Fraturas panfaciais Flashcards
O que são fraturas panfaciais? E os pilares de sustentação?
São fraturas que envolvem o terço superior, médio e inferior da face.
Pilares de sustentação: nasomaxilar e zigomaticomaxilar são reconstruídos e o pterigomaxilar não (serve de guia), devido à dificuldade de acesso e visualização. (pilares verticais).
Ramo/côndilo mandibular -> pilar vertical também, estabelecendo altura facial posterior.
Pilares horizontais (antero-posterior): frontal, ZIGOMÁTICO, MAXILAR E MANDIBULAR.
Quais são os guias anatômicos utilizados em fraturas panfaciais?
Arcada dentária -> onde 1 está hígida, a mesma é usada como guia.
Mandíbula guia.
Sutura esfenozigomática -> marco anatômico guia. Em casos de fratura os cirúrgiões reduzem essa região e fixam na sutura frontozigomática. Verificando posição e fixado pode-se partir para maxila.
Distância intercantal.
Qual a distância intercantal de homens e mulheres?
Em média mulher de 28,6 a 33 mm, homens de 28,9 a 34,5 mm.
Descreva sobre o acesso cirúrgico coronal:
Ele possibilita acesso ao seio frontal, região naso-orbito-etmoidal, tendão cantal medias, rima (rebordo) supraorbital, teto da orbita, face superior das paredes orbitais medial e lateral, arco zigomático e côndilo mandibular (com extensão pré-auricular).
Pico da viúva - topo do cabelo
Descreva sobre o acesso perinasal:
Possibilita acesso a região naso-órbito-etmoidal, tendão cantal medial e saco nasolacrimal. Evita devido a cicatriz (H).
Incisão na prega palpebral superior:
Acesso a regiões superior e lateral da órbita. Usado para expor a sutura frontozigomática.
Incisão subciliar e transconjuntival com cantotomia lateral:
Acesso a rima infraorbital, paredes orbitais medial e lateral, assoalho de órbita.
Incisão transconjuntival com cantotomia lateral não concede acesso à sutura frontozigomática. Esse procedimento requer o deslocamento do cantão lateral e a incisão através do músculo orbicular dos olhos e do periósteo profundamente à pele periorbital latera.
Acesso vestibular maxilar (Keen):
Realizada no fundo de saco de vestibulo, dá acesso a maxila e contraforte zigomaticomaxilar.
Acesso vestibular mandibular:
Permite acesso a mandíbula desde o ramo, ângulo até a sínfise.
Não se recomenda essa abordagem para fraturas cominutivas e atróficas.
Incisões cervicais:
possibilita acesso a mandíbula, exceto quando existe uma fratura alta do colo do côndilo.
Indica-se essa abordagem quando a redução anatômica é fundamental (vestibular, base, lingual). Ela possibilita que o cirurgião visualize a redução da cortical lingual.
Quais áreas podem precisar de enxerto ósseo?
Osso frontal, dorso nasal, assoalho órbita, parede medial da órbita e pilar zigomáticomaxilar.
Para isso o osso da calvária pode ser o melhor, pois o acesso é alcançado pela incisão coronal e esses enxertos tem demostrado menor reabsorção.
Áreas onde o fechamento do periósteo deveria ser obtido:
Incluem a sutura frontozigomática, a rima infraorbital, a fáscia temporal profunda e as camadas musculares das incisões maxilares e mandibulares. (para evitar hematoma).
Áreas das quais a reinserção periosteal deveria ser obtida:
Eminência malar e rima infraorbital, fáscia temporal sobre o arco zigomáticos, cantos medial e lateral e músculo mentual.
Sequência de tratamento de fraturas panfaciais - BOTTOM-UP e INSIDE-OUT:
Bottom-up: de baixo para cima
Inside-out: dentro para fora
Sequência:
Traqueostomia
Reparação do palato (fraturas parasagitais-lannelongue).
Bloqueio maxilo mandibular
Côndilo
Mandíbula
Zigomático
Frontal
NOE (naso-orbito-etmoidal)
Maxila
Qual a sequência de tratamento Top-down e Outside-in?
Top-down - de cima para baixo
Outside-in - de fora para dentro.
Sequência:
Traqueostomia
Frontal (placa 1.5 + delicada)
Zigomático
NOE
Maxila (inclusive palato)
Bloqueio maxilomandibular
Côndilo
Mandíbula