TUMORES PANCREÁTICOS E PERIAMPULARES Flashcards

1
Q

O que são os tumores periampulares?

A

Neoplasias que se originam na proximidade da papila de Vater.

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2
Q

Em que locais podem surgir os tumores periampulares?

A

Pâncreas;

Duodeno;

Colédoco distal;

Estruturas do complexo ampular.

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3
Q

Qual o tumor pancreático mais comum?

A

Adenocarcioma de pâncreas.

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4
Q

Qual a epidemiologia do câncer de pâncreas?

A

Idade avançada;

Homem;

Negros;

Obesidade;

Hereditariedade;

Tabagismo;

Pancreatite crônica.

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5
Q

Qual o fator ambiental mais importante para o ca de pâncreas?

A

Tabagismo.

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6
Q

Em quais células o ca de pâncreas é mais comum?

A

Células glandulares exócrinas dos ductos.

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7
Q

Em qual região do pâncreas o adenocarcioma é mais comum?

A

Cabeça do pâncreas.

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8
Q

Quando iniciar o screening para o Ca de pâncreas?

A

Nos cânceres pancreáticos familiares, inicia-se aos 40-45 anos ou 10-15 anos antes do familiar diagnosticado mais jovem;

Na síndrome de Peutz-Jeghers, iniciar entre os 25 e 30 anos.

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9
Q

Qual a peridiocidade para o seguimento e com quais exames fazer?

A

1-3 anos.

TC, RNM, USG endoscópica, CPRE.

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10
Q

Qual o quadro clínico do ca de pâncreas?

A

Depende da localização do tumor. Na cabeça do pâncreas, os sintomas mais comuns são icterícia, esteatorreia e perda de peso.

Há também dor epigástica, que mais tardiamente assumem a característica de dor em faixa, com irradiação para as costas.

Diabetes mellitus de início recente, insuficiência pancreática exócrina e pancreatite aguda, náuseas e vômitos.

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11
Q

Qual a manifestação clínica mais comum dos tumores periampulares?

A

Icterícia obstrutiva, que vem acompanhada de colúria, acolia fecal e prurido.

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12
Q

Por que a perda de peso é comum no Ca de pâncreas?

A

Por conta da anorexia causada pela secreção de substâncias anorexígenas, como fator de necrose tumoral alfa.

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13
Q

O que é o sinal de Courvoisier-Terrier?

A

Vesícula indulor e palpável em pacientes ictéricos. É característico das neoplasias de cabeça de pâncreas.

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14
Q

O Ca de pâncreas produz metástases mais comumente em quais órgãos?

A

Fígado;

Peritôneo;

Pulmão.

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15
Q

O que é a síndrome de Trousseau?

A

Tromboflebite migratória superficial, refletindo o estado hipercoagulável.

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16
Q

Quais são as alterações laboratoriais do Ca de pâncreas?

A

Aumento de bilirrubinas (direta);

Elevação de fosfatase alcalina e gamaglutamiltransferase;

Aminotransferases estão elevadas discretamente nos casos de icterícia intensa.

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17
Q

Qual exame pode ser feito para triar pacientes com icterícia?

A

USG, para determinar presença ou não de litíase e identificar o nível de dilatação das vias biliares.

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18
Q

Qual o método de escolha para diagnóstico do Ca de pâncreas?

A

TC.

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19
Q

O que a imagem da TC revela no paciente com Ca de pâncreas?

A

Lesão focal hipodensa, mal delimitada, associada à dilatação das vias biliares.

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20
Q

O que é o sinal do duplo ducto, visualizado em grande parte dos pacientes com Ca de pâncreas?

A

Dilatação dos ductos biliar e pancreático.

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21
Q

Qual exame (melhor que TC) para avaliar anatomia da árvore biliar e ducto pancreático e que permite identificar massas intra-hepáticas?

A

Colangiopancreatografia por RNM.

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22
Q

Qual a vantagem da USG endoscópica?

A

Permite identificar lesões pequenas, e permite a realização de punção ou biópsia.

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23
Q

Quando deve-se fazer a confirmação por biópsia para o Ca de pâncreas?

A

Para os casos de tumores localmente avançados ou metastáticos para início da quimioterapia.

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24
Q

Com quais exames fazer o estadiamento do Ca de pâncreas?

A

Tc de abdome + Rx de tórax

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25
Q

Quais os critérios de irressecabilidade para o Ca de pâncreas?

A

Doeça extrapancreática incluindo envolvimento linfático peripancreático, linfonodos além do tecido peripancreático e/ou metástases.

