Traqueostomia – indicações, técnicas e complicações Flashcards

1
Q

Quais os limites da traqueia?

A

Começa no nível da cartilagem cricoide e termina na bifurcação brônquica

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2
Q

Onde fica a cartilagem cricoide?

A

Palpada abaixo do pomo de adão (corresponde à cartilagem tireoide)

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3
Q

Qual o único anel completo da via aérea?

A

Anel cricoide

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4
Q

Menor diâmetro das vias aéreas superiores?

A

Região subglótica

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5
Q

O que a ressecção do anel cricoide pode implicar?

A

Estenose subglótica de difícil tratamento

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6
Q

Quantos aneis tem a traqueia?

A

18 a 22 aneis cartilaginosos

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7
Q

O que passa no sulco entre traqueia e esôfago?

A

Nervos laríngeos recorrentes

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8
Q

Quem faz a vascularização da traqueia?

A

Artérias tireóideas superiores

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9
Q

Cite duas consequências técnicas em relação à vascularização na traqueostomia.

A

1- Na mobilização da traqueia, para anastomose ou traqueostomia definitivo, a dissecção circunferencial deve ser limitada a cerca de 1cm da extremidade seccionada para que a vascularização segmentar não seja afetada.

2- A compressão circunferencial provocada pelo balonete de um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia, com pressão superior à pressão de perfusão capilar (20mmHg) pode comprometer não só a irrigação mucosa, como da cartilagem.

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10
Q

Quais são as três repercussões fisiológicas favoráveis da traqueostomia?

A
  • Possibilidade de respirar apesar de uma obstrução glótica
  • Redução do esforço respiratório por diminuição do espaço morto anatômico
  • Eliminação de secreções respiratórias retidas por tosse ineficaz
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11
Q

Cite quatro repercussões fisiológicas negativas da traqueostomia?

A
  • Ausência da umidificação e aquecimento do ar
  • Ausência do fluxo aéreo para as cordas vocais -> impedimento da fonação
  • Quebra da barreira antimicrobiana natural
  • Transtornos da deglutição
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12
Q

Quais são os dois tipos gerais de traqueostomia?

A

Terminal e lateral

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13
Q

Quais as características da traqueostomia terminal?

A

Permanente

Geralmente realizada após ressecção de laringe

Estabelecimento de estoma através de uma sutura traqueocutânea na região cervical anterior ou no mediastino, caso ressecção do manúbrio

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14
Q

Quais as características de uma traqueostomia lateral?

A
  • Provisório
  • Introdução de cânula na via aérea através de traqueotomia por acesso cervical anterior
  • Método aberto: dissecção dos planos
  • Técnica percutânea: cânula introduzida após dilatação romba do trajeto definido por um fio-guia introduzido na luz traqueal por dentro de uma agulha de punção
  • Pode ser confeccionada como estoma e pode ser reversível com cirurgia
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15
Q

Como é feita a traqueostomia lateral com a técnica percutânea?

A

Cânula introduzida após dilatação romba do trajeto definido por um fio-guia introduzido na luz traqueal por dentro de uma agulha de punção

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16
Q

Quais são as 4 indicações da traqueostomia?

A
1 – Obstrução da via aérea
2 – Suporte respiratório
3 – Tosse ineficaz
4 – Proteção da broncoaspiração
5 – Apneia obstrutiva do sono
17
Q

Como é feita a cricotireoidostomia?

A

1 - Ponto crítico: palpação do anel cricoide, logo abaixo da cartilagem tireoide.
2 – Incisão trasversa, na linha média cervical, de 1 a 2cm, na altura da borda superior, para atingir a membrana cricotireoide.
3 – Incisão vertical até a cartilagem tireoide para evitar presença de vasos.
4 – A membrana pode ser entreaberta com uma pinça hemostática para se introduzir uma cânula de fino calibre.
5 – A tendência é substituir por traqueostomia e colocar cânula de maior calibre.

18
Q

Como é feita a traqueostomia convencional aberta?

