Tromboembolismo pulmonar Flashcards
Fatores de risco para o TEP
Fratura dos ossos da pelve, quadril ou ossos longos, trauma múltiplo, lesão da medula espinhal, malignidade, quimioterapia e e contraceptivos orais.
Fisiopatologia do TEP
Tríade de Virchow: hipercoagulabilidade, estase venosa e lesão endotelial. Maior risco quando associados.
Vaso pulmonar obstruído pelo trombo faz com que o sangue reflua para o VD, então este aumenta de volume e comprime o VE (evidenciada pela queda da PA, que é sinal de gravidade).
Ocorre aumento do espaço morto fisiológico, ocorrendo boa ventilação e perfusão ruim, ou seja, o efeito shunt, que provoca ativação do SNA simpático, causando aumento da frequência cardíaca e vasoconstrição arteriolar pulmonar.
Diagnóstico do TEP
1) Clínico: dispneia súbita, dor pleurítica, tosse, febre, hemoptise. Quando venosa, edema e empastamento das panturrilhas.
2) Exame físico: taquicardia, atrito pleural, estertores, sibilos, cianose e hiperfonese de B2.
3) Exames sugestivos: ECG (excluir IAM), RX de tórax (áreas sem circulação, abaulamento do tronco e infarto pulmonar), D-dímero (indica ativação da coagulação), ECO (aumento do VD e diminuição do VE), USGDMMII (sem contraste), BNP e troponina (mostram comprometimento do miocárdio).
4) Exames confirmatórios: angiotomografia de tórax (distensão da artéria pulmonar, sinais de falha de enchimento - trombo na circulação pulmonar - e de infarto pulmonar - apagamento do mediastino), cintilografia pulmonar (quando não é possível fazer TC) e arteriografia (exame diagnóstico).
Algoritmo do diagnóstico de TEP
1) Avaliação hemodinâmica: instabilidade (ECO à beira-leito), estabilidade, alto risco e TEP provável (TC) e estabilidade, baxio risco e TEP improvável (D-dímero).
2) TC e D-dímero positivos indicam tratamento.
Tratamento do TEP
De acordo com a estratificação de risco (baixo, intermediário baixo, intermediário alto e alto).
1) Anticoagulante por 3 a 6 meses.
2) Instabilidade e alto risco: terapia de reperfusão (desobstrução química ou mecânica).
3) Risco intermediário alto: internação na UTI. Trombólise se piorarem.
4) Risco intermediário baixo: internação na UTI. Sem trombólise.
5) Risco baixo: alta precoce e atendimento domiciliar ou em enfermaria.
Complicações do TEP
TEP crônico assintomático, TEP crônico sintomático e hipertensão pulmonar trombótica crônica.