Envolvimento direto da artéria mesentérica superior, veia cava inferior, tronco celíaco ou artéria hepática.

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26
Q

O que é o tumor pancreático ressecável bordeline?

A
  • Tumores de cabeça ou corpo: infrigimento importante uni ou bilateral da veia mesentérica superior ou porta; ponto de encontro do tumor na artéria mesentérica superior menor que a metade da circunferência (180o); engolbamento da artéria hepática , se reconstruível; oclusão de curto segmento da veia mesentérica superior, permitindo ressecção e reconstrução venosa.
  • Tumores de cauda: englobamento menor do que 180o da artéria mensentérica superior ou artéria celíaca.
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27
Q

Como é o estadiamento TNM do ca de pâncreas?

A
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28
Q

Quais são os pacientes candidatos à ressecção radical no ca de pâncreas?

A

Pacientes com lesões ressecáveis sem disseminação sistêmica e que apresentam condições operatórias.

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29
Q

Qual a cirurgia para os pacientes que apresentam lesão na região cefálica do pâncreas?

A

Gastroduodenopancreatectomia (Cirurgia de Wipple). Podendo não realizar a gastrectomia (Pancreatoduodenectomia).

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30
Q

No que consiste a cirurgia de Wipple? (FOTO)

A

Remoção da cabeça do pâncreas, primeiros 15 cm do jejuno, colédoco, vesícula biliar e gastrectomia parcial, com reconstução por anastomoses gastrojejunal,
hepatojejunal e pancreatojejunal + dreno de sucção fechado.

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31
Q

Quais os dois métodos de reconstrução da pancreatojejunostomia?

A

Anastomose ducto-mucosa (término-lateral) e telescopagem ou invaginação do pâncreas remanecente (terminoterminal).

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32
Q

O que fazer se o paciente apresenta icterícia obstrutiva antes da cirurgia?

A

Como há risco de complicação perioperatória, alguns serviços realizam a drenagem.

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33
Q

Qual a cirurgia realizada no casos de ca em corpo e cauda?

A

Pancreatectomiacorpocaudal.

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34
Q

Quem realiza a terapia adjuvante com quimiorradioterapia dos pacientes com ca de pâncreas e como ela deve ser feita?

A

Todos os pacientes com doença ressecável. Inicia-se entre 4-6 semanas após a cirurgia, com duração de 6 meses.

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35
Q

O que fazer nos tumores de pâncreas que apresentam ressecabilidade duvidosa ao diagnóstico?

A

Quimiorradioterapia, que tem papel de triagem. Caso não ocorra resposta e haja progressão, esses pacientes são candidatos ao tratamento paliativo.

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36
Q

Quais são os principais sinais e sintomas que são tratados no tratamento paliativo do câncer de pâncreas?

A

Icterícia, dor e obstrução duodenal.

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37
Q

Como é tratada a icterícia no paciente com ca de pâncreas?

A

Drenagem endoscópica com papilotomia e passagem de prótese pela papila duodenal ou drenagem transparietal.

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38
Q

Como é feito o tratamento da dor no paciente com ca de pâncreas?

A

Geralmente com opióides.

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39
Q

Como é feita a abordagem da obstrução duodenal no paciente com ca de pâncreas?

A

Passagem de prótese metálica autoexpansível por endoscopia. A quimioterapia também ajuda.

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40
Q

Resumo da conduta no paciente com ca de pâncreas.

A
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41
Q

Quais os fatores de melhor prognóstico para o ca de pâncreas?

A

Tumor de menos de 3 cm;
Ausência de disseminação linfonodal;
Margens livres;
Tumores bem diferenciados.

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42
Q

Qual o segundo tipo de tumor periampular mais comum?

A

Carcinoma ampular ou de papila duodenal (só perde para o ca de pâncreas).

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43
Q

Onde se origina o tumor ampular?

A

No complexo da ampola, distalmente à bifurcação do colédoco e ducto pancreático.

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44
Q

V ou F? O prognóstico do tumor ampular é tão desfavorável quanto o tumor de pâncreas.

A

Falso. O tumor ampular é extremamente favorável em relação ao carcinoma pancreático.

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45
Q

Como é a sequência de alterações para a formação do tumor ampular?

A

Segue o padrão de neoplasias colorretais: adenoma, displasia e carcinoma.

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46
Q

Qual o evento mais precoce na carcinogênese do tumor ampular?

A

Mutação KRAS.

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47
Q

Com quais eventos o surgimento do tumor de papila duodenal pode estar relacionado?

A

Além da mutação KRAS, síndromes poliposes, como Peutz-Jeghers, polipose adenomatosa familiar e cancer colorretal hereditário não polipóide (HNNPCC).

