Sistema Urinário Flashcards
Onde ficam localizados os rins?
Situam-se posteriormente, atrás do peritoneu parietal posterior (espaço retroperitoneal), em cada lado da coluna vertebral, na fossa lombar. Superiormente, estão nivelados com a margem superior de T12 e, inferiormente, L3.
(Rim direito situado um pouco mais inferiormente devido à relação com o fígado).
A posição dos rins altera-se com a respiração.
Meios de fixação dos rins
Peritoneu parietal; Fáscia renal; Cápsula adiposa; Vasos renais; Loca renal; Cápsula adiposa; Pressão intra-abdominal verdadeiro meio de fixação do rim (assegurada pela massa das vísceras abdominais e pela tonicidade abdominal ântero-lateral)
Vascularização arterial do rim
Artérias Renais (Aorta Abdominal)
- Ramo Anterior – Árvore Pré-Piélica
- Ramo Posterior – Árvore Retro-Piélica
A que vértebra corresponde o hilo renal?
L1 processo transverso
Drenagem linfática dos rins
Começa em 3 plexos ao longo dos tubos renais, abaixo da cápsula e da gordura perirenal.
Os vasos coletores do plexo intrarrenal formam 4 ou 5 troncos que seguem a veia renal e drenam para os gânglios aórtico renais.
Os vasos coletores do plexo subcapsular juntam aos anteriores quando atravessam o hilo.
Os vasos coletores do plexo perirenal drenam diretamente para os gânglios aórtico renais.
Os gânglios aórtico renais seguem, superiormente, através os troncos lombares, direito e esquerdo, que depois se unem tronco intestinal, e contribuem para a formação do ducto torácico (T12), que, por sua vez, drena para o ângulo jugulo-subclávio esquerdo/angulo de Pirogoff esquerdo.
Quais são as zonas de estreitamento dos ureteres?
Aperto ilíaco: em relação com a abertura superior da cavidade pélvica.
Aperto vesical: na sua entrada da parede vesical (da bexiga).
Drenagem venosa da bexiga
As veias das paredes vesicais drenam numa densa rede venosa superficial. Estas por sua vez drenam:
Anteriormente – parte anterior do plexo venoso prostático
Lateralmente – plexos venosos vesico-prostáticos
Posteriormente – plexo venoso seminal
Os vasos eferentes destes plexos, assim como as veias vesicais são tributários das veias ilíacas internas.
Inervação da bexiga
Inervação simpática
O corpo do I neurónio situa-se, geralmente, nos níveis medulares T11-L2. Abandona a medula espinhal pela raiz ventral do nervo raquidiano, alcança o tronco simpático pelo ramo comunicante branco. Não sinapsa neste tronco, e origina nervos esplâncnicos torácicos e lombares.
O corpo do II neurónio situa-se, geralmente, em gânglios dos plexos hipogástricos, que originam ramos que se distribuem pelo subplexo vesical.
Inervação parassimpática
O corpo do I neurónio situa-se, geralmente, nos níveis medulares S2-S4. Os seus axónios seguem o percurso dos nervos esplâncnicos pélvicos.
O corpo do II neurónio situa-se em gânglios perimurais e intramurais, em íntima relação com os plexos autonómicos que circundam o órgão.
Vascularização arterial da bexiga
A bexiga pode ser divida de acordo com os territórios de irrigação arterial: • em baixo e lateralmente pela artéria vesical inferior, ramo da ilíaca interna; • em baixo e atrás, por ramos vesicais das artérias retais médias, ramos prostáticos da artéria vesical inferior e pela artéria deferencial (homem) ou pelas artérias uterina e vaginal (mulher). • em baixo e á frente, pela artéria vesical anterior, ramo da pudenda interna; • em cima pela artéria vesical superior, que se originam da artéria obturadora e da parte permeável da artéria umbilical.
Drenagem linfática da bexiga
Começa em plexos mucosos, intermusculares e serosos; a maioria dos vasos acaba nos gânglios ilíacos externos, em particular, aos elementos dos grupos intermedio e medial. Em certas ocasiões, a linfa pode dirigir-se para os gânglios ilíacos internos ou aos gânglios ilíacos comuns.
Tanto uns como outros, são frequentemente interrompidos por gânglios linfáticos paravesicais, que drenam para os gânglios ilíacos externos.
Os vasos originados nas proximidades do colo, dirigem-se póstero-superiormente e terminam nos gânglios linfáticos do promontório (grupo medial dos gânglios ilíacos comuns).
Os gânglios ilíacos externos irão drenar para os gânglios ilíacos comuns, que, por sua vez, drenam nos gânglios linfáticos lombares. Estes últimos seguem, superiormente, através dos troncos lombares, que são os principais ramos de origem do ducto torácico.
O que é o Envelope Fibroso/Fascia Renal ou Perirenal?
Deriva da camada de tecido conjuntivo que reforça atrás o peritoneu parietal (fáscia visceralis).
No bordo externo do rim, esta fáscia diferencia-se numa lâmina fibrosa bastante densa e resistente que se divide em duas lâminas:
o Anterior ou pré-renal
o Posterior ou retro-renal.
