T- Retina médica Flashcards
Exames para estudo da retina
OCT Retinopatia Angiografia fluoresceínica Estudo eletrofisiológico Ecografia
Tomografia de coerência óptica (OCT)
Permite adquirir uma imagem em tempo real das camadas da retina
Angiografia Fluoresceínica
Injeção de contraste IV
Avaliação da vascularização da retina
Angiografia com verde de idocianina- avaliação dos vasos da coroideia
Patologia vascular da retina
Retinopatia Diabética
Oclusões Retinianas
Retinopatia Hipertensiva
Síndrome ocular isquémico Retinopatia de Drepanocitose Retinopatia de radiação Macroaneurisma ---
Retinopatia Diabética
Principal complicação microvascular em DM
Principal causa de cegueira em população ativa
Fatores de risco:
- duração e intensidade da glicémia
- HTA
- alubiminúria
- Hba1c elevada
Retinopatia Diabética- fisiopatologia
- produtos de desnaturação das proteínas
- perda funcional das barreiras hemato-retinianas
- processos inflamatórios associados
- via dos poliois; via da proteína cinase C (PKC); produtos de glicolisação avançada (AGE)
Isquémia celular
Produção de fatores angiogénicos (VEGF)
Aumento da permeabilidade da BHR
Neovascularização
Hemorragias
Libertação de exsudados
Edema macular diabético
Descolamento de retina
Retinopatia Diabética- tratamento
Controlo metabólico e dos fatores de risco CV
Laser- destruição da retina periférica isquémica para aumentar o fluxo sanguíneo da macula
Farmacológico: injeção intravítrea de anticorpos anti-VEGF ( bevacizumab, ranizumab, aflibercept)
Corticoídes
Cirúrgico: Vitrectomia ( se os neovasos fizeram tração macular)
Retinopatia Diabética- Rastreio
DM I- apenas passado 5 anos
DM II- fazer na altura do diagnóstico e repetir a cada 2 anos ( surge normalmente após 10-15 anos do início da doença)
Gravidez (obrigatório)
Outras manifestações oculares da DM
Blefarite Chalázio Olho seco Úlcera da córnea Catarata Glaucoma Perda de acomodação Flutuação da visão Oclusão arterial/ venosa da retina Parésias óculo-motoras
Oclusão venosa da retina
- Ingurgitamento e dilatação das veias da retina
- Hemorragias
- Isquémia da retina
- Edema macular
Diminuição da acuidade visual ( súbita se a mácula estiver afetada)
+ a partir dos 60 anos
Oclusão venosa da retina- classificação
Oclusão da veia central da retina
Oclusão venosa hemi-central
Oclusão venosa de ramo
Oclusão da Veia Central da Retina
Oclusão ao nível da lâmina crivosa ou posterior (menos grave)
Pode ser isquémica ou não isquémica
Oclusão venosa do ramo
80% dos casos
classificada em major ou macular
+ frequente- quadrante supéro-interno, onde existem mais cruzamento artério-venosos
Oclusão venosa da retina- fatores de risco
Oculares
- glaucoma, compressão retro-bulbar, comprimento axial curto
Sistémicas
- HTA, DM, dislipidémia e síndromes de hiperviscosidade
Oclusão venosa da retina- diagnóstico
Diminuição súbita e indolor da acuidade visual
Defeito pupilar aferente
Defeito campimétrico extenso ou parcial
Escotoma
Fundoscopia:
- estase venosa
- hemorragias superficiais e profundas (mais extensas na forma isquémica)
- dilatação e tortuosidade dos vasos
- manchas algodonosas
- edema do disco óptico e da mácula
Oclusão venosa da retina- complicações
Isquémica:
- Neovascularização do segmento anterior e posterior
- Glaucoma neovascular
- Edema macular
- Envolvimento do olho adelfo (depende da existência e manutenção dos fatores de risco)
Não isquémica:
- Edema macular
- Conversão em isquémia
Oclusão venosa da retina- tratamento
Controlo dos fatores de risco
Laser em padrão de fotocoagulação pan-retiniana
Anti-VEGF e corticosteróides (tratamento do edema macular)
- corticosteroídes apresentam alguns EA oculares: catarata precoce, hipertensão ocular e endoftalmite não
infecciosa.
