Câncer de canal anal Flashcards

1
Q

O que é o canal anal?

A

É o ponto final do tubo disgestivo.

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2
Q

O que é a linha pectínea?

A

Um epitélio de transição em que há uma divisão entre o tecido glandular, presente na mucosa dos órgãos do tubo digestivo e o o tecido escamoso não queratinizado do ânus.

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3
Q

Quais os tecidos presentes no canal anal e na borda anal?

A

Epitélio de transição e epitélio escamoso não queratinizado. Na borda anal encontra-se epitélio escamoso queratinizado.

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4
Q

Quais os tipos de tumores?

A

Borda anal e canal anal.

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5
Q

Qual a região mais comum da ocorrência de tumor: borda anal ou canal anal?

A

O canal anal apresenta 3x mais risco de ocorrência de tumor.

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6
Q

Quais são os tipos de câncer e canal anal?

A

Carcinoma Espino-Celular: 65%;

Carcinoma de Células Transicionais: 25%;

Outros (neuroendócrinos, melanomas, basaloides): 10%.

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7
Q

Qual a epidemiologia do câncer de canal anal?

A
Sexo feminino;
HPV (16 e 18);
Número de parceiros sexuais;
Verrugas genitais;
Sexo anal;
Infecção pelo HIV;
Tabagismo.
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8
Q

Como ocorre a drenagem linfática acima da linha pectínea?

A

Drenagem linfática similar aos tumores retais (linfonodos perirretais e paravertebrais).

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9
Q

Como ocorre a drenagem linfática abaixo da linha pectínea?

A

Linfonodos inguinais superficiais e femorais.

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10
Q

Qual o quadro clínico do ca de canal anal?

A
Prurido e desconforto perianal;
Massa com crescimento lento;
Sangramento e dor;
Adenomegalia inguinal;
Fístulas.
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11
Q

Quais os tipos de tumores da borda anal?

A

Doença de Bowen;
Doença de Paget;
Carcinoma verrucoso;

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12
Q

O que é a doença de Bowen?

A

Carcinoma de células escamosas intraepitelial in situ.

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13
Q

Quais os sinais e sintomas da doença de Bowen?

A

Queixas vagas, como prurido ou ardor
local;
Pele da região perianal fica espessada e avermelhada.

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14
Q

Como é o diagóstico da doença de Bowen?

A

Biópsia local.

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15
Q

Como é feito o tratamento da doença de Bowen?

A

Ressecção de espessura total da pele comprometida, com margens livres.

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16
Q

O que é a Doença de Paget?

A

Adenocarcinoma intraepitelial de margem anal.

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17
Q

V ou F?

A Doença de Paget tem um bom prognóstico.

A

Falso.

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18
Q

Como é a lesão da Doença de Paget?

A

Placas eczematosas na região perianal, com ulcerações esbranquiçadas ou lesões papilares.

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19
Q

Como é feito o diagnóstico da Doença de Paget?

A

Exame clínico e biópsia da lesão → presença de células de Paget.

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20
Q

Como é feito o tratamento da Doença de Paget?

A

Excisão ampla da lesão
Amputação abdominoperineal do reto quando há adenocarcinoma do canal anal associado;

Radioterapia + quimioterapia quando
relacionada ao CEC de canal anal.

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21
Q

O que é o carcinoma verrucoso?

A

Condiloma acuminado gigante. Também é conhecido como
Tumor de Buschke-Löwenstein.
(classificado como lesão que fica entre condiloma e CEC).

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22
Q

Como são as lesões do condiloma verrucoso?

A

Grandes lesões verrucosas → couve-flor.

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23
Q

Como é feito o tratamento do condiloma verrucoso?

A

Excisão local ampla ou amputação do reto.

24
Q

Quais os tipo de tumor mais comuns de canal anal?

A

Carcinoma de células escamosas;
Tumor cloacogênico de células transicionais ou basaloide;
Melanoma.

25
Q

Qual os tipo de tumor mais comun de canal anal?

A

Carcinoma de células escamosas (CEC - 75%).

26
Q

Qual a epidemiologia do carcinoma de células escamosas do canal anal?

A
Condiloma anal e outras DST;
Fístulas anais crônicas;
Doença de Crohn;
HIV
Radioterapias prévias;
Tabagismo.
27
Q

Quais as manifestações clínicas do carcinoma de células escamosas do canal anal?

A
Sangramento (em 50% dos casos);
Dor (30% dos casos);
Prurido;
Mucorreia;
Alterações do hábito intestinal;
Tenesmo.

(Sintomas semelhantes à doença hemorroidária)

28
Q

Quais as manifestações clínicas do carcinoma de células escamosas do canal anal em estágio avançado?