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48
Q

Qual a idade média do diagnóstico do tumor ampular?

A

60-70 anos.

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49
Q

Quais os subtipos histológicos do tumor ampular?

A

Histomolecularpancreatobiliar (pior desfecho) e fenótipo intestinal.

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50
Q

Qual o principal sintoma dos tumores de papila duodenal?

A

Icterícia com padrão de colestase, com colúria e acolia. Pode haver flutuação, pela necrose no tumor, deocrrente de seu crescimento excessivo.

51
Q

Quais os principais sintomas apresentados pelos pacientes com tumor ampular?

A

Além da icterícia, dor abdominal, perda de peso, sangramento oculto e anemia, prurido e vômitos.

52
Q

Como se encontra o paciente com tumor ampular ao exame físico?

A

Com estado geral melhor do que os pacientes com ca de pâncreas. Mas com icterícia marcante e geralmente com vesícula palável indolor.

53
Q

Quais marcadores tumorais podem estar aumentados no tumor ampular?

A

CA 19-9 e CEA.

54
Q

Como é feito o diagnóstico dos tumores ampulares?

A

EDA com biópsia.

55
Q

Como é a característica da lesão dos tumores ampulares?

A

Vegetação com aspecto neoplásico ou sugestivo de adenoma.

56
Q

Como é feito o estadiamento dos tumores ampulares?

A

TCs de tórax e abdome.

57
Q

Como é feito o tratamento nos pacientes com tumor de papila duodenal invasivo?

A

Ressecção radical (pacreatoduodenectomia) + linfadenectomia.

58
Q

Como pode ser feito o tratamento nos pacientes com tumor de papila duodenal não invasivo ou que não aceitam cirurgia?

A

Ressecção ampular local com endoscopia.

59
Q

Como pode ser a abordagem nos pacientes com tumor de papila duodenal localmente avaçado ou metastático?

A

Derivação biliodigestiva com hepatojejunostomia, ou drenagem endoscópica com papilotomia e passagem de prótese.

60
Q

Quais as lesões mais comuns do ducto pancreático?

A

Pseudocistos.

61
Q

Qual a principal característica de um pseudocisto de ducto pancreático?

A

Não apresentam epitélio.

62
Q

Como geralmente é formado um pseudocisto de ducto pancreático?

A

Decorrente de processos inflamatórios.

63
Q

V ou F? Todos os pacientes com pseudocisto de ducto pancreático devem ser tratados pelo risco de evolução para malignidade.

A

Falso. Merecem tratamento os que apresentam mais de 6 cm de diâmetro ou que persistem por mais de 6 semanas.

64
Q

Quais os tipos de cistos simples de ducto pancreático?

A

Verdadeiro e retenção.

65
Q

Quando realizar cirurgia nos casos de cistos simples de ducto pancreático?

A

Quando há dúvida diagnóstica.

66
Q

Quais os subtipos de neoplasias císticas de ducto pancreático?

A

Cistoadenoma seroso;
Cistoadenoma mucinoso;
Neoplasia Papilar Intraductal Mucinosa (NPIM);
Neoplasia sólida pseudopapilar.

67
Q

Qual a neplasia cística mais comum de ducto pancreático?

A

NPIM (30% das lesões);

68
Q

Como fazer o diagnóstico de neoplasias císticas de ducto pancreático?

A

TC ou RNM são conclusivas em muitos casos. A USG também é de grande ajuda, e ainda permite realização de biópsia por agulha fina.

69
Q

Qual a conduta nos casos de neoplasia papilar intraductalmucinosa de ducto principal pancreático?

A

Todos os pacientes com boa perfomance se ducto principal > 10 mm, icterícia ou nódulos murais = cirurgia;
Ducto pancreático entre 5 e 9 mm = avaliação por endoscopia com aspiração;
Menores que 5 mm = seguimento com RNM a cada 12-24 meses.

70
Q

Qual a conduta nos casos de neoplasia papilar intraductalmucinosa de ducto secundário pancreático?

A

Indicação absoluta de cirurgia em caso de displasia de alto grau e presença de nódulos murais.
Na ausência de estigmas de alto risco, fazer seguimento com RNM ou TC a cada 3-6 meses.

71
Q

O que são cistoadenomas?

A

Neoplasias de pâncreas exócrino, normalmente benignos.

72
Q

Em qual população os cistoadenomas são mais comuns?

A

Mulheres de meia-idade ou mais idosas.

73
Q

Em quais regiões do pâncreas é mais comum o surgimento de cistoadenoma?

A

Corpo e cauda.