A
  • Pode ser feita com incisão cervical anterior transversa, entre o anel cricoide e a fúrcula esternal ou uma incisão longitudinal mediana, cerca de 1cm abaixo da cricoide e até 2cm acima da fúrcula
  • Acesso feito através da linha mediana, incisando a rafe entre os músculos esterno-hioideos e esterno-tireóideos
  • Geralmente as duas veias jugulares anteriores estão ao lado da rafe, uma de cada lado.
  • Pode haver interconexões venosas entre as duas jugulares.
  • Antes de atingir a traqueia pode ser necessário ligar vasos tireóideos inferiores
  • Após a abertura da rafe, chega na fáscia pré-traqueal e conta os aneis tendo como referência o anel cricoide.
  • Local ideal da traqueo: 2º e/ou 3º anel.
  • Rebater o istmo tireóideo
  • Sutura em barra grega em cada extremidade tireóidea sob a pinça
  • Nessa hora pode injetar 1 a 2mL de xilocaína 2% para diminuir os reflexos da manipulação traqueal subsequente.
  • Elevação da traqueia, tração não pode ser excessiva para evitar bradicardia ou parada
  • Abertura da traqueia pode ser: incisão longitudinal, transversal, em “U” invertido, em “T” ou retirando uma janela anterior de cartilagem contendo fragmentos do 2º e 3º aneis.
  • O flap de Bjork corresponde à fixação cutânea da borda superior da cartilagem já solta pela incisão em “U” invertido
  • Longitudinal: crianças, calibre reduzido da via aérea. Adultos: pode atingir nervos
  • Incisão em T: parte horizontal (1º e 2º anel) e parte vertical (2º e 3º anel)
  • Possibilidade de troca de cânula nos primeiros dias: deixar dois pontos de reparo na traqueia exteriorizados pela incisão e enrolados em gaze.
  • Cervicotomia deve ser parcialmente fechada com pontos simples separados
  • Fixação da cânula com pontos cutâneos para não migrar
19
Q

O que é o flap de Bjork?

A

Corresponde à fixação cutânea da borda superior da cartilagem já solta pela incisão em “U” invertido

20
Q

Qual a diferença da traqueostomia lateral definitiva e da traqueostomia convencional?

A

A traqueostomia lateral definitiva tem 3 particularidades.

1- A incisão já é planejada para gerar o retalho cutâneo a ser suturado na traqueia (forma de cruz ou X)
2- É ressecado um quadrado da parede traqueal anterior, contendo segmentos do segundo e terceiro aneis, com dimensões compatíveis ao estoma que se quer.
3- A sutura traqueocutânea se faz com pontos não absorvíveis ou absorvíveis de longa duração, após ressecar os ângulos cutâneos agudos.

Pode ser reversível.

21
Q

Quais as características da traqueostomia cervical terminal?

A
  • Geralmente é realizada concomitantemente à laringectomia.
  • Sempre que possível, a traqueia deve ser biselada, de modo a distribuir a tensão em toda linha de sutura.
  • Extremidade maior do bisel fica para cima e a mais curta, pra baixo.
  • Raramente preserva a laringe.
22
Q

Quais as características da traqueostomia mediastinal?

A
  • Realizada quando há extensa ressecção laringotraqueal
  • Ressecção das cabeças das clavículas, manúbrio esternal e extremidades mediais da primeira e segunda costela  possível suturar um orifício aberto na porção medial do retalho recém-criado.
23
Q

Características da traqueobroncostomia

A
  • Procedimento raro
  • Pode ser executado quando há deiscência de anastomose traqueobrônquica após ressecção pulmonar e carinectomia por câncer pulmonar.
24
Q

Circustância especial de traqueo: obesidade mórbida.

A
  • Dificuldade de acesso e maior risco na descanulação acidental
  • Proposta de lipectomia cervical associada à traqueo ou traqueostomia percutânea guiada por USG
25
Q

Circustância especial de traqueo: SARS

A

• Necessidade absoluta de realizar o procedimento com máscaras e roupas especiais.

26
Q

Circustância especial de traqueo: Para retirar corpo estranho que não passa pela região subglótica ou lâminas cortantes

A

• Localização é sempre cervical, por onde é introduzido o broncoscópio.

27
Q

Circustância especial de traqueo: Em vigência de esternotomia mediana

A

• Fazer a traqueo depois.

28
Q

Cânulas de traqueostomia

A
  • Balonete tem que ser macio, de alta complacência e volume
  • Adultos: 8 a 10
  • Cânula metálica: paciente sem ventilação mecânica em controle ambulatorial. Adulto: 5 e 6.
  • Tubo em T de Montgomery (silicone)
29
Q

Quais são os cuidados com a traqueostomia?

A
  • Ferida: curativos frequentes, ar úmido e aquecido. Vácuo liberado para a sonda só no momento da retirada.
  • Cânula deve ser trocada com periodicidade de sete a dez dias.
  • Cuidar posicionamento: erosões e fístulas
30
Q

Quais são as complicações peroperatórias?

A
  • Hemorragias provenientes do arco das jugulares anteriores e da tireoide
  • Alterações vocais: mais relacionadas ao tubo do que lesão de nervo
  • Lesão esofagiana
  • Colocação de cânula num falso trajeto: hipoxemia e enfisema subcutâneo
  • Identificação errônea do anel cricoide como um anel traqueal: estenose subglótica