NEOPLASIAS GÁSTRICAS BENIGNAS E MALIGNAS Flashcards
Quais são os tipos de tumores benignos do estômago?
Pólipos mucosos e submucosos;
Pâncreas ectópico.
Quais os tipos de tumores gástricos malignos?
Adenocarcinoma (mais comum);
Linfoma (Linfoma gástrico é o acometimento mais comum de linfoma não hodgkin);
Metástases (como da mama);
GIST (tumos estromal gastrointestinal);
Carcinoides;
Sarcoma de Kaposi.
Quais os fatores de risco para o adenocarcinoma?
Relacionados ao meio ambiente:
Falta de refrigeração;
Alimentos mal preparados;
Água não tratada;
Tabagismo;
Baixa condição socioeconômica;
Infecção pelo Helicobacter pylori.
Fatores nutricionais:
Baixo consumo de proteínas;
Alimentos salgados;
Alta concentração de nitratos;
Baixo consumo de vegetais e frutas;
Baixo consumo de vitamina A e C (antioxidante).
Outros fatores de risco:
Operações gástricas prévias;
Gastrite atrófica;
Fatores genéticos:
੦ E-caderina;
੦ grupo sanguíneo A.
Qual a relação entre H. pylori e o ca gástrico?
Ela causa alterações pré-cancerosas gástricas como a gastrite atrófica.
Probabilidade do CG em portadores de cepas que expressam o gene cag A.
Quem deve fazer a erradicação do H. pylori?
Populações com risco elevado de ca de estômago.
Quais são as alterações histológicas pré-malignas do ca de estômago?
Pólipos epiteliais e adenomas;
Metaplasia intestinal: completa e incompleta. Tipos I, II e III;
Displasia.
V ou F? A úlcera péptica é uma lesão pré-cancerosa.
Falso. Ela pode estar associada, principalmente com a presença do H. pylori, mas ela não evolui para o câncer.
O fator hereditário está relacionado com qual tipo histológico?
Tipo difuso. Relacionado a mutação do gene da síntese de E-caderina - CDH1.
Quais os tipos de adenocarcinoma gástrico na classificação de Lauren?
Tipo difuso e intestinal.
Quais as características do adenocarcinoma do tipo intestinal?
Relação com lesões precursoras como atrofia gástrica ou metaplasia intestinal;
Predomina no sexo masculino e em idosos;
Parece mais relacionada ao fator ambiental.
Quais as características do adenocarcinoma do tipo difuso?
Sem relação nítida com lesões precursoras;
Incidência semelhante em ambos os sexos;
Aumento em famílias e grupo sanguíneo A;
Parece estar mais relacionada com o componente genético.
O que é o cancer gástrico precoce?
Tumor que invade até submucosa (restrito à mucosa e submucosa), independentemente do tamanho e do acometimento linfonodal.
São os tumores T1.
O que é o cancer gástrico avançado?
Tumor que invade além da submucosa.
O que é a classificação de Bormann?
Classificação macroscópica do câncer gástrico avançado:
Qual o quadro clínico do ca gástrico precoce?
Assintomático;
Dor epigástrica, náusea e vômito, anorexia, emagrecimento e anemia.
Quais pacientes devem fazer rastreamento com EDA?
> 45 anos com sintomas dispépticos.
Qual o quadro clínico do ca gástrico avançado?
Dor epigástrica;
Náuseas;
Vômitos;
Anorexia;
Emagrecimento;
Disfagia;
Hematêmese e/ou melena;
Massa palpável;
Saciedade precoce.
Quais os dois sintomas mais frequentes do ca de estômago?
Emagrecimento (61,6%) e Dor abdominal (51,6%).
Quais os sinais e sintomas relacionados à disseminação do Ca gástrico?
Hepatomegalia e icterícia;
Ascite;
Gânglio de Virchow;
Gânglio de Irish;
Prateleira de Blummer (implantes peritoneais no fundo de saco);
Sinal de Sister Mary Joseph;
Tumor de Krukenberg.
Qual o padrão ouro para o diagnóstico de ca gástrico?
EDA com biópsia.
Qual a diferença entre úlcera gástrica benigna de uma maligna?
Úlcera benigna:
Nicho de contornos regulares;
Pregas mucosas não infiltradas, uniformes;
Parede gástrica não infiltrada;
Cicatriza após 6 a 8 semanas;
Úlcera maligna:
Contorno irregular, vegetações no interior da úlcera;
Pregas edemaciadas, irregulares;
Parede rígida;
Habitualmente não cicatrizam.
Quais são os sítios mais comuns de metástase do ca de estômago?
Peritoneo, fígado e pulmões.
Quais exames geralmente são utilizados para
estadiamento do ca gástrico?
TC.
Abdome (metástases hepáticas, invasão de órgãos adjacentes - melhor que USG).
Tórax;
Pelve.
Qual o melhor exame para avaliar penetração do tumor na parede gástrica?
USG endoscópico (ecoendoscopia).
Avalia profundidade da lesão e avaliação de linfonodos perigástricos.
O que fazer quando o paciente com ca gástrico apresenta ascite e a suspeita for carcinomatose?
Avaliar com laparoscopia.
Classificação T1?
Invasão até submucosa.
Classificação T2?
Invasão até a muscular.
Classificação T3?
Invasão até serosa.
Classificação T4?
Invasão de estruturas adjacentes.
Para os pacientes com ca gástrico que apresentam chance de cura, qual a cirurgia indicada?
Gastrectomia + linfadenectomia D2.
Para quais tipos de tumores é recomendado a gastrectomia total?
Tumores de fundo.
Para quais tipos de tumores é recomendado a gastrectomia subtotal?
Tumores de antro.
Como fazer a gastrectomia nos tumores de corpo gástrico?
Margem cirúrgica maior que 2 cm no câncer gástrico precoce, maior que 5 cm no câncer
gástrico avançado bem diferenciado e maior que 8 cm no indiferenciado.
Quando pode-se fazer a ressecção endoscópica de ca gástrico?
É necessário estadiamento prévio com ecoendoscopia.
Pode ser realizada apenas em tumores restritos à mucosa, bem diferenciados, sem úlcera e menores que 2 cm.
Quais os tipos de cirurgia para os pacientes com tumor gástrico irressecável?
Ressecção paliativa;
Gastroenteroanastomose;
Gastrostomia;
Jejunostomia.
O que é o GIST?
Tumor estromal gastrintestinal (GIST), originários das células intersticiais de Cajal.
Em quais locais o surgimento do tumor GIST é mais comum?
Estômago (60-70%) e intestino delgado (20-30%).
Para quais órgãos o GIST forma metástase?
Metástases primariamente no abdome, geralmente, para o fígado, raramente para os linfonodos.
Qual a caractéristica do GIST gástrico?
GIST típico expressa c-Kit/CD117 e comumente CD34.
Quais os critários prognóstico do GIST?
Qual o tratamento do GIST ressecável?
Resseção com 0,5-1 cm de margem livre.
Quando usar o Mesilato de imatinibe (Glivec®) no GIST?
Tumores irressecáveis ou metastáticos;
Terapia adjuvante em GIST de alto grau ou grau intermediário, casos nos quais há grande chance de
recidiva tumoral após a cirurgia radical do tumor
Terapia neoadjuvante nos tumores grandes, pois permite maior ressecabilidade após o tratamento;
Doença residual.