depois colocar o paciente em decúbito dorsal, com o pescoço ligeiramente estendido e em rotação a 30 graus
Qual a veia que deve ser utilizada?
Veia subclávia é o método preferível pois:
- menor risco de infeção
- mais confortável para o paciente
- pode ser utilizada em cirurgias à cabeça
- não deve ser utilizado em cirurgias cardíacas e torácicas
- maior risco de furar a pleura
-utilizada em acessos a longo prazo
- menos variações anatómicas
- tem menos válvulas
VJI:
- mais fácil para o médico (menos complicações mecânicas)
- maior risco de infeção (baba)
- mais desconfortável para o doente
- utilizada em acessos a curto prazo
- menos risco de ocupar o campo operatório
- menor risco de trombose e pneumotórax
Veia femoral:
- elevado risco de infeção
- recomendado em pacientes pediátricos
- não é indicado para testes como a pressão venosa ou saturação oxigénica da hemoglobina
Como distinguir entre a artéria carótida comum e a veia jugular interna?
Para ter a certeza a distinção entre a artéria e a veia:
- Se pulsar é artéria - se o paciente tiver hipovolémico não conseguimos ver a pulsar
- Se comprimir com a sonda, o que colapsar é veia
- Podemos usar o Doppler - se tiver em direção à sonda é artéria
Nota: para facilitar podemos colocar o paciente na posição de inclinação de Trendenlenberg (também diminui risco de embolização) ou pedir para realizar a manobra de valsama
o que é uma abordagem oblíqua?
Abordagem que combina a longitudinal com a transversal, possuindo a vantagem de que se consegue ver a agulha na mesma sem incomodar a sonda a sonda e a artéria aparece como oval, pelo que o calibre fica maior, sendo menor o risco de picar de um lado ao outro
quais as complicações da punção da IJV
- perfuração arterial
- Danos nos nervos (vago, frénico, laríngeo recorrente, plexo braquial e tronco simpático
- Infeção
- Embolização
Que abordagens devemos ter para puncionar a veia subclávia?
Supraclavicular:
- mais aconselhada (temos mais espaço)
- abordagem longitudinal inicial
Infraclavicular:
- abordagem transversal inicial
NOTA: Podemos parar de ventilar, fazendo o pulmão colapsar para ter mais fácil
quais as complicações da punção da veia subclávia?
- Pneumotorax
- punção do ducto torácico (derramamento de linfa + desnutrição)
- deslocamento da ponta do cateter
- hemotórax
quais os limites do triangulo femoral?
- ligamento inguinal (superior)
- músculo sartório (lateral)
- músculo adutor longo (medial)
- músculo iliopsoas (de baixo)
- fáscia ilíaca (de cima)
dentro deste triangulo de medial para lateral temos (aqui é ao contrário do resto):
- gânglios linfáticos inguinais profundos
- veia femoral
- artéria femoral
- nervo femoral
como se realiza a punção da veia femoral?
- palpar o pulso
- identificar o ligamento inguinal (abordagem transversal)
- picar 2 cm a baixo
- manter sempre a sonda perpendicular à pele
Não é tecnicamente difícil - temos de fazer rotação externa na perna (mas não MT) para ter mais espaço para sonda do ecógrafo
quais as complicações da punção da veia femoral?
- hematoma femoral ou retroperitoneal
- infeção
Quando se usa o ecógrafo para punçar as veias periféricas?
Só usamos ecógrafo quando as veias do doente são MT más ex: pacientes hemodialisados ou MT gordos
como distinguir uma veia de um gânglio?
Para ter a certeza que é gânglio vemos se não continua - se for veia vai continuar