Cirurgia: vitrectomia
Oclusão arterial da retina
+ frequentes
+ idosos e sexo masculino
Associados a fatores de risco CV
Oclusão arterial da retina- classificação
Oclusão da artéria central:
- ocorre a montante da lâmina crivosa
- isquémia difusa da retina ( lesões irreversíveis)
- presença da artéria ciliorretiniana permite a preservação da mácula
Oclusão de ramo arterial da retina:
- oclusão visível em fundoscopia
- causa isquémia no território correspondente
Oclusão da Artéria Ciliorretiniana:
- origem nas artérias ciliares posteriores
Oclusão arterial da retina- etiologia
natureza trombótica ou embólica
associada a HTA, DM, aterosclerose, doença valvular cardíaca e estado de hipercoagulabilidade
Oclusão arterial da retina- diagnóstico
Diminuição súbita e indolor da acuidade visão (unilateral)
Defeito pupilar aferente
Fundoscopia:
- palidez retiniana (edeme da retina)
- manchas em cereja ( na fóvea- menos afetada pelo edema)
- atenuação arterial
- edema do disco óptico
- cattle trucking- estreitamento vascular e interrupção da corrente sanguínea
Oclusão arterial da retina- tratamento
Emergência- após 4 horas danos irreversíveis
Massagem digital
Paracentese da câmara anterior
Aumento da PCO2- dilatação das artérias
Laser em padrão de fotocoagulação pan-retiniana
Retinopatia Hipertensiva
15% dos doentes com HTA
afeta a retina, coroideia e nervo óptico
manifestações bilaterais
Classificação segundo a escala modificada de scheie e classificação de Keith- Wagener- Baker
Graus 0/1/2- alterações vasculares
Graus 3- exsudados hemorragias
Grau 4- edema de papila
Retinopatia Hipertensiva- diagnóstico
Fundoscopia:
- estreitamento arterial focal
- estreitamento generalizado
- cruzamentos AV
- exsudados algodonosos
- estrela macular
- hemorragias em chama de vela
- edema macular
Retinopatia Hipertensiva- tratamento
Controlo da HTA:
- resolução das hemorragias e exsudados em 2 semanas
- rara a perda de visão
Degenerescência macular da idade
Principal Causa de cegueira em idosos nos países desenvolvidos
Doença multifatorial, associada a riscos genéticos, demográficos, tabaco e idade
Degenerescência macular da idade- classificação
Formas precoces e intermédias:
- presença de corpos de drusen pequenos/médios ( resultado de depósitos proteíco não digerido)
- sem alterações pigmentares
Fase avançada:
- forma exsudativa- neovascularização da coroideia na mácula
- forma atrófica- atrofia da mácula sem neovascularização da coroideia
Degenerescência macular da idade- diagnóstico
Diminuição da acuidade visual
Escotoma
Distorções da imagem- metamorfópsia, micrópsia e macrópsia
Fundoscopia:
- corpos de drusen
- alterações pigmentares
- atrofia do epitélio pigmentar da retina
- neovascularização da coroideia
Exames complementares: OCT, OCT-A Retinografia AF AVI.
Degenerescência macular da idade- tratamento
Vitaminoterapia
Anti-VEGF
Miopia Patológica
Alongamento excessivo e progressivo do globo ocular,
que afecta sobretudo o pólo posterior, e é definida por um erro refractivo> -6D ou comprimento axial do olho ≥ 26.5mm.
Estiramento e redução da espessura da retina e da coroideia
Desenvolvimento de zonas de atrofia coroideia na mácula
Rupturas da membrana de Bruch
Neovascularização da coroideia
Desenvolvimento de estafilomas posteriores
Associada a risco de catarata e glaucoma
Retinopatia Pigmentar
Degeneração progressiva dos fotorecetores
Degeneração das camadas externas da retina com deposição de pigmento
1º Disfunção dos bastonetes- nictalopia e perda do campo visual
2- Disfunção dos cones- perda da acuidade visual
pode ser sindromática ou isolada
Retinopatia Pigmentar- hereditariedade
AD, AR, esporádica, ou ligado ao X
+ de 40 genes associados à doença
pode surgir em várias idades e com diversos graus de gravidade
Retinopatia Pigmentar- manifestações
espículas ósseas ( acumulação de produtos do metabolismo dos fotorrecetores que não são digeridos)
palidez do disco óptico
atenuação arterial
edema macular
catarata subcapsular posterior precoce
ERG, OCT, autofluorescência, PEC
Retinopatia Pigmentar- tratamento
Não há tratamento curativo
Tratamento das complicações
Cessação tabágica ( reduzir o stress oxidativo)
Aconselhamento genético
Fármacos com toxicidade retiniana
cloroquina e hidroxicloroquina corticosteroídes anti-neoplásicos ( inibidores da MEK, tamoxifeno, transtuzumab) anti-virais ( interferão, cidofovir) anti-diabéticos (glitazonas)