A

Incontinência;
Fístula retovaginal;
Obstrução.

29
Q

Qual um sinal presente na metástase de carcinoma de células escamosas?

A

Massas dolorosas na região inguinal.

30
Q

Como é feito o diagnóstico do carcinoma de células escamosas?

A

Toque retal;
Anuscopia;
Biópsia incisional.

31
Q

Como é feito o estadiamento do carcinoma de células escamosas?

A

Colonoscopia (ver se há lesões associadas no cólon);
TC ou RNM de pelve (invasão locorregional);
USG transretal: invasão local e linfonodal.

32
Q

Estadiamento TNM: Tis

A

Tumor in situ (lesão intra-epitelial de alto grau)

33
Q

Estadiamento TNM: T1

A

Tumor até 2 cm.

34
Q

Estadiamento TNM: T2

A

Tumor de 2 a 5 cm.

35
Q

Estadiamento TNM: T3

A

Tumor > 5 cm.

36
Q

Estadiamento TNM: T4

A

Qualquer tamanho, com invasão de órgãos adjacentes.

37
Q

Estadiamento TNM: N1a,b,c

A

Metástases em linfonodos inguinais,
mesorretais ou ilíacos internos;

N1b: Metástases em linfonodos ilíacos externos;

N1c: Linfonodos ilíacos externos + qualquer N1a.

38
Q

Estadiamento TNM: M1

A

Metástases presentes.

39
Q

Como é feito o tratamento do carcinoma de células escamosas do canal anal?

A

CEC < 2 cm, bem diferenciadas e restritas à
submucosa faz-se uma excisão local (margens de 1 cm);

Em lesões maiores, o tratamento de escolha é o esquema de Nigro: radioterapia local + quimioterapia.

40
Q

Como é o seguimento de pacientes com carcinoma de células escamosas do canal anal?

A

Toque retal mensal/bimestral;

TC de abdome e pelve;

Raios X de tórax.

41
Q

Quando fazer colostomia inicialmente no paciente com carcinoma de células escamosas do canal anal?

A

CEC de canal anal avançado, com dor local

e incontinência associada.

42
Q

O que fazer se não houve resposta completa ao tratamento iniciado ou se ocorrerem recidivas?

A

Amputação abdominoperineal do reto (cirurgia de Miles);

Quimioterapia com cisplatina e radioterapia
complementar.

43
Q

Qual local mais comum de metástase do paciente com carcinoma de células escamosas do canal anal?

A

Fígado.

44
Q

No que consiste a cirurgia de Miles?

A

Ressecção de borda anal, aparelho esfincteriano e

reto distal, com tecidos regionais + Colostomia.

45
Q

O que fazer se houver persistência de linfonodos inguinais ou recorrência?

A

Linfadenectomia inguinal

seguida de radioterapia.

46
Q

Qual a diferença do CEC para o tumor cloacogênico ou basaloide?

A

Diferencia-se do CEC de canal anal pelo fato de ser não queratinizado.

47
Q

Como ocorre a disseminação linfonodal do tumor cloacogênico ou basaloide?

A

Região inguinal;

Cadeias ilíacas e perirretais (área de transição)

48
Q

Como é feito o diagnóstico de tumor cloacogênico ou basaloide?

A

Anuscopia e biópsia.

49
Q

Como é feito o tratamento de tumor cloacogênico ou basaloide?

A

Mesmos princípios do CEC de canal anal

esquema de Nigro

50
Q

Qual epidemiologia do adenocarcinoma de canal anal?

A

59 a 75 anos, com igual distribuição

de sexo

51
Q

V ou F?

O adenocarcinoma de canal anal é mais agressivo que o CEC.

A

Verdadeiro.

52
Q

Qual a clínica do adenocarcinoma de canal anal?

A

Dor, endurecimento, abscesso, fístula

ou massa palpável.

53
Q

Como é o tratamento do adenocarcinoma de canal anal?

A

Se pequeno, bem diferenciado e sem invasão do complexo esfincteriano: excisão local alargada.

Todos os outros tumores: tratamento similar ao Tu de reto.

54
Q

Qual a clínica do melanoma de canal anal?

A

Dor anal, massa e sangramento.

55
Q

Como são as lesões do melanoma de canal anal?

A

Lesões polipoides levemente pigmentadas ou apigmentadas.

56
Q

Como é o tratamento do melanoma de canal anal?

A

Excisão ampla local quando as margens negativas.
As vezes é necessário cirurgia de miles.
Sem resposta à radio ou quimioterapia.

57
Q

Quais os principais sítios de metástase do melanoma de canal anal?

A

Fígado, pulmões e ossos.