74
Q

Qual o quadro clínico dos cistoadenomas?

A

Pode ser assintomático;
Dor abdominal;
Obstruções gastrointestinal;
Icterícia obstrutiva (menos comum, geralmente quando o temanho é > 4cm).

75
Q

Quais os dois tumores mais comuns da classe dos cistoadenomas?

A

Serosos e mucinosos.

76
Q

Quais as característocas dos tumores serosos de ducto pancreático?

A

Não expressam CEA;
Acomentem mais mulheres, acima dos 60 anos;
Na macroscopia apresentam líquido aquoso ou amarronzado.

77
Q

Como é a imagem na TC dos tumores serosos de ducto pancreático?

A

Lesão multicística bem demarcada, com cicatriz central com calcificações “em raio de sol”.

78
Q

V ou F? Tumores mucinosos apresentam potencial variável de malignização, e acometem, exclusivamente, mulheres.

A

Verdadeiro.

79
Q

Quais os 3 subtipos de tumores mucinosos de ducto pancreático?

A

Cistoadenomamucinoso;
Tumor intermediário;
Cistoadenocarcinoma.

80
Q

Como é a característica na TC dos tumores mucinosos de ducto pancreático?

A

Lesão cística septada, que pode ter calcificações excêntricas.

81
Q

Qual a conduta nas lesões serosas assintomáticas? Quando fazer a cirurgia?

A

Expectante. Cirurgia somente nos sintomáticos ou dúvida diagnóstica.

82
Q

Qual a conduta no cistoadenomamucinoso de ducto pancreático?

A

Sempre cirúrgico.

83
Q

Qual a característica da neoplasia sólida pseudopapilar (tumor de Frantz)?

A

Geralmente achado incidental, tipicamente em mulheres jovens (abaixo dos 35 anos) no corpo e cauda do pâncreas.

84
Q

Como é a característica na TC da neoplasia sólida pseudopapilar?

A

Lesão mista, sólida e líquida.

85
Q

Quais as características das neoplasias intraductais papilomucinosas?

A

Geralmente ocorrem na cabeça ou processo uncinado, no ducto pancreático principal ou seus ramos.

86
Q

Epidemiologia das neoplasias intraductais papilomucinosas?

A

Frequência igual nos sexos;
Idade entre 60-70 anos;
Tabagistas;
Diabéticos;
História familiar de adenocarcinoma de pâncreas;
Peutz-Jeghers;
Polipose adenomatosa familiar;

87
Q

Qual a diferença entre os as neoplasias intraductais papilomatosas de ducto principal e dos ramos secundários?

A

De ducto principal são mais invasivos e ocorrem mais na cabeça do pâncreas. Dos ramos secundários ocorrem mais no processo uncinado.

88
Q

Como se divide histologicamente as neoplasias intraductais papilomatosas?

A

Intestinal;
Pancreatobiliar;
Oncocítico;
Gástrico;
Tubular.

89
Q

Qual o tipo histológico mais comum das neoplasias intraductais papilomatosas?

A

Intestinal.

90
Q

Quais os sintomas das neoplasias intraductais papilomatosas?

A

Maioria assintomático.
Náuseas, vômitos, dor abdominal e no dorso, perda de peso, anorexia e icterícia, esteatorreia e diabetes podem ocorrer.

91
Q

Como fazer o diagnóstico das neoplasias intraductais papilomatosas?

A

Colangiorrressonância;
USG endoscópica;
CPRE.

92
Q

Quais os achados típicos das neoplasias intraductais papilomatosas à TC e RNM?

A

Lesão cística que se comunica com o ducto pancreático principal ou ramos secundários e dilatação.

93
Q

O que são tumores neuroendócrinos?

A

Neoplasias de células neuroendócrinas, podendo-se originar em vários órgãos.

94
Q

Como se caracteriza o tumor neuroendócrino?

A

Manifesta-se em qualquer idade (mais comuns aos 40-50 anos);
Geralmente malignos;
Secretam substâncas funcionalmente ativas, como hormônios pancreáticos.

95
Q

Quais os sítios mais comuns de metástase dos tumores neuroendócrinos de pâncreas?

A

Fígado, pulmões, linfonodos e ossos.

96
Q

Qual a classificação da OMS para os tumores neuroendócrinos?

A

Tumores neuroendócrinos bem diferenciados;
Carcinomas neuroendócrinos pobremente diferenciados.

97
Q

Como fazer o diagnóstico de tumores neuroendócrinos?

A

TC possui alta acurácia.

98
Q

O que é o tumor carcinóide?

