TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO DE IMOBILIZAÇÃO Flashcards
as técnicas de colocação de colar cervical
e imobilização em plano duro deverão ser
consideradas sempre que exista: (5)
+ No contexto de trauma fechado, qualquer lesão
que coloque em risco a vida (ABCDE);
+ Perda de mobilidade ou sensibilidade após
acidente;
+ Deformidade do pescoço ou coluna vertebral;
+ Alteração do estado de consciência após
acidente;
+ Situações em que o mecanismo de lesão
sugere transferência significativa de energia
cinética (continua)
quais as situações em que o mecanismo de lesão
sugere transferência significativa de energia
cinética: (8)
- Projeção da vítima do veículo acidentado
- Vítima de atropelamento;
- Vítima encarcerada;
- Vítima de queda > 3 metros;
- Vítima de acidente em veículo de 2 rodas > 30 Km/hora;
- Vítima de acidente em veículo ligeiro > 50 Km/hora;
- Vítima de acidente cujo veículo apresenta grande deformidade/intrusão dentro do veículo;
- Vítima de Capotamento.
Na execução das Técnicas de Trauma
entende-se por “1º elemento”: (complete)
aquele que
fica à cabeça da vítima, e como tal é
responsável pelas “vozes” na execução
das técnicas
A função sensório-motora e a perfusão dos
membros deve ser avaliada:
antes e depois
das técnicas de imobilização.
qual o objetivo da estabilização manual da cabeça?
Manter a região cervical alinhada em
posição neutra até que a vítima esteja completamente
imobilizada.
qual as indicações da estabilização manual da cabeça?
Quando mecanismo de lesão sugere
traumatismo do crânio e/ou da coluna vertebral (trauma
vertebro-medular).
qual as contraindicações da estabilização manual da cabeça?
O elemento deve parar
imediatamente o movimento se, do movimento
cuidadoso da cabeça e do pescoço para uma posição
neutra, resultar alguma das seguintes situações: (4)
- Espasmo da musculatura do pescoço;
- Aumento da dor;
- Aparecimento ou agravamento de défice
neurológico (como dormência, formigueiro ou
perda de função motora); - Comprometimento da função ventilatória.
Técnica estabilização manual da cabeça
Uma vez que, a partir do mecanismo de trauma, existe
a suspeita de lesão vertebromedular, o primeiro passo
é:
estabelecer de imediato uma imobilização da coluna
cervical com alinhamento manual em posição neutra seguindo princípios
Princípios para imobilização da coluna cervical
- A cabeça é estabilizada de forma cuidadosa,
alinhando-a em posição neutra, a não ser que haja contraindicação; - O alinhamento é mantido, sem qualquer tração, em posição neutra (se vítima em plano horizontal);
- Na vítima sentada ou de pé deve ser aplicada apenas uma tração suficiente para aliviar o peso
axial (aliviar o peso da cabeça sobre a coluna cervical); - A cabeça deve ser estabilizada por imobilização manual até que se complete a imobilização mecânica do tronco e da cabeça (que implica aplicação da aranha e só depois apoios laterais da cabeça). Permanecendo assim até depois do
exame no hospital;
Abordagem lateral com vítima
sentada em veículo:
- O 1º elemento, abordando a vítima lateralmente, estabiliza a cabeça colocando uma das mãos na
transição crânio cervical, enquanto a outra apoia a mandíbula - Isso permite que no próximo passo o elemento encarregue de
estabilizar a coluna cervical por trás (2º elemento), coloque ambas as mãos sobre os pavilhões auriculares sem quaisquer constrangimentos ou dificuldades; - Se a cabeça não está alinhada numa posição neutra o 1º elemento mobiliza lentamente a cabeça, até conseguir o alinhamento (exceto se
contraindicado); - Deve ser mantida a pressão suficiente para suportar e estabilizar a cabeça.
Abordagem posterior com vítima
sentada em veículo:
- A execução desta técnica deve ser antecedida
de uma estabilização lateral da cabeça; - O 1º elemento coloca-se por trás da vítima;
- Coloca as suas mãos lateralmente sobre os
pavilhões auriculares da vítima, sem movimentar
a cabeça - Os dedos deverão ser distribuídos de forma a
proporcionar uma estabilização eficaz da cabeça
da vítima; - Se a cabeça não está alinhada numa posição
neutra o elemento mobiliza lentamente a cabeça,
até conseguir o alinhamento (exceto se contra
indicado); - O 1º elemento (se possível) aproxima os seus
braços e apoia-os no banco, nos apoios de cabeça
ou no seu tronco, para se manter mais estável.
