AFECÇÕES MOTORAS DO ESÔFAGO Flashcards

1
Q

Quais os grupos de divisão dos distúrbios de motilidade esofágicos?

A

Primários e secundários.

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2
Q

Qual a classificação distúrbios primários de motilidade do esôfago?

A

Esôfago hipercontrátil (esôfago em quebra noses e EEI hipertensivos);
Esôfago hipocontrátil;
Motilidade descoordenada;
Acalásia.

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3
Q

Quais os distúrbios hipercontráteis do esôfago?

A

Esôfago em quebra-nozes;
EEI hipertensivo.

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4
Q

Quais os tipos de distúrbios hipocontráteis do esôfago?

A

Motilidade esofágica ineficaz;
EEI hipotônico.

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5
Q

Qual estrutura deficiente está envolvida diretamente no desenvolvimento da acalásia?

A

EEI.

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6
Q

O que é a acalásia?

A

Afecção na qual há distúrbio de motilidade esofágica, com incoordenação peristáltica (aperistalse) e falha de relaxamento do EEI.

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7
Q

O que é o megaesôfago?

A

Alteração anatômica secundária a acalásia (nem sempre está presente).

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8
Q

Qual a principal causa da acalásia/megaesôfago em países latinos?

A

Doença de Chagas (endêmica no Brasil).

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9
Q

O que é a acalásia idiopática?

A

Doença inflamatória de causa desconhecida, caracterizada por aperistalse e falha do relaxamento do EEI, com disfagia e pode evoluir com desnutrição.

(Não está relacionada à doença de chagas).

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10
Q

Quais as etiologias possíveis da acalásia idiopática?

A

Vírus neurotrópico ou exposição à toxinas.

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11
Q

Como ocorre a acalásia idiopática?

A

Destruição dos plexos submucosos de Auerbach e Meissner. Alterações de peristalse.

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12
Q

Qual a sequência de eventos que ocorre no esôfago na acalásia?

A

Aperistalse e dificuldade de relaxamento do EEI leve. Hipertrofia das fibras musculares do esôfago e dilatação. Mais destruição e resposta inflamatória, ocorrendo aperistalse geral com megaesôfago.

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13
Q

Qual a fisiopatologia da acalásia?

A

Degeneração inflamatória dos neurônios produtores de oxido nítrico;
Neurônios colinérgicos poupados;
Diminuição dos plexos do esôfago;
Estase esofágica com hipertonia;
Hipertrofia e espessamento da parede esofágica;
Megaesôfago: piora da estase alimentar com adelgaçamento e perda da tonicidade muscular.

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14
Q

Qual o principal sintoma da acalásia?

A

Disfagia.

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15
Q

Qual o quadro clínico da acalásia?

A

Disfagia (principal);
Eructação – 85%;
Reflexo esôfago-salivar;
Regurgitação – 76 a 95%;
Pneumonia aspirativa;
Dor torácica e pirose – 40 a 60%;
Perda de peso;
Uso de “manobras” para facilitar deglutição.

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16
Q

Diagnósticos diferenciais da acalásia.

A

Esclerodermia;
Estenose cáustica;
Estenose por refluxo;
Divertículos esofágicos;
Neoplasia.

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17
Q

Como ocorre o megaesôfago chagásico?

A

Destruição dos plexos ganglionares mioentéricos por liberação de substâncias neurotóxicas ou
ação autoimune.

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18
Q

Como se faz o diagnóstico da doença de chagas?

A

É necessário positividade em pelo menos 2 testes:
Fixação de complemento – Machado Guerreiro;
ELISA;
hemaglutinação indireta;
imunofluorescência indireta.

19
Q

Quais exames de imagem podem ser feitos para auxiliar o diagnóstico de acalásia/megaesôfago?

A

Raio X do tórax (pouca função);
EED;
EDA;
ELETROMANOMETRIA ESOFÁGICA.

20
Q

Quais os achados radiológicos do megaesôfago no EED?

A

Estase de contraste por mau esvaziamento do conteúdo esofágico para o estômago
Dilatação do esôfago;
Afilamento gradual do esôfago distal (sinal do bico de pássaro ou cauda de rato);
Ondas terciárias;
Ausência de bolha gástrica.

21
Q

Como é feita classificação de rezende e moreira do megaesôfago?

A

Grau I – até 4 cm (normal) + retenção de contraste;
Grau II – 4 a 7 cm;
Grau III – 7 a 10 cm;
Grau IV – maior que 10 cm.

22
Q

Qual é a classificação mais utilizada no megaesôfago?

A

Classificaçãode Pinotti:

23
Q

Qual a função da EDA?

