Taquiarritmias Flashcards

0
Q

Atitude perante cardiopatia estrutural + síncope, no qual há suspeita de Taquicardia Ventricular

A

Internar
Estudo eletrofisiológico
Considerar fortemente colocação de CDI

!Se sem cardiopatia estrutural, ECG de 12 derivações em ritmo sinusal

   - Supra ST em V1-V3 → Síndrome de Brugada
   - Alteração do QT  → Síndrome do QT longo/curto
   - PR curto e onda delta → Síndrome de WPW
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1
Q

Determina a gravidade dos sintomas a qualquer FC

A

Doença cardíaca subjacente

(função cardíaca de base)

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2
Q

Muitas Taquiarritmias supraventriculares paroxísticas NÃO estão associadas a risco significativo de cardiopatias estruturais, não sendo necessário avaliação de D.Isquémica e da Função Cardíaca, EXCEPTO

A
Se necessário pelos sintomas e sua gravidade
# TA Focal ou macroreentrante, 
# Flutter auricular
# Fibrilhação auricular
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3
Q

TV + ↓função Ve

A

Doença coronária avançada

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4
Q

TV + Dilatação isolada do Vd

A

Cardiomiopatia arritmogénica Vd

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5
Q

TV Polimórfica SEM ↑QT

A

Isquemia instável

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6
Q

Anomalias na FORMAÇÃO do impulso de Taquiarritmias

A

Exacerbação da automaticidade - Taquicardia sinusal
# Automaticidade anormal - ESA, ESV, TA
! Manobras de pacing NÃO provocam ritmos automáticos
# Atividade deflagrada/ Pós-despolarização
- Precoces: Torsade de pointes
- Tardias: digoxina, catecolaminas
! Manobras de pacing SIM

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7
Q

Anomalias na PROPAGAÇÃO do impulso de Taquiarritmias

A

Fenómenos de reentrada
= Maioria das TSV e TV sustentadas
Exacerbada por:
- Vias acessórias (Síndrome WPW)
- Anomalias genéticas nos canais iónicos (Síndrome QT longo)
- Fibrose

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8
Q

Arritmias mais comuns na monitorização com ECG

A

Extra-Sístoles Auriculares

! normalmente Assintomáticas
Diagnóstico = Onda P que ocorre antes do tempo - ↑PR
! Morfologia difere da P sinusal, mas pode ser semelhante se origem em: Apêndice AD, Veia cava superior ou Porção superior da crista terminalis

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9
Q

Menos sucesso da Ablação por cateter (4)

A

Fibrilhação auricular (elimina 50%-80%)
TV associada à Miocardiopatia Dilatada VE
Taquicardia juncional do nódulo AV (alto risco de bloq AV)
Taquicardia sinusal inapropriada (2ªlinha-elevada recorrência)

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10
Q

Arritmia sustentada mais comum

A

FA
>5% dos adultos >70 anos

  • Frequência Ventricular tende a ser elevada, mas depende INTEIRAMENTE das propriedades de condução AV
  • PP < 200ms + Morfologia caótica onda P → Confirma FA
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11
Q

Etiologias da FA bem definidas

!! Flutter não tem!!!

A
  • Hipertiroidismo
  • Anemia
  • Episódio vagotónico agudo
  • Intoxicação alcoólica aguda
  • Pós-operatório de cirurgia vascular, abdominal ou torácica major - causa comum de FA aguda
  • Desencadeada por outras TSV (ex: Taquicardia de Reentrada Nodal AV)
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12
Q

Fatores de risco para AVC na FA que requerem anticoagulação!

A

CHADES

  • ICC / Disfunção Ve
  • Hipertensão
  • Age > 65-75
  • Diabetes mellitus
  • Dilatação marcada da Ae (> 5,0 cm)
  • auto-contraste Ecográfico
  • EM reumática
  • História de AVC, AIT ou Embolia sistémica
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13
Q

Antiarritmicos na FA

!!Nenhum antiarrítmico é uniformemente efectivo, com 50% a sofrer recorrência, independentemente do tipo e do número de fármacos!