A lâmina posterior estende-se sobre a face posterior do rim, à frente do músculo quadrado lombar e do músculo psoas.
A lâmina anterior passa sobre a face anterior do rim, do pedículo renal e dos grandes vasos pré-vertebrais, continuando-se, na linha média, com a do lado oposto.
As duas locas renais, entre as lâminas anterior e posterior, comunicam entre si anteriormente aos grandes vasos pré-vertebrais.
Assim, as duas lâminas da fáscia péri-renal formam um invólucro completo à volta do rim e da glândula suprarrenal, delimitando uma loca renal totalmente fechada.
Que tipo de gordura renal temos e que nomes adquirem?
Interiormente à fáscia renal: gordura peri-renal (amortecimento dos rins)
Exteriormente à fáscia renal: gordura para-renal
Gordura para-renal de Gerota: separa a lamina posterior da fáscia renal do músculo quadrado lombar
Onde se origina a artéria renal?
As artérias renais são dois dos maiores ramos da aorta abdominal e surgem lateralmente do vaso logo abaixo da origem da artéria mesentérica superior (perto a L1).
Qual é a estrutura interior do rim?
Configuração Interior:
-> Cápsula Fibrosa (aplicada sobre o parênquima renal)
-> Parênquima Renal
-Medula Renal
Pirâmides de Marpighi
Papilas Renais (vértices das pirâmides)
-Córtex Renal
Colunas de Bertin (prolongamentos que separam as pirâmides)
Pirâmides de Ferrain (estrias na base das pirâmides)
Labirinto Cortical (entre as pirâmides de Ferrain, também constitui as colunas de Bertin)
-Lobos Renais
Um lobo por pirâmide de Malpighi
Subdivide-se em vários lóbulos
Drenagem venosa do rim?
Provém de uma rede interpapilar, de onde nasce um plexo venoso pré-piélico desenvolvido e um plexo venoso retro-piélico mais diminuto. A partir do plexo pré-piélico formam-se 2 ou 3 ramos que se reúnem à frente do grande cálice superior e do bacinete, originando a veia renal.
Veia renal direita:
É mais curta;
Dirige-se para dentro, cima e frente, lançando-se no flanco direito da veia cava inferior;
Veia renal esquerda:
o É mais comprida e horizontal;
o Cruza a face anterior da aorta abdominal.
o Passa na pinça aorto-mesentérica.
Síndrome de quebra nozes – resulta da compressão da veia renal esquerda quer pela aorta abdominal, quer pela artéria mesentérica superior. Origina uma congestão sanguínea que provoca dor na parte esquerda do abdómen, sangue na urina, cansaço e varizes.
Por ser mais comprida, a veia renal esquerda, recebe várias veias:
Veia suprarrenal média esquerda
Veia genital esquerda (testiculares ou ováricas)
Veia frénica inferior esquerda
As veias renais comunicam com a veia ázigos à direita, e com a veia hemiázigos à esquerda.
Drenagem linfática dos ureteres?
Existe comunicação entre os plexos submucoso, intramuscular e adventícios.
Porção superior – os vasos coletores juntam-se aos vasos coletores renais ou passam diretamente para os gânglios látero-aórticos, perto da origem das artérias genitais
Porção intermédia – drenam para os gânglios ilíacos comuns
Porção inferior – drenam para os gânglios ilíacos comuns, externos ou internos
Estes gânglios drenam, depois para os troncos lombares e de seguida, com o tronco linfático intestinal, contribuem para a formação do ducto torácico (T12), que, por sua vez, drena para o ângulo jugulo-subclávio esquerdo.
Inervação do rim?
Inervação simpática
O corpo do I neurónio situa-se, geralmente, nos níveis medulares T10-L1. Abandona a medula espinhal pela raiz ventral do nervo raquidiano, alcança o tronco simpático pelo ramo comunicante branco, mas não sinapsa neste tronco. Segue o trajeto dos nervos esplâncnicos torácicos e primeiro esplâncnico lombar, e alcança o plexo celíaco.
O corpo do II neurónio situa-se, geralmente, nos gânglios celíacos e aórtico-renais do plexo celíaco. As suas ramificações distribuem-se pelos plexos renais e frénicos inferiores.
Inervação parassimpática
O corpo do I neurónio situa-se, geralmente, no núcleo dorsal motor do vago. O axónio segue o percurso do nervo vago.
O corpo do II neurónio situa-se, geralmente, em gânglios perimurais ou intramurais, em íntima relação com os plexos renais e frénicos inferiores.
Vascularização arterial dos ureteres?
Superiormente, a sua porção abdominal é suprida medialmente pelas artérias renais, sendo que os ramos abordam o ureter medialmente e se dividem em ramos ascendentes e descendentes, formando uma anastomose longitudinal ao longo do ureter. Pode também ser suprido de forma mais inconstante por ramos das artérias genitais ou aorta abdominal.
O ureter médio (ou seja, a porção ilíaca), é suprida posteriormente pelas artérias ilíacas comuns.
