TUMOR Flashcards
O que são neoplasias do SNC e como se dividem?
As neoplasias do SNC são tumores que se formam no sistema nervoso central. Elas se dividem em primárias e secundárias. As neoplasias primárias originam-se diretamente no tecido do SNC, enquanto as neoplasias secundárias advêm de metástases, ou seja, da disseminação de tumores de outras partes do corpo para o SNC.
Quais são as possíveis origens das neoplasias primárias do SNC?
As neoplasias primárias do SNC podem ter origem em diversos tipos de células e tecidos, incluindo o tecido neuroepitelial, a aracnoide (uma das membranas que envolve o cérebro e a medula espinhal), células da oligodendróglia (tipo de célula glial que produz mielina no SNC), micróglia (células imunológicas no SNC) e outros componentes do sistema nervoso central.
De onde vêm as neoplasias secundárias do SNC e por que são relevantes?
As neoplasias secundárias do SNC originam-se de metástases de focos primários localizados fora do sistema nervoso central, como do pulmão, pele e mama. Elas são especialmente relevantes pois representam os tipos mais comuns de neoplasia de SNC em adultos, o que implica na importância de entender como cânceres em outras partes do corpo podem afetar o sistema nervoso central.
Por que é importante diferenciar neoplasias primárias de secundárias no SNC?
Diferenciar neoplasias primárias de secundárias no SNC é crucial para o diagnóstico correto e a elaboração de um plano de tratamento adequado. O tratamento pode variar significativamente dependendo da origem do tumor, sua localização, e se ele é primário ou uma metástase, impactando diretamente nas estratégias terapêuticas e no prognóstico do paciente.
Quais são os fatores que influenciam a apresentação clínica de um tumor cerebral?
A localização, o volume tumoral, a invasividade e a velocidade de crescimento do tumor são fatores determinantes para as manifestações clínicas observadas em portadores de tumores cerebrais.
Quais sintomas são comumente associados a tumores cerebrais?
Sintomas podem incluir cefaleia, crises epilépticas (podendo ser focais com possível generalização secundária para crises tônico-clônicas), sinais neurológicos focais (como hemiparesia, hemi-hipoestesia, afasia, ataxia cerebelar e disfunções cognitivas diversas) e sintomas de hipertensão intracraniana (cefaleia, vômitos, turvação visual, diplopia) em casos de tumores de crescimento rápido e agressivos.
Por que é raro ver a cefaleia como sintoma isolado de tumor cerebral?
A cefaleia, apesar de comum, raramente ocorre isoladamente em casos de tumor cerebral devido à diversidade de estruturas cerebrais que podem ser afetadas por neoplasias, levando a uma variedade de sintomas além da dor de cabeça.
Como as crises epilépticas se relacionam com a presença de tumores cerebrais?
Crises epilépticas são comuns em pacientes com tumores cerebrais, afetando até 80% dos portadores em algum momento. Elas são tipicamente classificadas como focais, dependendo da localização do tumor, e podem evoluir para generalização secundária.
O que é a síndrome de hipertensão intracraniana e como ela pode ser relacionada a tumores cerebrais?
A síndrome de hipertensão intracraniana é caracterizada por cefaleia, vômitos, turvação visual e diplopia, ocorrendo em casos de tumores de crescimento rápido e agressivo. Pode ser causada por obstrução do fluxo do líquido cefalorraquidiano, levando a hidrocefalia ou hipertensão intracraniana.
Quais são os sintomas e sinais clínicos que podem indicar a presença de um tumor cerebral e como eles variam conforme a localização do tumor?
Os sintomas de tumores cerebrais incluem cefaleia (geralmente constantes e bifrontais), crises epilépticas (que podem acometer até 80% dos pacientes), e sinais neurológicos focais como hemiparesia, hemi-hipoestesia, afasia, ataxia cerebelar e disfunções cognitivas. A localização do tumor influencia o tipo de sintoma apresentado, por exemplo, afasia sugere envolvimento das áreas de linguagem no cérebro.
Como é feita a abordagem diagnóstica inicial em um paciente com suspeita de tumor cerebral?
A abordagem diagnóstica inicial em casos suspeitos de tumor cerebral envolve a realização de exames de neuroimagem, sendo a Ressonância Nuclear Magnética (RM) de crânio com contraste preferencial em relação à Tomografia Computadorizada (TC), devido à sua maior precisão em identificar as características da lesão.
Qual é a importância da biópsia cerebral no diagnóstico definitivo de tumores cerebrais e quais técnicas complementares podem ser usadas na investigação?
A biópsia cerebral é essencial para o diagnóstico definitivo de tumores cerebrais, pois permite a definição histopatológica do tipo de neoplasia. Técnicas complementares incluem a espectroscopia por RM, para avaliação metabólica da neoplasia, e, em casos de suspeita de linfoma, a coleta de líquor para análise por citologia ou citometria de fluxo pode ser auxiliar.
Por que corticoides devem ser evitados na suspeita de linfoma cerebral e qual é a abordagem para pacientes com múltiplas metástases e diagnóstico definido do sítio primário do câncer?
Corticoides devem ser evitados na suspeita de linfoma cerebral porque podem mascarar o diagnóstico ao reduzir temporariamente o tamanho do tumor ou alterar suas características. Para pacientes com múltiplas metástases e diagnóstico definido do sítio primário do câncer, a biópsia habitualmente não é necessária, priorizando-se o tratamento com base no sítio primário e na extensão das metástases.
Quais são as principais modalidades de tratamento para tumores cerebrais e como a escolha do tratamento é determinada?
As principais modalidades de tratamento incluem ressecção neurocirúrgica, radioterapia, quimioterapia, além de tratamentos sintomáticos como corticoides (dexametasona), anticonvulsivantes e anticoagulantes para a profilaxia da trombose venosa profunda. A escolha do tratamento depende do tipo de tumor, das características clínicas do paciente e dos resultados dos exames de imagem.
Qual é o papel dos glicocorticoides no manejo de tumores cerebrais e em quais casos eles são indicados?
Glicocorticoides, como a dexametasona em altas doses, são usados para reduzir efetivamente o edema cerebral, podendo melhorar dores de cabeça e déficits neurológicos causados por edema peritumoral. Eles são indicados em pacientes com sintomas significativos devido ao edema, mas não são necessários ou indicados para pacientes com sintomas mínimos ou para tumores não associados ao edema circundante.
Em que circunstâncias os anticonvulsivantes são indicados para pacientes com tumor cerebral?
Anticonvulsivantes são indicados apenas para pacientes que apresentam crises convulsivas. O uso profilático de anticonvulsivantes, sem a ocorrência prévia de crises, não é recomendado.