Tratamento das fraturas do complexo zigomático Flashcards
Fraturas no complexo zigomático pode causar:
Dor, edema periorbital e equimose.
Parestesia (zigomaticofacial ou infraorbitário) 18 a 83%.
Epistaxe e diplopia.
Trismo
Qual exame radiográfico para fraturas do zigomático (assoalho órbita)?
TC coronal principalmente
As janelas de tecido mole, no plano coronal são úteis para avaliar os músculos extraoculares e presença de herniação dos tecidos orbitais para o interior do seio maxilar.
Projeção de Waters, Projeção de Hirtz ou submentovertex (arco zigomático e projeção molar).
Projeção de Caldwell (avaliar rotação zigoma)
Como é a classificação de Manson et a. para fraturas do zigoma?
Lesões de baixa energia: Pouco ou nenhum deslocamento
Lesão de média energia: fratura completa de todas as articulações com deslocamento leve ou moderado.
Lesão de alta energia: cominuição da porção lateral da órbita e deslocamento lateral com segmentação do arco.
Qual a classificação de Zingg et al. para fraturas do zigoma?
Tipo A: fratura incompleta de apenas um pilar zigomático
Tipo B: deslocamento e fratura ao longo das 4 articulações
Tipo C: fragmentação do corpo do zigomático
Quais os princípios do tratamento de fratura de zigoma?
Conforme o deslocamento e cominuição aumentam (alta energia), o papel da redução aberta e fixação rígida se eleva.
Fraturas arco zigomático: abordagem de Gillies (incisão em região temporal de 2 cm e acesso através das fáscias do temporal e redução com elevador de Rowe). RAFI do arco é raramente necessária, mas pode ser precisa em fraturas cominutivas do zigoma ou panfaciais.
Fraturas baixa energia: podem não precisa cirúrgia, observação longitudinalmente (com o tempo), risco assimetria facial, recomenda documentar com fotos.
Fraturas média energia: requerem RAFI; Parafuso de Carrol Girad (controle tridimensional para reduzir fratura). Se a redução ficar instável ou dúvidas sobre precisão, proceder à redução aberta.
Outros autores sugerem exposição de rotina de dois ou mais pilares anteriores para lesões de média energia: pilar zigomáticomxilar, frontozigomático e rima infraorbital (confirmar precisão, 1 placa cada pilar, colocar em 2 pilares ou mais).
Fratura de alta energia: abordagem + agressiva; acesso coronal (para acesso arco) e incisões transconjuntivas ou transcutâneas para reconstruir a porção interna da órbita.
O que é acesso de Keen?
Incisão no fundo de saco superior (vestibulo oral)
Qual medicamento pode utilizar no caso de hifema?
Ciclopégico
No caso de fraturas do complexo zigomático envolvendo assoalho de orbita:
O arco zigomático deve ser corrigido PRIMEIRO.
Quais indicações para exploração orbital em fraturas de complexo zigomático?
enoftalmia, limitação da função dos músculos extracelulares com teste positivo de ducção forçada (Com a pancada assoalho abre e afunda gordura e músculos, depois que a força é removida assoalho retorna, porém aprisiona os tecidos).
Indicações em radiografias: fratura deslocada e herniação (prtusão) dos tecidos orbitais.
Em casos de fraturas Blow out:
a força foi 10x maior (pancada) cominuição.
Reconstrução do assoalho depois que reduzir e estabilizar a rima orbital.
Pode reconstruir com enxerto autógeno, alógeno ou sintético(tela de titânio). Deve ser colocado a uma borda posterior intacta que pode estar de 35 a 38mm posterior à rima.Realizar teste de ducção antes e depois da exploração e após reconstrução.
Incisão subciliar (transcutânea-pele): + risco ectrópio/escleroshow e aumento exposição escleral.
Técnicas transconjuntiva melhor, porém difícil (conjuntiva).
Durante acesso, deve-se posicionar a incisão periosteal na face anterior da maxila (evitar direto rima, cortar septo extravasar gordura).
Fechar por planos
Sutura de Frost (auxiliar reposicionamento).
O que é teste de ducção?
Verificar aprisionamento de músculo extraocular.
Pinçar músculo e tentar mover.
Quais os cuidados pós-operatórios em tratamentos de fraturas do complexo zigomático?
Quando violam seio maxilar -> descongestionantes (pseudoefedrina) e antibióticos perioperatórios (ampicilina, amoxicilina, clindamicina ou cefalosporina (cefalexina)).
Quais as complicações no tratamento de fraturas do complexo zigomático?
Parestesia infraorbital: quanto maior deslocamento, menor a chance de atingir o nervo (sensibilidade, parestesia), geralmente recupera 4 a 13 semanas depois.
Recuperação incompleta dos nervos, geralmente associadas a lesões intraoperatórias.
Consolidação viciosa (reconhecida até 6 semanas após lesão (não consolida))e assimétrica.
Consolidação em posição errada: deformidades tardias leves inclui enxertos autógeno onlay ou implantes aloplásticos (polietileno poroso). Já as graves: pode exigir osteotomias zigomáticas re reposicionamento.
Enoftalmia: volume de um cone é 1/3 (π r²) X h. (base x altura).
Diplopia: bilocular (2 olhos), monocular (1 olho). Causas: edemas (mais comum), hematoma (pode resolver sem intervenção).