A

Identificar se existem lesões associadas como:
Esofagite;
Câncer;
Leucoplasia (lesões pré malignas).
Além disso, permite realização de biópsia.

24
Q

Qual o exame padrão-ouro para diagnóstico de acalásia?

A

Manometria esofágica.

25
Q

Quais são os achados comuns da manometria esofágica na acalásia?

A
Ausência de peristaltismo do corpo esofágico;
Relaxamento ausente (acalásia) ou incompleto do EEI;
Tônus pressórico basal do EEI elevado (\> 45 mmHg) ou normal;
Pressão intraesofágica maior que a intragástrica.
26
Q

Quais as principais complicações do megaesôfago e acalásia?

A

Desnutrição;
Pneumonia aspirativa;
Esofagite, acantose e leucoplasia;
CEC;
Afecções associadas: cardiopatia, megaesôfago, megaduodeno, acalásia de piloro…

27
Q

Como é feito o tratamento clínico da acalásia?

A

Atuação na musculatura lisa e esfincteriana (anticolinérgicos, nitratos, BBC, antagonistas B-adrenérgicos…)
Tratamento endoscópico;
Toxina botulínica;
Cirurgia.

28
Q

Para quais pacientes é feito o tratamento endoscópico da acalásia?

A

Megaesôfago graus I e II, incipiente, cirurgia prévia realizada, gestantes, pacientes sem condições cirúrgicas.

29
Q

Quais as cirurgias existentes para o tratamento da acalásia?

A

Cirurgia de Heller-Pinotti;
Cardioplastia;
Esofagectomia (reconstrução com estômago, utilizando via mediastinal posterior).

30
Q

Quais os tipos de cirurgia para o tratamento do megaesôfago?

A
Procedimento conservador (forma não avançada);
Esofagectomia (forma avançada).
31
Q

Qual o objetivo do tratamento cirúrgico na forma não avançada da acalásia?

A

Eliminação da acalásia;
Controle do refluxo secundário;
Permitir que o peristaltismo residual funcione.

32
Q

Qual a cirurgia mais utilizada no tratamento da forma não avançada da acalásia e como é feita?

A

Cirurgia de Heller-Pinotti. Faz-se uma ressecção de fita muscular (destruição do esfíncter) em 3 cm abaixo e 6 cm acima da TEG.
Posteriormente coloca-se uma válvula parcial antirrefluxo.

33
Q

Qual a complicação mais comum da cardiomiotomia com fundoplicatura (cirurgia de Heller-Pinotti?

A

Perfuração esofágica ou gástrica.

34
Q

O que é a síndrome de Boerhaave?

A

Ruptura espontânea do esôfago devido ao aumento de pressão intraesofágica combinada com
pressão intratorácica negativa.

35
Q

Qual a principal causa da síndrome de Hoerhaave?

A

Esforço intenso de vômito.

36
Q

Como é feito o diagnóstico da síndrome de Hoerhaave?

A

Evidência de pneumomediastino/pneumoperitônio;
Raio-x com contraste hidrossulúvel evidenciando um vasamento do contraste.
TC: evidência de derrame pleural com líquido no mediastino e bolhas de ar.

37
Q

Como é feito o tratamento da síndrome de Boerhaave?

A

Inicialmente:
Jejum;
ATB;
Drenagem se necessário.
Em caso de falha no tratamento clínico, incica-se a cirurgia:
Reparo da laceração e drenagem;
Esofagectomia em casos extremos.

38
Q

O que é o espasmo esofagiano difuso (espásmo esofágico distal)?

A

Desordem de motilidade relativamente rara;
Envolvimento de músculo liso;
Dor torácica e disfagia;

39
Q

Qual a característica na manometria do espásmo esofágico distal?

A

Contrações aperistálticas em mais de 20%;
Ondas de pressão em picos;
Contrações espontâneas e relaxamento incompleto do EEI;

40
Q

O que é o esôfago em “quebra nozes” e quais suas características?

A

Dor torácica não explicada – 12% esôfago em quebra-nozes;
Associado a DRGE;
Contrações peristálticas de alta amplitude nos 10 cm distais do esôfago;
Pressão média distal >220 mmHg.

41
Q

Tratamento do espasmo esofagiano difuso e esôfago em quebra-noses?

A
42
Q

O que á a acalásia vigorosa?

A

Ausência do relaxamento do EEI, mas presença de peristalse (diferentemente da acalásia);
Presença de atividade espástica ocasionalmente.

43
Q

Qual doença autoimune do tecido conjuntivo pode provocar acalásia e quais seus principais sintomas?

A

Esclerose sistêmica. Podendo provocar pirose (70%) e Disfagia (45%).