Distalmente é suprido lateralmente pela artéria vesical superior, ramo da artéria ilíaca interna.
Assim sendo, o suprimento arterial é feito, de superior para inferior, medialmente, posteriormente e lateralmente.
Na região pélvica os ureteres são cruzados por estruturas diferentes no homem e na mulher. Quais são?
Nos homens:
Segmento parietal
Lateralmente – ramos viscerais da artéria ilíaca interna
Medialmente – reco, do qual está separado pelo recesso retovesical, pela bainha da artéria ilíaca interna e pelo plexo hipogástrico inferior que está contido nessa bainha.
Segmento visceral – direção ântero-medial
Posteriormente – reto (1o medial)
Ântero-superiormente - o canal deferente (sendo formado um “gancho” entre estas duas estruturas)
Póstero-inferiormente – extremidade superior das vesiculas seminais
Em todo o seu redor, encontramos a artéria do canal deferente, prostática e rectal media; veias do plexo seminal e vesicoprostático, retais médias e filetes nervosos vesicais do plexo hipogástrico inferior.
Nas mulheres:
Segmento parietal
Constitui com a artéria ilíaca interna o limite posterior da fossa ovárica
Anteriormente – ovário
Póstero-lateralmente – artéria uterina
Medialmente – peritoneu, bainha da artéria ilíaca interna e plexo hipogástrico posterior, que o separam das ansas intestinais ou do colon sigmoideu (superiormente) e reto (inferiormente)
Segmento visceral
O seu tecido extraperitoneal é a parte ínfero-medial do ligamento largo do útero, aqui, a artéria uterina é ântero-superior ao ureter durante certa de 2,5cm e depois cruza para o seu lado medial para ascender ao longo do útero. Encontra-se acima da fórnix vaginal e 2cm lateralmente à parte supravaginal do colo do útero. Apresenta relações variáveis com a parede anterior da vagina
Quais são as relações da bexiga?
Nas mulheres:
1/3 superior: porção supravaginal do colo do útero;
2/3 inferiores: parede anterior da vagina – separadas por um septo vesicovaginal por onde passam os ureteres e os ramos vasculares.
Nos homens:
Porção superior: está separada do reto pelo recesso reto-vesical ou de Douglas;
Porção média: está acolada ao reto;
Porção inferior: está separada do reto pelas vesiculas seminais e canais deferentes de cada lado da fáscia de Denonvilliers (septo retovesical).
Está ainda relacionada ântero-inferiormente com a próstata.
Explique os circuitos da dor por obstrução uretérica baseada na inervação dos ureteres
A obstrução uretérica pode causar distensão dos ureteres e provocar dores severas (cólica ureteral, confundida por vezes com cólicas renais). É uma dor bastante intensa, descrita como agonizante, que é piorada pelo movimento da obstrução através do ureter. A dor segue o trajeto retrógrado dos nervos que inervam o ureter até aos nervos T11-L2, sendo referida às zonas cutâneas inervadas por estes - quadrante inferior ipsilateral da parede abdominal anterior e vai desde a região lombar até às virilhas (acompanhando os movimentos da obstrução pelo ureter), podendo estender-se até ao escroto/lábios maiores e/ou até à região proximal da face anterior da coxa (por projeção através do nervo genitofemoral - L1-L2).
Como é constituído o colo da bexiga?
O colo da bexiga: óstio interno da uretra. É arredondado no jovem, apresentando no adulto uma forma de fenda transversal, com um lábio anterior e um lábio posterior. O lábio posterior apresenta, por vezes, uma saliência mediana, a úvula da bexiga.
O que contribui para a sustentação perineal da bexiga na mulher e no homem?
A bexiga está mantida em posição por conexões diretas ou indiretas com o pavimento pélvico e pelo peritoneu:
A face póstero-inferior da bexiga está unida ao pavimento pélvico pela próstata e pela parte membranácea da uretra, no homem, e pela parte pélvica da uretra, na mulher. Este meio de fixação é o mais importante
O ápice da bexiga encontra-se ligado ao umbigo, na linha mediana, pela prega umbilical mediana, contendo o úraco
lateralmente, pelas pregas umbilicais mediais, contendo o cordão fibroso, resultante da obliteração das artérias umbilicais.
A face ântero-inferior da bexiga dá inserção aos dois ligamentos pubo-vesicais
A face superior e as margens laterais da bexiga estão revestidas por peritoneu que, posteriormente, no homem, une o peritoneu ao reto e, na mulher, ao útero;
Uretra no homem e na mulher
A uretra masculina é um longo canal uro-genital, dando passagem à urina e ao esperma, estendendo-se desde o colo da bexiga até ao óstio externo da uretra, sendo constituída pelas partes prostática, membranácea e esponjosa.
A uretra feminina é exclusivamente um canal urinário, sendo muito mais curta do que a do homem, correspondendo às partes prostática e membranosa da uretra masculina.
Vascularização arterial da próstata
Ramos prostáticos das artérias: Vesical inferior Rectal média Deferencial Todas são ramo do tronco anterior da artéria ilíaca interna.