A

Termo usado para tumores neuroendócrinos bem diferenciados originados no trato digestivo, pulmões, rins ou ovários.

99
Q

Qual o tumor funcional mais comum do pâncreas?

A

Insulinoma.

100
Q

O que é o insulinoma?

A

Tumor neuroendócrino do pâncreas, originado nas células betapancreáticas das ilhotas de Langerhans, que produz insulina em excesso.

101
Q

V ou F? A maioria dos tumores neuroendócrinos do pâncreas apresenta comportamento malignos, com exceção do insulinoma, onde a maioria são benignos.

A

Verdadeiro. Os insulinomas são benignos em 90-95% dos casos.

102
Q

Qual o quadro clínico do insulinoma?

A

A tríade de Wipple: hipoglicemia sintomática, níveis baixos de glicemia e alívio dos sintomas após consumo de glicose.

103
Q

Como é feito o diagnóstico do insulinoma?

A

Dosagem de insulina sérica durante a hipoglicemia sintomática.

104
Q

Como é o tratamento do insulinoma?

A

Cirúrgico ou medicamentoso.

105
Q

Quando o paciente é considerado curado no insulinoma?

A

Quando não apresenta os sintomas de hipoglicemia por 6 meses.

106
Q

Quando fazer o tratamento medicamentoso nos pacientes com insulinoma?

A

Quando o tumor não é encontrado na exploração, para os que não são candidatos a cirurgia ou portadores de metástase.

107
Q

Quais os medicamentos que podem ser usados para o tratamento do insulinoma?

A

Diazóxido;
Octreotida;
Verapamil;
Fenitoína.

108
Q

Quais as características do gastrinoma (síndrome de Zollinger-Ellison)?

A

Presença de ulceração no jejuno superior, hipersecreção de ácido gástrico e tumor de células não betapancreáticas.

109
Q

Qual o segundo tipo de tumor mais comum de células das ilhotas pancreáticas?

A

Gastrinoma.

110
Q

Quais os sintomas principais do gastrinoma?

A

Dor abdominal - mais comum (úlcera péptica);
Diarréia (segundo mais comum).

111
Q

Quando suspeitar de um gastrinoma?

A

Quadro de úlceras pépticas recorrentes, mesmo após tratamentos clínicos e cirúrgicos;
Diarreia persistente.

112
Q

Como é feito o diagnóstico do gastrinoma?

A

Dosagem sérica de gastrina. Para diagnóstico, deve haver presença de hipersecreção ácida na presença de hipergrastrinemia.

113
Q

Em quais outras condições pode haver hipergrastrinemia?

A

Anemia perniciosa;
Gastrite atrófica;
Câncer gástrico;
Hiperplasia de células G antrais;
Uso de IBPs.

114
Q

O que é o triângulo do gastrinoma?

A

Local mais comum do surgimento de um gastrinoma.

115
Q

Qual o tratamento do gastrinoma?

A

Cirúgico (retirada do tumor e metástases) + controle farmacológico (omeprazol 60 mg/d).

116
Q

O que é o glucagonoma?

A

Tumor raro de células alfa das ilhotas, sendo comum na cauda do pâncreas.

117
Q

Quais os sinais e sintomas do glucagonoma?

A

Erupções cutâneas características (eritema migrante necrolítico);
Queilite angular;
DM;
Anemia;
Perda de peso;
Sintomas neuropsiquiátricos (ataxia, demência);
Níveis aumentados de glucagon.

118
Q

Como é feito o tratamento do glucagonoma?

A

Remoção cirúrgica dos tumores primário e matastático + heparina profilática.

119
Q

O que é o Vipoma (síndrome de Verner-Morrison)?

A

Tumor endócrino raro que secreta VIP (peptídeo intestinal vasoativo) e causa síndrome de diarreia aquosa, hipocalemia, hipovolemia e acidose
devido a secreção de fluidos e eletrólitos no lúmen intestinal.

120
Q

Qual a tríade diagnóstica do vipoma?

A

Diarreia secretora + níveis alteso de peptídeo intestinal vasoativo circulante e achado de tumor pancreático.

121
Q

O que são os somatostatinomas?

A

Tumores neuroendócrinos raros, produtores de somatostatina, originados das células D, localizados principalmente na cabeça do pâncreas e duodeno.

122
Q

Qual a clínica do somatostatinoma?

A

Diarreia;
Esteatorreia;
Icterícia.

123
Q

Como é o tratamento do somatostatinoma?

A

Ressecção cirúrgica (pancreatoduodenectomia).
Na doença metastática, usa-se a ostreotida (análogo da somatostatina), para alívio dos sintomas.