Abordagem anterior com a
vítima de pé:
- Posicionando-se diretamente em frente da vítima,
o 1º elemento coloca as suas mãos de ambos os
lados da cabeça sobre os pavilhões auriculares,
sem movimentar a cabeça - Se a cabeça não está alinhada numa posição
neutra o 1º elemento mobiliza lentamente a
cabeça, até conseguir o alinhamento (excepto
se contraindicado); - Deve ser mantida a pressão suficiente para
suportar e estabilizar a cabeça.
Abordagem com a vítima em
decúbito dorsal:
- O 1º elemento posiciona-se atrás da cabeça
da vítima, na posição de ajoelhado ou deitado; - As mãos do 1º elemento são colocadas de cada
lado da cabeça da vítima, colocando as palmas
da mão sobre os pavilhões auriculares desta - Os dedos de ambas as mãos do 1 elemento
devem ser utilizados de forma a proporcionar
uma estabilização eficaz e segura; - Ao estabilizar a cabeça da vítima, os cotovelos
e/ou os antebraços do 1º elemento podem ser
apoiados no chão ou nos joelhos (para um suporte
adicional).
Quantos elementos são necessários para a aplicação correta do colar cervical?
2
Como fazer a aplicação correta do colar cervical?
Efetuar a correta colocação de um colar
cervical de tamanho adequado.
Indicações da aplicação do colar cervical?
Quando o mecanismo de lesão sugere
traumatismo da coluna cervica
Contraindicações da aplicação do colar cervical?
Trauma penetrante com
eventual objeto empalado e/ou hematoma expansivo,
no pescoço ou zonas adjacentes.
Técnica aplicação do colar cervical:
Como mede o colar? Deve-se optar por qual tipo de colar cervical?
- O primeiro elemento deve fazer ou manter, de
acordo com a posição e a situação da vítima,
o alinhamento e a imobilização da cabeça e
coluna cervical, em posição neutra, deixando
livre a região cervical, para que seja mais fácil a
aplicação do colar cervical; - O segundo elemento, procederá à escolha do
tamanho do colar cervical, medindo a distância
do ângulo da mandíbula à base do pescoço; - Os passos da aplicação do colar dependem do
tipo de colar e das suas instruções de colocação.
No entanto, sempre que possível, deve-se optar
por um colar de duas peças e quatro apoios,
ajustando primeiro a parte anterior do colar ao
pescoço da vítima, colocando, de seguida, a
parte posterior do colar, procedendo então ao
ajuste final; - O primeiro elemento mantém sempre o
alinhamento em posição neutra (segundo o eixo
nariz-umbigo-pés) e a imobilização, durante os
movimentos a realizar posteriormente
Para o transporte da vítima em plano duro é obrigatória oq?
a aplicação do cinto tipo aranha
ou os cintos do plano e depois destes os
estabilizadores laterais de cabeça.
Objetivos do rolamento
Mobilizar uma vítima para um dispositivo
de imobilização, mantendo estabilização com
alinhamento manual e com o mínimo movimento da
coluna vertebral.
Indicações rolamento:
Para mobilizar uma vítima para
o dispositivo de imobilização ou transporte; para
lateralizar uma vítima com suspeita de trauma vertebromedular, com o objetivo de examinar a região posterior
do tronco.
Precauções rolamento: 4
Vítimas em decúbito dorsal com
suspeita de trauma da bacia;
trauma bilateral dos
membros (se tivermos fratura bilateral da tíbia e perónio,
depois de imobilizar especificamente cada uma delas
é possível lateralizar a vítima),
objetos empalados e
eviscerações.
Técnica rolamento:
deve ser adaptada de acordo
com a posição em que a vítima se encontra.
O reposicionamento da vítima no plano duro
deve ser realizado com um movimento… (em que direção)
na
diagonal.
rolamento
VÍTIMA EM DECÚBITO
DORSAL:
- Enquanto o primeiro elemento se coloca à
cabeça da vítima e mantém o alinhamento com
estabilização em posição neutra, o segundo
elemento aplica o colar cervical de tamanho
adequado; - O primeiro elemento continua à cabeça (mantendo
o alinhamento com estabilização em posição
neutra), o segundo elemento ajoelha-se ao nível
do tórax da vítima e o terceiro ajoelhase ao nível
dos joelhos; - Os membros superiores e inferiores são alinhados
junto ao corpo e o plano duro colocado no lado
oposto aos elementos; - A vítima é agarrada pelos ombros e pela cintura
pélvica em simultâneo, de modo a manter as
extremidades alinhadas em posição neutra e
é rolada suavemente na direção do segundo e
terceiro elementos; - O plano duro é apoiado no bordo lateral oposto
aos elementos ou, quando colocado por um
quarto elemento, aplicado contra o dorso da
vítima. Deve ser posicionado de forma que a sua
porção terminal (zona dos pés) fique na região
entre os joelhos e os tornozelos da vítima e a
porção superior (zona da cabeça) fique colocada
acima da cabeça da vítima; - A vítima é rolada para cima do plano duro e desce
junto com este para o solo; - Uma vez o plano colocado no solo, a vítima
é firmemente agarrada pelos ombros, região
pélvica e membros inferiores, sendo de seguida
deslocada na diagonal, ao longo do plano duro,
até ser corretamente posicionada com a cabeça
colocada no topo do plano e o corpo centrado; - A manutenção da estabilização com alinhamento
em posição neutra deve ser feita sem puxar pela
cabeça (ou pescoço) da vítima.