A

• Se cardiopatia estrutural (doença coronária , depressão FEVE, HTA, HVE):
- Amiodarona
- Dofetilide
- Sotalol !! uso limitado se depressão grave fx Ve
- Dronedarona !! excepto se depressão grave fx Ve
• Sem cardiopatia estrutural
- Flecaina
- Propafenona

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14
Q

Controlo crónico da FREQUÊNCIA na FA NÃO está a ser adequado se:

A
  • FC > 80 bpm em repouso

- FC > 100 bpm com exercício muito ligeiro

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15
Q

Terapia Ablativa para prevenir FA recorrente interrompe TODOS os circuitos macroreentrantes auriculares! Riscos:

A

(baixos 2-4%):

  • Estenose V.Pulmonar !!
  • Embolia sistémica
  • Lesão do nervo frénico
  • Fístula auriculo-esofágica
  • Perfuração / Tamponamento
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16
Q

Flutter auricular = Arritmias MACRO-reentrantes auricular.

Circuito mais comum do FLA

A
  • Direito - em redor do anel tricúspide
  • 80% sentido anti-horário
  • Ondas P em dente de serra (II, III e aVF)
  • Freq auricular 260-300bpm, condução 2:1
  • Freq ventricular mais rápida → mal tolerada (≠FA)
17
Q

Flutter atípico

A
  • Incisões cirúrgicas prévias
  • Fibrose auricular
  • Mais difícil prever frequência auricular
  • Freq auriculares + lentas
18
Q

Tratamento FA + FLA direito

A

Antiarrítmicos (só previne a FA) + Ablação istmo AD

19
Q

Taquiarritmia Característica dos doentes com doença pulmonar significativa

A

Taquicardia auricular MULTI-FOCAL

!!b-bloq contra-indicados

20
Q

Resposta à adenosina da Taquicardia Auricular Focal

A

TA automática
- BAV e término da arritmia (= taquis reentrantes AV)
!! Ondas p todas com a mm morfologia
# TA reentrada
- BAV mas persiste arritmia
!! Morfologia ≠ de todas as ondas p

21
Q

Taquicardia Supra-Ventricular regular PAROXÍSTICA mais comum

A

Taquicardia de Reentrada Nodal AV
♀> ♂
! tx 1ªlinha = estimulação vagal

22
Q

ÚNICA taquicardia com condução anterógrada decremental

A

Taqui mediada por Via Acessória Aurículo-Fascicular

23
Q

Extra-Sístoles AURICULARES vs Extra-Sístoles VENTRICULARES

A

ESA ESV
QRS amplo e aberrante QRS amplo e aberrante
Com padrão de BCRE/D SEM padrão de BCRE/D
SEM pausa completamente Pausa compensatória completa
compensatória. Duração entre QRS antes e QRS depois
da ESV é =2x a do ritmo sinusal

24
Q

Tratamento Extra-sístoles ventriculares

A

• SEM cardiopatia estrutural
ESV não têm significado prognóstico!
• COM cardiopatia estrutural
ESV frequentes e episódios TV não-mantida ↠ Pior prognóstico, com↑ Risco de MSC
Antiarrítmicos: NÃO comprovado que supressão da ESV ↓ risco de MSC!!
- Até↑risco arritmias fatais (prolongamento QT e torsade de pointes), apesar de efectivo na eliminação das ESV

25
Q

Ritmo Idioventricular Acelerado (RIVA) pode ocorrer em corações normais mas é frequente em (5):

A
  • Enfarte AGUDO do Miocárdio (em 25% dos ↑ST)
  • Intoxicação por Cocaína
  • Miocardite AGUDA !! ≠ TV lenta: EM e Cardiomiopatia
  • Intoxicação por digitálicos. crônicos
  • Pós-operatório de cirurgia cardíaca
26
Q

Taquicardias ventriculares que têm SEMPRE Colapso Hemodinâmico

A

• TV Polimórfica sustentada
• Flutter Ventricular
• Fibrilhação Ventricular
⇒ desfibrilhação assíncrona EMERGENTE

27
Q

Maioria das TV não responde a estimulação vagal excepto

A

Taquicardias idiopáticas do trato de saída

! Maioria TV têm cardiopatia estrutural (EAM)

28
Q

Prevenção de recorrências de TV

A
# Implantação de CDI
• Se cardiopatia estrutural, implantar QUASE SEMPRE!!

