MIOPATIAS Flashcards
MIOPATIAS E DOENÇAS DE JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
Compartilham o mesmo sintoma índice:
fraqueza muscular;
AS MIOPATIAS SÃO GENÉTICAS OU ADQUIRIDAS ?
Como qualquer outra doença, podem ter cunho familiar (tendo uma história familiar marcada pela presença de familiares com a
doença) ou adquiridas (nas quais a história familiar não carrega o mesmo peso das hereditárias);
OUTRAS QUEIXAS DAS MIOPATIAS (6)
1 Hipotonia;
2. Hiporreflexia;
3. Perda de trofismo;
4 Não ocorre fasciculações (são das
doenças do NM);
5. Não ocorre fadiga muscular (pode ocorrer em algumas situações, mas é pouco comum);
6. Sensibilidade, coordenação motora e funções autonômicas normais;
Investigação complementar das MIOPATIAS (6)
- CPK: > 20000
- Aldolase
Também tem DHL, lactato; - AST
Também chamada de TGO, muito atrelada à função hepática, mas em doenças musculares também pode se elevar por; - Eletroneuromiografia:
- Também tem importância em algumas miopatias, especialmente o exame da agulha (observar se há padrão enzimático);
- Testes genéticos:
- Se houver padrão hereditário;
- Biópsia muscular:
Quando vamos suspeitar que um paciente tem uma miopatia? (5)
Fraqueza muscular que não progride
Fraqueza muscular progressiva
Fraqueza muscular progressiva associada com miotonia
paralisia periódica
Sensação de cansaço (veja que é a
sensação e não a fadiga verdadeiramente, pois não é uma característica comum nas miopatias)
Fraqueza Muscular Não Progressiva
CAUSAS
Alteração estrutural ou funcional,
deficiência de alguma estrutura (enzima ou outro componente) por alterações genéticas;
Fraqueza Muscular Não Progressiva
quais são as bases genéticas e cite algumas manifestações clínicas
Se relacionam com miopatias congênitas, paciente nasce com essa alteração;
- Paciente nasce com alteração muscular mas não ocorre necrose da musculatura, portanto, não progridem;
- São alterações hereditárias e não
degerativas da musculatura esquelética; - Flop baby: bebê flácido, incapaz de
sustentar a cabeça, mãos e pés flácidos,
Fraqueza Muscular Não Progressiva
quadro clinico
Fraqueza de início precoce, generalizada, de predomínio proximal;
- Muito comum que com o avançar da idade, paciente tenha marcha anserina (fraqueza da musculatura proximal, logo da cintura pélvica);
- Redução de reflexos profundos, em virtude da hipotonia e fraqueza muscular importante;
Fraqueza Muscular Não Progressiva
diagnóstico
Nesses casos, o diagnóstico ocorre por biópsia de músculo.
Não necessariamente
ocorre alteração genética para usar teste genético, ocorre uma malformação durante a gestação.
Fraqueza Muscular Progressiva
fisiopatologia
Além da alteração estrutural ou funcional também teremos a degeneração (necrose) ou inflamação;
- Quando temos necrose associada, teremos as distrofias musculares. Logo, as distrofias musculares são miopatias de causa genética por disfunção ou falta de alguma enzima, por exemplo, que com o tempo faz com que haja degeneração (necrose) do músculo e substituição por gordura e fibrose;
Distrofia Muscular de Duchene
caracteristica
Caracteriza-se pela diminuição da força muscular e atrofia muscular progressiva (progride em virtude da necrose muscular e substituição por gordura e fibrose);
Distrofia Muscular de Duchene
herança genética
Padrão de herança: Ligada ao X recessivo (logo, apenas os homens desenvolvem adoença.
As mulheres podem ser portadoras, mas não desenvolvem a doença);
É uma doença genética, mas não congênita;
Distrofia Muscular de Duchene
manifestação clínica
Manifestações clínicas nos primeiros 5 anos de idade, idade clássica de 2-3 anos para início da doença; Muitas vezes a criança até tem um certo desenvolvimento (criança até começa a andar, mas é seguida por um período de declínio);
Distrofia Muscular de Duchene
diagnostico diferencial
Diagnóstico diferencial: Distrofia Muscular de Becker
Distrofia Muscular de Duchene
FISIOPATOLOGIA
ausência da proteína distrofina, localizado na membrana que reveste a superfície dos sarcômeros, causando uma deficiencia de glicogenolíticas nas fibras musculares tipo II, que são indispensáveis para a produção de força pelos músculos.