VÍTIMA EM DECúBITO
VENTRAL rolamento:
- Procede-se ao alinhamento inicial dos membros;
- A posição do segundo e terceiro elementos e a
colocação das mãos são também as descritas
na técnica anterior; - É também obrigatório manter o alinhamento;
- Se possível, a vítima deve ser sempre rolada na
direção contrária àquela para onde a sua face
esta inicialmente voltada; - O primeiro elemento coloca-se à cabeça da vítima
e mantém o alinhamento com estabilização em
posição neutra; - O plano duro é colocado entre os elementos e a
vítima e apoiado no bordo lateral, posicionado de
forma que a sua porção terminal (zona dos pés)
fique acima dos tornozelos da vítima; - Enquanto o segundo elemento ajoelhado ao nível
do tórax da vítima agarra com uma mão o seu
ombro mais distante e com a outra o punho e a
anca, o terceiro, ajoelhado ao nível dos joelhos
agarra com uma mão o braço e com a outra os
membros inferiores da vítima; - A vítima é rolada em direção ao plano duro,
devidamente alinhada; - Depois de o segundo e o terceiro elementos
reposicionarem três das mãos no lado oposto
da vítima, uma fixa o plano duro, a vítima e o
plano são descidos para o solo. Firmemente
agarrada pelos ombros, região pélvica e membros
inferiores, a vítima é de seguida deslocada para
cima e para o lado, ao longo do plano duro, até ser
posicionada com a cabeça colocada no topo do
plano e o corpo centrado. Finalmente é colocado
o colar cervical; - A manutenção da estabilização com alinhamento
em posição neutra é feita sem tracionar a cabeça
(ou pescoço) da vítima.
Na vítima em decúbito ventral o colar cervical só pode
e ser colocado depois da vítima estar colocada
e alinhada sobre o plano duro e nunca antes.
Técnica cada vez menos consensual e menos defendida
em virtude das suas diversas limitações (ex. número
de elementos, treino) e relação custo-benefício para
as vítimas de trauma.
levantamento
exemplo, mesmo em situações de fratura da
bacia, a técnica recomendada é a utilização da maca
pluma
contraindicações levantamento
A técnica só deve ser
executada se existirem pelo menos quatro elementos
treinados para a sua execução (sendo seis o número
ideal).
Técnica levantamento
- Antes de se realizar um levantamento deverá
sempre ser aplicado o colar cervical; - O 1 º elemento manterá o alinhamento e a
imobilização em posição neutra, segundo o eixo
nariz - umbigo - pés, e comandará os movimentos; - O 2º e 3º elementos ajoelhados de um dos lados
da vítima e o 4º e 5º elementos do outro lado, com
o mesmo joelho no chão, colocam corretamente
os membros superiores e inferiores da vítima de
forma a permitir o levantamento; - O 6º elemento pegará no Plano Duro, que a seu
tempo introduz debaixo da vítima; - Os elementos posicionados lateralmente à vítima,
colocam as mãos sobre esta, para percecionarem
a sua correta localização durante o levantamento,
de forma a distribuir o peso da cintura escapular,
do tronco, do abdómen, da cintura pélvica e dos
membros inferiores da vítima, a fim de que esta
seja mobilizada o menos possível (figura 5). O 1º
elemento dará indicação ‘Colocar mãos!’; - Introduzirão as mãos debaixo da vítima,
nas localizações definidas, sem perturbar o
alinhamento, com movimentos de deslizamento.
O 1º elemento dará indicação ‘Introduzir!’; - Aplicando a força para cima e para a frente
farão o levantamento em bloco, até à altura dos
joelhos, sempre seguindo indicação expressa do
1º elemento: ‘À minha voz três, levantar! - Um …
dois … três!’ (figura 6); - O Plano Duro será introduzido por baixo da
vítima, pelo lado dos pés, de forma que o topo
do plano fique a um nível superior ao da cabeça
da vítima (figura 7); - Farão de seguida, sob indicação do chefe de
equipa, o abaixamento em bloco, de forma que a
vítima fique posicionada com a cabeça colocada
no topo do plano e o corpo centrado: ‘
Baixar!’; - As mãos deverão ser retiradas com os mesmos
cuidados como quando foram introduzidas; - Logo que a vítima está corretamente posicionada
sobre o plano duro, seguindo indicação do
1º elemento, procede-se de seguida à sua
imobilização no respetivo plano rígido.