Antiarrítmicos (adjuvantes ao CDI)
• > 50% dos doentes com história de TV e com CDI necessitam!
• Sotalol ou Amiodarona: 1ª linha se TV mono/polimórfica, que não seja devida a síndrome de QT longo
- Sotalol reduz energia necessária para desfibrilhação;
- Amiodarona melhor tolerada, mas tem toxicidade

# Ablação por catéter
• Cura >90%, considerar em TODOS com TV recorrente
29
Q

TV Idiopática da Câmara de Saída no ECG

A

• Se origem no:

  • VD → Padrão BCRE em V1 (QRS negativo)
  • VE → Padrão BCRD em V1 (QRS positivo)

!!! 80% no VD, +♀

30
Q

Taquicardias responsivas a monobras vagais (4)

A

Taquicardia sinusal
Taquicardia reentrada nó AV
WPW
Taqui idiopática do trato de saída

31
Q

Risco de Morte Súbita na Miocardiopatia Hipertrófica

A

MSC=1%ano
Risco Alto risco
Espessura Septo Ve >30mm TV/FV Sustentada
Sincope recorrente Hx familiar de MS
Hipotensão com exercício. Mut genéticas
TV não Sustentada ⇩
Áreas de fibrose ventric CDI

!! WPW na MCH ⇒ mut PRKAG2

31
Q

Preditores de risco de Morte súbita (4) e indicações para CDI

A
  1. FA
  2. PR>240
  3. QRS>120
  4. Bloq de ramo + distrofia miotónica tipo1

CDI ⇢ FEVE<35%
⇢ Hx síncope inexplicada + disf Ve significativa

32
Q

Onda Epsilon

A

Activação ventricular atrasada na região da parede livre VD ⇢ entalhe terminal QRS

= Displasia/Miocardiopatia Arritmogénica VD

33
Q

Doença de Naxos

A

Displasia arritmogénica VD + Queratose palmo-plantar + Cabelo “de lã”

Alto risco de MSC em adolescentes e adultos jovens

34
Q

TV Fascicular por Intoxicação Digitálica

A

TV Bidireccional
- É característico, é quase sempre devido a intoxicação digitálica
(!! Tb na Taquicardia polimórfica catecolaminérgica)

  • Origem alterna entre fascículo anterior-esquerdo/posterior-esquerdo
  • QRS relativamente estreito com padrão BCRD, com alternância a cada batimento entre desvio do eixo para a direita ou para a esquerda
35
Q

Intervalo QT na Sdr QT longo

A

♂ : QT >460 ms
♀ : QT >480 ms

!! QT >500 ⇢ > risco arritmigénico

36
Q

Na Sdr do QT longo o genótipo parece influenciar o prognóstico

A

LQTS1 (+comum)
>80%♂ têm 1º evento cardíaco antes dos 20a
Exercício++, stress emocional
Síndrome Jervell e Lange-Nielsen - 2 alelos1⇢ Surdez, pior px
# LQTS2
Onda T entalhada e bífida
Stress emocional, sono, estímulos auditivos
# LQTS3
++♂, PIOR PX
>ia dos eventos durante o sono ⇢ pode fazer exercício
SCN5A (!! 20% Sdr Brugada)

!!! Sdr QT longo adquirido é + em ♀
• Potenciado por bradicardia e hipocaliémia

37
Q

Causam surdez

A
Síndrome Jervell e Lange-Nielsen
Sdr Alport
Sdr unha pateta
Acidose tubular tipo 1 AR
Sdr Barter tipo 4
38
Q

Síndrome do QT curto

A

QT<320ms

39
Q

Mutação SCN5A

A
# Sdr nó sinusal doente -AR
# Sdr QT longo tipo 3
# Sdr Brugada  -AD
# Cardiomiopatia dilatada
# Bloqueio cardíaco familiar progressivo