Diminuição do número de fibras musculares, aumento e atrofia das fibras, necrose, sinais de fagocitose, infiltração gordurosa e aumento do tecido conjuntivo.
Em resumo, a perdada distrofina causa substituição do músculopor gordura e fibrose (tecido conjuntivo);
Distrofia Muscular de Duchene
QUADRO CLÍNICO
7
Geralmente iniciado antes dos 5 anos (essa idade se refere a DMD):
-> Quedas frequentes;
-> Dificuldade para correr e para subir escadas - por volta dos 3 anos de idade;
-> Pseudo-hipertrofia das panturrilhas
-> Alterações da coluna vertebral;
-> Alguns pacientes tem leve deterioração intelectual.
-> Marcha sobre o hálux
-> Ocorre também marcha Anserina, como na maioria das miopatias;
-> Sinal de Gowers:
Solicitamos que o paciente, por exemplo, deite ou sente no chão e que se levante, como são pacientes com muita dificuldade de levantar, vamos observar um movimento de autoescalada, o paciente vai se apoiando em seus membros inferiores até conseguir se colocar de pé.
Complicações da DMD:
- M i o p a t i a c a r d í a c a , c a u s a n d o miocardiopatia dilata e arritmias cardíacas também (Becker se relaciona mais com arritmias, mas ambas as doenças podem
causar os dois quadros); - Contratura articular grave (retração de tendão, muitas vezes necessitam de cirurgia ortopédica para corrigir joelhos, cotovelos, coluna);
- Complicações respiratórias: afeta o diafragma, sendo a maior causa de óbito nesses pacientes, por volta dos 20-25 anos com insuficiência respiratória, além de poder haver pneumonias de repetição.
Diagnóstico DMD e DMB
biopsia com imuno-histoquímica da musculatura
TRATAMENTO DMD e DMB
Corticóides
-Prednisona VO 0,9mg/kg
-Deflazacort VO 0,75mg/kg
TRATAMENTO DE SUPORTE DMD e DMB
Evitar sobrecarga muscular;
Prevenção de deformidades;
Tratamento respiratório (CPAP pode ser necessário em algum, por exemplo);
Adaptações para atividades;
Suporte cardiológico;
Prevenção de osteoporose (já que é uma complicação esperada da corticoterapia)
conduta e cuidados do paciente com DMD E DMB
fazer uma espirometria (avaliação a funçãor e s p i r a t ó r i a ) ,
ecocardiograma, eletrocardiograma, holter de 24 horas,
densitometria óssea (para avaliar a necessidade de iniciar suplementação com bicarbonato de cálcio ou alendronato),
glicemia e hemoglobina glicada,
consultas com cardiologista, ortopedista e até um
endocrinologista em casos de hiperglicemia/ diabetes - todos esses passos são essenciais
para acompanhamento do paciente e prevenção de complicações;
Distrofia Fascioescapuloumeral
QUADRO CLINICO
Quadro clínico: musculatura da face é muito afetada (dificuldade para assoviar, pegar um canudo, fechar os olhos, sorrir),
afeta musculatura proximal de membros superiores
poupa a musculatura deltóide (Sinal do Polpey
(não costumam vir a óbito por
c o n t a d e s s a d o e n ç a , s o b r e v i d a relativamente normal);
escápula alada
Distrofia Miotônica
oq é ?
- Também ocorre necrose muscular e substituição por fibrose e gordura;
Distrofia Miotônica
quadro clínico
- São quadros clínicos em que se associa fraqueza muscular com necrose (distrofia) e miotonia, progressivos;
- M i o t o n i a : r e t a r d o / d i fi c u l d a d e n o r e l a x a m e n t o m u s c u l a r, i n c l u s i v e conseguimos induzir isso no paciente